Um pedido, um tempo e um casamento escrita por Alexandra Watson


Capítulo 19
Waiting...


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora pra postar, amores. É que eu tô com uns problemas, digamos, emocionais mesmo. Não sei com que frequência eu vou poder postar essa semana e a semana seguinte por dois fatores.
Primeiro, eu tenho que terminar de ler um livro para a escola (até ai tudo bem, mas a questão é que ele é meio chatinho e muito, mas muito detalhista mesmo. E não de um jeito que eu aprove.) e em segundo, além de ter que resolver esses problemas e tals, eu vou ter uma prova por dia até o final dessa semana e na próxima, duas por dia. É tenso e estressante, então eu não vou conseguir escrever muito. Me desculpo desde já.
Mas eu estive pensando em postar aquela minha nova fic, a que eu disse a um tempo atrás que estava escrevendo e que estava finalizando. Ela está pronta e acho que posso ir postando ela enquanto não escrevo esta.
*Divirtam-se*



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[Dia treze de setembro. Casa.]

Dia útil. Acordar cedo. Levar Zoe a escola. Ir para o trabalho. A única diferença era a minha enorme barriga. Não, Percy e eu não sabíamos o que o bebê seria porque os exames foram feitos às pressas e a doutora disse que iria enviar por correio no dia de hoje. Fora isso, hoje era um dia comum. Havia acabado de chegar na empresa e Jane entrou em minha sala.

– Com licença?

– Entre Jane.

– Bom dia, senhora. E então? Já sabe o que vai ser o bebê?

– Não, mas provavelmente saberemos hoje. Algum compromisso para hoje?

– Na verdade sim. Lembra daquele empresário que veio aqui a alguns meses com uma ideia sobre um parque aquático?

– Sr. Foster, certo?

– Exatamente. Ele pediu para eu marcar uma reunião hoje e deve chegar – ela olhou o relógio – em exatos dez minutos. Ele não é um homem de se atrasar.

– Bem, quando ele chegar, diga para ele entrar que eu estarei esperando.

– Sim senhora.

Ela saiu e eu peguei um dos livros de minha estante. Após cinco páginas lidas, alguém bateu na porta.

– Pode entrar – eu disse colocando o livro de lado e ficando de pé.

– Não a necessidade em ficar de pé, senhora Jackson. Ainda mais em suas condições.

– Isso não é problema, Sr. Foster. Sente-se e fique à vontade.

Apontei para uma das poltronas. Ele se sentou e eu segui seu exemplo.

– Então, Sr. Foster? O que o traz aqui novamente?

– Bem, como a senhora sabe ou se lembra vagamente, minha ideia era abrir um outro parque de diversões, mas dessa vez um parque aquático.

– Sim, eu me recordo. Não com todos os detalhes, infelizmente. Mas acredito que possamos concertar isso hoje.

– Certamente, senhora Jackson. Mas antes, se me permite, gostaria de lhe mostrar a quantia que possuo.

– Como desejar, Sr. Foster.

– Só um instante.

Ele pegou a maleta que estava no chão e a colocou no colo, procurando algo dentro dela.

– Sabe, senhora Jackson, faz muito tempo desde que nós não nos vemos ... – ele disse enquanto remexia dentro da maleta.

– Isso é verdade, Sr. Foster – eu disse sem entender direito. – A última vez em que o vi foi em março, se não me engano.

– Não, senhora Jackson. Eu me refiro à vez antes dessa. Temo que a senhora não se lembre. Naquela época, seu nome ainda era somente Annabeth Chase.

– Então faz alguns anos já – eu disse.

– A senhora realmente não se lembra?

– Não, me perdoe senhor.

– Talvez isso a lembre – ele jogou um pó por sobre minha mesa e eu o vi, ou melhor "a" vi. Aracne. – Da última vez em que nos vimos, Annabeth Chase, nos encontrávamos no Tártaro! – e ela se tirou em cima de mim, antes mesmo de eu levantar ou pensar em procurar por alguma arma.

***********************************

Acordei suando e com a visão de Percy ao meu lado e Zoe atrás dele. Suas expressões não me acalmaram nem um pouco.

– Annie? O que aconteceu?

Coloquei a mão em minha barriga, como que para me certificar de que estava tudo bem. Percy colocou a mão por cima da minha e eu não aguentei. Comecei a chorar e Percy imediatamente me puxou em um abraço.

– Zoe, princesinha – ele disse olhando por sobre o ombro – por que você não vai buscar um copo de água para a mamãe?

– O que ela tem, papai?

– Ela só teve um pesadelo, princesa. Busque um copo de água pra ela, por favor.

– Tá bom – ela passou por Percy e me deu um abraço e um beijinho. – Eu já volto mamãe - ela disse como que para se certificar de que eu não sairia dali.

Ela desceu da cama e saiu. Escutei seus passos descendo as escadas. E então, Percy voltou a olhar para mim.

– E então? O que foi que você sonhou que fez com que você ficasse nesse estado?

Contei o sonho a ele. Quando terminei, ele estava quieto e me olhando fixamente. Ele parecia prestes a falar alguma coisa, mas então passou a mão por meu rosto e me abraçou novamente, desta vez sentando ao meu lado e me fazendo deitar em seu peito. Ele continuou com a mão em minha barriga, acariciando-a suavemente.

– Nada e nem ninguém vai ferir vocês três. Nada e nem ninguém vai machucar minha família – e ele beijou o topo de minha cabeça. Nesse momento Zoe entrou com um copo de água no quarto e me entregou. Bebi todo o conteúdo do copo e deixei que Zoe se deitasse ali conosco.

– Mamãe, a senhora está bem?

– Sim, meu amor. A mamãe só teve um pesadelo.

– Conta ele pra mim.

Olhei para Percy.

– Talvez esse não seja o melhor momento para ...

– Por favor, mamãe.

– Ok. Bom, a mamãe estava trabalhando ai chegou um cliente. Só que na verdade esse cliente era um monstro. Aracne.

– Aracne é aquela aranha malvada gigante que a vovó amaldiçoou?

– Isso mesmo. E você sabe que a mamãe tem aracnofobia, certo?

– Sim. Acho que entendi. Fica calma, mamãe. Eu protejo você.

Sorri para ela e olhei para Percy. Ele continuava sério, mas soltou um pequeno sorriso ao ouvir aquilo de Zoe.

– Bom, pode voltar a dormir, senhorita Zoe. Amanhã você tem escola, lembra?

– Tá bom.

Ela deitou em cima da barriga de Percy e pegou a minha mão livre.

– Annie, você tem que dormir também. Não se preocupe, eu levo a Zoe amanhã na escola e ligo pra Jane avisando que você não vai.

– Percy ...

– Não, eu insisto. Fique em casa e relaxe. Nós vamos visitar o Empire States hoje ou amanhã, dependendo do dia em que eu conseguir uma folga, ok?

– Tá, mas por que isso adiantaria?

– Benção de nossos pais, se lembra? Acho que com uma nova benção você ficaria mais calma ou coisa do tipo.

– Pode ser que você esteja certo. Mas eu acho que a benção de Zoe vai se ater a ela pra sempre, mesmo que só a ela. Era um dos termos que minha mãe me disse outro dia.

– Por isso nós vamos vê-los de novo. A benção de Zoe funcionou em nós por alguns anos, sabe.

– É. Me avise o dia em que você puder, então.

– Sim, senhora. Agora durma – ele beijou o topo de minha cabeça e passou um dos braços por meus ombros enquanto acariciava Zoe com o outro. Ele me acalmara, como sempre, e eu adormeci imediatamente.

***********************************

Eram onze e meia da manhã quando eu acordei novamente. Nem Zoe, nem Percy estavam em casa. Peguei o telefone para ligar para ele, mas fui checar o correio antes. Haviam algumas cartas ali, de contas e mais duas direcionadas a Percy, mas havia uma direcionada a senhor e senhora Jackson do consultório médico.

Deixei os outros em cima da mesa da cozinha e fui para a sala com a carta do consultório. Minhas mãos estavam tremendo um pouco, então abri a carta o mais rápido que pude. Tirei o papel que estava lá dentro e pus a mão na boca. Peguei o telefone e disquei o número de Percy.

– Annie, que bom que você acordou. Está melhor?

– É um menino, Percy! Nós vamos ter um menino!


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Notas finais do capítulo

Anw, vai ser um menino gente!
Enfim, espero que tenham gostado.
Beijinhos.
— A