Crônicas de Uzumaki Naruto: escrita por Yori Sora


Capítulo 1
A Vida de um Demônio:




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Olá, o meu nome é Uzumaki Naruto. Me perdoem por tudo, eu realmente sinto muito. Ops, mentira, não sinto por absolutamente nada. Tudo que eu fiz não foi por ninguém além de mim mesmo e de pessoas importantes para mim, então não importa. Sabem, eu realmente creio que uma pessoa não necessita ser "boa" para ser digna, mas sim ter um foco, um ideal. E persegui-lo doentiamente. Um tanto dramático? Sinto muito, agora é sério, pois eu realmente sou uma pessoa dramática.

Tudo começou na minha tenra infância, quando eu tinha apenas cinco anos de idade. Eu vivia excluído, renegado e odiado pelos os meus próprios companheiros de vila, eu era forçado a encarar vários e vários olhares de ódio que eram mais gélidos que toda a glória da maldade humana. Ora, eu era apenas uma criança magra, baixa e com pele bronzeada, olhos azuis como o céu e cabelos loiros e arrepiados. Modéstia à parte, eu era uma criança bonita.

Mas gostar de alguém só pela a beleza dela me parece um pouco superficial, então os meus companheiros de vila não gostavam de mim, com exceção de uma pessoa muito especial, mas isso será detalhado depois. Enfim, eu tinha cinco anos e estava voltando para casa, cabisbaixo. Eu admirava muito os ninjas anbus - vocês sabem, os ninjas de Konoha que seguiam ordens perigosas e diretas do Hokage, então -, eles usavam máscaras e eram poderosos, realizando missões rank S. Naquele dia, eu vi uma loja que vendia máscaras dessas, provavelmente para agradar crianças que queriam brincar de ninja com amiguinhos. Eu olhei para a loja, encantado.

O dono da loja me olhou furioso.

- O que você quer aqui,demônio!? - ele exclamou. - Quer uma máscara dessas!? Tome! - ele pegou uma máscara de raposa e a jogou em minha direção. Eu não havia entendido a piada do Universo ao colocar-me diante de uma máscara de raposa, mas enfim. - Agora saia daqui!

Eu fiquei com os olhos arregalados e comecei a correr, lágrimas insistiam em escorrer dos meus olhos. Corri com toda a velocidade que a condição de uma criança comum me permitia. Corri até chegar na floresta de Konoha, onde desatei em lágrimas. Chorei sentado e encostado numa grande árvore e acabei adormecendo, mesmo sendo um dia de sol em Konoha.

Ao acordar, tive um efeito incrível - eu não sabia onde eu estava! Eu havia perdido todo o sentido de orientação, a minha mente estava bagunçada. Alguns segundos se passaram e eu notei que havia dormido ali, mas ainda estava muito "brisado". Me levantei da árvore, ainda sonolento, e comecei a andar pela a floresta, não muito longe de Konoha, e me dirigi até um lago.

Era um lago lindo e límpido, eu notei que já estava de tarde, o céu estava mais avermelhado do que o normal, com o sol se pondo. Olhei para cima e aquilo pareceu-me tão fantástico! Eu senti uma euforia, eu senti um senso de quem estava em harmonia consigo mesmo! Inevitavelmente, senti uma enorme malícia, uma sensação de que todos se curvariam aos meus pequeninos pés, uma sensação de que eu poderia fazer absolutamente tudo!

Eu comecei a rir, uma risada infantil, mas a minha primeira risada verdadeira. Eu não sentia mais nada, poderia estar enlouquecendo ali e nada me afetaria tanto quanto aquela tarde. O poder, a glória, eu sentia tudo isso. Eu sabia que o vento ao meu redor estava insano, que ali ventava fortemente, mas demorei um pouco para perceber que havia apagado, digo, a minha consciência.

1...

2...

3...

Eu ainda podia contar, então estava vivo, não? Depois de toda aquela minha loucura inicial. Eu me sentia molhado, como se estivesse deitado em algo molhado, achei que fosse o belo lago que eu vi antes. Mas não era. Depois de alguns vários instantes, eu notei que estava em uma espécie de esgoto. Senti um pouco de asco, de nojo dessa situação, mas deixei pra lá.

Eu sentia uma familiaridade estranha com aquele lugar, já levantado, comecei a caminhar por ali, molhando bastante os meus pés. Eu conseguia sentir uma presença que se tornava mais forte conforme eu me aproximava, até que a presença se tornara extremamente grande e poderosa. Eu me vi diante de um portão ou melhor... uma jaula. Na escuridão dentro da jaula, que era de ferro, notei dois enormes e brilhantes olhos vermelhos com uma fenda negra como íris. Eu mal sabia ler, então não sabia o que estava escrito na jaula na época, mas agora sei exatamente a palavra. "Selo".

Vi a escuridão da jaula clarear e vi uma enorme besta com pelugem vermelha, um tanto alaranjada. Ela tinha um sorriso enorme e suas presas eram brancas e gigantescas, achei aquilo um pouco engraçado, tanto que dei um sorriso.

- O que acha engraçado em mim, pirralho? - o ser, que identifiquei como uma raposa, perguntou, ainda sorrindo. - Por que não se aproxima?

Imediatamente eu desfiz o sorriso, falando seriamente.

- Se eu me aproximar, você vai me matar - eu respondi.

- Hum... você é bem perspicaz. É surpreendente, inclusive, o fato de você ter vindo aqui tão facilmente, bastando conhecer a maldade em seu coração - o ser respondeu. Eu achei aquilo terrivelmente tedioso.

- Que seja - eu respondi, em meu tédio. - Quem é você? - questionei.

- Ora, ora... - a raposa respondeu - eu não sou ninguém mais, ninguém mesmo, que a temível e terrível Kyuubi no Yoko - ah, então ela era a Kyuubi, foi o que percebi.

- Ah, tá explicado... por isso me chamam de "garoto-raposa" - eu refleti. - O que faz aqui, Kyuubi?

- Eu fui selado em você pelo o seu pai - a Kyuubi respondeu, com desdém. Eu dei uma risada sem humor, disso eu lembro bem.

- Então o meu próprio pai te selou em mim? O meu pai foi o Yondaime Hokage? - eu questionei, mas mais pra mim mesmo, e me sentei no chão, me jogando.

- Escute, garoto, não te revelarei nada sobre a real intenção do seu pai porque isso não me interessa. Torne-se forte e descubra - a Kyuubi disse.

- Eu não preciso descobrir nada, sei que ele fez isso para proteger a vila - eu respondi. - Que seja, eu não me importo - eu continuei dizendo, me levantando. - Kyuubi, espero que possamos ser amigos.

A Kyuubi gargalhou, uma risada terrivelmente assustadora, mas tanto para mim.

- Um moleque raquítico como você meu amigo!? Você é engraçado - a Kyuubi zombou.

- Ora, eu realmente terei a sua amizade, Kyuubi - eu respondi, com um sorriso que não consegui conter, mas eu estava tomado pelos os meus piores sentimentos. - Afinal, eu sereiapior pessoa do mundo- concluí.


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Notas finais do capítulo

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