Dúvidas escrita por Kilave


Capítulo 13
Agindo de forma descuidada


Notas iniciais do capítulo

Heey o/ Mais um capítulo novo em folha u-u.
Como sempre:
—Início que novas preparações e surpresas;
—A pequena Nani não existe no mangá/anime;
—Mais diálogos;
—A primeira frase é do capítulo anterior - Flores;
— Pensamentos do Levi e da Hanji estão entre aspas;
— Não tenho muito o que comentar '--';
— Espero que gostem ^-^ e Boa Leitura!!
IMAGEM: fanpop -hetalianstella



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Ainda era tarde. O clima estava quente e nem sequer ventava. O céu está completamente limpo, todo azul. Rivaille acabará de sair do prédio onde se encontrou com Hanji. Seu braço direito apoia a imensa pilha de anotações que a garota havia escrito. Viu seu cavalo alguns metros á frente e caminhou em sua direção.

“Ela não parece muito feliz desde o dia que viu aquele titã. Será que aquele titã é mesmo o pai dela? Não é de duvidar, Eren é um humano que se transforma em titã... Qualquer um pode ser um titã então. Nossa tudo isso ainda é muito confuso.”

– Você concorda comigo não é amigo? – estende sua mão para a cabeça do cavalo e acaricia – Hoje vamos para um lugar longe da cidade e daquele QG, não quero ninguém me importunando – coloca suas coisas na bolsa que o cavalo carrega – Preciso terminar de ler tudo isso.

Rivaille monta em seu cavalo e segue caminho para o QG abandonado.

Quando chega próximo ao QG se desvia do mesmo antes de aparecer entre as árvores. Cortando caminho para o lado mais esquecido da floresta, onde lá teria toda a paz que quisesse para concentrar-se apenas no que tinha para fazer.

Durante toda a ida Rivaille só pensava em como Hanji estava. Desde que a viu chorar ele não conseguia mais vê-la como uma pessoa forte. Sentia que a todo o momento ela poderia estar chorando, triste lembrando-se do seu passado. Mesmo achando esse jeito de agir muito idiota ele não conseguia evitar sua preocupação.

O local. Lembra muito uma floresta abandonada, mas ao contrário do que se pensa o lugar é bem iluminado com os poucos raios de luz do Sol que entram pelas brechas da copa das enormes árvores. O lugar está intacto, como se nenhum humano nunca tivesse chegado até lá. As únicas formas de vida, visíveis, encontradas ali são pássaros, alguns insetos e animais pequenos. O único animal grande presente é o cavalo de Rivaille.

O garoto escolhe uma das grandes árvores onde mais raios de Sol batem. Soltou o seu cavalo e o mesmo se acomodou abaixo da árvore. Levi encosta-se no tronco da grande árvore e logo se senta. Com o cavalo ao seu lado ele apenas esticou seu braço até a bolsa e puxou as diversas folhas.

– Onde isso começa?! – virou algumas vezes o amontado de folhas – Ela poderia deixar mais claro onde fica o início... Quem sabe um título. – procurou algum título – Não tem título. Será que ela não sabe organizar até mesmo suas anotações... – repara num pequeno ponto na parte inferior da folha – 1... Essa é a primeira página.

Rivaille ficou um pouco irritado com o tempo que gastou para achar o pequenino número.

Hanji

– Essas flores são tão bonitas – olhava as flores enquanto andava – Se parecem muito com as que tinham no fundo da minha antiga casa. Além de terem um cheiro muito gostoso. – parecia feliz com as flores.

Hanji caminhava pelo Distrito muito desengonçada. Andava mancando fazendo rir quem é que fosse. Com uma perna com tala e a outra intacta, o braço machucado e o outro segurando um pequeno vaso de flores, além de ambos estarem apoiados nas muletas. A garota se distraiu tanto com as pequenas flores que nem notou que era motivo de risadas pelas pessoas ao seu redor

– Vou coloca-las no meu quarto assim pelo menos aquele lugar vai ter um pouco mais de vida. Só espero não perde-la de vista porque meu quarto é uma bagunça... – Hanji levanta sua cabeça para ver por onde caminhava e pro seu azar bateu de cara com uma parede.

Sua batida foi tão inesperada que ficou parada alguns instantes sem reação alguma. Todos que seguiam com seus olhos a desengonçada garota já sabiam que ela estava prestes a bater só não esperavam que isso acontecesse. O que se ouviu naquela pequena área do Distrito foram risadas e mais risadas.

“Hum... Creio que me distrai demais com esse vaso.”

– Você ta bem? – perguntou uma pequena criança

– Hum?! – Hanji olhou para a pequena – Aa estou sim... Só me distrai. – sorri para a menina

– Tem certeza que você não ta machucada? – parecia preocupada – Quero dizer, você ta machucada – apontou para as talas de Hanji – só que na sua cara – apontou para o nariz de Hanji – ela ta machucada?

*risos* - É verdade estou mesmo toda machucada, mas o meu rosto está bem garotinha. Obrigada por se preocupar – abaixou até a pequena e ... – Eu queria tocar a sua cabeça, mas como você notou, eu não consigo – sorriu aceitando o seu estado.

Afinal ela segurava um vaso e se apoiava em uma muleta.

– Você parece machucada. – ainda preocupada – Seu rosto ta vermelho. Tento imaginar qual foi à força que você bateu na parede. – agora pareceu refletir

– Bem... Eu não estava caminhando muito rápido, mas levantei minha cabeça rápido de mais. – começou a refletir junto à garota

– Você deve ser idiota. – disse inocentemente.

*Hanji ficou surpresa, mas acabou rindo* - Sim, me dizem muito isso.

– Não ligue para eles. Alguns idiotas são legais. Eu achei você legal, por isso te chamei de idiota.

*Hanji não pareceu entender muito bem* - Ee... Eu não te perguntei, mas qual o seu nome garotinha?

– Me chamo Nani, muito prazer. – estendeu sua mão até o braço de Hanj.

– O meu nome é Hanji e o prazer é meu. – abaixa seu braço para a garota tocá-lo.

– Agora que me conhece preciso te levar para minha casa e cuidar dos seus ferimentos. Meus pais me ensinaram como ajudar alguém que se machucou. – puxou o braço de Hanji.

– Oe... Calmaaa – se desequilibra um pouco.

Hanji foi puxada por alguns metros pela garota, mas não conseguia acompanhar daquele jeito a pequena. Hanji teve que entrar em um acordo com a garota para que pudesse andar pelo menos apoiada nas suas muletas em vez de arrastada. Para provar que não fugiria ela deu seu pequeno vaso para a garota segurar e disse que não iria embora até ela lhe devolver o vaso.

Já na casa de Nani. Hanji foi deixada na sala sentada em uma poltrona enquanto a garota procurava em seu quarto o kit de primeiros socorros. A família de Nani tem um pequeno gato malhado que estava pulando em todos os lugares como se procurasse um lugar para dormir.

– Haaaaanjii – gritou enquanto corria pela casa – Na onde você ta??

“Será que ela esqueceu-se tão rápido na onde me deixou?” – Estou na sala Nani.

– Estou chegando – a garota deslizou até a porta aberta da sala – Aquii – disse animada levantando o kit

Nani colocou seu kit sobre a pequena mesa de centro da sala e arrastou com esforço o pufe da poltrona para mais perto de Hanji. O gatinho malhado está ao lado de Zoe e parecia encara-la. Nani sem fôlego agora arrastava a mesinha de centro para o lado do pufe. O gatinho balança seu rabo e se levanta.

– Precisa de ajuda Nani? – preocupada

– Não. Eu sou forte. – acaba de arrastar a mesinha e sobe no pufe ficando do tamanho de Hanji

– Por favor, se aproxime. – Hanji obedece – Vou começar a cuidar dos seus ferimentos.

O gatinho pula no colo de Zoe e ali pareceu achar o local perfeito para sua soneca.

Passado meia hora a garota já tinha finalizado o tratamento e o gatinho ainda descansava no colo da Tenente. Nani colocou uma atadura no nariz e na testa de Hanji. Também limpou alguns ralões que marcaram o rosto da garota.

– Eles ainda tão vermelhos, mas daqui umas horas eles vão sumir. – Nani

– Obrigada por cuidar dos meus ferimentos. Como posso te retribuir por isso? – Hanji

– Não foi nada – sorri – Eu gosto de cuidar das pessoas. Meus pais são médicos aqui no Distrito e eles sempre tão ajudando qualquer um que precise de cuidados. – passa a mão no gatinho- Ele foi ajudado pelos meus pais. Eles são pessoas muito boas. – olha sorrindo para Hanji - Posso te fazer uma pergunta?

– Claro.

– Porque você entrou para essa Tropa? – aponta para o símbolo do colete de Hanji – Conheço muitas pessoas que odeiam todos dai e que desejam ver todos vocês mortos. Eu não entendo muito bem como tudo funciona, mas vocês são tão ruins assim? – pareceu desapontada – Porque você não me parece uma pessoa má.

*surpresa* - É difícil explicar... O que posso te dizer é que não somos pessoas ruins. Nós escolhemos seguir essa vida para sairmos dessa prisão que vivemos. Muita gente não gosta de viver assim e para isso escolhem lutar ao lado de nós contra os titãs, mas infelizmente não temos uma grande vantagem sobre eles e acabamos as missões sempre com baixas. – seu olhar ficou triste

* silêncio *

– As famílias deles não devem gostar nem um pouco de ouvir dos seus filhos que irão entrar para a Tropa de Exploração. – Nani nota o olhar de Hanji

Nani sai da sala e deixa Hanji sozinha com o gatinho ainda em cima do seu colo. Hanji começa a acariciar o dengoso animal.

– Aqui. – Nani aponta o vaso para Hanji – Me desculpe por te deixar triste. Você deve ter muita coisa para fazer.

Hanji pega o vaso – Obrigada.

Nani pega o gatinho – Sabe... Olhando por um lado vocês são loucos por entregarem suas vidas para esses titãs... Mas por outro lado eu faria o mesmo, lutaria pela minha liberdade assim como vocês. Mesmo sabendo dos riscos de morte vocês continuam lutando pelo que desejam. Eu não tenho ódio de vocês pelo contrário. – sorri – Fico feliz em saber que alguém está tentando nos tirar desse terrível lugar. Tenho certeza de que todos que morreram se foram honrados por pelo menos terem ajudado. – Toca a mão de Hanji – Obrigada por isso Hanji.

Hanji fica surpresa por ouvir tais palavras.

– Fico contente por ouvir isso de você Nani. - Hanji passa a mão uma última vez no malhado gatinho e se levanta.

– Obrigada por cuidar dos meus ferimentos Nani.

– Não foi nada. – dá um largo sorriso

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Em frente ao enorme QG do Distrito a pequena base esquecida desde a morte dos dois titãs estava mais agitada que o normal, pois Hanji ordenou que todos os seus recrutas limpassem a bagunça, causada pelo abandono, deixada no local. Eren também está presente. A garota não sabia ao certo o que iria fazer com aquele local, mas na sua cabeça alguns planos já rondavam. O jovem garoto de olhos claros se aproximou.

– Então você acha que com esse novo método eu consiga fazer a mesma coisa que a titã fêmea e os outros? – curioso.

– Não depende só de mim Eren, você precisa se concentrar cada vez mais senão vai acabar fracassando como em todos os outros testes. – olha para ele.

– Não vou decepcionar vocês novamente. Depois do que aconteceu comigo e Historia não vou mais agir de forma tão irresponsável... – com alguma dúvida no olhar – Tenente aquele padre já te disse mais alguma coisa em relação às Muralhas?

– Infelizmente ainda não. Agora, principalmente, que tudo ficou mais calmo ele sequer abre a boca para falar sobre o assunto.

O Sol estava se pondo quando Hanji permitiu que seus recrutas deixassem o local para descansarem. Ela mesma estava cansada, afinal com aquelas talas a impedindo de fazer o que queria acabou ficando entediada. Quando todos se foram embora o Sol já havia sumido ao horizonte e dado lugar a Lua.

O Distrito está todo iluminado e muitas pessoas ainda andam pelas ruas. As crianças brincando, os adultos conversando e os idosos jogando. Hanji andava desengonçada seguindo o caminho que levava até os dormitórios do QG. Ainda segurava o pequeno vaso de flores.

“Acho que estou doente. Nunca me senti tão mal... Que sorte o dormitório está logo à frente.”

Hanji começou a caminhar com grande dificuldade, sua pele estava pálida e seus olhos pareciam lutar para continuarem abertos. Então pouco a pouco começaram a se fechar. A garota foi tomada por um longo arrepio que a fez ficar parada por alguns instantes. Diante a imensidão da rua as luzes pareceram borrar toda a vastidão a sua frente, as pessoas pareciam andar mais lentamente e suas vozes começavam a sumir pouco a pouco.

“Estou tão cansada.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo(terá surpresa também) ^----^.



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