Para o Meu Amor, Emmett escrita por thysss


Capítulo 124
Capítulo 125




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Mas seu alivio não poderia durar muito, pois Emmett não estava morto, porém isso não significava que ele realmente ficaria bom. Já do lado de fora daquela sala fria, ela voltou a olhar para o oficial que a acompanhara até ali, e suspirou ao ouvi-lo novamente lembrá-la de que o estado do outro homem encontrado não era estável, e que não havia garantia nenhuma. Erguendo o rosto Rosalie decidiu que se manteria pensando positivo, Emmett voltaria para ela, ele havia lhe prometido. Pôs a mão sobre seu coração que disparava e viu Marcus assentir, ele iria levá-la até Emmett, só mais alguns passos e ela voltaria a ver o homem da sua vida. Aqueles foram os passos mais longos que Rosalie já dera na vida, cada passo para frente parecia deixá-la dois para trás, como se a porta do quarto em que Emmett estava nunca pudesse ser alcançada, como se ao invés de estar indo para ele, a sensação era de que ia para cada vez mais longe. Por um momento desejou ter seus filhos ali, mesmo sabendo que aquele não era o ambiente ideal para crianças, e que não deixaria Victor ver o pai dependendo do estado em que Emmett se encontrasse, mesmo assim ela desejou ter suas crianças ali, porque assim como nos dias em que Emmett estivera ausente e as crianças foram seu porto seguro, naquele momento ela sentia que se estivesse com Victor ao seu lado e Elle em seus braços, ela estaria bem, e Emmett também ficaria bem. Sentia que tudo daria certo. Mas não, a realidade era o oposto. Emmett não estava bem e ela estava sozinha ali indo ao encontro dele. O oficial Marcus voltou a assentir, desta vez já parado em frente a uma porta branca com uma pequena janelinha de vidro, que não permitia ver o tanto que Rosalie desejava. Ainda assim, por alguns segundos, ela ficou observando através do vidro para tentar ver o estado de Emmett, mas não poderia dizer nada, as lágrimas lhe embaçavam a visão. Levou uma mão a boca, e desviou o olhar, havia prometido se manter firme. - Ele está na última cama – Marcus disse pondo uma mão sobre seu ombro. Era um quarto longo, fazia sentido ela não conseguir vê-lo com nitidez. Suas pernas fraquejaram antes de abrir a porta, de repente sentindo o desespero e a fragilidade da situação, mas de verdade sua vontade era de correr, correr para vê-lo e abraçá-lo, sentir seu cheiro, senti-lo. - Obrigada – ela disse a Marcus, vendo-o tirar a mão de seu ombro e se afastar dois passos. Aquele era um momento entre Rosalie e o homem que amava, e Marcus se sentiu gratificado por poder observá-los – ainda que fosse através da pequena janelinha na porta – pois seu trabalho tantas vezes só proporcionava momentos difíceis, ele era sempre quem levava as más notícias, então quando uma espécie de final feliz podia ser idealizada, para Marcus era uma satisfação acompanhá-la, tornar-se responsável por levar aquela mulher a descobrir que o homem a quem ama não estava morto. Era uma satisfação sem limites. Passar no corredor daquele longo quarto fez seu coração se apertar e sua garganta fechar devido ao nó do choro que logo viria, não só pela emoção de reencontrar Emmett, mas por cada vítima naquele mesmo quarto com familiares desolados ao seu lado. Eram mães, pais, avós e filhos que choravam abraçados a homens tão jovens quanto Emmett, alguns mais jovens ainda que acreditavam que honrar seu estado naquela guerra civil seria como uma espécie de diversão, ainda mais para homens saídos de estados interioranos onde o único meio de ganhar dinheiro é através do trabalho braçal, por isso, para tantos era mais que uma honra se alistar nesta guerra, era uma oportunidade de sair da vida rural para algo real, para a ação de verdade, ação essa apresentada a eles apenas através de histórias. Mas agora todos sabiam que não era tão divertido assim. Um sorriso involuntário surgiu em seus lábios ao ver Emmett deitado naquela cama, ele a observava desde que entrara naquele quarto, e sabia que o coração dele se encontrava tão acelerado e cheio de saudade quanto o seu. Via o brilho nos olhos dele, e para Rosalie aquele foi o melhor momento de sua vida, o momento em que teve certeza de que ele voltaria a ficar bem. Que ele voltaria a ser seu. Acelerou o passo para chegar até ele e abraçá-lo, e sentir seu cheiro e beijá-lo, com um sorriso ela ficou ao seu lado, temerosa que mais alguma demonstração de afeto pudesse machucá-lo, afinal ele estava tão enfaixado que seu coração voltou a doer. - Nunca mais se atreva a fazer isso comigo – ela disse passando a mão por seu cabelo raspado. Emmett assentiu com os olhos brilhosos, estava orgulhoso, havia sobrevivido, havia voltado para Rosalie e seus filhos, voltado para sua família, e agora com a certeza maior que nunca de que Rose não precisaria passar por isso novamente, nem com ele, nem com seus filhos. O histórico de guerras presenciadas por aquela família terminava ali. Ele estava orgulhoso disso! - Eu amo você – foi a primeira coisa que Emmett conseguiu dizer, e Rosalie pensou que estava se apaixonando por ele novamente. – Eu tenho duas costelas quebradas, um tornozelo inchado e vou ficar numa cadeira de rodas pelo próximo mês, meus ombros doem e minha cabeça passou dias latejando, eu estou destruído, mas eu amo você e nada vai mudar. Então Rosalie teve certeza de que estava se apaixonando por ele novamente. Era sempre assim, e aquele calor gostoso do amor enchendo seu coração a fez se sentir segura novamente, a fez ter certeza de que tudo daria certo e a fez parar de ter medo pelo que viria pela frente, pois sabia que Emmett estaria junto dela para enfrentar o que quer que fosse, e nada mudaria isso. Nada era mais valioso que aquela certeza. - Eu amo você – ela disse voltando a beijá-lo. – Eu passei dias desesperada pela sua ausência, aflita pela saudade e ansiosa pelo momento em que você voltaria de casa, pelo momento em que eu iria voltar a esperá-lo na porta de casa, com o jantar pronto e as crianças brincando, pelo momento que você voltaria a me abraçar e dizer que eu sou a mulher da sua vida. Eu estava morrendo por dentro, sendo corroída por uma saudade sem tamanhos que eu nunca pensei que poderia sentir. Estava morrendo por notícias do homem da minha vida. Passei dias sem viver... Mas para ter esse momento ao seu lado, para voltar a ver você, para cuidar de você, valeu a pena. Valeu a pena porque eu posso voltar a amar você e isso não tem preço.


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Notas finais do capítulo

n/a: eu demorei um pouquinho mais para postar por não querer postar de qualquer jeito nem qualquer coisa, espero que vocês gostem deste capítulo, e a fic está de volta para os últimos capítulos!
voltem a comentar, please.
e mais uma vez, lamento muito ter ficado esse tempo todo ausente, mas como disse no aviso que postei na outra semana, foi por motivos de forças maiores.

beijos!