The New Mistery escrita por May


Capítulo 9
Not Like an Animal


Notas iniciais do capítulo

OI,
Desta vez foi rápido a atualização, certo?
Quero agradecer as fofas que comentaram o capitulo anterior: Bilulu e Blue Black.
O título do capitulo traz para a fic um mistério secundário, então façam suas apostas.



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Passaram-se alguns minutos, onde ninguém da sala sabia o que dizer, antes de o winchester mais velho subir para o quarto. Em seguida todos fizeram o mesmo uma vez que ainda era madrugada.

– Então o que está acontecendo? –interrogou Sam, assim que chegou ao quarto que agora dividia com o irmão.

No quarto ao lado as duas garotas se ajeitavam no quarto.

– O que será que aconteceu?

Priscila que esticava o lençol sobre a cama parou e pensou por alguns instantes.

– Por que todo mundo acha anjos ficam em nuvens no céu, tocando harpa enrolados num pano branco? –questionou em resposta.

–Pri, ninguém pensa isso. A maioria não acredita em anjos e essas coisas. – lembrou a amiga com uma risadinha. – Contudo temos que concordar que as histórias infantis estão bem longes da realidade, não é?

– Bom, lembre-me de quando eu tiver meu filho nunca falar para ele escutar o “anjinho”. – murmurou a loira se deitando, imaginando Castiel em tamanho mini sobre o ombro de alguma criança.

Mariana riu imaginando a mesma coisa e então se deitou também. Elas especularam sobre o quê a ruiva falaria com ele e qual teria sido o motivo da bebedeira e chegaram a apenas uma resposta: tinha algo a ver com o romance “secreto” entre ele e a ruiva.

– Ainda assim, é uma coisa tão humana beber para esquecer os problemas... – estranhou a morena.

– Eu não acho que anjos cheguem a este nível sozinhos. Com certeza é influência de anos vendo Dean bebendo. - a loira interrompeu.

– Então você acha que o responsável por Castiel ter bebido é do Dean? – perguntou a morena fitando o teto.

– Todos os caçadores dos EUA sabem que ele não presta. –afirmou Priscila de olhos fechados e, portanto, sem ver o sorriso da amiga.

– É isso que você diz a si mesma quando vê tudo aquilo lá na sua frente? –provocou a mais nova fazendo com que a loira a olhasse no mesmo instante.

– O que você está insinuando? Que eu tenho interesse nele? – perguntou a loira um tanto ofendida, fechou os olhos e virou-se para a parede antes de acrescentar: – Honestamente, você me conhece!

A morena apagou a luz com um sorriso e caíram num sono tranquilo quase imediatamente.

No fim do corredor havia o último cômodo, a porta estava entreaberta e apenas a luz do abajur iluminava o quarto. O anjo sentia o efeito do álcool saindo do seu organismo enquanto pensava como estava a garota na poltrona. Ele sabia que tinha a magoado, agora o que não queria calar era se o estrago fora o suficiente para ela recuar, para ela desistir dele. De alguma forma ele não queria que ela desistisse.

Maya alisava o cachorro e tentava não pensar no anjo na sua cama, no meio disso tudo ela lembrou que o animal não tinha um nome e percebeu que se quisesse ficar com a cadelinha precisava fazer dela um membro da casa e nenhuma forma melhor do que tratá-la por um nome. Ergueu o animal diante dos seus olhos sem muito esforço e recebeu uma lambida na cara.

– Você não pode fazer isso com o Dean, okay? – sussurrou conspiratoriamente para o animal com um sorriso. – Agora temos que te dar um nome, mas qual?

A garota pensou um pouco olhando para a cadelinha que parecia agitada em seus braços.

– Vejamos que tal Meg? É um nome bonito. – murmurou ela e o anjo se mexeu ruidosamente na cama, fazendo a garota deixar a cachorrinha de lado. – Algum problema, Castiel?

O anjo demorou um pouco para responder. A garota já ia se levantar para ver como ele estava quando o anjo finalmente se pronunciou.

– Não combina com ela. Que tal ‘Mel’? –sugeriu.

– Mel? – repetiu ela incerta, mas ao olhar para o animal diminuto achou que combinava. – Excelente, anjo! – vibrou ela voltando a pegar o animal. – Agora você é a Mel. Bem- vinda a casa, Mel.

O anjo sorriu para o teto notando o entusiasmo da garota com o animal. No final, seria bom ela ter Mel, pensou ele.

Meia hora se passou em um completo silêncio na casa. Todos dormiam, exceto Castiel e Maya. A garota estava com sono, mas simplesmente não conseguia para de pensar naquela mancha de batom na camisa do anjo. Como ele pôde? Entretanto a indignação não conseguiu durar mais que uma hora antes do sono vencê-la.

Castiel percebendo que a garota tinha dormido a tirou da poltrona e a colocou na cama. Velou por seu sono por alguns instantes antes de um farfalhar de asas ressoar pelo ambiente fazendo com que a garota abrisse os olhos no mesmo instante.

– É lógico que foi embora. –murmurou para si mesma se sentando na cama. Virou-se algumas vezes na cama sabendo que agora sim, não conseguiria dormir.

Ligou o celular perto da cabeceira da cama e colocou algumas músicas para tocar. O volume quase no mínimo.

“Alguém uma vez me disse que você tem que escolher/O que você ganha ou perde/Você não pode ter tudo”

A música era triste, um pouco fundo do poço ela admitia, mas de qualquer forma ela não se sentia muito melhor. Maya escutou a mesma música até os primeiros raios do sol surgir no horizonte e foi nesta hora que decidiu se levantar.

Horas mais tarde Sam acordou seu irmão ainda dormia e, mesmo que ele já tivesse às quatro horas de sono que precisava, o deixou dormir mais um pouco, já que não estavam resolvendo nenhum caso, além de um provável apocalipse.

O Winchester mais novo seguiu para o banheiro do quarto do irmão. Ele ainda achava loucura Maya ter dado a cada um dos três seu próprio banheiro, mas na podia deixar de achar, útil agora que tinham visitas em casa. Depois de devidamente arrumado seguiu para o andar inferior onde a mesa já estava arrumada a espere deles.

Procurou por algum sinal da sua “irmã mais nova”, porém tudo que encontrou foi a porta principal aberta. No instante seguinte a ruiva saía da mata e entrava no campo de visão do caçador.

– O que houve?

– Eu fui levar Mel para fazer xixi e pensei ter visto alguma coisa na floresta. – respondeu a garota ainda olhando as arvores.

– Mel? -repetiu o Winchester a olhando por alguns instantes até ver o animal aos seus pés. – Ah, sim a nossa enorme cão de guarda! –desdenhou e vendo o olhar de reprovação da garota mudou de assunto: - Bem, é uma mata fechada há vários tipos de animais, provavelmente você viu realmente alguma coisa.

A ruiva franziu o cenho, parecendo pensar no assunto e depois de repassar a sua imagem na sua cabeça.

– É, deve ser um animal. – concordou. “Não parecia um animal” pensou.

Sam a encarou por alguns instantes sem entender porque tanta preocupação com a mata, aquilo nunca tinha sido um problema para nenhum deles. Depois de tudo que enfrentavam diariamente, um animal selvagem era algo totalmente irrelevante, entretanto ela realmente parecia preocupada.

– Será que é algum urso? –sugeriu Sam.

– Não parecia. –respondeu preocupada. – Você vai ter que ficar aqui fora florzinha, sabe como é: não está chovendo e não acho que Dean vá querer você lá dentro agora. – murmurou para o animal que, como se entendesse cada palavra que ela dizia, parou de rodeá-la e foi para perto do carro.

Sam olhou a cena surpreso assim como a garota.

– Ok, agora eu faço anjos ficarem bêbados e magoo os sentimentos de cachorros. Ótimo. Perfeito. –murmurou a ruiva antes de subir as escadas resmungando consigo.

Sam sorriu para ela, porém quando ia seguir para dentro da casa ele olhou mais uma vez para a cadelinha. “Inteligente” foi o que ele pensou.

Mariana acordou e viu que já eram nove e meia. Cedo, visto a hora que foram dormir, porém estavam ali como visitas e, portanto, não era hora de dormir até a hora que tinha vontade. Escutou por alguns instantes e percebeu que já tinha alguém acordado. Levantou-se e se vestiu para o novo dia.

A morena estava na frente do espelho do quarto que tinha quase certeza que era obra de Maya - visto o seu tamanho que ocupava toda a porta toda a porta do guarda-roupa - olhando para seu reflexo ela percebeu um sorriso em seu rosto. Há quanto tempo ela não sorria inconsciente do ato? Esse estranha família a fazia feliz, percebeu ela. Lembrou-se da noite anterior e percebeu outro motivo da sua felicidade: Sam Winchester. Os olhos castanhos e olhos verdes a encantavam.

Os devaneios da garota pararam quando percebeu que estava gostando dele. Como podia gostar de alguém que ela conhecia há três dias? Era insanidade. Apenas o achava bonito disse a si mesma.

– Não daria certo de qualquer forma. –sussurrou para seu reflexo antes de guardar o pente e seguir para a porta, mas antes que saísse imaginou se sua mãe pensou assim quando conheceu seu pai.

Seguiu escada abaixo pulando os degraus rapidamente, não tinha percebido até aquele momento que estava faminta. Sorriu ao sentir o cheiro de chocolate. ‘Eu poderia viver assim para sempre’ pensou ela, mas sua fome passou assim que pisou na cozinha.

– Bom di... – a sua frase sumiu quando viu quem estava ali na cozinha. Sam Winchester, não Maya. Sam. Assim que viu seu rosto lembrou-se do beijo da noite anterior, tecnicamente não era um beijo, apenas um selinho. Sentiu o sangue se acumular em suas bochechas e amaldiçoou o Cosmos por ruborizar. Sam a encarou enquanto o rosto da garota se tornava rosado e lembrou-se da mesma coisa.

– Ahn... Bom dia. Está com fome? –perguntou tentando parecer indiferente. Na verdade não entendia porque tinha beijado a garota naquela madrugada. Talvez tivesse sido apenas inevitável, estavam perto demais e pronto, mas ele sabia que realmente não era por aquilo.

Apesar do constrangimento a garota se forçou a responder.

– Na verdade, não. – disse pegando uma maça da fruteira e saindo dali sem olhar para trás.

‘Na verdade, não. ’ Que resposta estúpida! Ela refletiu dando uma mordida na maça e seguindo de volta para o quarto.

Priscila que havia acordado com a saída da amiga já estava arrumada e penteava os cabelos loiros acompanhou pelo espelho quando a morena entrou tempestivamente e se jogou contra a cama que alguns minutos antes ela ocupava.

– Está com cara de quem foi pega fazendo o que não devia. – falou sem tirar seus olhos do espelho e recebeu um grunhido de resposta. – Será que alguém deu um flagra em você comendo Sam com os olhos? – provou e recebeu um travesseiro na cabeça.

–Out! Bom, acho que a resposta é sim. Tenho que confessar que estou surpresa de ainda restar algum músculo nele, ou será que você parou de secar e partiu para o ataque?

– Eu. Odeio. Você. –a resposta saiu abafada porque a morena escondia sua cabeça em um travesseiro.

– Também de odeio. Agora eu vou ir comer, acho que eu senti cheiro de bolo de chocolate?

Outro travesseiro voou na direção da loira, mas Priscila foi mais rápida e lançou-se para fora do quarto segundos antes.

A loira ainda ria do acontecido quando chegou à cozinha e cumprimentou Sam e ficou com a expressão séria. Ela poderia brincar com sua amiga e realmente ser irritante, porém era como uma irmã - e irmãs são naturalmente irritantes – agora com os demais da casa não. Ela não os conhecia o suficiente para ficar brincando, nem mesmo se sentia muito segura ali.

Era parte de quem a loira era saber determinar os rumos na sua vida, estar no controle da situação, ter tudo planejado, por esse motivo ela era boa nas caçadas porque não admitia falha em seu serviço, raramente era pega de surpresa com algo. Priscila se perguntou como acabara amiga de Mariana e sorriu porque, apesar de ter sofrido bastante na época, era uma época com recordações bonitas.

Dean que descera pouco tempo depois e se juntara aos dois na cozinha observou quando a garota sorriu. Ela estava distante e, com certeza, não prestara nem um pouco de atenção à sua chegada. O caçador aproveitou sua distração para observá-la.

A garota lembrou-se do dia em eu conheceu Mariana e no dia em que verdadeiramente a conheceu, tinha sido tudo ao bizarro e surreal... Mariana salvara sua vida e então a acolheu em sua vida. Priscila prometeu fazer o mesmo em retribuição.


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Notas finais do capítulo

Então queridos, gostaram, odiaram?
Hoje eu estou sem inspiração para falar aqui, sabe porque? Porque minha faculdade não começou. E porque não começou? Porque o governador não pagou o custeio da universidade, o terço de férias dos professores e ainda quer meter a mão gorda no fundo previdenciário dos funcionários. A desculpa? O estado está falido. Num estado que teve a maior arrecadação, já que teve aumentos que não ocorreram no resto do país.
Agora adivinhem de onde eu sou.
Bom, eu precisava desabafar.
Quem gostou do capitulo ai ergue a mão. Mentira! Comenta aí, please.
Quem não gostou comenta também, fala aí.
Kisses, chuchus.