Diários da semideusa escrita por bulletproof disturbance


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Sumi de novo, eu sei... Mas quando eu não faço isso ne? Além disso, dessa vez foi por muito menos tempo. E não me matem. Pensem no capitulo fofo jhjsjsj



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P.O.V. Bianca

Depois que o suposto oráculo se sentou na pedra, Percy e Grover tiveram que o levar de volta para sei-lá-de-onde-ele-veio.

Enquanto isso, Nico e eu voltamos para o chalé de Hermes. Não demorou muito para Thalia entrar no chalé e chamar os conselheiros-chefes (Connor e Travis) para uma reunião sobre a profecia. Fiquei curiosa e decidi ir atrás deles, sem deixar que eles me vissem. Estavam todos em torno da mesa de ping-pong na sala de recreação e o que tinha de lanche lá... dava pra todos do acampamento [n/autora: lembrando que tinha pouca gente no camp já que não era férias e nem fim de semana].

Quíron e Sr. D estavam na ponta da mesa, Zoe estava na outra. Percy se sentou à esquerda, junto com Grover, e Thalia. Vi os irmãos Stoll e mais a Silena e o conselheiro-chefe de Hefesto.

Grover começou a comer, e aquilo era realmente assustador. Quer dizer, ele come isso tudo e continua sendo magro. Mas o que realmente assusta é o jeito que ele come...

— Não há tempo para conversa. A nossa deusa precisa de nós - Zöe começou. - As caçadoras devem partir imediatamente.

— E ir para onde? - Quíron perguntou.

Oeste, Bianca pensou.

— Você ouviu a profecia: A Oeste cinco buscarão a deusa acorrentada. Podemos juntar cinco caçadoras e ir. Ártemis está sendo mantida como refém. Temos que acha-la e liberta-la.

Ouvindo isso, não pude deixar de notar quão estúpido essa ideia soava. Sei que elas estavam desesperadas por causa do paradeiro de Ártemis e tudo mais, só que elas tinham que pensar com mais racionalidade. Quer dizer, seja lá o que for que esta mantendo a deusa como refém, para conseguir isso não deve ser uma coisa/pessoa fácil de se derrotar. Se Ártemis não conseguiu, quem dirá cinco caçadoras. Tem semideuses com poderes super fodas aqui que seriam úteis nessa missão... Mas também tinha que admitir que a força de vontade e coragem delas era incrível.

— Você está se esquecendo de uma coisa importante como sempre - Thalia interrompeu - campistas e caçadoras, cada um brilha. Devemos fazer isso juntos.

— Não - Zöe respondeu. - As caçadoras não precisam de vossa ajuda.

— Sua. Ninguém tem falado "vossa" em trezentos anos, Zöe. Se liga.

— Sôôôa. Nós não precisamos de sôôôa ajuda - repetiu Zöe tentando formar a palavra.

Não aguentei e comecei a rir. Estava olhando tudo por uma janela alta, e tive que me abaixar para que eles não percebesse minha presença.

Silêncio. Prendi minha respiração de tanto nervosismo.

— Esquece - disse Thalia por fim.

— Temo que a profecia diga que que vocês precisam da nossa ajuda. - Quíron disse. - Campistas e caçadoras devem cooperar.

— Ou não devem? - disse Sr. D - um se perderá, um irá expirar - continuou. - Isso soa um pouco macabro não? E se vocês falharem porque tentaram cooperar?

— Com todo respeito, de que lado você está?

— Desculpe, querido centauro, estou apenas tentando ajudar.

— Nós devemos trabalhar juntos - disse Thalia. - Eu também não gosto disso, Zöe, mas você conhece as profecias. Quer lutar contra uma?

Zöe fez uma careta, e senti como se ela finalmente estivesse ficando convencida.

— Não devemos nos atrasar - Quíron continuou. - Hoje é domingo. Nesta sexta-feira, dia 21, é o solstício de inverno.

— Ah, que prazer - Sr. D reclamou - outra chata reunião anual.

— Ártemis deve estar presente no solstício de inverno. Sem ela, os deuses não vão resolver nada. Nós vamos perder outro ano com preparativos de guerra - disse Zöe.

— Está sugerindo que os deuses tem problema em agir juntos, mocinha?

— Sim, Lorde Dionísio.

Bem direta.

— Apenas conferindo. Você esta certa, é claro. Continue.

— Três e dois - Percy disse do nada, fazendo todos (inclusive eu) se voltarem para ele. - Três caçadoras e dois campistas. Mais do que justo.

— Percy está certo - disse Silena - dois campistas devem ir.

— Ah, percebo. E suponho que tu desejas ser voluntária? - perguntou Zöe.

— Não vou a lugar nenhum com as caçadoras, olhe para mim!

— Uma filha de Afrodite não quer ser olhada... O que sua mãe diria?

Silena se levantou, mas os Stolls a puxaram de volta.

— Parem com isso - ordenou o conselheiro-chefe do chalé de Hefesto. - Vamos começar com as caçadoras, quais são as três de vocês que irão?

— Eu devo ir, é claro, e vou levar Pheobe, ela é nossa melhor rastreadora. E Lisa, ela será bastante útil.

— E dos campistas? - Quíron perguntou.

— EU! - Grover se levantou tão rápido que alguns biscoitos caíram da mesa de ping pong. - Tudo pra ajudar Ártemis!

— Tudo bem, e o segundo campista? - Zoe perguntou?

— Eu irei - Thalia respondeu.

— Ei, espere um pouco. Eu também quero ir. - Percy reclamou.

— Ele não pode. É um garoto. Não teremos caçadoras viajando com garotos.

— E o Grover? - Percy protestou.

— Ele não conta, ele é um sátiro. Não é tecnicamente um garoto.

— Ei! - Grover reclamou.

— Eu tenho que ir - Percy continuou. - Preciso estar nessa missão.

É claro que eu sabia o motivo. Era por causa daquela tal de Annabeth. Não fui a única que percebi:

— Por que? Por causa da sua amiga Annabeth?

— Não! Quer dizer, em parte. Mas sinto que devo ir nessa missão.

— Não - insistiu Zöe. - Leve um sátiro se for preciso, mas um herói não.

Quíron soltou um suspiro cansado e comunicou:

— A missão é para Ártemis. As caçadoras devem aprovar seus companheiros. Está certo: Thalia e Grover acompanharão Zöe, Lisa e Pheobe. Vocês deverão partir na primeira luz do dia. E que os deuses... Estejam com vocês.

[...]

Depois que tudo pareceu resolvido, vi que a expressão de Percy não era muito boa.

Sai de lá antes que alguém me visse, mas fiquei pensando naquela reunião desde então.

Na hora do jantar, procurei ele na mesa de Poseidon... Nada. Comecei a suspeitar de que ele tentaria algo, ou melhor, tentaria de tudo para ir nessa missão.

No dia seguinte acordei ainda de madrugada propositalmente. Caminhei em direção ao chalé de Poseidon e me escondi em uma moita. Tinha uma ótima visão do chalé, assim conseguiria ver quem entrasse ou saísse. E o melhor: sem que ele me visse.

Esperei um bom tempo ate que ouvi um barulho de porta se abrindo e logo depois se fechando. Primeiro achei aquilo bem estranho, mas depois entendi o que era: lembro-me que no dia em que Percy, Grover, Thalia e Annabeth nos socorreram, Annabeth tinha um boné que a deixava invisível. Um pouco antes de partir pra cima do diretor do colégio, ela entregou o tal boné para Percy. Então Percy podia estar invisível.

Por mais estranho que fosse se eu estivesse errada, sai de trás da moita e gritei para qualquer direção:

— Pare! Eu sei que você esta ai em algum lugar, Percy.

No principio ele continuou em silêncio na esperança de que eu fosse embora. Mas eu não fui.

Ouvi o som de passos largos na direção dos estábulos e corri na mesma direção. Senti que havia encostado em algo que não podia ver e é claro que eu soube que era ele. Pulei em cima dele e, com muito esforço, consegui imobiliza-lo (serio, você não sabe o quanto é difícil imobilizar um ser invisível até que você tenha de fazer isso). Logo em seguida tirei seu boné.

— Ai! Você é forte! - ele reclamou, tentando se soltar.

Quando ele viu que não conseguiria, ficou quieto. Senti seus olhos verdes me encarando e instantaneamente corei fortemente.

— Obrigado, faço o que eu posso. - digo o soltando.

Depois que o soltei, ele começou a correr. Droga, ele era rápido.

Fui atrás dele e vi que ele subiu em um dos pégasos do estábulo. Ele era maravilhoso, com suas imensas asas negras e crina bem-cuidada.

— Espere! - digo fazendo com que ambos olhassem em minha direção. - Só uma pergunta - ele soltou a rédea do pégasos e suspirou como se dissesse "ta, você venceu. Vá em frente." e então eu continuei: - O que você pensa que vai fazer? - digo, dando uma certa enfase no "pensa".

Antes que ele dissesse alguma coisa eu ordenei:

— Não faça nada estúpido, Percy Jackson.

— Você não entende, não é mesmo? Eu tenho que fazer isso. Tenho que ir nessa missão.

— Para encontrar a sua namorada, não é? - digo com um certo tom involuntário de raiva.

— Por que todos falam isso?

— Porque você deixa óbvio! - acabo elevando muito o tom e continuo, dessa vez mais baixo. - Desculpa. Mas olha, pode me falar se for por isso. Pra quem eu contaria? Pro Nico? - digo em um tom de ironia.

— Olha, estou indo por ela também, mas sinto que tenho que estar nessa missão.

— Tá, sei. Disse a mesma coisa na reunião.

— O que?

— Ah, nada - digo me lembrando que ele não sabia desse pequeno detalhe.

Ele pensou um pouco e chegou a abrir a boca, mas logo fechou sem dizer nada.

— Tudo bem - digo por fim. - Se você vai, eu também vou.

— Ótimo - ele diz pegando novamente nas rédeas - Espera, o que? - pergunta em seguida como se estivesse absorvendo as informações.

— Isso que você ouviu - digo subindo no pégasos negro.

— Não, você não pode!

— E porque não?

— É muito perigoso.

— Qual é! Você acabou de ser derrotado por uma garotinha. Eu posso me virar.

— Não você não entende! Vamos encontrar monstros bem piores que a manticora.

— Ainda bem que você disse "vamos".

— Mas...

— Percy, eu vou. E não há nada que você possa fazer para me impedir.

— Mas... - ele repetiu.

Suspiro.

— Ok, vou facilitar as coisas para você: se não me deixar ir, eu vou gritar. Vou gritar muito mais alto. E ai você está ferrado. - digo, séria.

Ele pareceu pensar por um momento e por fim disse:

— Tá. Uma a mais não vai fazer tanta diferença, não é mesmo?

— Esse é o espírito - digo e o pégasos começa a voar.


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Notas finais do capítulo

Capitulo maiorzinho ne? Eu ia postar capitulo 11 e 12, mas ai eu pensei: naaaah, deixa um capitulo só mesmo. Entaooo vcs não podem reclamar do tamanho. 'u' sou tao legal, cara