Plano de Vingança escrita por Mazu


Capítulo 5
Amansando a Fera


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, sei que demorei mais do que demoro, mas é porque as aulas retornaram e dias da semana são puxados. As postagens serão semanais nos finais de semana, se eu tiver com os capítulos adiantados posso até postar dois por fds.
Enfim, aqui um capítulo que acho que vão gostar.
Obrigada a Rosa Potter por sempre comentar e a Aquaria e Tamiresdr por terem aparecido no último capítulo.



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META 1: Conquistar Rose Weasley

PARTE 3 - Amansando a Fera

O sábado chegou e com ele o passeio para Hogsmeade. Scorpius fora cedo, ainda de manhãzinha, para aproveitar o Três Vassouras vazio. E qual não fora a sua surpresa ao ver Rose Weasley numa mesa sozinha tomando café e lendo um livro velho. Provavelmente, Lily devia ou estar no encontro com Boor ou se arrumando para o mesmo. Ele sorriu, era sua oportunidade de começar a pôr o plano em prática.

Ele pediu uma cerveja amanteigada no balcão e dirigiu-se até a mesa da ruiva. Sentou-se na cadeira ao seu lado e encarou-a por uns instantes, com o sorriso travesso no rosto.

– Bom dia, Weasley! - Ele cumprimentou por fim, apoiando a cerveja na mesa. Apenas esperando a resposta mal-humorada que viria.

– Não tem mais ninguém para amolar a essa hora, Malfoy? - Ela encarou-o por cima do livro, sem nem se dar ao trabalho de mexer a cabeça. - Não estou com paciência hoje! - Voltou a encarar o livro.

– O que está lendo? - Perguntou já que não conseguia ler o título do livro. Rose bufou ao perceber que ele não desistira. Mas também não respondeu. Scorpius revirou os olhos e subiu um pouco o livro para ler o título. - A Descoberta de um Novo Fim? Que nome tosco. Sobre o que se trata? - Rose teve que contar até três para manter a calma, ele havia mesmo acabado de dizer que seu livro favorito era tosco?

– Sobre uma garota, que acabou de matar o próprio namorado simplesmente porque o achava chato, ai depois ela começou a matar todos os caras que sequer dirigiam-lhe a palavra. - Ela comentou irônica encarando o loiro com um sorriso falso no rosto. Existia mesmo um livro com aquela história, mas se fosse o primeiro na sua lista de preferência, seria de baixo para cima.

– Não perguntei sobre sua biografia, Weasley. - Ele retrucou apenas para irritá-la. Foi a vez dela revirar os olhos.

– Quem me dera! Adoraria te matar neste exato momento. - Ela colocou um sorriso maníaco no rosto, o que fez Scorpius rir. Ele ergueu as mãos como se rendesse. Ela voltou a encarar o livro.

– Calma, Rose! Não estamos namorando ainda. - Ele comentou satisfeito por sua resposta e deixou claro o "ainda", para que Rose percebesse. Ele apoiou os cotovelos na mesa, aproximando-se mais da ruiva, que no mesmo momento, encostou-se na cadeira, afastando-se de seu livro e de Scorpius.

E Rose percebeu, por isso encarou-o novamente. "O que diabos ele quis dizer com isso?". Para fingir que não escutara, Rose revirou os olhos, como se entendesse aquilo apenas como outra provocação.

– Você é irritante. - Ela suspirou, voltando a ler seu livro favorito. Scorpius saboreou o sorriso em seus próprios lábios. - Já pode ir!

– Não, obrigado! Estou confortável aqui com você. - Ele falou reprimindo o sorriso.

Adorou aquilo de provocá-la, como nunca fizera isso antes? Ela apenas revirou os olhos, virando a página do livro apenas para avisá-lo que prestava atenção no livro e não nele. O que era totalmente mentira, já tinha se perdido na história há muito tempo.

– Vai me contar o que de tão bom tem nesse livro, para me ignorar?

– Não é como se fosse difícil achar algo mais interessante que você, Malfoy. - Ela falou, bebendo o último gole de café e levantando-se. - E se quiser mesmo saber, vá ler o livro. - Ela fechou o livro e recolheu-o, levando-o consigo para fora do estabelecimento.

– Com licença, senhor? - Uma mulher perguntou chegando perto de Scorpius, que sorria pelo canto do lábio. - É que a senhorita que acabou de sair falou que você pagaria o café dela. Imagino que seja o namorado dela.

O sorriso de Scorpius sumiu na mesma hora. Já o de Rose, que caminhava de volta para Hogwarts não podia ser maior. Até que Malfoy servia para alguma coisa. Ela havia vencido daquela vez, mas Scorpius garantiu que dá próxima não seria do mesmo jeito.

–-x--

– Hey, Scott. Me deve dinheiro. - Scorpius falou alto demais entrando pelo salão comunal. Algumas pessoas encararam o loiro que entrava com um sorriso travesso no rosto. Assim eles viram que não daria briga, ou seja, perderam o interesse.

– Por que você não fala logo o plano para toda a escola? - Maxxie revirou os olhos, se acomodando numa das poltronas dali. Scorpius sentou ao sofá do lado rindo.

– Bem, ainda não são os 600 que você me deve. A Weasley me cobrou um café e a culpa é sua e eu tive que comprar um livro. - Scorpius relatou, fazendo a conta. - Dá 2 galeões e 10 sicles.

– Ei, espera ai, o que eu tenho a ver com o livro? - Max perguntou confuso.

– Ela praticamente me sugeriu o livro, então eu preciso ler para ter assunto com ela. - Scorpius falou como se fosse obvio. - E eu não vou gastar meu dinheiro com isso.

– Você é um mão de vaca mesmo. - Maxxie resmungou tirando algumas moedas do bolso. Ele contou e quando teve o cobrado, ele entregou. - Já sabe seu dever de casa, então! - Scorpius sorriu concordando, levantou-se e foi para seu dormitório.

Ele pegou o livro que tinha chegado naquela manhã de domingo e foi para sua cama, jogando-se lá. O livro até que não era muito ruim, Scorpius pensava que seria apenas outro daqueles livros de mulher, melosinho cheio de clichês.

No começo até que era, com uma garota sofrendo ao descobrir que seu namorado tinha câncer terminal, uma doença trouxa praticamente sem cura. Então, ela terminou o namoro, por medo, o que deixou Scorpius meio puto. Só que depois de um tempo, quando o ex-namorado dela, Simon, simplesmente sumiu de todos os cantos, ela foi atrás de saber se ele havia morrido ou não. Ai vem a parte foda, segundo Scorpius mesmo havia dito, Simon já estava morto antes mesmo de Julie, a principal, ter nascido. Ai começou toda uma investigação sobre aquilo, se ela estava louca, ou se Simon realmente existira para ela.

Foi então que quando ela tomou um dos remédios de Simon que tinha ficado em sua bolsa, o tempo voltou para o mesmo dia em que ela havia terminado com ele. Ela pediu-o explicações, mostrou-lhe seu atestado de óbito e tudo o mais. No final, Simon realmente havia morrido antes dela nascer, a diferença era que ela não havia nascido, era tudo alucinação causada pelos remédios que o garoto tomava.

Scorpius tinha que admitir, Rose tinha um bom gosto literário.

–-x--

Rose voltava da sala de poções nas masmorras, onde tinha aproveitado o horário livre para tirar uma dúvida com o professor de poções, quando foi abordada por Thomas Boor.

– Rose, posso falar com você? - Ele pediu meio sem jeito. Rose desviou o olhar, estava com muita raiva dele, mas não queria ser mal-educada então apenas meneou a cabeça positivamente. - Me desculpa, ta bom?

– Pelo quê? - Ela perguntou cínica encarando-o mortalmente. - Por ter me convidado para sair e depois ter saído com a minha prima? Não, eu não desculpo. Agora se me der licença... - Ela tentou esquivar-se dele, mas o mesmo puxou-a pelo braço, machucando-a um pouco, mas ela não admitiria.

– Desculpa, sério mesmo. Eu tentei dizer a ela que eu queria sair com você, mas ela insistiu e eu... Eu... - Ele não sabia o que dizer, então Rose resolveu ajudá-lo.

– Você não recusaria a chance de sair com Lily, coisa que você nunca teria coragem de pedir. - Ela falou de uma vez, sem reprimir a raiva. Thomas tentou argumentar. - Não negue. É um covarde e um filho da puta. - Rose puxou seu braço com força, largando-se do braço de Thomas e saindo dali a passos largos.

"Que idiota! Teve a cara de pau de vir pedir desculpas... Quer saber, ele que se lasque."

Scorpius tinha acabado de sair do Salão Comunal da Soncerina quando viu, ao longe, Rose conversando com Thomas. Ok, aquilo daria em briga ou sei lá. Ele voltou para o salão para buscar algo que lhe ajudaria a se aproximar de Rose.

Rose continuava a andar, tentando sumir das masmorras o mais rápido possível, mas ela sempre acabava se perdendo, tendo que voltar para dobrar em um corredor ou outro.

– Weasley! - Scorpius falou assim que Rose dobrou um corredor, assustando-a. Ela deu um leve pulo para trás e levou as mãos para o rosto, arfando rapidamente. Scorpius não conseguiu evitar o riso.

– Que diabos, Malfoy! Queria me matar? E pare de rir. - Ela resmungou tirando as mãos do rosto, encarando-o. - E me deixe em paz, estou sem paciência hoje. - Ela voltou a andar a passos largos, Scorpius continuou onde estava apenas encarando-a.

– Você está sempre sem paciência, Ruiva. - Ele falou com um sorriso travesso no rosto. - E esse corredor é sem saída. - Ele avisou, mas Rose ignorou, provavelmente sem acreditar nele. Scorpius viu-a sumir na sombra do corredor.

– Merda! - A voz ecoou pelo corredor fazendo Scorpius voltar a rir. Da sombra, Rose surgiu pisando cada vez mais forte no chão. - Não fale nada.

– Ok, senhorita! - Ele tentou reprimir o riso, mas ainda escapava. - Bem, eu posso ajudá-la de duas formas. Primeiro, posso tirá-la das masmorras e segundo, posso ajudá-la a descontar a raiva de modo produtivo. Mas terá que pedir por favor. - Ele acrescentou com um sorriso. Rose bufou.

– Apenas me tire das masmorras, por favor. - Ela praticamente cuspiu o "por favor". - Não preciso descontar minha raiva.

– Acho que precisa sim. Ou melhor, acho que vai querer. - Só então Scorpius mostrou o que trazia em mãos, um conjunto de luvas de boxe e aparador de soco. Os olhos de Rose pareceram brilhar. - Vai perder a chance de bater em mim de graça? - Ele perguntou com um sorriso sugestivo no rosto e ficou mais que satisfeito com o sorriso que Rose lhe lançou.

– Claro que não! - Ela falou e Scorpius fez um sinal para que ela o seguisse.

–-x--

– Então, por que está com raiva? - Scorpius perguntou aparando um soco forte de Rose. Os dois estavam em um canto afastado do jardim, aproveitando que não tinham aulas naquela hora.

– Não! - Ela proferiu, dando outra sequência de socos. Scorpius permanecia no local com resistência. - Estou aqui para descontar a minha raiva não para desabafar!

– Ok, mas você não tem lá muita força, quase nem sinto seus socos. - Scorpius proferiu apenas para provocá-la e deu certo. Rose tacou com mais força ainda um soco no aparador esquerdo, fazendo Scorpius finalmente recuar. Ela sorriu meio vitoriosa e voltou a socar. - Aproveitando que estamos aqui, aquele seu livro de sábado é uma droga.

Era claro que não era, mas mais uma vez Scorpius só tinha falado aquilo para provocá-la, irritá-la. Porém, daquela vez fora demais para ela, que esqueceu do aparador e tacou um soco na barriga de Scorpius. O loiro se contraiu, retirando o aparador para poder segurar sua barriga, contorcendo-se até o chão.

– Auch, essa doeu! - Ele proferiu tentando se recuperar. Rose ajudou-o a levantar-se e pegou o aparador do chão.

– Desculpe, não queria ter tacado com tanta força. - Ela falou meio envergonhada pelo que tinha feito. - Mas você falou do meu livro preferido.

– Sabe, eu estava brincando para ver se você tacava mais forte, vejo que deu certo. - Ele soltou um riso nervoso acariciando a barriga antes de pegar o aparador e recolocá-lo. Fez um sinal para que Rose socasse novamente. - Belo soco, aliás! E não se preocupe, o livro é muito bom.

– O quê?! - Rose parou um soco no meio do caminho e encarou-o confusa. - Você está mentindo certo? Nem sequer leu o livro. - Ela retirou uma das luvas para poder passar a mão sobre a testa suada.

– Mas é claro que eu li. - Ele falou dando de ombros, mas reprimindo um sorriso satisfeito, por aquela Rose não esperava. - A melhor parte é quando ela encontra o atestado de óbito dele. - Ela ainda encarava-o incrédula.

– Mas é claro que não! A melhor parte é quando ela toma o remédio dele e volta no passado. - Ela argumentou, tirando a outra luva. Scorpius teve que sorrir, Rose esquecera da raiva em instantes. - É nessa hora que se desvenda quase tudo.

– Ah, então você matou de cara o que tinha causado tudo só na cena do remédio? - Scorpius nem sequer desconfiara e Rose tinha descoberto tudo? Ela negou com a cabeça rindo.

– Não, claro que não! Aquele livro é muito imprevisível, eu apenas desconfiava. - Rose disse sentando no gramado cansada. Scorpius sentou-se ao seu lado, retirando os aparadores. - Obrigada, estava precisando disso! - Ela devolveu-lhe as luvas.

– Não tem de quê, foi divertido! - Ele sorriu para ela, que assentiu rindo. - Agora, eu sei que não tenho nada a ver com isso, mas você estava com raiva por causa do Thomas, não era? - Scorpius perguntou meio hesitante temendo que a ruiva acertasse-o com um de seus socos, mas ela só suspirou.

– Ele é só um idiota. Me chamou para sair, mas... - Ela não conseguiu terminar, apenas perdeu seu olhar em direção a Floresta Proibida.

– Mas foi a Hogsmeade com Lily. - Ele terminou por ela e ela meneou a cabeça positivamente, meio triste. - Se quiser saber, ele acabou saindo perdendo. - Ele comentou com um sorriso gentil. Rose soltou um risada fraca.

– Valeu a tentativa, mas não. Você só conhece a parte histérica da Lily, ela é muito mais legal do que eu e muito mais bonita. - Rose voltou a ficar séria e encarou fixamente a grama a seus pés. Scorpius teve que revirar os olhos pela falta de amor próprio. Rose com toda certeza era muito, mas muito mesmo, mais bonita que a Potter.

– Ok, mas existe uma coisa que você tem que Lily gostaria muito de ter, mas nunca vai ter. - Scorpius voltou a encará-la agora com um sorriso travesso no rosto. Ela ergueu uma sobrancelha, confusa.

– O quê? - Perguntou, encarando-o. Ele apenas levantou-se e ergueu as mãos, para ajudá-la a se levantar.

– Isso você vai ter que descobrir sozinha. - Ele sorriu maroto e puxou-a para cima assim que ela aceitou suas mãos.


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Notas finais do capítulo

Quem sabe a resposta? o/
O que acharam desse livro? Só é um meio de Scorpius conversar com Rose e tal.
P.S.: O livro é fictício!
Hehe, então, gostaram do capítulo?
Espero reviews e até próximo fds.
Bjs



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