Dúvidas escrita por Kilave


Capítulo 37
O mal da humanidade - A Virada


Notas iniciais do capítulo

Hey minna-san!! o/
Capítulo novo. Nossa, estou empolgada. O próximo capítulo começa finalmente a batalha, não pensei que fosse demorar tanto para chegar até ela. Espero que isso não tenha sido um problema para vocês e..e e se foi pode dizer. Estou aqui para ler broncas, opiniões e tudo que vocês quiserem dizer! o/
Lembrando o aclamado casal LeviHan. O caso do casal é um tanto complicado, pois o que eu diria sobre LeviHan é a maturidade de sentimentos deles e é nisso que estou trabalhando. Acredito, posso estar errada hehe, que vocês sentem falta das 'bitocas' desses dois, mas gente espera. O amor não é assim tão de repente para o Levi, é do Levi que estamos falando, conhecido como Heichou. Acho que foquei muito no que seria a realidade desses dois começando a se amar T.T.
Bem, espero que vocês gostem e que tenham uma boa leitura.
Hoje tem música, mas não imagem! D:
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=aMN-eMbZTdc ( era para ser algo mais épico, mas todas que eu peguei ultrapassavam e iam para o lado triste da história )
https://www.youtube.com/watch?v=NguIpRFLM4M
Até o próximo minna!! o/



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Levi tinha saído de cima da mão de Hajime há alguns minutos.

O pequeno se afastou do gigante seguindo em direção ao grupo de líderes da Tropa de Exploração, ainda com Adrian a sua frente.

A vantagem de ter o inimigo a sua frente é que se sabe exatamente como ele poderá agir se tentar fugir, reparando em falhas pelo chão ou em possíveis armas espalhadas pelo caminho. Tudo poderia ser usado a favor de Adrian e contra Levi.

Os soldados das Tropas que permaneceram em Stohess cuidam das armadilhas e do poder de fogo que será utilizado contra os titãs. O grupo da Tropa Estacionária que comandará o ataque em cima da Muralha arruma as posições de seus canhões na direção ordenada por Levi. O ataque em terra foi preparado com todas as armadilhas possíveis. Os soldados posicionaram acima de algumas casas, locais que eles devem impedir que os titãs aproximem-se.

Apesar de há pouco o Distrito ter sido uma completa bagunça com ordens sendo direcionadas a diversos grupos, com pedaços de materiais espalhados e entulhados pelas ruas, com os medonhos olhares assombrando a todos, agora a paz já se estabelece.

Levi deixou Adrian sob as ordens de dois dos mais renomados líderes da Tropa, confiante de que se algo acontecesse eles conseguiram manter a situação em controle. Ele então decidiu retornar em direção a Hajime.

O grupo de Levi está a ajudar os grupos que trazem os membros de Aragon.

Lugar sem fim

O gelado metal esfria a mão cansada de Hanji. Seu corpo tornou-se mais pesado para suas pernas que começaram a ficar bambas. Apesar de não saber quanto falta para chegar ao topo da Muralha sua determinação e empenho continuam.

A escura Muralha uma vez ou outra é clareada por poucas e fracas luzes vindas das máquinas que alimentam os titãs.

Conhecimento

Por falta de energia para alimentar todo o seu corpo Hajime se encosta contra a parede da Muralha numa tentativa de se recuperar do terrível cansaço.

– Está bem Grandão? – Levi disse se aproximando da gigante criatura.

– Levi. – sorri vendo o pequeno – Estou sentindo muita dor por todo o meu corpo, além de um forte cansaço. Apesar de a água ser um dos meus benefícios à falta dos outros dois recursos me deixa nesse estado. – seu sorriso é substituído por uma expressão de cansaço – Gastei muito da energia que tinha para ajuda-los. – sua voz começa a ficar fraca.

– Desculpe por isso Grandão, mas não te darei nenhum humano para que continue nos ajudando. Se esse é o seu limite então a partir de agora nós vamos nos virar sem a sua ajuda. – diz sério olhando para o semblante cansaço do titã.

Hajime ri brevemente e com esforço explicito.

– Não Levi, não desejo isso. Estou triste em saber que não poderei mais ajuda-los, eu sei que vocês são muito mais fortes do que imaginam. – fecha seus olhos e sente uma breve sensação de alívio.

Mesmo que não soubesse como agir nessa situação Levi não quis sair de perto do gigante. Os dois esperam a chegada da cientista.

“Não pode ser loucura. Estou conversando com um titã sem ao menos ter precisado empunhar minhas lâminas para combatê-lo... Eu nunca imaginaria chegar nesse ponto em toda a minha vida.”

– Levi... – sussurra a fraca voz do gigante – Vejo que sente medo por estar aqui. – ainda mantem-se com seus olhos fechados.

O pequeno se sente surpreso pelo estranho comentário feito, mas fica em silêncio encarando o gigante a sua frente.

– Posso sentir algo semelhante ao medo te rodear. Você perdeu muita coisa durante sua vida não é mesmo. – faz uma breve pausa – Mas, apesar disso ter lhe tornado uma pessoa insensível e reprimida todos ao seu redor te respeitam e confiam em suas palavras. – abre vagamente seus olhos – Com certeza você é um grande líder Levi. Não por ter conseguido seguidores fiéis, mas sim por dar a eles algo que você luta para ter.

– O que eu luto para ter? – diz curioso com uma expressão pensativa.

– Esperanças. – fecha novamente seus olhos – Afinal sem ela nunca conseguiram chegar até aqui ou então sonhar no fim que tanto querem.

– Não entendo o porquê de estar me dizendo essas coisas. – diz confuso e um pouco irritado.

– Um único motivo me fez ser um cientista foi conhecer a vida e sua essência... – respira fundo juntando toda a sua energia – A mãe da Hanji nunca foi a melhor aluna da escola ou a mais bonita, mas confesso que a amei desde o primeiro dia que a conheci. Depois de alguns anos nós nos tornamos cientistas e naquela época uma guerra tinha se instaurado por toda a humanidade. Batalhas e mais batalhas foram travadas na busca da arma que pudesse controlar toda a humanidade. Nesse tempo as Muralhas já tinham sido erguidas. Como cientista, fui chamado por um dos Reinos a trabalhar no estudo que envolvia uma nova genética humana. Não podia recusar tal oferta, iria estudar o ser humano e modificações genéticas que poderiam ser feitas em nossos corpos, isso era fascinante.

– Então Akemi engravidou, por sorte, mas nem tanto, isso me salvou de ser consumido pelo conhecimento insano de causar dor a um humano inocente. Então decidi parar com os experimentos e viver meus anos de vida ao lado da minha família, e para me redimir de meus pecados me tornei médico no pequeno vilarejo. Éramos uma família rica por conta dos pais de Akemi que tinham uma grande fortuna e do meu trabalho. Vivi seis anos no vilarejo dos pais de Akemi, quando fui novamente chamado e obrigado a sair das Muralhas junto com ela. Deixando minha filha para trás. Apesar de termos recusados diversas vezes prometendo silêncio absoluto dos fatos, não foi suficiente. Quando sai da Muralha Hanji tinha apenas seis anos. Uma criança abandona pelo erro de seu pai. – respira e abre seus olhos assustados com o passado.

– Sonhava com Hanji todos os dias e como ela poderia estar. Por mais que tivesse o objetivo de dar o melhor para ela, como eu poderia? Se o que fazia era transformar humanos em monstros sem consciência. Muitos inocentes foram mortos por minhas mãos apenas para serem transformados em armas... Já Akemi, ela nunca se rendeu aos luxos e deveres daquele lugar, e para conseguirem tê-la eles mandaram assinar seus pais. Depois daquele dia ela nunca mais foi a mesma. A tristeza tinha se instalado no seu frágil coração, ela perdeu tudo por um erro que eu jamais fui capaz de concertar. O pior nesse dia, além de ver minha esposa sofrendo, foi imaginar em como a Hanji poderia estar lidando com a morte de seus avós. Ela deveria ter 16 anos... Naquele dia em diante eu não pensava mais em mim, apenas no inferno que transformei a vida da minha filha.

“Esse era o passado da Hanji?” – pensa ainda tentando entender.

– Hoje foi um dia muito especial. Fiquei feliz em ver que a minha garota cresceu e que o ódio não cresceu em seu coração. Ela parece ser uma grande mulher. – sorri ainda chorando – Levi me desculpe por descarregar isso, mas precisava dizer a alguém que confio.

– Como pode confiar em mim se sequer me conhece? – encara os olhos tristes do titã.

– Porque a Hanji confia. Vi isso quando estavam sozinhos ainda longes daqui. – seu olhar é um pouco travesso.

“Ele estava olhando naquela hora?” – se sente um pouco envergonhado.

– Pequeno em tamanho, mas grande em coração, Levi. Não irei sobreviver por muito tempo, pois todo o meu recurso de energia está se esgotando. Terei de descansar e por fim esperar que o Sol apareça e eu retome minhas forças. Quero então finalizar toda essa conversa com um pedido e torço para que seja aceito. – sua voz novamente vai se enfraquecendo.

– Diga. – disse sério.

– Prometa que não irá abandonar a Hanji. Vocês podem tomar caminhos diferentes na vida, mas nunca se esqueça de cuidar dela. Vocês dois parecem ser grandes amigos então acredito que esse pedido não será de grande problema. – a voz cada vez mais fraca.

– Espere um pouco.

– Se você dá a ela o que ela deseja, então ela irá te dar o mesmo. – fecha seus olhos.

– Tsc... – abaixa sua cabeça e ajeita os medianos fios encharcados.

Levi sorri de canto e sussurra.

– É uma promessa.

O titã parece ter escutado as breves palavras pelo vento e um sorriso de felicidade marca brevemente seu rosto pálido.

– LEVI!!!

O garoto ergue sua cabeça para o alto da Muralha.

– Deveria ter chegado mais cedo. – fala.

– O QUE? – olha para o lado e vê o titã sentado no chão – ELE DORMIU?

– Sim.

– O QUE? – utiliza seu DMT na Muralha para descer.

– TENENTE QUER AJUDA? – grita um dos soldados da Tropa Estacionária acima da Muralha.

Levi desvia sua atenção para o titã sentado a sua frente.

“Olhando para ele parece um verdadeiro monstro, não é diferente dos outros que matei e vi.” – desvia seu olhar para suas mãos enrugadas por conta da chuva – “Olhando para nós parecemos inofensivos.” – olha para o titã ao seu lado que o encara insanamente – “Mas, será que eles queriam se tornar monstros? Ou foram capturados, torturados e obrigados a ser algo que não queriam?”.

– Não deveria odiá-los. – ainda encara o titã – Nós somos os verdadeiros monstros.


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