I NEED YOU - Fanfic Express escrita por Serena Bin


Capítulo 1
I need You - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá amores. Quero agradeçer a todos os que estão lendo e acompanhando minhas chamadas fanfics express. Pra quem ainda não entendeu, eu as chamo assim, porque são fics curtinhas, com no máximo cinco capítulos. Sou uma autora ansiosa, e ainda não desenvolvi a habilidade de desenvolver uma história grande. Deixo essa parte para outros autores mestres. :), mas um dia eu aprendo. Bom, eu queria fazer uma série. Colocando as fics express em ordem de acontecimentos mas, ainda não descobri como fazer a tal série. Mas pra quem tiver interesse, as histórias são na seguinte ordem: 1. Morada | 2. I need you | 3.Ela | 4. Oxigenio Essa estória, é uma especie de continuação da fic Morada.Agora Peeta e Katniss são efetivamente casados. Tentei descrever com sutileza e clareza um dos momentos mais marcantes para ela, algo que não é claro no livro. - a primeira noite de amor. Bem, quero deixar claro que não sou uma escritora à la E.L James. Alias, essa é a primeira vez que escrevo uma cena mais íntima. Não tenho tanta desenvoltura para escrever cenas desse tipo, mas eu quis criar a cena de acordo com o que eu imaginei quando terminei de ler a trilogia. Espero que gostem de ler, tanto quanto eu gostei de escrever.Boa leitura.:) Bem,



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Marido e mulher.
As palavras do juíz de paz ainda ressoam em minha cabeça, enquanto Peeta me conduz para dentro da casa que agora é nossa. Tento acompanhar e assimilar todos os fatos ocorridos nas últimas horas, mas estou envolta numa espécie de transe misturado com uma tensão diferente.

Me acomodo timidamente no sofá, sentido a maciez do tecido enquanto Peeta se senta ao meu lado. Ficamos assim, longe um do outro como dois parentes distantes, calados até que ele quebra a inercia da ocasião ao se aproximar de mim para me envolver com um dos braços.

Me sinto estranha. Verdade é que, durante esses quase três anos de convivência, nós nos abraçamos, beijamos e dormimos juntos muitas vezes, mas nunca nada chegou próximo do que sinto agora. Tudo cai diferente , ao mínimo toque de Peeta em minha pele, faz com que um arrepio me invada da cabeça aos pés. O mais leve beijo me causa risos incontroláveis; e cada tentativa de aproximação me deixa nervosa. Minhas mãos soam de modo que tenho de solta-las das mãos de Peeta; estou trêmula, incapaz de me mover, mas ele é paciente. Com delicadeza me olha ternamente.

Peeta. Meu esposo.

É nesse momento que revivo toda nossa história. Desde a cena com os pães na chuva, passando pela colheita, pela primeira arena; recordo-me do primeiro beijo, não o beijo na caverna, mas o primeiro beijo de fato verdadeiro. O da praia, ao som do mar e sob a luz da lua.

A lembrança me leva para longe, o vejo morrendo na segunda arena e revivo a alegria de vê-lo respirar novamente, as noites de conforto no trem; então, num beijo suave, volto ao distrito 13.

Antes de toda a balburdia começar; lembro-me do desespero que senti somente com a possibilidade de perde-lo para sempre; lembro-me de o quão desorientada fiquei com a rejeição da parte dele.

A névoa de felicidade me envolve ainda mais, porque em segundos tenho a sensação de ver diante de meus olhos uma história. Minha e de Peeta.

Memórias pequenas de nós dois. Nossa reaproximação, nosso primeiro beijo depois da guerra, as Evening primroses que ele plantou, seu pedido de casamento sútil e sua declaração de amor eterno a mim. E é aqui que me convenço, diante de seu amor eternizado, reconheço que tudo isso é real.

– Voce é a coisa mais preciosa que um dia já me pertenceu. - Ele declara.

Peeta mantem o olhar terno e me toca com romantismo para logo em seguida depositar um beijo em meus lábios, e diante de mar azul que são seus olhos, admito que sempre o amei. Relembro as palavras de Gale, dizendo que eu escolheria aquele a quem eu achasse impossível sobreviver sem.

Agora mais do que nunca sei porque aceitei sua proposta de casamento. Claramente não posso considerar viver sem Peeta, simplesmente porque sem Peeta não há vida para mim. Tudo isso porque agora eu finalmente sei que o amo.
Agora e para sempre.

– Obrigado. - respondo pousando minhas maos sob as dele.

– Pelo o que você exatamente está me agradecendo? - Ele pergunta.

Respondo olhando em seus olhos:

– Por me escolher para ser sua. - Toda minha inegável timidez se esvai para longe quando finalmente deixo escapar tais palavras, mas isso é repentino porque tão rápido esse surto de coragem vai embora e revela meu rosto corado pela vergonha, mas o rapaz que tenho ao meu lado me faz esquecer do mundo porque no instante seguinte, Peeta está me beijando com uma doçura inigualável que só ele consegue transmitir.

– Foi voce quem me escolheu Katniss. - Ele interrompe o beijo.

Sim. Eu o escolhi. Não por falta de opção ou porque eu estivesse com o coração quebrado pela partida de Gale, não. Definitivamente não.

Peeta foi minha escolha desde o inicio, mesmo quando eu ainda não o tinha considerado; ele é minha escolha porque percebi que o que eu necessito não é o fogo de Gale, aceso com raiva e ódio, porque eu já sou raivosa o suficiente. Eu preciso é do dente de leão na primavera, a brisa suave da tarde, do laranja vívido que significa recomeço ao invés de destruição; e só Peeta pode me dar isso.

Eu preciso de seu amor, me revivendo dia pós dia.

Necessito de sua voz me acordando nas noites tristes. Anseio por sua respiração contra minha pele, pelo toque suave, pela tentativa de uma vida feliz.

– Nós escolhemos um ao outro. - Digo.

Nossos lábios buscam se tocam calmamente.
Fecho meus olhos e mergulho de cabeça em minha nova vida, deixando para trás tudo o que fui, ou pelo menos apagando as dores por esse momento. Porque agora somos Peeta e eu. Eu e Peeta; a garota em chamas e o garoto do pão.

–--

Os beijos aquecem minha alma fria. São como fogueiras no gelo. Suas mãos passeiam pelos meus braços e quando sinto que seu toque chega a minha cintura, um choque me acomete.

Uma paralisia momentânea pelo que vai acontecer desse ponto em diante. Por mais confortante que seja seu olhar ,não há inocência no toque de Peeta. Cada dedo dele agora explora a minha pele. Eu sei o que vem a seguir e uma onda de terror me faz interromper o momento quando ele sussurra em meu ouvido:

– Vamos para o quarto?

Não sei o que responder. Todos os meus álibis estão presos, as palavras parecem inconsistentes porque sinto um medo diferente me invadir. Mas Peeta espera uma resposta.

Então é involuntário quando minhas mãos seguram as suas. Olhos nos olhos, o desejo de ambas as partes nos conduzem escadas acima, todavia a perna mecânica o impede de me carregar , mas quando chegamos a porta do quarto Peeta solta minha mão e rapidamente me toma em seus braços.

– Eu queria que fosse à moda antiga. - Diz.

Eu sorrio.

O quarto é grande. A luz levemente acesa deixa o ambiente na penumbra. Há velas espalhadas pelo chão e um caminho de flores se forma até a enorme cama de casal.

Detenho meu olhar nos olhos dele, com medo de desviar a atenção e ver o quão amedrontada estou.

Peeta cuidadosamente me coloca na cama, meu olhar agora mira para o chão enquanto sinto mãos firmes e carinhosas tocando minhas costas.

Uma carícia tão sútil e tão maliciosa ao mesmo tempo. Mas uma malicia boa.
Um arrepio percorre minha espinha quando um a um sinto os botoes de meu vestido de noiva serem desabotoados.

Fecho os olhos me permitindo sentir aquela diferente sensação, e quando as mãos de Peeta encontram minha pele nua, me dou conta de que estou prestes a me tornar uma garota em chamas, literalmente.

Um beijo suave encontra minhas costas. Outro beijo suave encontra meu pescoço e por fim um beijo ardente encontra meus lábios.

Quando perco todas as minhas reservas de sanidade, sinto minhas mãos procurarem o corpo dele.
E então pouco a pouco nos despimos num jogo de sedução.

Quando meus olhos encontram o corpo quase nu de Peeta, não posso evitar de desviar o olhar.

Vergonha, pudor, respeito, não sei ao certo o que sentir, mas a voz do rapaz que pousa sobre mim me faz sentir uma tranquilidade que só o garoto do pão é capaz de me passar.

Sei que no momento em que Peeta volta a me beijar estou corada e quase nua.

Tento em vão esconder minhas horríveis cicatrizes, porque quando minha pele fica quase toda exposta, Peeta traça um caminho de beijos sobre as marcas forjadas em meu corpo.

É indescritível a sensação. Procuro em minhas memorias qualquer coisa que se assemelhe a isso mas falho, porque tudo é novo e tão grandiosamente prazeroso. Aliás, prazer é uma palavra relativamente nova em meu vocabulário, porque até agora o que eu conhecia como prazer era caçar livre na floresta, brincar com Buttercup na neve, mas no momento em que tenho as mãos de Peeta conhecendo meu corpo, a palavra prazer ganha um novo significado. E devo admitir que, por mais desconhecido que seja, eu me encontro gostando desse novo significado.

Carícias, olhares de admiração, beijos suaves e um cheiro em meus cabelos que estão levemente presos em um coque despojado. Peeta me detém, abraçando-me por tras, quando seus lábios tocam meu pescoço, sinto o calor que emanam deles.

O desejo nos consome. Não sei muito sobre desejar, nunca desejei algo antes, o mais perto que cheguei desse sentimento foi durante a revolução. Minha obsessão em matar Snow, mas agora, descubro que há outro tipo de desejo; um que não é banhado em ódio ou vingança, mas sim temperado com amor, carinho e cumplicidade.

Pensando bem, senti uma faísca desse tipo de desejo na segunda arena, durante o beijo na praia, mas agora sinto esse sentimento aflorar com toda a força, capaz de me consumir se não for saciado. E Peeta é a fonte capaz de sanar essa sede.

Sinto sua respiração quente em meu pescoço, a sensação me faz soltar um suspiro baixo. Lentamente envolvida por beijos ardentes, sinto que vou me achegando cada vez mais perto de Peeta, até que ele me vira para si e cuidadosamente me deita na cama.

Posso ouvir o barulho que os travesseiros fazem ao encostarem em mim. Uma maciez antes só comparada com a maciez dos lábios que me beijam.

Não há nenhum pensamento. Tudo o que há é uma vontade mútua de pertencer um ao outro.

Pouco a pouco o que era medo vai se transformando em coragem, o que era pudor se transforma em alívio, e o que eram duas crianças amedrontadas, agora são um homem e uma mulher, completos entre si.

Jovens e ávidos por essa estranha fome de contato físico e emocional.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler. Se gostou, deixe um comentário. É bem rapidinho, não dói nada e ainda deixa a autora inspirada.:)