TIME - Perdida no tempo escrita por Faith


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Escrita junto com minha amiga Carol, que por acaso não tem conta aqui, mas que é um James fantástico
// Grande parte dos personagens é de J.K. Rolling, apenas algumas exceções colocadas apenas para preencher o espaço, é que é de nossa total responsabilidade e criação.
// Leiam, e se gostarem, comentem PLEASE.
// Postada tbm no FFnet e SocialSpirit



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Hermione Granger, uma menina fora dos padrões, até mesmo para um bruxo, se encaminhava em direção à plataforma que a levaria de volta a Hogwarts, e pela primeira vez em sete anos, estava atrasada.

Depois da última guerra, passara boa parte do tempo na casa dos Weasley brigando ou amando seu novo namorado, porém velho conhecido, Ronald. Ou então ajudara McGonagall e tantos outros voluntários, incluindo Harry Potter, a reconstruir sua amada escola.

Mas tudo estava voltando aos eixos. Somente ela, dentre o trio de ouro, retornaria aos estudos, e esse ano ela estudaria ao lado de Ginny, Neville e Luna. Bons amigos, mas que não substituíam seu melhor amigo.

Naquela manhã, Hermione havia ignorado o despertador pela primeira vez em sua vida, e por conta disso, provavelmente se atrasaria para o primeiro dia de aula. Agora que morava sozinha, uma vez que seus pais ainda estavam na Austrália, Hermione se tornara uma jovem responsável e coerente. Recebeu ouro o suficiente para uma vida depois da batalha, e morava agora em um quarto alugado no Beco Diagonal, até que encontrasse uma vila bruxa aconchegante e boa o suficiente.

Harry também morava no Caldeirão Furado, especificamente a três quartos de distância do seu, e era como se voltasse aos tempos de escola, exceto pelo fato de que agora seu melhor amigo era o mais novo auror da história, e que aos domingos ela passava na casa dos Weasley.

— Ai droga! — resmungou ela ao olhar ao relógio. A barreira se fecharia em três minutos. Se eles permitissem aparatação direto para a plataforma, ou melhor, direto para Hogwarts, seria muito melhor, mas não... Ela não podia.

Seu cabelo balançava no rabo de cavalo, e o vira-tempo chacoalhava no seu pescoço. O usava mais como acessório de recordação do que para seu verdadeiro fim. De forma alguma o vira-tempo tornaria seu dia melhor. Ela continuaria se atrasando, e ainda estaria prestes a atravessar a barreira quase fechada.

Esbarrou em alguns muggles muito mal educados. Se eles soubessem o que ela havia feito por eles, não a tratariam com tanta falta de educação. Pediu licença no meio dos resmungos e continuou guiando seu carrinho. A plataforma estava ali, bem diante dos seus olhos.

Correu o máximo que suas pernas finas permitiram e sentiu a textura mágica contornando seu corpo esbelto, e então havia luz.

Hermione suspirou aliviada. Havia conseguido... Ela havia conseguido!

Seu tórax estava quente, o sangue era bombeado mais rápido e seu coração embebido pela adrenalina, batia mais rápido. O trem apitou, e ela se pôs a correr mais uma vez. Alcançou o carro da bagagem no último segundo, apoiando o pé da trava solta e pulando pra dentro num impulso, e observou um monte de pessoas desconhecidas acenando entre si.

Estava arfante. Suspirava alto quando jogou sua mala no meio das outras, podendo até ouvir seus livros se chocarem com os frascos de poções em sua estante. Droga, ela teria que reorganizar tudo de novo.

Buscou sua varinha nos bolsos no uniforme, e um recipiente pequeno.

— Aguamenti. — Disse ela chacoalhando a varinha. Tomou toda a água, e tratou de guardar tudo e procurar um lugar. Sabia que Ginny e Neville haveriam de deixar um espaço a ela, e a doidinha da Luna também.

Andou pelos corredores. Todas as portas estavam fechadas. “Ótimo, vou me sentar no corredor”. Passou a bisbilhotar pelos vidros foscos, algum vagão deveria estar livre, só um, depois ela trataria de encontrar seus amigos.

Viu então um chamuscado de cabelos loiros no meio do corredor. Ele estava perdido, era óbvio, e ela podia ver isso por sua cara de preocupação, segurando sua mala a sua frente, sem nenhuma coruja, e olhando aturdido em todas as direções.

— Malfoy? — Perguntou ela, mais para si mesma, do que para o loiro. —Malfoy!— Chamou ela. — O que faz aqui? Ou melhor, o que está fazendo aí parado? — perguntou ela. O loiro se virou com a mesma cara de azedo de sempre. A diferença deste para o último ano eram seus olhos. Os acinzentados olhos de Draco Malfoy estavam cansados. Mas em sua boca ainda pendia o sorriso metido de sempre.

—Ora, ora, ora, mas olha só quem nós encontramos aqui... — Levantou as sobrancelhas e sorriu divertido. Depois a olhou de cima a baixo e arqueou uma sobrancelha impecavelmente loira— Não pensei que minha vida fosse da sua conta Granger.

— E não é. Só fiz uma pergunta, seria educado de sua parte responder. — Draco pareceu cogitar algumas coisas em sua mente, mas então suspirou e respondeu depois de algum tempo.

— Não consigo encontrar Blaise ou Pansy em lugar algum. E você Granger, o que faz perdida? Pensei que fosse mais esperta do que isso.

— Não estou perdida. Mas não consigo achar Luna, ou Neville ou...

— Não estou interessado em seus amiguinhos Granger, uma resposta simples seria o suficiente.

Hermione se virou estressada. O céu de madeira produzia um som quase grotesco em contado com suas botas. Seu cabelo balançava no rabo de cavalo, e riu bem, junto do seu medalhão com o vira-tempo, continuavam estranhamente quentes.

Continuou buscando pelas cabines. Uma tinha madeira lascada, outras estavam mais conservadas. Ouviu um bando de garotos rindo de uma piada, ouviu o resmungo de uma menina que ela nunca havia visto e até mesmo viu uma moça muito mal educada a encarando em descaso.

— Quem é você? — perguntou a moça, quase grosseiramente. Hermione viu seu uniforme verde e prata e revirou os olhos, depois a olhou. Ela tinha cabelos tão grossos quanto à própria Hermione, usava uma faixa de pedrinhas e couro que marcavam sua testa, e sua saia estava estranhamente alta e justa. Porém, deu de ombros quando viu os inquisitórios olhos castanhos, e então se afastou. — Hey! Não vire as costas pra mim Gryffindor estúpida!

Hermione suspirou e tornou a se virar num giro. Desde a guerra não tinha mais a paciência ou a inocência para lidar com Slytherins, e não seria em seu ultimo ano e sozinha que se deixaria sucumbir a um insulto grotesco como esse.

— Desculpe — ironizou — Não foi minha intenção. Você deve ser bem relevante para não me fazer virar as costas. Seu nome é? — tentou não ironizar demais, não iria manchar seu belíssimo histórico por causa de uma Slytherin.

— Hope, Alexandra Hope. E você Gryffindor, o que faz do meu lado do vagão? — respondeu a moça, o pescoço alvo levemente erguido, e o nariz fino empinado — Está perdida? — Ela sorriu maldosamente com o canto dos lábios, e então olhou presunçosa para uma porção de outros alunos de verde, sentados mais próximos da janela.

— Para falar a verdade não,Alex. Posso te chamar assim, certo? — zombou — Estava apenas confirmando o boato geral de que os vagões de Slytherin eram menores em relação aos de Gryffindor. É uma pena.

Hermione sorriu bucólica.

— O vagão tem que compensar a sala comunal. — Responde Alexandra com o mesmo tom. — Eles sempre deixam os piores móveis para os Gryffindor, afinal, Gryffindors se contentam com tão pouco. — ela sorri com falsa ingenuidade. — E não, não pode me chamar de Alex,filhotinho.

— É claro que faz sentido eles deixarem vocês com a masmorra. Aposto que as goteiras devem ser bem desconfortáveis para os melhores móveis,Alex— sorriu, frisando no apelido. — De qualquer forma, tenho que avisar meus colegas sobre o comentário geral estar certo, mais uma vez. Espero que aprecie as goteiras.

Hermione sorriu enquanto buscava se distanciar do ninho de cobras. Era de conhecimento geral que os Slytherins tinham uma rixa milenar com os estudantes de Gryffindor. E por mais sensata que Hermione fosse, ela não gostava nenhum pouco da arrogância daqueles nojentos. Inclusive, após longos anos em convívio, ela tinha chegado à conclusão de que era um problema geral.

— Heyfilhotinho! Sugiro que ouça melhor os argumentos de seus amigos. A sala comunal de Slytherin continua melhor em quesito, móveis, e companhia! — Mas Hermione já estava longe.

— Se quiser, pode entrar. — diz uma voz grossa, porém áspera vinda de uma cabine aberta fazendo Hermione se assustar. O rapaz era muito magro e tinha um nariz pontudo, e seus cabelos caiam ao lado do rosto, enquanto ele se curvava em sua leitura.

— Não vai conseguir encontrar um dos seus por aqui. Não consegui resistir ao impulso de ouvir a discussão lá fora. — Ele comenta fixamente concentrado na leitura, e com a voz parcialmente arrastada.

— Mesmo? Não se importa? — Hermione perguntou descrente.

— Em teoria, não. Sente-se — Disse ele, erguendo levemente a cabeça, e a encarando com olhos tão pretos quanto à noite.

Ela virou-se fechando a porta, para depois andar cuidadosa até o banco a frente do garoto. Aquela cabine era diferente das cabines que dividia com Harry e Ron. Era do mesmo tamanho, sem dúvidas, mas as cores dos sofás eram mais amarronzadas e os móveis eram menos ralos, e as costuras eram perfeitas como novas. McGonagall deve ter investido muito ouro para deixar o trem tão bonito.

Hermione olhou para o rapaz, sentado com as costas tortas, o livro no quase encostado no rosto, o nariz tocando as páginas, e se sentiu desconfortável.

— O que faz aqui sozinho? — Pergunta ela, não conseguindo ficar calada.

— Achei que seria interessante manter a cabeça longe de pessoas irritantes — levantou o olhar do livro para ela rapidamente, para logo depois retornar a sua leitura.

— E o que você considera irritante? — Contorna a pergunta claramente retórica, olhando fixamente para seu rosto pálido e doente. Ela se lembraria de tê-lo encontrado em algum lugar não é? Seu rosto macilento não era estranho, era inesperadamente familiar, talvez tivesse esbarrado com ele em algum corredor e nem se dado conta.

— Além de retirarem a minha atenção quando obviamente estou ocupado? Muitas coisas. — respondeu rude. Disse sem retirar os olhos do livro dessa vez.

Essa doeu.

Hermione se aquieta no canto. Embora tenha vontade de respondê-lo, o rapaz a acolheu na cabine, e ela não poderia se dar ao luxo de parar mais uma vez no corredor, e sozinha.

Hermione então, o observa mais. O rapaz tem cabelos cumpridos e oleosos. O nariz é cumprido como um gancho e quase toca o livro que ele devora incansavelmente. Sua capa negra o contorna, e o transforma em uma imensa mancha de escuridão.

— Só mais uma... Por que me chamou, então? — pergunta ela, só mais uma vez, não resistindo à tentação de ficar tanto tempo quieta.

Ele pôs de lado o livro, colocando-o sobre o sofá.

O rapaz a estava olhando friamente, e Hermione não pode deixar de encolher os ombros. Maldita hora em que não encontrou Ginny.

Uma batida na porta à fez pular.

Era uma bruxa, com chapéu pontudo e sorrido doce, guiando o carrinho de guloseimas. Ela era mais nova que a velha bruxa do carrinho que havia servido a menina e seus amigos por tantos anos. Tinha o cabelo cor de rato preso num coque, e cobria seu corpo com uma capa preta fosca, mantinha os lábios e as maçãs do rosto rosadas e joviais, e possuía cílios longos que ela fazia questão de piscar incansavelmente.

— O que vão querer crianças? — Aquela batida deve tê-la livrado de maus lençóis, pensou Hermione. O rapaz já não olhava mais para ela, mas sim para a bruxa, que lhe contava todas as opções de doces disponíveis.

— Quero três sapos de chocolate, um suco de abóbora, três pacotes de feijõezinhos de todos os sabores… Mais alguma coisa? — encarou a garota.

— Apenas uma barra de chocolate, por favor. — Diz Hermione tirando uma moeda de suas vestes.

— Obrigada — Snape murmurou para a senhora que os encarava — Isso é tudo.

Hermione se ajeita em seu canto, preparada para ser ignorada por mais algumas horas. Observou o rapaz devorar seus doces um a um, de cabeça baixa, enquanto ainda lia alguns trechos do seu livro.

— Tenho vários motivos... — Diz ele de repente, assustando a garota. — Sua pergunta... Eu tenho vários motivos. Um, eu achei que estava desconfortável diante daquela vaca. Dois, é falta de educação deixar uma pessoa passando por algo que não gostaria de passar, sim também a acho uma vaca. Terceiro, gostei da sua resposta. Quarto, meu livro estava enfadonho.

— Mas você estava concentrado, certo? Por que acharia o livro enfadonho? — Hermione já se sente mais confortável. Desembrulha o chocolate e morde um grande pedaço. Não fazia ideia de que estava com fome.

— Estava testando sua capacidade de persistência.

— Você é Slytherin, certo? — diz ela apontando para sua roupa. O símbolo com a cobra de prata iluminado em meio a tanto preto.

— Sua percepção é comovente. — Responde ele irônico.

— Qual o seu nome, afinal? — Ele disse, depois de uma pausa, jogando um feijãozinho para cima, tentando abocanhá-lo em seguida.

— Pensei que ultimamente... — ela coça a garganta. — Pensei que ultimamente todos soubessem meu nome.

— Como eu poderia esquecer. Filhotinho, certo? — ironizou.

— Muito engraçado. — responde ela levemente zangada. — É Hermione Jean Granger.

— Granger? Nome estranho para uma bruxa. — Deu de ombros.

— Minha capacidade mágica discorda de você. — Responde ela, ainda zangada.

— Opa, opa, opa. Temos aqui um raro espécime de sangue-ruim, então — sorriu.

— Imagino que você seja impecavelmente puro, para se referir a mim dessa maneira. Estou correta?

— Mais uma vez errada. Mestiço, como todos aqui gostam de lembrar. — Resmungou.

Hermione sorri.

— Qual seu nome? Oh sangue não tão ruim. Surpreenda quem vos fala. Já que é tão mais importante do que eu e deve um possuir um nome tão mais bruxo que o meu. — Satiriza ela, com um sorriso de canto.

— Severus — levantou a palma da mão em direção a ela — Só não conte a ninguém sobre isso. Pode estragar minha reputação — Ele olhou em volta para o vazio, sorrindo de forma unilateral.

— Eu conheci um Severus, — Diz ela aceitando o cumprimento. — Tão desagradável como você. Posso dizer que o nome influencia a atitude do ser humano?

— Acredito que sim, afinal, como um filhotinho, você também é absolutamente irritante. Latindo sem parar — sorriu.

— Imagino que você também tenha algum apelido? Torne essas provocações justas e me conte. Se eu sou um filhotinho, o que é você Severus?

Ele fechou o sorriso rapidamente. Encarando Hermione, soltou as mãos desfazendo o cumprimento.

— Nenhum. Chamam-me pelo nome.

Hermione arqueia uma das sobrancelhas, e sorri levemente. Sempre teve orgulho de sua percepção afiada. Observa conforme ele mexe com as mãos, desconfortável, e ela sorri de canto.

— Entendo. — Diz em uma galhofa. — Acho que posso providenciar um para você então, Severus.

Severus se mantém quieto, as mãos no colo, apertadas em punhos. Os nós dos dedos ficando brancos, e é então que a porta se abre em um único movimento. Hermione observa a cabeleira loiro-prateada surgindo a sua frente.

— É inveja dela, sabe? — Diz o intrometido. — Não teve como apelidar ninguém ao longo dos anos, ninguém nunca deu crédito à coitada para fazer isso — sorriu — O apelido dela é Granger, sabe-tudo irritante, ou o meu preferido, sangue-ruim. Dei muitas opções ao longo dos anos.

A voz masculina recheada de malícia apoderou a cabine. Hermione revirou os olhos. Draco Malfoy, com seus olhos cinzentos e cabelos intensamente loiros, estava parado na porta da cabine, encostado em uma das aberturas. Ele sorria com malícia encarando ambos os estudantes.

— Mais um ser desagradável nessa cabine? — pergunta Hermione. — Que foi Malfoy? Ainda não encontrou sua gangue?

— Infelizmente não. Mas sinto dizer que terá que sair daqui, Granger. Gente da sua laia não merece estar em contato com esse carpete, quanto mais sentada nessa poltrona. Ou será que esqueceu seu lugar, sujeitinha de sangue ruim?— falou com os punhos fechados, ríspido.

— Meu lugar? Você realmente se lembra dos últimos sete anos da sua vida Malfoy? Como se atreve a me olhar e me mandar para o "meu lugar"? — Nem por um momento ela ergue a voz. Hermione se mantém sentada e calma, e observa Severus a olhar chocado. — Presumo que também se lembre de junho, especificamente na sala dos objetos perdidos. Se me lembro bem, acho que poderia ter te deixado para morrer.

— Ninguém liga se você está ofendida ou não, Granger. Levante-se. — revirou os olhos, mantendo o tom de voz.

— Ao invés de você, eu fui convidada Malfoy. — Responde Hermione, se mantendo no lugar e mordendo sua barra de chocolate.

— Aposto que ficaria decepcionada se o monitor da Grifinória a visse nos vagões de outra casa — ele sorriu irônico

— Tenho certeza de que não ficaria, afinal, com experiência em monitoria, em nenhum tópico se refere ao vagão como Slytherin, Gryffindor ou de qualquer outra casa. Sentamo-nos onde somos bem vindos, e você, Malfoy, não é bem vindo aqui.

Ele simplesmente sorriu, cruzando os braços.

— Sou bem vindo? — pergunta ele a Severus, que ignora a discussão de ambos e se concentra em seu livro novamente.

— Sente-se e a faça calar a boca. — Severus resmungou

Malfoy sorri maliciosamente.

— Nesse caso — jogou-se sobre o sofá ao lado de Severus, colocando os braços bem definidos atrás da cabeça, cruzando os dedos.

— Eu disse para fazê-la calar a boca, não para ocupar o meu espaço. —responde Severus zangado.

Hermione sorri de canto. Então olha o relógio e sorri. Quase lá, estão quase em Hogwarts. Se ela ao menos ainda fosse à monitora, poderia agora se afastar da presença desagradável do loiro, e se esgueirar pelos corredores ao lado de Ron.

Mas, Hermione pensa por um tempo, o fato de não ser mais monitora, não a impede de andar pelos vagões e procurar por Ginny. Passar mais um segundo na presença de Draco pode matá-la de ódio.

— Severus, vou dar uma volta.

— Não se apresse para voltar filhotinho.

Draco faz uma careta.

— Filhotinho? Quê?

Hermione revira os olhos. Levanta-se e anda em direção a porta. Draco levantou-se simultaneamente, indo atrás da Granger.

Quando ambos atravessam a porta, Malfoy puxa o antebraço de Hermione para si, virando-a de frente para ele.

— Será que você não pode me deixar respirar por um minuto antes de vir encher a minha paciência mais uma vez? Irritar-me te agrada tanto assim? — Questiona ela, raivosa.

— Pare de falar um minuto, sabe-tudo-irritante. Você não faz nem ideia de onde está não é? — ele sorriu ironizando.

Hermione se solta bruscamente, e ambos se encaram no meio do corredor. Hermione desvia o olhar, desconfortável, e olha as cabines.

Somente uma delas está barulhenta, provavelmente o grupo que a abriga está jogando Snap explosivo, e isso a faz se lembrar de suas velhas viagens e se culpar ainda mais por chegar atrasada.

Por fim, ela suspira.

— O que você quer dizer com isso Malfoy? Onde eu não sei que estou?

Draco analisa seu rosto, seus cabelos crespos amarrados e sorri irônico. Se sentir superior a sabe tudo irritante, era tão impagável que ele não podia se conter. Como ela poderia se manter tão avoada em relação as pessoas que havia conhecido? Alexandra Hope, a gerente do departamento de feitiços proibidos, e o próprio Severus Snape.

— Você ainda está pensando que seus amiguinhos a deixaram sozinha, não está?

Hermione não responde, apenas cruza os braços.

— Você tem certeza que realmente merece notas tão altas Granger? Eu realmente esperava que você fosse mais esperta do que isso. — Ele sussurra próximo ao seu rosto. A satisfação no rosto do loiro fazia Hermione tremer. Ela espremeu os olhos e atirou de volta.

— Você está louco Draco? O que está dizendo?

— Estou dizendo que... — ele pausa para rir. — Boa sorte para encontrar seus amiguinhos idiotas em 1977.


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