31 days in New York escrita por Beatriz


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi, me perdoem, minha internet ficou fora do ar e só voltou hoje, mas prometo que vou postar o de segunda, o de terça e o de hoje.



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07 de julho

Ontem, depois que descemos do Rockefeller, ele disse que tinha um compromisso e já estava atrasado disse que a gente se via qualquer hora já que o destino se encarregava dos nossos encontros e foi embora. Eu voltei para o hotel, li meu texto fiz o relatório e deitei na cama ainda pensando em Cristopher.

Depois de ontem, quando ele me contou sobre seus pais, senti muita pena dele. Deve ser horrível perder os pais tão novo e ainda tinha a irmã dele, coitada, perdeu os pais e ainda teve que cuidar de uma criança sozinha.

E agora, a caminho do curso, eu ainda pensava nisso. Tentei pensar em outras coisas como o trabalho que eu teria que apresentar ou as coisas da minha lista de compras que eu ainda tinha que comprar, mas não dava, eu estava curiosa para saber sobre os pais de Cristopher, segundo ele eles haviam sido assassinados e também estava curiosa sobre a irmã dele.

Quando cheguei ao curso ainda faltavam 30 minutos para o início da aula, então me sentei na área social e comecei a olhar coisas aleatórias na internet. Foi quando recebi uma mensagem.

–Oi, tudo bem? Sobre aquilo que eu falei ontem do meus pais... Não comenta com ninguém tá? Nem sei porque eu falei para você, é procuro deixar isso em segredo, não gosto que tenham pena de mim.

Fiquei processando aquilo por alguns minutos. Realmente eu havia sentido pena dele e ainda estava sentindo. Não pelo fato de ele ter perdido os pais sendo tão novo, mas por ele não ter tido algum para educa-lo e por isso ser desse jeito agora. Arrogante, convencido...

–Tudo bem, não irei contar, não precisa se preocupar com isso. Até logo.

Alguns segundos depois:

–Hummm, “até logo”, então nos veremos de novo?

Ai droga, esse cara não era sério por mais de 30 minutos?

–Você entendeu, foi um modo educado. Você, quando quer, é até suportável, então se você continuar assim pode ser que aja um até logo.

Mais alguns segundos:

–Gostei disso de até logo, mas compreenda, nem sempre posso ser bonzinho, eu sou o bad guy, bad guys não podem ser sempre bonzinhos, se não perdem a magia.

Respirei fundo:

–Tenho que ir “bad guy”, não se meta em confusão.

–Porque você sempre diz para eu não me meter em confusão? Eu nunca me meto em confusão.

Li, mas não respondi.

***

–Eu já estou ficando enjoada dessa comida? – Disse Yoko. Estava eu, ela e Verena almoçando no restaurante de sempre. O segundo tempo de aula havia sido cancelado, então iriamos passear depois do almoço. A mentira de Verena havia se tornado verdadeira.

–Eu previ o futuro, a gente vai mesmo sair, eu não menti para o Gale.

Eu e Yoko ficamos rindo enquanto ela falava sobre como era bom não ter começado uma grande amizade mentindo, que ela se sentia mais leve e blá, blá, blá.

***

Fizemos um dia de compras e na volta deixamos Verena no hotel dela que era perto de onde estávamos.

Eu e Yoko resolvemos ir a um restaurante que achamos pesquisando na internet.

–E aí, como está a viagem?

–Ótimo amo o curso, as amigas novas, bem, nem tudo estão ótimo, mas está bem?

–O que aconteceu? – Yoko perguntou.

–Sabe o Cristopher? Bem, ele se meteu em um acidente e eu ajudei ele sabe aí depois nós fomos jantar juntos e foi lindo, nem parecia que era ele, ele me levou em casa, disse que a gente poderia virar amigos... Tem horas que ele é fofo, mas tem horas que o jeito dele me irrita.

–Calma, vamos com muita calma. Você saiu com ele? Mas você nem contou.

–Eu sei, desculpa, é que sei lá, a gente não se conhece a muito tempo, não queria falar.

–Tudo bem. – Yoko era legal. Ela e Verena, na verdade, mas eu não as conhecia bem, por isso não havia falado nada.

–Mas bem, foi isso. Eu sempre sonhei que o menino da minha vida seria lindo, rico, engraçado, gostoso. – Ela e eu rimos nessa hora – Calma que não acabou engraçado e romântico, mas o Cristopher apesar de ser rico e ter um corpo... Ele não tem jeito de ser romântico sabe?

–Mas Aurora, ele não precisa ser seu namorado, ele pode ser um amigo. Você já pensou em apenas conversar com ele? Conhecer mais sobre ele, essas coisas.

–É, você tem razão.

Terminamos de comer e durante o jantar eu descobri que a Yoko tinha um namorado. Fiquei em choque. Nunca imaginei que a Yoko tivesse um namorado, mas ela disse que tinha e já estava com ele a dois anos.

–Tchau Aurora.

–Tchau Yoko, até amanhã.

–Pensa no que eu falei tá? Amigos.

–Vou pensar sim, pode deixar.

Quando cheguei no hotel não era Camille que estava na recepção e sim um homem. Então entregaria um presente que havia comprado para ela amanhã. Subi para o meu quarto, coloquei algumas compras na mala vazia que eu havia separado só para colocar as coisas novas e fui tomar um banho.

Quando deitei fiquei pensando no que Yoko havia falado. Acho que a minha imaginação havia interferido na minha vida real. Nós só precisávamos ser amigos.


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Notas finais do capítulo

E aí, será que finalmente Aurora vai dar uma chance para essa amizade?



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