FoxFace escrita por Demiguise


Capítulo 1
Capítulo I - SESSENTA SEGUNDOS


Notas iniciais do capítulo

Aqui está!!!!!!



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Quando disse a Ceasar que estava confiante mediante meu futuro no Jogo, eu estava claramente enganada.

A confiança se esvaiu de minha mente como suor, quando meu nome foi sorteado a umas 3 semanas atrás, diante de todos os habitantes do 5. Eu consegui um 6 como nota, acredito que os idealizadores tenham sido bonzinhos, pois as únicas que fiz foi atar uns 3 nós, fazer um abrigo de lona fraco e memorizar tipos de plantas.

O tubo de vidro blindado reflete perfeitamente meu nariz repuxado, minhas madeixas cor de ferrugem e meus lábios pequenos. Ainda bem que beleza não é considerada no Distrito 5.

Mas o tubo não reflete meus olhos.

A medida que subia, eu ia tremendo cada vez mais. Tentei reprimir essa covardia e esse tremor para dentro, mas parece que eles aumentam, a cada centímetro que o tudo sobe.

Um brilho surgiu de cima espontaneamente. Ele me deixou ofuscando por uns segundos. Era a luz do sol. Uma arena quente, ótimo. Decidi por em pratica a minha técnica para pelo menos, tentar vencer o Jogo. Tópicos

Sol.

Era esse o primeiro item. E logo, descobrirei mais.

Deu, o tubo parou de crescer, era eu quem estava crescendo agora, e meu medo também. O sol invadia meus olhos, fazendo com que eu só enxergasse flashes longos e brancos. Observei mais pra baixo e vi umas plantinhas, brotando de um solo de terra batida. Terra era o que cobria a superfície daquele lugar. Com alguns ramos aqui e ali.

Sol.

Terra

Já parei de crescer. O tubo esta abaixo de mim. Mas não existe mais tubo. Só existe sol, terra e o pedestal no qual eu estava em cima. Subitamente uma voz enjoada começou a entoar por todo espaço. Ela vinha das arvores e dizia:

–Senhoras e senhores, está aberta a septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes!

Precisava, urgentemente, preencher meu tópico.

Sol.

Terra.

Arvores.

E negocio brilhante que eu não consigo ver direito.

Ahh, Uma casa! Não! A Cornucópia!

Sol.

Terra.

Arvores.

Cornucópia.

Ela era escultural e muito brilhante. Parecia ser dourada e oca, havia coisas ao seu redor, espalhadas. As armas, pelas quais não vou arriscar minha vida. Começo a mover meu tronco e paro ao lado oposto o da cornucópia. Há uma coisa reluzente ali no chão. Só pode ser um lago.

Cornucópia.

A mesma voz enjoada invade meus ouvido violentamente.

–Sessenta.

É tudo o que ela diz. Sessenta segundos para o Jogo começar. Para o sangue jorrar. Para o país começar a gritar.

–Cinqüenta e nove.

Começo a estudar a arena novamente. A uns 3 ou 4 metros a minha esquerda outro pedestal com outro tributo. É um menino, um menino loiro de mais ou menos minha idade. Ele esta olhando para cá e para lá. Procurando por alguém. Esta bordado o número 12 na sua jaqueta.

–Cinqüenta e sete.

Depois do garoto, esta o resto dos tributos. Todos eles olhando uns para os outros. Os pedestais formam uma meia lua e ao centro da clareira está a Cornucópia.

–Cinqüenta e quatro.

A minha direita, a uns 20 metros está a borda da floresta. Uma floresta arejada, com arvores longas e finas. Uma ou outra destoava o cenário. É pra lá que eu vou correr.

–Quarenta e nove.

Sol.

Terra.

Arvores

Cornucópia.

Garoto loiro

É uma boa listinha. Mas não o suficiente para o tanto que está por vir. Decido dar uma última olhada ao redor para usufruir mais.

–Quarenta e seis.

Tem algo metálico a uns 3 metros a minha frente. Um cilindro curto. Com uma corrente na extremidade. Um cantil! Isso seria útil. Pego ou não pego, pego ou não pego?

–Quarenta e dois.

Pego ou não pego, pego ou não pego, droga!

–Trinta e oito.

O garoto ao meu lado conseguiu fixar o olhar em algo. Isso é bom?

–Trinta e cinco.

Não, todos são inimigos aqui. Não creio em alianças. Seria muito fácil acordar no meio da noite e cravar uma faca na cabeça dos seus aliados, isso seria muito inteligente para qualquer um desses tributos fazerem.

–Trinta e um.

Sol.

Terra.

Arvores.

Cornucópia.

Garoto loiro

Cantil de água.

Isso está de bom tamanho. Vou sair mais feliz da Cornucópia com um cantil do que sem nada.

–Vinte e sete, vinte e seis, vinte e cinco...

A noção dos segundos faz com que meu pulso acelere e eu soe mais ainda. A jaqueta que meu estilista me deu a uns segundo atrás está começando a fazer seu trabalho: Esquentar-me. Pelo menos, foi isso o que ele disse.

–Dezenove.

Tá legal. Estou suando muito agora. Sou abrigada a me livrar dela. Eu a amarro firmemente nas ancas, de modo com que ela fique solta só da cintura para cima, e nem isso. Suor, realmente não está na minha lista.

–Dezesseis.

Não a mais nada a acrescentar na minha lista agora, só se suor, e medo contarem.

–Quinze.

Medo não é o que estou sentindo agora. Não descreveria como medo. É uma mistura de todos os piores sentimentos e expectativas.

–Catorze.

Medos dos tributos carreiristas me alcançarem. Medo da lança do garoto do 1. Medo da lamina do garoto do 2, ou as facas da do 2. Medo da força do garoto ao meu lado. O mais incrível, é que não é medo. Acima de tudo, não temo a morte.

–Treze, doze...

Já começo a me posicionar para correr em direção a floresta a minha direita.

–Dez.

O tópico já era.

–Nove.

É só uma corridinha. Você consegue Pynch.

–Oito

Viro meu pescoço uma última vez para trás. Eu prometo a última.

–Sete

O garoto continua olhando para a direita. Ele é maluco?

–Seis

Tomara que morra. Um a menos ai.

–Cinco.

Deu, a minha frente agora, só existem arvores. Melhor começar a fazer meu caminho. Em frente.

–Quatro.

Em frente. Que ótimo plano Pynch.

–Três.

Metade do meu pé já esta pra fora do pedestal. Meu corpo excessivamente flexionado para frente faz com que pareça que eu vou mergulhar no chão de terra a minha frente.

–Dois.

Eu fecho os olhos.

–Um.

Eu os abro. O gongo soa, e eu mergulho.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem, comentem!!



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