– Hã... o que? - gaguejei.

Eu havia ouvido muito bem. Cadê uma faca pra eu me matar, por favor? Produção?

– Conhecer Malfoy. - repetiu mamãe impaciente.

– T-tá. V-v-vou chamar ele.

Droga, eu gaguejei por quê!?

Saí daquela sala correndo e cheguei ao aposento, mas antes de bater me lembrei de que ele estava em aula. Mas entrei assim mesmo e lá estava ele vegetando no sofá.

– O que faz aqui? - perguntei.

– Mofando, por quê?

Girei os olhos.

– Vem aqui que meus pais querem te conhecer.

Ele pulou e seus olhos estavam esbugalhados.

– E o que eu faço?

– Vem comigo, né, bobão!

Ele assentiu, colocou a roupa de Hogwarts de volta, pegou na minha mão e corremos de volta a sala. Tentei soltar de sua mão, mas ele quase esmagou a minha. Papai e mamãe me olharam surpresos e depois olharam as mãos dadas. Tenho certeza de que eu estava escarlate.

– Oi, Sr. e Sra. Granger. - ele apertou a mão do meu pai e abraçou minha mão, todas as ações com a mão colada na minha.

– Olá. - cumprimentou meu pai, me lançando um olhar de raiozinhos.

Estremeci.

– Foi você que salvou minha filha? - perguntou mamãe.

Draco corou.

– Só evitei o pior.

Mamãe disse:

– Que gentil.

Ela que pensa.

– Por que estão de mãos dadas? - papai perguntou subitamente.

Eu e Malfoy coramos.

– Hermione não contou?

O olhei assustada.

– Contou o quê, querido? - perguntou mamãe me olhando.

–Hermione e eu namoramos. - disse ele simplesmente.

Papai tossiu e mamãe engasgou. Eles batiam um na costa do outro. Dei um olhar mortal para Malfoy.

– O quê? - berrou papai.

– Hermione. E eu. Estamos. Namorando. - disse Draco separadamente.

Mamãe parou com seu acesso e riu.

– Ah, querida, que garoto gentil você arranjou! Gostei, boa escolha!

Papai e eu a olhamos assustados enquanto Draco dava uma gargalhada alta - e desnecessária - .

– Como, querida? -perguntou papai a mamãe.

– Que garoto melhor nossa filha podia arranjar? -disse mamãe.

Papai ficou meio desapontado, mas no final aceitou. Isso porque mamãe havia insistido.

– Você é uma cara de pau mesmo. - eu disse a Draco, já no aposento.

– Ué, por quê?

– Fala simplesmente na cara dura que estamos namorando!

– Melhor que esconder dos seus pais também.

Ele deu de ombros, beijou minha testa e foi pro seu quarto, me deixando falar sozinha.

– E aí, parede.