The Only Reason escrita por Mrs M


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE, VOLTEI! Apesar de ter demorado um semana e alguns dias, voltei de novo. Mas eu avisei que talvez demoraria... É, isso, podem ir ler o capítulo agora!



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– Você é louca? Disse ao Cato que eu ia terminar com ele e ficar com o John! Quando disse essa mentira a ele? – perguntei para Katniss e agradeci pela sala de aula está bem mais interessada em outros assuntos.

Ela não parecia assustada nem nada, apenas soltou sua lixa de unha em cima da mesa e ajeitou-se na cadeira, olhando em seguida para mim.

– Caso ele fizesse alguma merda – Katniss lembrou. – Contei sexta, mandei mensagens. Lembra? Poxa, eu só estou tentando te ajudar!

– A acabar com o meu relacionamento? Obrigada, mas dispenso sua ajuda – falei irritada.

Katniss revirou os olhos e dessa vez se levantou. Eu fiz o mesmo e fiquei a encarando. Tudo bem que ela era minha melhor amiga, mas ficar se metendo na minha vida amorosa já era demais.

– Clove, até você sabe que esse seu namoro com Cato não vai durar muito. Eu só estava adiantando as coisas e alertando ele!

– Alertando nada! Você disse que eu ia ficar com John! Katniss, não é que eu queira ser ignorante com você, mas, por favor, pare de ser meter no meu namoro! Eu e Cato sabemos o que fazemos! – falei e peguei meus livros de cima da minha mesa e sai da sala emburrada.

Não estava mais com cabeça para ficar na sala de aula e ter que escutar sobre matemática. Andei até a biblioteca e joguei meus livros em cima da mesa, fazendo um barulho alto e a senhora bibliotecária olhar feio para mim.

– Desculpe – murmurei e sentei-me.

Suspirei. Não gosto de brigar com Katniss, mas ultimamente ela tem se metido demais na minha vida. Nem minha irmã se mete assim na minha vida! Eu sei que minha amiga só quer meu bem e toda aquele blá, blá, blá de melhores amigas, mas eu acho que já basta.

Abaixei minha cabeça e tentei esquecer isso.

Tirando o fato de Katniss ter mandando mensagens irônicas o final de semana inteiro, o resto do sábado e domingo passaram calmos. Calmos por eu ainda está doente. Eu havia pegado uma gripe horrível que me fez passar noites com febre. E ainda estava assim, com o corpo com mais de 38°. Mas eu tinha que vir para a escola, claro que tinha.

Levantei a cabeça rapidamente quando senti o celular vibrando no meu bolso. Peguei-o rapidamente e li a mensagem de Cato:

Você está bem? De qualquer maneira, não vá trabalhar hoje. Eu disse ao meu chefe que não poderia ir para a sorveteria depois da faculdade. Cuidarei de você, de novo.

Sorri ao ler a mensagem e logo respondi:

Tudo bem. Não estou com cabeça nem para trabalhar nem para assistir aula. Será que o meu pai me deixa ir para casa?!

Soltei uma gargalhada com a minha própria ironia e algumas pessoas olharam para mim, inclusive a velha chata que tomava conta daquele lugar. Pedi desculpas novamente e olhei para o visor do celular quando outra mensagem chegou.

Já? Não terminou nem a primeira aula! Mas se não estiver se sentindo bem, vá mesmo para casa. Também não estou com cabeça para ir assistir aula hoje, a faculdade está um saco.

Fiquei me perguntando se essa falta de interesse nos estudos hoje de Cato tinha a ver com Amy, mas preferi não perguntar. Não queria abalar mais meu humor nesse dia. Respondi que iria para casa e ele disse que também iria.

Me levantei tão rápido que levei uma queda e soltei um grunhido alto de raiva.

– Senhorita, vou ter que pedir educadamente que saia da minha biblioteca. Você faz muito barulho! – a bibliotecária falou para mim e eu apenas acenei com a mão.

O céu estava nublado e o tempo estava frio. Eu estava rezando para não cair uma tempestade; não hoje.

Andava lentamente até minha casa quando avistei Cato. Ele tinha saído correndo da faculdade?! Ele acenou para mim e eu logo o alcancei. A primeira coisa que meu namorado fez foi colocar a mão na minha testa e eu revirei os olhos.

– Sim, estou com febre. Ainda - respondi simplesmente e entrei em casa.

– Não acha melhor ir ao hospital? Sabe, pode piorar e...

– Não vamos ao hospital. Eu estou bem, é apenas uma gripe.

– Tudo bem – ele murmurou derrotado e me seguiu até a cozinha. – Mas então, o que te fez sair da escola antes mesmo da aula começar?

– Katniss.

– Ah, sobre as mensagens, não é? – Cato perguntou.

– É – comecei a fazer um milk-shake enquanto Cato encostava-se no balcão, olhando para mim. – E o que te fez sair da escola cedo?

– Apenas não estava com cabeça para ficar na faculdade, estava chato... – ele falou e eu me virei em sua direção, com o copo de milk-shake nas mãos.

Arqueei uma sobrancelha para Cato e ele fez o mesmo. Soltei uma gargalhada baixinha; ele não ia falar que Amy estava envolvida nisso. Talvez ela realmente não estivesse.

– Hum... – murmurei e suguei a bebida com o canudo verde. – Tudo bem, então.

– Você está melhor? – ele perguntou e puxou o copo da minha mão, bebendo um gole. Revirei os olhos. – Não devia beber isso.

– Estou bem – falei e puxei o copo de sua mão.

***

Na manhã seguinte eu estava com uma disposição ótima. A febre tinha passado e eu estava agradecendo a Deus.

Quando cheguei na escola, Katniss logo veio correndo até mim e começou a falar as coisas de sempre, como se nossa conversa de ontem não tivesse acontecido. Por um lado isso era bom.

No trabalho não foi muito diferente. Atendi várias mesas até dar dez e meia da noite, tive que aturar adolescentes dando em cima de mim... Era a mesma coisa.

Mas quando cheguei em casa foi sim diferente. Cato não estava em casa, tudo bem. Eu fiz o que tinha para fazer e fiquei na sala, assistindo televisão e esperando ele. Mas Cato não chegou. Eu estava preocupada, então mandei uma mensagem. Ele apenas respondeu com ‘estou bem, não se preocupe, estou chegando’. Além de está quase uma hora atrasado, ele ainda me pede para não ficar preocupada.

E eu, de idiota que sou, fiquei esperando. Esperei tanto que acabei cochilando no sofá. Chegou um momento que eu desisti de esperar. Fui para o quarto e dormir sem antes mesmo de ver a cara de Cato dentro do quarto.

***

Abri os olhos e tentei me acostumar com a claridade. Cato estava parado ao lado da porta mexendo no celular e quando me viu levantar da cama sorriu. Eu apenas segui para o banheiro e comecei a me arrumar.

Ao chegar na cozinha, meu namorado estava bebendo um copo de suco. Ele sorriu mais uma vez para mim, porém eu desviei o olhar.

– O que aconteceu? – ele perguntou enquanto eu caminhava até a geladeira.

Você chega depois do seu horário e nem me diz o que estava fazendo. Nem mesmo sei que horas chegou! Isso foi o que aconteceu.

– Nada – respondi apenas isso e olhei para o chão enquanto bebia o suco de caixinha.

– Tem certeza?

– Absoluta – fui mais curta e grossa possível.

Cato arqueou uma sobrancelha e eu revirei os olhos.

– Vamos logo para a escola.

Caminhamos rapidamente até a escola e eu apenas acenei com a mão para Cato antes de entrar no prédio e encontrar uma Katniss toda animada. Ela falou que não podia perder muito tempo e saiu correndo para a biblioteca. Eu não tive nem oportunidade de perguntar o que ela havia feito...

Andei lentamente até a sala de aula e joguei meus livros em cima da mesa, abaixando minha cabeça em seguida.

***

Uma mão puxou levemente meus cabelos e eu nem precisava me virar para saber que Cato havia chegado em casa. Eu estava sentada no banco preto em frente ao balcão comendo uns salgadinhos que encontrei no armário.

– Oi – ele falou e parou do outro lado do balcão, na minha frente.

– Oi – respondi e coloquei um salgadinho na boca.

– Isso não é saudável – dei de ombros e voltei a comer. – Então...

Engoli o salgadinho e olhei para Cato. Eu conhecia esse tom, ele queria falar sobre algo sério.

O que foi?

– Você sabe que Amy gosta de mim, não sabe? – ele perguntou e eu revirei os olhos.

– Sim, eu sei.

– E você sabe que ela quer ficar comigo, não sabe?

– Não, não sabia. E tem coisas que eu realmente não preciso nem quero saber – falei irritada e voltei a comer.

– Se eu não falasse, você ia ficar brava! Mas não se preocupe, continuamos só amigos. E até tenho falado bem menos com ela.

– Uhum... – murmurei enquanto colocava o último salgadinho na boca. – Não quero parecer possessiva, mas acho bom continuar assim.

– Você é possessiva. Talvez isso seja seu único defeito. Você é muito ciumenta e isso é chato – Cato nunca tinha sido tão grosso assim comigo.

Levantei irritada do banco e olhei para ele.

– E você quer que eu fique calada quando meu namorado é desejado por uma vadia? Ah, Cato, vá a merda!

Sai da cozinha com raiva e fui para o meu quarto. Qualquer lugar longe de Cato nesse momento era melhor.


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Notas finais do capítulo

Clove sabe que é ciumenta, mas ouvir isso de Cato deve ter sido um pouco doloroso. Mas, vamos lá gente, ela precisava disso... Vamos saber como isso fica no próximo capítulo :XXXX
E sobre a Amy... Ela aparecerá em breve. Quem sabe no próximo?! :X
Agora, temos poucos capítulos até o final da fic... Mas já estou escrevendo outra e espero ver todas vocês lá, hein?!
Gente, comentem e, se quiserem, recomendem!!! Beijos e até mais!