31 days in New York escrita por Beatriz


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oiii! Mais uma vez desculpem a demora. Mas vamos lá. Esse cap possui os dias 10, 11, 12 e 13. A partir do próximo cap não haverá em cima mais "11 de julho" por exemplo, o cap pode vir a conter data mas não será um tipo de diário como é mais ou menos hoje.
Vamos lá!



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10 de julho

Acordei no horário de sempre para ir ao curso, mas dessa vez passei mais maquiagem. Como previsto o roxo estava ali e eu não iria ficar andando por ai com ele e nem queria que as meninas assim que me visem tomassem um susto e começassem a chuva de perguntas.

Encontrei Camille na recepção e disse que na volta tinha uma surpresa para ela. Tomei meu café santo de todo dia no Starbucks e fui pegar o metro.

***

Na hora do almoço, Gale não veio conosco e eu aproveitei para contar o acontecido que me fez faltar a aula ontem.

–O que? Meu Deus Aurora, como você está? Você devia ter ficado no hotel descansando. - falou Verena toda preocupada.

–Eu estou bem, estou com alguns machucados no rosto, mas eu estou bem e não vou ficar pressa em um quarto de hotel.

–Você devia ter nos ligado ontem para passarmos o dia com você. - Yoko falou segurando na minha mão como uma forma de consolo.

–Yoko, como eu disse, o Cris me salvou e eu acabei dormindo na casa dele. Só fui para o hotel no meio da tarde e praticamente só fiz dormir.

Elas balançaram a cabeça e não falaram mais nada sobre aquele assunto. Terminamos de comer e voltamos para aula.

***

Depois da aula, eu, Verena e Yoko andamos um pouco pelas proximidades do curso e Verena aproveitou para contar que havia beijado Gale.

–O que? - eu e Yoko falamos na mesma hora.

–É... Foi meio que de surpresa, mas foi bom, foi perfeito. - ela falou toda animada, mas ao mesmo tempo com o rosto vermelho de vergonha.

***

Cheguei ao hotel por volta das 16:30 e estudei os assuntos do curso. Depois desci e entreguei o presente a Camille.

–Meu Deus Aurora, não precisava.

–Camille, você é a melhor recepcionista do mundo. Só queria agradecer por você sempre ser tão legal comigo.

Ela saiu de trás do balcão da recepção e me deu um abraço.

Quando subi de volta ao quarto fiquei trocando mensagens no WhatsApp.

Contei para ela do acontecido e elas ficaram loucas, mas disse que no final tudo estava bem. Elas perguntaram se Cristopher havia me ligado para perguntar como eu estava ou algo assim e foi quando eu percebi que desde que voltará para casa ele ainda não havia mandado se quer uma mensagem.

A noite chegou e eu ainda estava olhando as fotos que havia tirado no meu celular nos últimos dias. Postei umas quatro no instagram e depois resolvi descer para comer algo no Starbucks.

Quando voltei, mandei uma mensagem para minha mãe e fui dormir ainda pensando o porque de Cristopher não ter mandado nem uma mensagem.

–-----

11 de Julho

Aquele dia não foi tão diferente do anterior.

Acordei. Comprei um frappuccino de baunilha, não de morango dessa vez. Peguei o metro. Tive aula. Almocei com Verena e Gale, que agora andavam de mãos dadas, e Yoko. Voltamos para aula e depois fui para o hotel.

Cristopher? Nem sinal de vida. Pensei em mandar uma mensagem para ele, mas assim que terminei de escrevê-la, apaguei.

Desci e fiquei na recepção conversando com Sara, a menina que estava de plantão na recepção do hotel.

Subi para o meu quarto, troquei algumas mensagens com a minha mãe e depois dormi. Parecia que eu não estava em New York.

_____

12 de julho

Hoje era sábado e diferente da semana passada, não haveria aula. Acordei por volta das 10 horas e resolvi que iria caminha no Central Park. Vesti a única roupa de malhação que eu havia trazido do Brasil e fui à Starbucks. Tomei um chá e fui caminhar.

20 minutos depois eu já estava virando uma possa de água. O calor de 40 graus somado aos exercícios não estavam me fazendo bem. Comprei uma água e me sentei em um banco. Depois de alguns minutos sentada observando a paisagem do parque recebi uma mensagem.

–Olá minha querida amiga Aurora. – ele ainda estava vivo!

–Quem é vivo sempre aparece.

–Mais é claro. Como você está?

–Bem, obrigada. Não estou pressa no quarto do hotel tendo crises de pânico, não se preocupe.

–Uma mulher corajosa. Gosto disso.

Fiquei só observando aquela mensagem sem saber o que responder ao certo.

–Sabe, não sei por que, mas de repente me veio uma imagem sua. Você com o cabelo preso, calça legging preta, tênis roxo, blusa branca escrita “Work hard, Play Hard.”

–Cristopher, onde você está. – ele demorou em torno de dois minutos para responder, mas quando respondeu não foi por mensagem.

–Bem aqui. – levantei do banco na hora.

Meu coração batia acelerado. Sentei no banco e Cris ainda estava tendo um ataque de riso dizendo que a minha cara deveria virar um meme de tão engraçada.

–Haha, muito engraçado. - falei dando um tapa em seu braço.

–Só uma brincadeirinha com uma pitada de verdade. E porque a senhorita está sentada aí? Vamos, vamos.

Ele se levantou e pegou a minha mão e saiu me puxando.

–Calma, eu estou cansada.

–Vamos Aurora, não seja fraca.

Ele foi indo embora sem nem olhar para trás e eu fui obrigada a segui-lo. Ele andava rápido demais para mim. Aquilo já podia ser considerado corrida.

Conversamos algumas besteiras durante os 45 minutos que caminhamos juntos. Nem parecia que era eu e Cristopher e sim velhos amigos que já estavam acostumados a fazer aquilo aos fins de semana.

–Eu preciso ir. – ele disse quando estávamos chegando perto do meu hotel.

–Hmm, tudo bem. – falei um pouco decepcionada, admito. A conversa estava boa e Cristopher, depois do ocorrido, me passava um ar de segurança, coisa que nunca esperei sentir vinda dele.

–Até logo minha querida.

–Vá se ***** Cristopher. – ele saiu rindo e eu havia desistido de lutar contra esse “querida” dele.

***

Depois de tomar um banho e dormir durante uma hora eu resolvi entra na internet e olhar meus e-mails. Como sempre nada de mais. Entrei no facebook, falei com algumas amigas e fiz um post sobre a minha viagem e como eu estava feliz.

Naquela noite dormi cedo e muito feliz.

–-----

13 de julho

Naquele domingo acordei por volta das 7 da manhã, o que foi um susto para mim. Tomei um banho, telefonei para minha mãe fiquei alguns minutos com ela na linha.

Eu me sentia mal por não contá-la sobre o acidente com o cara no beco, mas não queria preocupá-la, era melhor assim.

Resolvi tomar café da manhã em um lugar diferente e achei uma cafeteria a uns 10 minutos de caminhada do hotel. Ela era bem fofa e tinha um ar bem série americana. Comi waffles e tomei um suco de laranja.

Quando estava saindo de lá recebi uma mensagem de Cristopher.

–Podemos nos encontrar? Passear um pouco, almoçar juntos, coisas de amigos?

–Sim. – mandei o endereço de onde eu estava e ele respondeu dizendo que estava próximo, então resolvi marcar em frente a uma loja.

Fiquei esperando Cris na frente da loja e após uns 8 minutos acabei encontrando Kaya.

Era incrível como ela tinha 41 anos. Quando eu a vi ela primeira vez jurei que ela tinha uns 34 anos no máximo só para não dizer que uma mulher de só 30 já era dona de uma escola de língua inglesa tão bem conceituada. Mas não, Kaya tinha 41 anos, mas era perfeita, nenhuma ruga para contar história. Cabelos pretos digno de comercial de shampoo, olhos azuis perfeitos, ela era um pouco mais alta do que eu e bem magra. Quero ser assim quando crescer.

–Olá Aurora. – ela me cumprimentou.

–Olá Kaya, tudo bem?

–Tudo, fazendo compras?

–Não, esperando um amigo. – quando terminei de falar a frase vi Cristopher vir em minha direção, mas Kaya estava de costas para ele. – Ele acabou de chegar.

Ela virou um pouco o corpo para ver para onde eu apontava e quando voltou a me encarar parecia mais branca do que um fantasma.

Cristopher se posicionou ao meu lado e não falou nada. Os olhos azuis de Kaya estavam começando a lacrimejar, então finalmente Cris falou alguma coisa.

–Olá Kaya, a quanto tempo.

–Cristopher.

–Não, a Estátua da Liberdade.

–Cris, não precisa ser assim.

–Pelo amor de Deus Kaya, depois de tudo você ainda quer sair de boazinha.

–Você tem que entender o meu lado. – eu não sabia o que fazer, as lágrimas já haviam começado a cair dos olhos de Kaya e Cristopher estava com o corpo completamente tenso.

–Cristopher, não grita com ela.

–Aurora, não se meta, por favor, você não tem nada haver com isso.

–Não a trate assim Cristopher, ela não tem culpa. – ela enxugou as lágrimas e levantou a cabeça como se estivesse recuperando a compostura.

–Vamos Aurora, não quero perder mais o meu tempo.- Cristopher pegou minha mão e saiu me puxando. Seu aperto ela firme e já estava machucando meu pulso.

–Cris, está me machucando. – Ele não soltou.

–Cristopher! – ele então parou e soltou meu pulso, estávamos do outro lado da calçada, mas quando procurei Kaya ela não estava mais no local da discussão.

–O que foi aquilo?

–Nada.

–Nada não causa lágrimas e nem brigas. Qual é seu problema com ela? Uma ex-namorada? Acabou mal?

–Kaya? Minha namorada?

–Sim...

–Até onde eu sei é proibido namorar irmãos.

–O que?

–Aurora, Kaya é a minha irmã mais velha.


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Notas finais do capítulo

Eita... Teremos mais revelações da vida de Cris.
Mais um aviso: agora será cap dia sim, dia não.
Próximo cap: 15 de julho ás 22 horas.



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