Escuridão do passado escrita por Queen T


Capítulo 52
Capítulo- 51


Notas iniciais do capítulo

Oin gente. Desculpe a demora. Espero compensá-los com este capítulo!!
Boa leitura!



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O casamento foi perfeito, assim como o esperado. Kate finalmente teve um final feliz como ela sempre sonhou, e claro, Garrett também. Garrett é o tipo de pessoa que você nunca imaginou tendo um final de conto de fadas. Mas nem sempre as coisas são como parecem. Kate o mudou... Para um homem melhor.

Agora era a festa. A música tocava alta, e na pista de dança, várias pessoas se divertiam. Vi de longe, que um casal se beijava em um canto escuro. Eram humanos. Será que eles sabiam que estavam rodeados por vampiros? Provavelmente não. Do contrário, os Volturi já teriam acabado com eles por saberem nosso segredo. Porque os Volturi tinham que ser assim? Frios e sem compaixão. Alec também era assim... Ou é. Mas comigo nunca agiu de forma bruta, fria ou agressiva. Ele sempre foi tão... Atencioso, carinhoso, apaixonado...

Um vampiro apareceu ao meu lado. Se não me engano, já o vi antes. Ele não é o...?

–Oi, me chamo Sean.

Sim, é ele. Só o vi de vista. Quando eu era menor eu fui visitar Alec no castelo dos Volturi, e tive de presenciar uma conversa dele e de Alec. Acho que esse Sean não se lembra de mim, mas eu me lembro muito bem dele. Logo depois que ele se afastou de mim e de Alec, Alec me pediu para eu ficar longe de Sean. Nunca perguntei o porquê.

–Oi. Sou a Any.

Ele deu um sorriso.

–Porque está sozinha?

–Não sei. Na verdade não estou no clima pra festa.

–Eu também não.

Olhei fixamente para ele. Ele é loiro, altura mediana, olhos castanhos... Espera, castanhos? Ele é humano? Não, ele não é humano, tenho certeza de que ele é um vampiro. Além do mais, não tem cheiro de humano.

–Se não está no clima para festas, porque veio pra esse casamento? –perguntei.

–As Denali são como minhas irmãs. Elas cuidaram de mim quando me transformei. Na verdade Tânya me transformou.

Isso está muito estranho. Porque eu o vi no castelo dos Volturi anos atrás? Ele é ou não um Volturi? E porque tem olhos castanhos? E porque Alec me pediu para ficar longe dele? Ele parece gentil.

Olhei as pessoas dançando. É, elas estavam se divertindo. Que bom para elas.

–Quer conversar longe daqui? –Sean perguntou.

–Porque não?

Me levantei e segui Sean para fora da festa. Ele estava seguindo para o andar de cima.

–Pra onde vamos?

–Você vai ver.

Passamos pelo gigante corredor até chegar a porta do meu quarto.

–Meu quarto? –Perguntei indignada. –Achei que seria uma surpresa.

–Bom, agente só estava procurando um lugar pra conversar. Não precisa de nada exagerado.

–Como sabia onde é meu quarto?

Ele apontou para uma plaquinha na porta escrito “Any”.

–Alice... –resmunguei. –Ela só pode estar querendo me envergonhar.

Entramos e eu fechei a porta atrás de nós.

Me joguei na cama.

–Você tem muitas coisas para explicar. –falei apontando para ele.

–Ah é?

–Sim. Porque seus olhos são castanhos? –comecei perguntando o que eu mais queria saber.

–Não é óbvio? São lentes de contato.

–Pra que?

–Se você não percebeu, aqui está cheio de humanos. O que eles iriam pensar se vissem gente com olhos vermelhos? Todos os vampiros colocaram uma lente.

–Hm, nem reparei.

Ele riu.

Eu estava pronta para perguntar se ele era mesmo um Volturi, mas parei quando o vi se aproximar de mim lentamente, com um olhar assustador.

–Sean o que está fazendo?

–Já que não estávamos nos divertindo lá embaixo, pensei em algo diferente para nos divertir aqui em cima.

Ah não. O que ele pensa que está fazendo? Não podia negar, eu estava desesperada. Ele é bem mais forte que eu.

–Ahn, nos divertir como? Não tenho jogos aqui. –me fiz de inocente.

–Você sabe do que eu estou falando.

–Não sei não.

E ele caminhava para perto cada vez mais.

–Sean, eu não quero fazer isso.

Ele apertou os olhos.

–Eu não estou pedindo sua permissão.

–Vão sentir minha falta. Alguém vai aparecer aqui a qualquer momento. E você vai estar encrencado.

–Ah, eu acho que não.

**************************************************************************

POV Alec

A música estava muito alta, abafando qualquer outro som dessa casa. Eu estava andando para lá e para cá.

Passei ao lado de uma humana. Ela olhou para mim de modo sedutor, e piscou um olho.

Fiz careta e continuei andando.

Passei por uma mesa cheia de comida humana. Como esses humanos conseguem comer essas coisas? Não parece muito bom.

A humana atirada apareceu do meu lado.

–Oi. –ela disse dando um sorriso. Um sorriso bonito.

–Oi.

–Sou Kayla.

Quando percebeu que eu não ia dizer nada, ela perguntou:

–E você?

–Alec.

Ela sorriu de novo.

–Quer dançar?

Virei a cabeça lentamente até olhar para ela.

–Tenho namorada. –menti.

–Ah, entendi. –ela falou chateada. –E posso saber o nome dela?

Ela estava duvidando de mim?

–Any.

–Certo. Any não se importaria se dançássemos uma música, não é?

–Any é bem possessiva. Ela iria arrancar seus olhos se soubesse que está de olho no namorado dela.

Kayla se calou, e saiu de perto de mim.

Onde está a Any?

Vi Alice na pista de dança, e fui até ela.

–Oi, Alice.

–Alec. Como vai? –ela parecia com tédio de me ver.

–Você viu a Any?

Ela suspirou.

–Desculpe Alec. Eu não vi. Na verdade eu não a vejo desde o começo da festa.

Alice franziu a testa.

–Isso é um problema? –perguntei.

–Não sei. –Alice parou de dançar e ficou na ponta do pé procurando pela sobrinha.

Vi um cara da guarda Volturi encostado em uma parede observando a festa.

–Kate convidou os Volturi? –perguntei.

–Só alguns. Eleazar é amigo de alguns. Ele já foi um Volturi lembra?

–Claro.

–Acabei de me lembrar. Eu vi a Any conversando com um estranho. Acho que é um Volturi. Ele parecia ser gentil. Era lindo, pálido, altura mediana...

–Alice, sem detalhes.

–E era loiro.

Congelei.

Era o Sean.

–O que foi? Você o conhece?

–Pra onde eles foram? –perguntei ignorando a pergunta dela.

–Alec, Any finalmente esta esquecendo você. Deixa ela se divertir.

–Alice, eu o conheço. Confie em mim. Any está correndo perigo.

–Eles subiram as escadas.

Eu estava pronto para correr, quando Alice colocou o braço na frente para me bloquear.

Caramba, essa baixinha é forte.

–Eu vou ajudar. –ela falou decidida.

***************************************************************************

POV Any

Sean rasgou meu vestido de cima a baixo, me deixando de lingerie.

Seus olhos eram de puro desejo. Ele era um psicopata.

–Para com isso.

Eu estava chorando, mas claro, sem lágrimas.

–Quieta. Vamos acabar rapidinho.

–Não. Não quero.

Ele me agarrava pela cintura bruscamente e me beijava. Ele se deitou sobre mim, e mordia meu pescoço. Uma mão passava pela minha coxa, enquanto a outra ia para o fecho do sutiã.

De repente a porta foi aberta em um estrondo.

Nem tive tempo de ver direito, e Alec já tinha tirado Sean de cima de mim, e nesse momento estava o socando.

Logo Alice apareceu na porta. Eu corri em direção a ela, e a abracei.

–Se acalme Any. Você está a salvo.

–Tia Alice, eu fiquei com tanto medo.

–Eu sei, eu sei.

Olhei para Alec. Ele ia matar Sean.

–Alec, já está bom. –falei com a voz falhada.

Ele olhou para mim, e viu o estado em que eu estava.

–Não, não está. Alice leve-a daqui e coloque uma roupa nela.

Alice acariciava meus cabelos enquanto me guiava até o quarto mais próximo. Que era o de Kate.

Ela abriu o guarda-roupa, e pela primeira vez na vida, tirou uma roupa qualquer de lá.

–Vem, eu te ajudo. –ela falou calmamente.

Alice me vestiu, tirou minha maquiagem, desfez meu penteado, e depois fez eu deitar na cama da Kate.

Ela me cobriu, e já ia saindo.

–Alice.

Ela olhou para mim.

–Oi?

–Obrigada!

–De nada, querida. Agradeça ao Alec também. Ele sabia que você estaria em apuros com o Sean.

Assenti.

–Feche os olhos. Finja que está dormindo, e descanse sua mente. –Alice sugeriu.

Nesse momento, eu daria tudo para poder dormir.

Fechei os olhos, e comecei a pensar em outras coisas. Coisas relaxantes.

(Flashback on)

– Any, conheça sua nova família. –Ed falou após eu entrar na casa gigante dos Cullen.

Eu estava entre o Ed e a Bella.

Eu olhava para os Cullen de um modo tímido. Não porque eu estava com vergonha deles, mas porque a beleza deles me intimidava.

–Olá baixinha. –Um cara alto e forte me pegou e me rodou. –Sou o Emmett.

–Oi, sou a Alice. Vamos nos divertir muito no shopping, e você vai ser meu novo projeto. –uma fadinha pulava e batia palminhas de felicidade.

–Sou a Rosalie. Bem-vinda sobrinha. –Uma loira muito bonita sorria para mim.

–Oi, Any. Sou Esme. –uma mulher com um ar maternal se apresentava.

–Bem-vinda a nossa casa. Sou Carlisle, seu novo médico particular.

Alice tornou a falar:

–Aquele é Jasper. Ele é um pouco... Tímido. Mas uma ótima pessoa.

–É um prazer conhecê-la. –Jasper falou um pouco afastado.

–Alguém chegou aí. –Emmett falou.

Carlisle foi abrir, e da porta, surgiu o cara mais lindo que eu já havia visto.

Ao entrar, ele olhou diretamente para mim. Seu rosto não tinha expressão. Mas logo surgiu um pequeno sorriso de sua boca.

–Sua filha? –Alec perguntou a Ed.

–Essa é a Any.

–Eu sei quem ela é. Já está uma moça. –ele afirmou e sorriu para mim.

Ed não entendeu, mas não perguntou.

–O que está fazendo aqui? –Ed perguntou friamente.

–Vim te visitar.

–Papai, quem é ele? –perguntei enquanto agarrava a blusa de Ed.

–Alec. Só um conhecido.

(Flashback off)

(Flashback on)

Era meu aniversário de onze anos, e eu fui a Volterra com Alec.

Nós estávamos no jardim. Nosso lugar preferido.

–Any, espere aqui. Eu já volto.

–Tudo bem.

Ele desapareceu pela porta de vidro, e eu fiquei sentada na gramada esperando-o voltar.

Quando ele voltou, comecei a explodir de alegria. Ele trazia consigo, um cupcake com uma velinha em cima.

Ele se sentou ao meu lado, me entregou o cupcake e falou:

–Faça um pedido.

Eu fiz meu pedido. O mesmo pedido que eu sempre fazia após eu ir morar com os Cullen. Tornar-me uma vampira.

Logo após, eu apaguei a velinha, e comecei a comer.

–Está muito gostoso. –falei.

Ele sorriu.

–Comprei em uma confeitaria aqui perto.

–Obrigada! –falei e o abracei.

–Ainda não acabou. Eu tenho um presente pra você.

Me animei ainda mais.

–O que é?

Ele tirou uma corrente de prata do bolso de sua calça.

–Que linda. –falei com os olhos vidrados na corrente.

–Como você.

Levantei meus cabelos para cima e Alec prendeu a corrente no meu pescoço.

(Flashback off)

Minhas mãos voaram para meu pescoço, onde a corrente permanecia até hoje.

(Flashback on)

Olhei para trás delas e vi Alec vindo em minha direção.

–Alec. –gritei. Corri em sua direção e o abracei. Ele me girou no ar.

Quando me colocou no chão, ele falou:

–Oi, baixinha. Senti sua falta.

(Flashback off)

(Flashback on)

–Tenho que voltar lá. –ele falou já se levantando.

–Não. –agarrei seu pulso.

–Any...

–Fica. Por favor. Por mim. Não quero perder você.

Ele hesitou por um tempo.

–Por favor! –sussurrei.

Com cuidado, ele se deitou ao meu lado na cama.

Enlacei meus braços em volta dele e deitei a cabeça em seu peito.

–Isso tudo é medo de eu fugir? –ele brincou.

E em um tom sério na voz eu respondi.

–É.

(Flashback off)

(Flashback On)

–Você é da reserva?

–Sim.

–É um deles? –falei apontando para Jacob.

Ele fez que sim com a cabeça.

–Como é seu nome?

–Seth Clearwater

(Flashback off)

(Flashback on)

–ALEC! FALE ALGUMA COISA! –gritei.

Ele virou a cabeça para me encarar.

Mas nada falou.

Ele apenas andou em minha direção e sentou-se ao meu lado. Ele pegou a minha mão e a segurou com carinho.

–Nós vamos sair daqui. –Ele prometeu. –Vai ficar tudo bem.

(Flashback off)

(Flashback on)

–O que é isso?

Alec me puxou pelo braço, fazendo eu me afastar de Luke.

–Any, já sei o que está havendo. Vamos. Vamos embora, antes que seja tarde. Ele vai perder o controle.

E depois de eu ter dito que iria ficar, Luke já não era mais Luke. Era...

(Flashback off)

(Flashback on)

–Alec?

–Hm?

–Vamos entrar? –tentei sair dessa situação.

–Por quê? –ele falava com a voz rouca me causando arrepios. Seus olhos não desgrudavam de meus lábios.

–Porque está chovendo, e estamos nos molhando. Alguém pode chegar aqui e nos ver. Aro vai descobrir que estamos aqui. E se esse local for proibido? E, além disso, eu quero ir tomar um banho, relaxar, ler um livro, e...

Não pude falar mais.

Alec me calou com um beijo.

(Flashback off)

(Flashback on)

–É a sua hora.

Respirei fundo, e desci as escadas lentamente.

Todos se levantaram para me ver caminhar até o altar. Eu ia passando por todos sem respirar.

E então, eu o vi.

(Flashback off)

Alec é o meu protetor. Todos esses anos foi. E hoje, quando ele arrombou a porta para me salvar de Sean, eu tive certeza.

Ouvi um barulho. Era a porta do quarto se abrindo. Abri os olhos rapidamente.

Era Alec. E ele vinha em minha direção. Ele sentou na cama, ao meu lado.

–Any. Você está melhor? –ele perguntava carinhosamente.

–Sim. –falei e sorri um pouco.

–Você avisou que ele não era confiável.

–Você se lembra? Faz anos.

–Eu me lembro de tudo o que passei ao seu lado.

Alec não soube o que dizer, então eu perguntei:

–Porque Sean disse que foi transformado e criado pelas Denali?

–Porque é verdade. Tânya o encontrou quase morrendo. Ele havia sofrido um acidente de carro. Tânya pensou que se o transformasse, eles teriam um romance. E eles tiveram. Mas depois de um tempo, Sean descobriu os Volturi, e ele ficou encantado com a idéia do poder. Aro gostou de seus dons, e o incluiu em sua guarda. Ao passar dos anos, Sean foi mudando cada vez mais. Para pior. Ele virou um psicopata total. Sempre que Jane ou Demetri levam os humanos para nós nos alimentarmos, Sean sempre estupra uma mulher antes de matá-la e se alimentar. Ele não é confiável.

Olhei as roupas de Alec. Ele não estava usando aquela capa assustadora dos Volturi. Ele estava lindo.

–Se livrou das capas, hein?

–É um casamento.

–E desde quando você vai a casamentos?

–Desde agora. Eu sabia que você estaria aqui.

–Você veio para me ver?

–Sim. Somente para te ver.

Aconcheguei minha cabeça em sua perna.

–Obrigada! –agradeci.

–Pelo que? Por vim te ver ou te salvar?

–As duas coisas.

–Você sabe que é meu dever salvar você.

–É, você está sempre me salvando. Quando vai ser a minha vez de salvar você?

–Eu não sou vidente. Pergunta pra Alice.

–Vou fazer isso.

Alec riu.

–Você está rindo? Sabe como isso é raro? –perguntei com um tom brincalhão.

–Sei. E esses momentos de raridade eu tenho só com você.

Nessa hora eu reparei que ele estava com lentes de contato azul. O azul lhe caia bem.

–Seus olhos estão lindos. –comentei.

–Posso usar sempre essas lentes. Só pra você.

E de repente por impulso, eu pedi:

–Alec, me beija.


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Notas finais do capítulo

Hmm, Alec vai conceder esse pedido? Torceremos por isso =D
Comentem, por favor!!
Até o próximo capítulo! Bjão



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