Some Things Never Change escrita por Sabrina Azzar
Notas iniciais do capítulo
Oi queridas leitoras! Queria agradecer pelas que estão acompanhando e comentando. E também queria dizer: sejam bem vindas as que chegaram agora.
Beijos e boa leitura...
Obs: Capítulo livre para todas as idades.
POV - Katniss
— Mãe, você sabia que uma hora isso ia acontecer! – Falei olhando pro chão.
— É, eu sabia. Só não sabia que isso ia acontecer tão cedo!
— Você mesma disse que gostava do Peeta...
— E gosto mesmo, mas...
— Mas?
— Vocês pelo menos usaram proteção? – Ela agora estava mais calma.
— Sim, nós usamos. Não se preocupe. – Disse e então ela se sentou ao meu lado.
— Ele foi carinhoso com você filha? Quero dizer...
— Mãe! – Digo.
— Desculpa filha, mas eu preciso saber. Eu me preocupo com você. – Ela falou com os olhos lacrimejando.
— Vai te deixar mais calma se eu te disser? – Perguntei segurando suas mãos.
— Vai.
— Então tá. Ele foi sim muito carinhoso... E eu o amo. – Disse e então ela sorriu.
— Por favor, não deixem de se cuidar Katniss. Você ainda tem dezesseis anos, não quero ser avó agora.
— Eu também nem pretendo engravidar agora. Fica sossegada... – Ela então me abraça.
— Vou marcar uma consulta pra você na ginecologista, ela vai te passar um anticoncepcional.
— Ok. Obrigada mãe.
Ela saiu do nosso abraço e saiu do quarto fechando a porta, tirei o meu vestido e fui pro banho, enchi a banheira com água quente e sais de banhos, precisava de um banho bem relaxante depois da noite passada. Coloquei meu celular pra tocar música numa mesinha ao lado e então entrei na banheira cheia de espumas, fechei os olhos e comecei a cantar junto. O banho estava tão bom que não dava nem vontade sair. Quando a música do celular parou e a música definida como toque começou a tocar. Peguei o celular com cuidado e vi que era uma ligação do Peeta.
— Peeta?
— Oi amor. Como foi com a sua mãe?
— Ah tudo bem. Eu contei pra ela sobre a gente... No começo ela surtou mas depois acabou entendendo que uma hora ou outra isso ia acontecer...
— E o quanto ela me odeia agora?
— Ela não te odeia. Ela gosta de você.
— Que bom. O que está fazendo?
— Estou na banheira.
— Hum... – Ele diz malicioso.
— Peeta...
— Ok. Vai terminar seu banho, a gente se encontra depois...
— Ok.
— Eu te amo.
— Eu também.
...
Duas semanas depois...
— Mãe, que dia é hoje? – Gritei do meu quarto.
— Quarta - feira. – Ela gritou de volta.
— Do mês! – Grito.
— Vinte e oito! – Ela grita e então o desespero bate. Era pra ter vindo dia vinte e dois. Meu Deus! Será que eu estou grávida?
Terminei de me trocar pro colégio e saí sem tomar café da manhã. Fui até a casa de Peeta e apertei a campainha, ele atendeu com um sorrido.
— Bom dia amor.
— Bom dia nada. – Respondo. – Péssimo dia. Agora pega as suas coisas e vamos embora, precisamos conversar. – Ele não responde apenas pega a mochila e então nós saímos.
— Katniss o que foi? – Ele pergunta preocupado.
— Peeta, minha menstruação está atrasada!
— Tá brincando?
— Você acha que eu estou brincando? – Grito.
— Quantos dias? – Ele pergunta sério.
— Seis.
— Mas não é possível, da primeira vez eu não gozei dentro e as outras a gente usou camisinha.
— Esqueceu de uma... - Falei cantarolando.
— Qual?
— A banheira!
— Puta que paril! – Ele grita e leva as mãos na cabeça. – Não, não pode ser.
— Peeta, se eu estiver grávida minha mãe me mata. – Falei desesperada.
— Calma ok? A gente nem tem certeza ainda... Vou comprar o teste e você faz.
— Tá bom. – Falei mais calma.
A caminho do colégio nós passamos na farmácia e ele comprou dois testes. Assim que chegamos no colégio ele foi comigo até a porta do banheiro e ficou me esperando.
— Eu já venho. – Dei um selinho nele e entrei. Fui até uma das cabines e fechei a porta, peguei os testes na minha bolsa e abri um deles. Fiz o que pedia e esperei. Até que apareceu um risquinho só. Li nas instruções e então saí correndo largando minha bolsa pra trás, saí do banheiro e Peeta me esperava lá fora, pulei no seu pescoço e falei no seu ouvido.
— Deu negativo! – Ele me abraçou com força.
— Nem acredito...
— Nem eu. – Falei me soltando do abraço e ficando frente a frente com ele.
— Nunca me deixe esquecer de usar camisinha. – Ele disse sorrindo.
— O que? – A voz de Gale soou atrás de mim me fazendo estremecer. Virei de frente pra ele.
— Oi Gale. – Falei sem graça.
— Katniss, eu ouvi direito? – Ele perguntou bravo.
— Depende, não sei o que você ouviu. – Falei dando de ombros.
— Vocês estão... Transando?
— Gale, por favor, para com isso...
— Responde Katniss. – Ele falou com raiva.
— Estamos por quê?
— Seu desgraçado! – Ele foi pra cima do Peeta e lhe acertou um soco no nariz. Eu comecei a gritar para que ele parasse, mas ele não parou, deu um soco no estômago de Peeta o fazendo cair no chão, então eu entrei na frente e o empurrei.
— Pára Gale! – Eu dei vários tapas no seu peito que pareciam não causar nenhum dano, até que alguém me segura pelas costas. Peeta. Olhei para trás e vi seu nariz sangrando. – Peeta você tá sangrando. – Falei segurando seu rosto com as duas mãos. – Vem, eu vou com você até a enfermaria. E você! – Gritei para Gale. – Nunca mais fale comigo! – Dei as costas e sai de mãos dadas com Peeta, no caminho Annie pára pra falar comigo.
— O que houve? – Ela perguntou preocupada.
— Depois eu te conto. Faz um favor pra mim?
— Claro.
— Eu deixei minha bolsa no banheiro, pega pra mim e leva até a enfermaria?
— Ok. – Ela responde e sai em direção ao banheiro.
Levei Peeta até a enfermaria do colégio e logo a enfermeira quis saber o que havia acontecido, contei que Gale lhe bateu e ela logo tratou de cuidar do nariz de Peeta. Depois de examinar e fazer um raio-x, ela constatou que o nariz dele estava quebrado. Ela fez o procedimento padrão e então liberou Peeta das aulas. Logo Annie chega com a minha bolsa.
— Peeta você está bem? – Ela perguntou preocupada.
— O Gale quebrou o nariz dele. – Digo com raiva.
— Isso tem a ver com o teste de gravidez que eu achei perto da sua bolsa?
— Mais ou menos... Eu te explico direito depois. Eu vou pra casa com Peeta, vai em casa depois do colégio.
— Ok. – Ela diz. – Melhoras Peeta.
— Obrigado. – Ele diz e então ela se retira.
Fomos até a sala da diretora Coin e Peeta mostrou o papel que a enfermeira lhe deu e então ele foi dispensado das aulas.
— A senhorita fica. – Ela disse pra mim.
— Por favor. – Implorei.
— Não.
— Então eu vou quebrar meu nariz. – Digo colocando as mãos na cintura.
— Pára Katniss! – Peeta sussurra.
— Me deixa Peeta. – Digo olhando para ele. – E então? – Pergunto á Coin.
— Você não seria capaz... – Pego uma das estatuas da sua mesa e aponto pro nariz.
— Tá duvidando?
— Saia da minha sala. – Ela diz com raiva e então eu coloco a estatua de volta no lugar e antes de sair mando um beijinho.
—Te amo! – Sussurro e saio da sala dela com Peeta.
— Você não precisava fazer isso. – Peeta diz enquanto andamos pra fora do colégio.
— Você acha mesmo que eu ia te deixar sozinho? E quem iria cuidar de você? – Digo e dou um selinho nele.
— Eu queria saber como é que a Coin ainda não te expulsou da escola. – Ele diz rindo.
— É porque ela me ama... – Digo fazendo cara de inocente.
— Você é única sabia? – Ele pergunta rindo e arrumando uma mecha do meu cabelo.
— Eu sei. – Digo dando de ombros.
— Certas coisas nunca mudam... – Ele diz e então vamos pra casa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!