O fim de Percy Jackson escrita por Doninha


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Bom, pessoal, aqui está. Espero que gostem. Por favor comentem, preciso saber se gostaram. Me digam também como vocês imaginam o final de hdo, ou sei lá. Bem, é isso, boa leitura e desculpem qualquer erro ortográfico :)



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E o garoto problemático acordou de mais um surto psicótico. A enfermeira correu a seu encontro, ele estava gritando ainda deitado na cama, ofegante e com gotas de suor escorrendo pela testa.
– Deve ter tido mais uma de suas fantasias - sussurrou uma das enfermeiras no corredor ao ouvir o garoto gritar.
– Tome aqui seu remédio, Percy, você vai ficar mais calmo. - a mulher lhe ofereceu um copo d'água e um comprimido, mas o garoto não aceitou.
– Eu não preciso de remédio. - Percy olhou de cara feia e deu um tapa na mão da mulher, que fez o copo e o comprimido irem parar perto da porta.
A mulher sentou na ponta da cama.
– Que tal falar com a psicóloga hoje?
– Eu posso dar uma volta no jardim? Faz quase um mês que não saio desse quarto, acho que mereço ver a luz do sol, eu tenho me comportado. - ele falou ainda nervoso, mas tentando se controlar.

Mais tarde, depois de uma refeição e um banho frio para refrescar, já que o dia estava bem ensolarada, Percy foi passear pelo jardim atrás da clínica.
Ele gostava de sentar debaixo de uma árvore perto do lago, ali parecia que suas forçam eram repostas depois de tantas doses de remédios para acalmá-lo. Quando sentava ali gostava de ficar vendo o movimento das pessoas, como elas agiam. Algumas pessoas sentavam e ficavam olhando para o nada. Algumas senhoras se reuniam para conversar sobre seus falecidos maridos, mas as histórias contadas pareciam inventadas de tão românticas e clichês que eram. Alguns adolescentes gostavam de sentar nos bancos ou até mesmo no chão gramado e ficar com o corpo balançando para frente e para trás em movimentos repetitivos. Percy gostava de fazer o mesmo movimento, mas aquilo só o fazia parecer ainda mais louco, coisa que claramente ele não era... ou talvez sim.
– Poseidon, Poseidon - ele chamou, se aproximando mais do lago. Falava ainda grogue por causa dos remédios calmantes - Ei, pai, me ajuda a sair desse lugar. Eu não gosto daqui, eles me deixam tonto e me entopem de remédios, eu não gosto. Eu preciso achar a Annabeth e meus amigos, eles podem estar precisando de mim - o garoto esperou, mas nenhum movimento na água deu indício de que Poseidon, seu suposto pai, estava o ouvindo. - Pai, ta me ouvindo? Manda um de seus Hipocampos para me levarem daqui. - nada outra vez.
O garoto percebeu estar sentado na beira do lago fazendo aquele movimento para frente e para trás repetidamente.
Atrás do garoto estava parada a psicóloga responsável pelo seu caso. "Percy Jackson, 17 anos, seus ataques o deixam bastante agressivo, tome cuidado" ela ouvira a enfermeira dizer. "Ele tem uma criatividade muito fértil, acha que os deuses existem e que é filho de Poseidon."
O garoto olhava preocupado para o enorme lago à sua frente quando percebeu uma presença ao seu lado.
– Oi - uma voz feminina disse. Percy olhou para o lado e viu sentada uma mulher loira de olhos acinzentados.
– Oi - ele falou monotonamente sem tirar os olhos da mulher. - Quem é você?
– Meu nome é Annabeth, eu sou...
– Annabeth? Annabeth? Annabeth Chase? - o garoto perguntou afobado e se aproximando mais da psicóloga.
– Não, Annabeth Archie. Quem é Annabeth Chase?
– Tem certeza? Seu sobrenome não é Chase? Você me lembra muito ela.
– Não, como já disse, meu sobrenome é Archie. Quem é Annabeth Chase?
– Minha... namorada - ele deu um sorriso disfarçado.
– Percy, eu sou sua amiga, ok? Eu lhe trouxe um presente - a mulher falou num tom calmante que o fez acreditar que ela realmente era sua amiga, e lhe estendeu um livro com o título O Apanhador no Campo de Centeio– Este livro é muito bom, você deve ler, vai gostar.
– Eu vou ler - o garoto sorriu.
– Então... pode me contar por que está aqui?
– Eles acham que sou louco - Percy voltou a olhar para o horizonte à sua frente.
– E por quê eles acham isso?
– Eles acham que as histórias que conto são invenções da minha cabeça, eles não acreditam que eu realmente vivi tudo que falo.
– E que histórias são essas?
– Se eu te contar você também me chamará de louco, como todos os outros aqui. - ele voltou a olhar em seus olhos e lembrar-se de sua suposta namorada.
– Claro que não, eu não estou aqui para te julgar, eu sou sua amiga, você pode me contar o que quiser.
– Bem, começou quando eu fui atacado pela minha professora de iniciação à álgebra e logo depois por um Minotauro. Aí eu fui para o Acampamento Meio-Sangue e descobri que os deuses existem e que sou filho de Poseidon. Aí os deuses me acusaram de ter roubado o Raio Mestre de Zeus, mas aí eu descobri que foi Luke, um filho de Hermes, e junto com Grover e Annabeth salvei o mundo de uma guerra entre os deuses. Aí depois nós três fomos mandados ao Mar de Monstros em busca do Velocino de Ouro para salvar a árvore de Thalia, uma filha de Zeus que foi tranformada em pinheiro. Depois tivemos que resgatar Artemis, que foi sequestrada, eu segurei o céu nas minhas costas naquele dia - ele suspirou. O garoto falava calma e pausadamente, apertando os olhos e fazendo alguns movimentos estranhos com a boca quando parava de falar. - Eu também passei pelo Labirinto de Dédalo, foi muito difícil e quase me enlouqueceu, mas eu consegui. Eu, Annabeth e Grover, mais uma vez. Éramos nós três contra o mundo. Quando Nova Iorque inteira adormeceu no grande ataque de Cronos e seu exército, todos os semideuses que não viraram para o lado de Cronos lutaram juntos. Nós finalmente conseguimos vencer aquele titã filho da mãe.
– E como você veio parar aqui?
– Eu ainda não terminei. - o garoto falou rápido. - Bem... eu comecei a namorar com a Annie, mas logo depois perdi a memória e só consigo me lembrar dela. Fui parar no acampamento romano. Fui mandado em missão ao Alasca para resgatar Tâtanos junto com Hazel e Frank, dois semideuses romanos que conheci no acampamento. Depois conheci Leo, Jason e Piper, que estavam no acampamento grego, Jason também perdeu a memória, assim como eu. Descobri que eu, Jason, Piper, Hazel, Frank, Leo e Annabeth fazíamos parte de uma das maiores profecias já profetizadas. - ele falava com um brilho nos olhos. - Então os dois acampamentos tiveram que superar uma rincha antiga, Annabeth conseguiu resgatar a Atena Parthenos e tudo fica bem, mas então eu e ela somos arrastados para o Tártaro, onde vivemos nosso maior pesadelo, o maior pesadelo que alguém pode viver. Por um fio saímos vivos daquele lugar vivos. Com muito, muito esforço e luta, apesar de perder alguns amigos, conseguimos vencer Gaia. Mas então um eu deitei para dormir e acordei aqui, eu estava gritando e soando e as enfermeiras diziam já me conhecer. Eu não entendo... - ele leva a mão à cabeça.
– Percy, você sabe que estou aqui para te ajudar, não é? - o garoto que sim com a cabeça. - Então preciso lhe dizer... a verdade. Você tem ua criatividade realmente invejável, você imagina tudo isso enquanto dorme, então acorda um pouco agressivo e cansado...
– Do que você está falando? Você disse que não ia me chamar de louco! - Percy gritou.
– Não estou te chamando de louco - a mulher falou calma. - Só estou lhe dizendo a verdade. Me desculpe, Percy, mas... essas coisas não aconteceram.
Percy no mesmo que segundo levantou e jogou o livro no lago com voracidade.
– VOCÊ DISSE QUE NÃO IA ME CHAMAR DE LOUCO, QUE NÃO IA ME JULGAR!
– Acalme-se, Percy, sente-se.
– NÃO, EU NÃO VOU ME SENTAR, EU VOU SAIR DAQUI, EU PRECISO SAIR DAQUI! VOCÊ NÃO ENTENDE, MEUS AMIGOS PODEM ESTAR PRECISANDO DE MIM.
– Percy... - a mulher se levantou e tentou tocar os ombros do garoto, que recuou bruscamente.
– NÃO ME TOQUE! EU NÃO IMAGINEI AQUELAS COISAS, ELAS REALMENTE ACONTECERAM! EU NÃO SOU LOUCO, EU NÃO SOU!
– Enfermeiras, enfermeiras! - a mulher chamou e logo duas mulheres fortes vieram e seguraram Percy pelos braços e começaram a o arrastar para dentro da clínica.
– Eu não sou louco, eu não sou louco - o garoto repetia baixinho enquanto se debatia e sentia lágrimas de desespero escorrerem pelo seu rosto.
Ele virou o rosto e de relance viu a sombra de um cavalo alado. Seria Blackjack, seu pégaso? A psicóloga seguiu seu olhar para ver o que o deixara atônito, mas tudo o que viu foi uma águia voar no céu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, espero comentarios. Me digam o que acharam, se gostaram. Criticas, elogios... qualquer coisa.



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