Sos - a Samara na Nossa Casa! escrita por Loma


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, eu tenho um aviso importante! Amanhã de manhã cedo estarei indo para a praia, o problema é que não sei se meus pais levarão o laptop junto, então acho que ficarei sem poder postar nada até terça! :/
Não é nada certo ainda, mas de qualquer forma pelo menos vocês já estão avisados!
Adorei os reviews do último capítulo e espero que tenham mais neste! Me diverti muito escrevendo esse capítulo e espero que vocês divirtam-se lendo! Beijos!



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P.O.V. Elizabeth

 

Os caras riam da nossa desgraça, ainda não acreditavam na burrice do Bill de nos trancar com algemas das quais ele nem a chave tem.

 

Depois de uns três minutos rindo, Georg fez a pergunta crucial:

 

- Afinal, para que você tem estas algemas?

 

Bill corou violentamente de novo, e obviamente recusou-se a responder, fazendo os G’s continuarem rindo.

- Responde logo, Bill! Todo mundo já perguntou e se não responder todos acabarão pensando que é para algo meio pervertido! – disse Gustav.

 

Bill ficou em silencio mais um tempo e quando em fim todos se calaram, ele respondeu:

 

- Eu ganhei essas algemas em um amigo secreto que eu fiz no cursinho de francês e o tema do amigo secreto era bobagens! Eu tinha dado para a minha amiga secreta uma caneta elétrica e um colega meio pervertido que eu tinha me deu as algemas e um pacote de camisinha (¬¬). A única vez que eu usei essas algemas foi para prender a Leslie no balcão da área de serviço porque eu tinha esquecido a guia, não tinha porta naquela época lá e a ela não podia ficar sozinha em nenhum outro cômodo da casa, e eu e Tom iríamos sair. – disse Bill.

 

- Quem é Leslie? – eu perguntei bem metida.

 

- A nossa cachorra que morreu atropelada – disse Tom.

 

Eu arregalei os olhos com a naturalidade que ele disse isso. Bill percebeu e explicou:

 

- Ela já morreu a mais de três anos, quando ainda morávamos com os nossos pais!

 

- Porra meu, tu é um veado mesmo!  - disse Georg tocando uma almofada na cara do Bill.

 

- Por quê? – ele perguntou sem entender.

 

- Você ainda pergunta o porquê? A gente pensando que você enfim ia confessar que é realmente homem e você nos diz que usou as algemas que ganhou junto com um pacote de camisinhas para prender o cachorro? O que você fez com os preservativos? Encheu e brincou como se fosse balões? – disse Tom estressado com o irmão.

 

Eu desatei a rir enquanto os quatro discutiam a masculinidade do Bill, que provavelmente logo entraria em combustão instantânea.

 

Acho que depois de meia hora com os quatro discutindo (e eu quieta no meu canto só ouvindo caso contrario sobraria para mim), eu ouvi Bill alterando o tom de voz pela primeira vez, realmente:

 

- EU NÃO SOU GAY, PORRA! VOCÊS SABEM DISSO!

 

- Eu estou sinceramente começando a duvidar! – disse Georg.

 

- Cala a boca, mangolão! Ninguém te perguntou! – disse Bill.

 

Eu já estava mais que irritada com tudo isso, sem falar que estava louca de fome, então fui logo intervindo na briga que já durara um bom tempo:

- HEY! ESCUTEM AQUI SEUS TROUXAS! EU TO MORRENDO DE FOME E NÃO POSSO IR ATÉ A COZINHA SE O ALVO DA CONVERSA NÃO FOR COMIGO! POR ISSO OU VOCÊS PARAM DE BRIGAR OU VÃO CONOSCO JUNTO PARA A COZINHA E CONTINUEM A BRIGA! – eu disse. Todos me olharam extremamente espantados, mas eu não dei bola. Olhei para Bill e disse: - VEM!

 

Arrastei Bill comigo para a cozinha, procurando algo no armário para comer.

 

- Vem cá, vocês não tem nada comestível por aqui? – eu perguntei.

 

- A gente voltou da turnê ontem de madrugada! Como você esperava que a gente tivesse tempo de comprar algo se você chegou ontem de manhã? – disse Bill.

 

- Você foi no supermercado ontem! Eu não acredito que você comprou somente a porcaria do Pringles! – eu disse indignada. Minha barriga chegava a roncar de fome e acredite, isso era vergonhoso!

 

- Hãã... É! Eu esqueci de comprar comida, mas não tem problema! Podemos encomendar pizza! – disse Bill.

 

Olhei para a cara dele que dava um sorrisinho sem graça e quase pulei em cima querendo enforcá-lo. Como o animal me vai no supermercado e só lembra da porcaria do Pringles?!

 

- Chama logo a pizza e diz que a gente dá uma gorjeta bem gorda se eles trouxerem em até meia hora! – eu disse o puxando para a mesinha do telefone que ficava próxima ao piano.

 

- E quem vai dar a tal gorjeta bem gorda? Você? Eu não tenho nem um centavo! – disse Bill discando o numero da pizzaria.

 

Parei para pensar. Eu não tinha nem cinco euros na carteira! Tinha que sacar com o cartão de crédito que meu pai me deixou, mas ainda não tinha tido tempo disso.

 

- Diga que é para o Tokio Hotel que eles trazem na mesma hora! – eu disse com um sorrisinho no rosto.

 

- Sem chances! – ele disse e logo depois a pizzaria atendeu e ele fez um pedido que eu nem sei qual era e desligou o telefone.

 

- A pizza chega entre uma hora, e uma hora e meia! – disse ele me olhando enquanto puxava-me de volta para a sala.

 

- O quê? Me diz que você está brincando! – eu disse para ele.

 

- Eu não brinco, pelo menos não com você! – ele me disse.

 

- PUTA QUE PARIU! Eu to louca de fome! – eu disse e, para confirmar a minha afirmação, minha barriga roncou alto.

 

Os gêmeos deram uma risadinha e Gustav, que tava comendo seu chocolate, olhou para mim, depois para o chocolate e, como se um milagre tivesse acontecido, ofereceu:

 

- Quer um pedaço?

 

- É sério? – perguntei arregalando os olhos. O cara era LOUCO, viciado em chocolate.

 

- É, mas não acostuma! É só hoje! – ele disse quebrando um pedacinho e dando para mim.

 

Eu ri e comi o pedaço de chocolate que Gustav me deu, saciando pelo menos um período curto de tempo o monstro que eu tinha na minha barriga.

 

- Eu não acredito que Gustav te deu um pedaço do chocolate dele! Ele nunca me deu um pedaço do chocolate dele, nem quando eu estava magro, esquelético e morrendo de fome! - disse Bill chocado.

 

- É que eu encanto as pessoas que me conhecem, diferente de você, que assusta! - eu disse.

 

Bill ficou emburrado (como ele sempre fica quando eu o insulto) e calou-se até que enfim, o chaveiro chegou para nos destrancar.

 

O barulho da campainha encerrou a conversa que eu, Tom, Gustav e Georg mantínhamos animadamente sobre Guitar Hero. Quando ouvi o barulho da santa que realizaria meu milagre, levantei-me do sofá de um pulo e corri para a porta da frente, quase fazendo Bill cair de boca no chão de tão afobada que eu estava.

 

- Me chamou, Bill? – perguntou o chaveiro assim que abrimos a porta.

 

- Sim, Jerry! Eu chamei! – disse ele suspirando. Aparentemente, “Jerry” era um antigo conhecido.

 

- O que você trancou desta vez? Seu quarto? Sua gaveta? O banheiro? – perguntou Jerry entrando.

 

- Não! Ele NOS trancou! – eu disse mostrando nossos braços presos pela algema.

 

Jerry levantou uma sobrancelha.

 

- Namorada nova? – perguntou.

 

Eu e Bill coramos.

 

- Não! Filha do meu padrinho! – ele respondeu rapidamente.

 

- Sei... – disse vindo examinar a algema.

 

Depois de uma olhada aqui, uma virada ali e mais uma olhada lá, Jerry destrancou a algema sem usar nada, além de uma travinha que tinha na própria algema.

 

- É uma algema de brinquedo! Esse tipo tem travinhas que destrancam! A chave que vem com elas é só enfeite! – disse Jerry. – Por sinal, estão me devendo quinze euros, mas como você já é meu cliente há tanto tempo, pode me pagar outra hora! Até mais e cuidem-se!

 

Assim, ele foi embora, nos deixando totalmente abobalhados.

 

- Pelo amor de Deus, Bill. Me diz que você não me fez ficar trancada com você, ter que ir no BANHEIRO com você, não poder dormir na minha cama por causa de uma ESTÚPIDA ALGEMA DE BRINQUEDO! – eu gritei perdendo a noção enquanto esfregávamos nossos pulsos.

 

- Eu não sabia! – disse ele desesperado. – Você realmente acha que eu nos deixaria trancados todo esse tempo se eu soubesse que essa algema era de brinquedo?!

 

-EU VOU TE MATAR! – eu gritei totalmente descontrolada começando a correr atrás dele. Eu queria estrangulá-lo com minhas próprias mãos.

 

- AAAAAAH! TOM! GUSTAV! GEORG! ME AJUDEM POR TUDO QUE ME É SAGRADO! A SAMARA ENLOUQUECEU E QUER ME MATAAAAR! – ele gritava enquanto corríamos pela casa.

 

Apesar de minha atenção estar focada em Bill, eu ainda pude ouvir a risada dos outros lá da outra sala.

 

Para a sorte de Bill, ele conseguiu correr em direção ao corredor e fugiu para dentro de seu quarto, me deixando ainda mais irada.

 

- ABRE ESSA PORTA SEU VEADO! MOSTRA QUE É HOMEM E VEM ENCARAR O QUE TE ESPERA! – eu berrei chutando a porta dele. – QUE PORRA, ABRE ESSA PORTA!

 

O silencio era minha resposta. Bufei e sentei-me de frente para a porta do quarto dele. Um dia ele teria que sair!

 

P.O.V. Bill

 

Acho que nunca vi uma mulher tão descontrolada quanto Elizabeth! Até podia entender, mas ainda assim era espantoso de se ver alguém naquele estado. Ela parecia uma leoa morta da fome louca para abocanhar sua presa e estraçalhá-la.

 

E nesse caso, a presa era eu!

 

Peguei meu celular e disquei o número do meu irmão, que no terceiro toque atendeu rindo.

 

- Fala, Bill! – disse Tom.

 

- Cara, a Elizabeth ta pirada! Ela quase me matou! Se eu não entro no meu quarto a tempo ela teria me torturado até a morte! – eu disse, chegando a ficar com medo.

 

Tom apenas riu.

 

- Sim, eu vi! A Samara parece um bicho espreitando para a presa estar desatenta e finalmente poder abocanhá-la! – disse Tom.

 

Viu? Eu não exagerei!

 

- Onde ela está? – eu perguntei.

 

- Está sentada na porta do seu quarto. Acho que ela não sairá de lá tão cedo! – respondeu meu irmão.

 

- Puta merda! O pior é que a pizza logo chegará e eu estou morrendo de fome! – eu disse.

 

- A Samara também está, mas nesse momento, acho que a única coisa que ela quer comer é seu fígado! – ele disse, fazendo-me estremecer.

 

- Acho que para minha segurança é melhor eu passar fome! – eu disse.

 

- Eu concordo! – disse Tom. Ao fundo pude ouvir uma risada estrondosa, que só poderia estar vindo do Georg.

 

- Manda o Georg ir tomar no c*! – eu disse irritado com a minha banda, que ao invés de me ajudar ficava apenas rindo da minha desgraça.

 

- Georg, o Bill mandou você ir tomar no c*! – disse meu irmão para Georg. Este apenas riu ainda mais.

 

- Vou desligar! Meu cartão já está quase acabando e não posso ficar gastando com conversa afiada! Só me avise quando ela se acalmar e sair da minha porta! – disse e desliguei, sem dar tchau nem nada do tipo.

 

Eu estava assustado, não só pela crise de raiva da Samara, mas também por não saber quanto tempo eu ficaria trancado no meu quarto.


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