A Filha Original escrita por Zia Jackson


Capítulo 35
Viagem maluca


Notas iniciais do capítulo

Tinha muita inspiração, mas acabou :(



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/520828/chapter/35

Esperamos o cair da noite no quarto do hotel. Eu sabia que estava fraca, mal me recuperara do tártaro e agora teria que enfrentar uma viagem nas sombras. De Atenas para Nova York , sem paradas para descanso.

Eu sei, isso mataria qualquer semideus, mas lembre-se, eu sou a primeira filha. O poder é quase ilimitado, posso fazer a viagem carregando dois outros semideuses, sem parar para nada. Mas, em compensação, isso coloca minha vida em terrível risco.

Claro, Não comentei isso com os meninos, mas eles são inteligentes o suficiente para saber.

– Quanto tempo para as sombras chegarem? – Elijah pergunta

– Meia hora, eu acho – Falo.

Estamos sozinhos no quarto. Petros desceu para a cozinha, para tentar conseguir comida antes da hora do jantar.

– Você sabe que eu sou contra essa maldita viagem – Ele fala, batendo os pés no chão.

Se você nunca viu um filho de Poseidon bravo, não sabe o quão sortudo é. Parece que um terremoto vai acontecer a qualquer momento.

– Eu fui contra Lara ficar no tártaro, mas certas coisas não podem ser evitadas.

Ele faz cara feia

– Isso não se trata de você. Trata-se de mim! – Ele protesta – Qual é, fiquei muito tempo lá embaixo, esperando você. Agora que conseguimos, agora que eu estou vivo , livre para ocorrer um “Nós”, você embarca nessa missão suicida para ajudar os malditos deuses do Olimpo que só ferraram com a sua vida.

Fico sem ação.

– Não se trata dos olimpianos, mas sim dos semideuses que conheci. Aquelas pessoas precisam de nós, você não entende? – Pergunto

– Ninguém nos ajudou. – Ele fala

– Não se paga o mal com o mal.

Ele se aproxima de mim, tomando meu rosto em suas mãos.

– Ah, Katherine. Se você soubesse como me sinto, desistiria dessa viagem maluca.

– Se você tivesse visto aqueles semideuses, me ajudaria sem pensar duas vezes.

Sem esperar, ele me puxa para mais perto. O momento seguinte se passa como um borrão. Vejo pelo canto dos olhos a porta se abrir, e meio segundo depois sinto os lábios de Elijah em meus lábios. De repente, o mundo perde a cor, os problemas. Só existem duas pessoas, Elijah e eu.

Ao longe, escuto um grito masculino, mas realmente não me importo. Estou muito ocupada sentindo os macios lábios de Elijah. A ar faz falta, e nos afastamos.

– Uau- Petros fala – Eu detesto ser vela, sabiam?

Elijah ri

– Vocês são meio-primos, isso é nojento.

– Não mais do que você – Falo

Petros mostra a língua, se eu Não tivesse presenciado, duvidaria que ele passou a vida preso em uma estátua.

E assim passamos os próximos minutos. Conversando, como velhos amigos.

Até que a escuridão chega .

– Está na hora – Falo

Descemos para a parte do hotel onde fica a piscina, tenho que segurar os braços de Elijah, pois esse queria pular na agua.

Chegamos em frente a uma árvore. Elijah e Petros seguram minhas mãos, ambos com mochilas enormes nas costas. Eu também uso uma, junto com uma blusa com os dizeres “I love music” e calça jeans. Os meninos vestem a mesma roupa, Camiseta azul e jeans escuro.

Respiro fundo e fecho os olhos, me inspirando para abrir as sombras. Depois de segundos, eu consigo, estou oficialmente, viajando nas sombras.

– Fantasma, acorda logo. – Ouço uma voz falar

Abro os olhos, piscando graças a luz do Sol

– Onde estamos? – Pergunto

– Central Park – Elijah responde

Tento me levantar para olhar o lugar, mas caio com as costas no chão.

– Que diabos está... – Começo a dizer , antes de reparar em minhas mãos – AH!

Elas estão brancas e fantasmagóricas, como uma mensagem do íris em preto e branco.

– O que é isso? – Petros pergunta

– O resultado do esforço excessivo. – Respondo

– Você não vai morrer ,certo?

– Não sei. Talvez eu suma, mas vamos ver isso depois. Agora, arrumem um taxi e peçam para irem até o Empire State.

– Empire State? – Elijah pergunta

– Sim. Mais conhecido como Olimpo

Petros não tenta esconder a confusão que se passa em sua cabeça

– Peçam logo – falo

O filho de Zeus sai correndo, assobiando para os carros pararem. Quando consegue um , Elijah me pega no colo e me coloca no banco traseiro do carro.

Não sei o que o motorista de táxi vê, mas ele não parece perceber a menina fantasmagórica atrás dele. Eu digo que queremos ir para o Empire State e ele arranca com o carro, fazendo meu estomago de fantasma revirar.

Chegando em frente ao prédio, vejo uma enorme montanha em cima do arranha céu. Elijah desce do carro e me pega no colo, de novo. Subimos até o porteiro do local, que nos barra.

– 600 andar- Falo - Eu entrarei de qualquer maneira

Tento parecer forte, mas tusso assim que acabo a frase.

O homem nos indica um elevador, no qual Petros aperta um botão. O elevador abre as portas, revelando um local extremamente dourado. Adentramos no elevador, que toca a nona sinfonia de Beethoven. Milagrosamente, eu assumo minha pele novamente, deixando de ser a massa branca e esquisita . Ainda me sinto fraca, mas pelo menos pareço humana.

“É, pai. Eu quase nunca falo com você, mas preciso que me deixe um pouco mais forte. Se eu Não ficar, como convencerei o Olimpo todo a ajudar os semideuses?- Penso

Nada acontece, típico de Hades. Mas, segundos depois, eu sinto que estou melhorando, ainda fraca, mas mais convincente.

O elevador para. Abre suas portas, revelando um lugar cheio de estátuas e templos.

– O Olimpo – Falo

Petros nem espera, dispara correndo. Elijah vai logo atrás, seguido por mim. Estamos em uma perfeita fila de três semideuses.

Olho para a frente, onde a porta do salão principal está aberta. Zeus e Poseidon estão discutindo, com Hera e Atena no meio .

– Sem querer atrapalhar...- Petros diz

Os deuses viram as cabeças , nos encarando. Fico com medo de ser queimada viva, mas isso não acontece.

– O que fazem aqui? – Zeus pergunta. Sua barba está bem aparada (o que é um milagre), o terno risca de giz está todo bagunçado, como se não tivesse sido passado.

– Elijah, como vai, meu filho? – Poseidon pergunta. Os olhos verde mar se fixam no garoto.

– Mais semideuses. – Hera protesta, segurando seu cajado com a flor de lótus em cima – O primeiro bastardo da linhagem.

– Respeito comigo faz bem, sabia? – Petros indaga

Atena olha para mim e acena. O cabelo castanho está solto e lhe cai sobre os ombros.

– Viemos com um propósito. – Falo

– Crias de Hades Não são bem vindas aqui. – Zeus fala

– Vim falar sobre os sete da profecia, então é melhor você me escutar – Falo

Ele olha para mim, provavelmente perguntando-se como seria um espetinho de Katherine.

– Se é sobre os sete, podem começar a falar.

Respiro fundo, me preparando para o discurso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, espero não ter soado meio infantil ou poser, sei que viagem nas sombras é algo perigoso, mas eu tinha que dar um jeito de eles chegarem rápido.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha Original" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.