Só podia ser você! escrita por Malia Marescotti


Capítulo 25
Não foi sua culpa!


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários! Eu sei que tem muitos leitores fantasma, mas eu amos vocês de qualquer jeito! A fic tem mais de 80 pessoas acompanhando, então... Eu estou HAPPY!!!! Aproveitem o capítulo!



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Annabeth POV

Minha cabeça está doendo. Estou deitada em uma cama não muito macia. Meus olhos não abrem, mas a luz me incomoda. Consigo escutar algumas vozes, não posso dizer de quem é cada voz, porém são familiares aos meus ouvidos.

Tento me levantar, mas meu corpo todo dói e eu solto um gemido de dor. Já não escuto mais as vozes. Abro meus olhos bem devagar, as luzes são fortes e deixam meus olhos sensíveis. Minha visão se foca um pouco e consigo perceber que estou em um quarto de hospital.

— Annie? — olho para o meu lado esquerdo e lá está a dona da voz. Minha mãe,Atena. Ela está acompanhada de mais algumas pessoas, Poseidon, Thalia, Nico, um homem, provavelmente o medico, e Percy.

— Oi gente. — falei com uma voz muito fraca, que soou estranha aos meus ouvidos.

— Aawnn, minha garotinha... — minha mãe vem até mim com os braços abertos e o rosto molhado por suas lágrimas. — Como você está?

— Ai, mãe... Você está me machucando. — eu digo com dor. Ela me solta e olha para mim enquanto passa os dedos na minha bochecha.

— Me desculpe filha. É eu estava tão preocupada com você e você não acordava...

— Espera ai... Por quanto tempo eu fiquei apagada?

— Um dia e meio. — Percy diz de cabeça abaixada. Ele está usando a mesma roupa do baile. Seus cabelos estão mais bagunçados do que o normal e sua postura exala tensão. Só agora percebi o quanto senti a falta dele.

— Será que vocês podem me deixar sozinha com o Percy por um tempo? — perguntei sem tirar os olhos dele. Sua cabeça ainda está abaixada e não consigo ver os seus olhos.

— Só por um tempo senhorita Chase. — diz o médico. — Daqui a pouco vou voltar com algumas enfermeiras, para que você possa tomar um banho e refazer alguns exames. — eu concordo com a cabeça sem tirar os olhos do meu namorado e logo depois todos saem da sala sem falar nada, mas eu sinto seus olhares em mim até que a porta se feche.

A cabeça de Percy sobe um pouco e ele olha para mim. Ele tem olheiras profundas em baixo dos olhos e parece extremamente cansado.

— Oi. — eu digo.

— Oi. — ele responde um pouco rouco. Ele caminha até mim bem lentamente e eu dou um espaço para que ele deite na cama. — Como você está? — Seus braços estão em volta da minha cintura, estamos cara a cara. Agora me sinto mais do que segura.

—Um pouco dolorida e minha cabeça está doendo, fora isso estou bem. Como você está? — Percy não me responde e ficamos apenas nos acariciando por um tempo. — Percy, você está bem?

Ele olha nos meus olhos e eu vejo que ele está chorando. Eu o puxo para um abraço, ele encaixa a cabeça entre o meu pescoço e meu ombro e me aperta forte. A dor causada pelo seu abraço é intensa, mas eu não me importo.

— Eu senti tanto a sua falta sabidinha! — não sei como, mas eu ainda estou respirando. O Percy me aperta mais e mais forte, como se tivesse algum tentando me afastar dele. — Eu fiquei tão preocupado. — ele soluça. — É tudo culpa minha.

— Ei. — eu coloco os meus braços ao redor dos seus ombros e aliso seus cabelos com meus dedos. — Não foi culpa sua. Como vocês conseguiram me achar? — Percy funga e se afasta de mim só o bastante para me olhar nos olhos.

— Foi o Leo. Nós chamamos a policia, mas aqueles incompetentes apenas fingiram trabalhar na minha cozinha enquanto comiam e bebiam café. O Leo acessou as câmeras do colégio e viu em que carro o Luke fugiu, depois disso ele o rastreou até aquele galpão. Do que você se lembra?

— Eu lembro que eu e as garotas estávamos no banheiro retocando a maquiagem e de repente alguns homens de preto saíram das cabines. Na cabine do final estava o Luke. Eu fiquei paralisada e ele começou a passar a mão no meu corpo e nos das meninas enquanto aqueles caras, do tamanho de um armário, nos seguravam. — não sei se foi impressão minha, mas senti o Percy me apertando um pouco mais. — Ele ficou fazendo isso por um tempo e depois eles nos amarraram e nos amordaçaram. Luke me manteve de pé enquanto as meninas eram amarradas. Depois disso eu senti uma picada no braço e eu desmaiei.

— Ei, se você não quiser continuar não precisa. — Percy secou o meu rosto, que eu sequer percebi que estava molhado pelas minhas lágrimas.

— Eu acordei em um lugar frio e mal iluminado, estava amarrada em uma cadeira e sem mordaça. O Luke chegou depois de um tempo e me disse que não estava fazendo isso apenas por causa da vingança e sim porque ele queria o meu corpo desde que me viu na livraria. — sinto o corpo do Percy ficar rígido e eu apenas passo a mão por suas costas. Ele relaxa na hora. — Ele me beijou a força, mas eu mordi a língua dele e ele se afastou de mim. Mas em compensação ele me deu um tapa no rosto e colocou uma fita isolante grossa e cinza na minha boca. — eu respiro fundo antes de continuar. — Foi ai que, de acordo com o Luke, a festa ia começar. Ele pegou uma tesoura e cortou a minha blusa. O que eu não consegui entender foi o porquê dele ficar tirando fotos minhas cada vez que ele fazia uma coisa diferente.

— Eu sei o porquê. — a voz do Percy está carregada de raiva e tristeza. (A raiva predomina) — Ele me enviou as fotos como provocação. Eu vou matar ele!

— Fica calmo, amor! — beijei sua bochecha e perguntei se podia continuar. Ele assentiu. — Já que você viu as fotos, acho que nem preciso comentar sobre o que aconteceu depois. Mas ai eu ouvi alguns sons de luta. Os homens de preto que estavam perto de mim e de Luke se afastaram e saíram correndo até o foco dos sons. Luke pegou uma seringa que estava em cima de uma mesinha e injetou o liquido em mim. Ele falou alguma coisa, mas eu não ouvi, a ultima coisa que eu vi antes de desmaiar foi o Luke apontando uma arma para o Reyn.

— Era isso que eu estava escondendo de você. —revela Percy. — Leo descobriu a um tempo que o Luke tinha conseguido uma licença para portar armas, eu não queria te deixar muito preocupada, então não te contei.

— Eu fiquei com tanto medo, Percy.

— Não se preocupe, Sabidinha. Se depender de mim e de muita gente, esse cara nunca mais vai sair da cadeia, alem do mais... Eu sei que eu falhei em te proteger, mas nunca mais vai acontecer de novo. Eu te amo sabidinha! E Eu morri mil e uma mortes enquanto você estava desaparecida.

— Eu também te amo, Cabeça de Alga! E eu repito: não foi culpa sua.

Percy consegue dar um meio sorriso e eu para o sorriso dele. Ele se aproxima bem de vagar e sela nossos lábios. Um beijo calmo e cheio de saudade. Como sempre, o beijo dele me causou arrepios e eu senti uma eletricidade dentro de mim.

O beijo acabou e nós ficamos abraçados na cama até que, sem querer, adormecemos.

***

Atena POV

— Tia Atena. — me chama Thalia. — Eu e o Nico vamos tomar um café. Você e o Poseidon querem?

— Eu vou querer sim, Thalia. — responde Poseidon.

— Eu vou querer um Cappuccino, querida.

Thalia e Nico se afastaram e Poseidon chega mais perto de mim. Estou muito aliviada que o meu bebê está bem. Não gostei de ter deixado ela sozinha com o Percy, mas agora que vi o quanto ele ama minha filha, o garoto foi aceito como pretendente.

— Se sente melhor agora que ela está acordada? — pergunta Poseidon me abraçando.

— Me sinto bem mais aliviada. — nossos filhos não sabem, mas nós estamos... Como os jovens falam hoje em dia? A éh! Estamos ficando.

O negocio é que estamos testando esse arranjo. Na época do colegial não deu certo, mas agora estamos mais crescidos e eu ainda amo ele. Esse é o motivo de eu ter ficado tão brava com o relacionamento entre minha filha e o filho dele. Tenho sido cuidadosa para que esse sentimento não seja descoberto.

— Quando você acha que podemos falar para os dois que nós estamos juntos?

— Eu acho que devemos esperar a Annie ir para casa e temos que estabelecer o que está rolando entre nós dois. — respondo. Escuto um pigarreado atrás de mim e eu e Poseidon nos separamos rapidamente.

— Aqui estão as bebidas. — fala Thalia estendendo dois copos de papel. Percebo que ela e Nico estão escondendo um sorriso, mas muito mal escondido. Espero que eles estejam rindo por outra coisa e não por terem me visto com o pai do Percy.

— Olá novamente. — diz o médico. De onde ele surgiu? — Vou entrar, mas acho melhor entrarem comigo, não quero deixar ninguém desconfortável lá dentro.

— Claro. — concordo.

— Tio Poseidon, — chama Nico. — Eu e Thalia vamos lá para a recepção. Os nossos amigos chegaram, mas não podem entrar, então, vamos revezar.

— Tudo bem.

— Toc toc. — o médico grisalho diz ao abrir a porta. Ele entra no quarto — Vocês querem acorda-los ou deixa-los dormindo?

— Como assim? — eu, Poseidon e a enfermeira entramos logo depois. Na cama estão Percy e Annabeth abraçados e dormindo.

Se não fosse a situação em que estamos eu ficaria brava, mas entendo que o Percy estava preocupado e não dormiu desde que isso tudo aconteceu. Annie nem preciso falar. Os resultados dos exames mostraram que ela foi dopada com uma grande quantidade de tranqüilizante de cavalo. Ela podia ter morrido, mas graças aos deuses essa fatalidade não aconteceu.

— Será que podemos deixá-los dormindo por um tempo? — pergunta Poseidon. Ele está olhando amorosamente para o casal dormindo em concha. — O Percy estava tão cansado que aposto que nem se esse lugar desmoronar ele vai acordar.

— Podemos deixá-los dormindo por mais três horas no máximo. Eu realmente tenho que fazer os exames na senhorita Chase para averiguar se ela já pode ir para casa.

— Esse tempo será o suficiente, obrigada. — eu agradeço. — Acho melhor sairmos daqui.

Deixamos os dois no quarto e vamos até a recepção onde estão os amigos da Annie.

— Como ela está? —pergunta Piper.

— Ficou com muitos hematomas? — pergunta Silena.

— Que remédios ela está tomando? — pergunta Juniper.

— Eu vou matar o Luke. — rosna Jason.

— E eu ajudo. — diz Leo.

— Somos três. — diz Nico.

— Quatro comigo. — fala Grover.

— Calma ai galera! — reclama Poseidon. — Ninguém vai matar ninguém. O Luke está bem preso agora.

— Não quero saber dele. — fala Piper com impaciência. — Como a Annie está?

— Ela está bem agora. — respondo. — Ela está dormindo e o Percy está com ela.

— Tudo bem. — concorda Silena. — A mulher disse que não podemos ir vê-la, porque o horário de visitas acabou e agora quem entra é apenas a família.

— Vão ter que esperar até amanha então. — eu digo.

— É melhor todos vocês irem para casa descansar. — aconselha Poseidon.

— Promete que avisa se alho acontecer? — pergunta Thalia.

— Eu prometo, querida. Qualquer coisa eu aviso a vocês.


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Notas finais do capítulo

Galera, eu quero saber se vcs querem mais ação ou romance e que eu mostre a vida deles normal(competição das lideres de torcida, jogos de basquete, festas, shows, desfiles, namoro...). Respondam como vocês querem e eu vou tentar incorporar na fic! Xoxo



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