Rosas de seda escrita por Charlotte


Capítulo 2
Capítulo 2




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Era a saída, me dirigi à cantina, onde eu almoço todos os dias. Peguei meu almoço e me dirigi à mesa onde duas garotas e um garoto estavam sentados. Eram Bruna, Vanessa e Thiago, eu almoçava sempre com eles, eles eram divertidos, era uma pequena distração para mim.

–Melody o que você achou do meu cabelo? – disse ela mostrando suas mechas recém-feitas

–ficou lindo Bruna, adorei a cor- disse enquanto tentava comer segundo as normas de etiqueta que eu conhecia.

Graças aos inúmeros filmes de princesa que eu assistia. Quando criança um dos meus sonhos era ser uma dama. Adorava seguir as regras de etiqueta. Com o passar do tempo fui esquecendo isso, porém de uns tempos para cá, meu interesse por etiqueta tem voltado, mas infelizmente ninguém ligava para isso, então na maioria das vezes não me portava adequadamente, mas sempre que eu me lembrava, seguia as regras. Tenho praticado quase todos os almoços em que não tenho pressa para fazer alguma atividade, por que comer adequadamente necessita de um tempo maior.

Estávamos conversando quando eu avistei o garoto de hoje cedo. Ele me encarava, será que eu estava com o rosto ou os dentes sujos?

–não tem nada em você, por que?

–só para saber- disfarcei para não parecer paranoica

Olhei de volta e ele continuava encarando, quando ele percebeu que estava sendo rude desviou o olhar. Tentei me concentrar em meu almoço, sabia que eu estava vermelha por ser olhada por alguém como ele. Quem ele era? Qual será seu nome?

Perguntas demais, cortei meu pensamento, não podia perder tempo com paixões platônicas, isso roubaria toda minha concentração! Mas não resisti, olhei de volta para onde ele estava sentado, contudo já não havia mais ninguém lá.

No dia seguinte segui minha rotina diária até o assento que era meu companheiro de todas as manhãs com Mônica ao meu lado como sempre. Procurei o garoto de olhos verdes no lugar que ele estava sentado ontem, mas não havia nenhum sinal dele lá. Foi quando o professor chegou que notei, ele estava sentado na cadeira de trás. Minha espinha gelou, ele não podia ficar ali, se ficasse, toda minha atenção sairia da aula e estaria no meu corpo para que eu não fizesse nada que pudesse me envergonhar. E foi exatamente isso que houve. Durante todas as aulas que tive na maioria do tempo, estava tentando escrever com a letra mais linda e da forma mais graciosa, enquanto segurava a vontade de olhar para trás e ver o que ele estava fazendo.

No almoço tive uma grande surpresa quando eu terminei de pegar minha comida, ele estava em pé me esperando e veio perguntar a mim:

–se importa de almoçar comigo hoje?

–não

Não consegui dizer mais nada, deveria avisar à minha turma de sempre que hoje não apareceria por lá, mas ele já estava caminhando em direção a mesa. Quando chegou, colocou sua bandeja no seu lugar e puxou a cadeira para mim

–por favor?- disse ao puxar a cadeira

–obrigada- estava espantada com aquele gesto, muito dificilmente os garotos faziam aquilo.

–Me chamo Bernardo Rousseau, você deve ser Melody sim?

–sim...prazer em conhece-lo- estava sendo formal demais, porém ele era estranho e bonito, me sentia totalmente ameaçada e insegura nessa situação.

–Então Melody, eu desejo lhe conhecer melhor, posso fazer algumas perguntas?

–claro

–qual seu estilo de música preferido?

–sou bem eclética, mas há algumas exeções...

–música clássica seria uma delas?

–não, eu gosto de música clássica

– que diferente! e sua cor preferida?

–bege, creme, mas não ache estranho, a maioria das pessoas não entende como eu gosto dessa cor, mas eu a acho uma cor muito elegante

Não entendi, pois ele pareceu espantado mas satisfeito, como se a resposta que eu dei superasse suas expectativas, será que ele estava fazendo um concurso das pessoas mais anormais e eu seria uma candidata? Haha

–por acaso você não gosta de clássicos de cinema gosta?

–Sim, por que você está me fazendo todas essas perguntas?

–por que você é perfeita! Meus pais irão adora-la

Se estivesse bebendo algo teria engasgado, corei e perdi toda a fome, olhei diretamente nos olhos deles tentando decifrar sua expressão, que história era aquela de que os pais dele iriam me adorar?


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