iTake back escrita por JP
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo ficou um pouco maior que os outros, mas não quero enrolar muito a história.
Espero que gostem...
Na mesma noite em que "mandei" o Brad ir para sua casa, procuro por uma tesoura no meu quarto.
Era uma tarefa muito arriscada - não queria fazer muito barulho -, e com todo esse silêncio escuto batidas na janela.
– Sam! - Sussurra Brad, pedindo para abri a janela.
De imediato, corro para abrir. Mas pela entrada ser muito pequena não foi possível fazer com que ele entrasse. Ainda tentei puxá-lo.
– Não vai dar! - disse ele.
Continuo a puxa-lo. Até que finalmente consigo trazê-lo para dentro do quarto. Porém, Brad caiu no chão e quebrou parte da minha janela. Ele não se machucou ou fez muito barrulho.
– Para que quer minha ajuda?
Volto a minha procura por tesouras e faço mistério não dizendo o meu plano para ele.
Encontro uma tesoura dentro de uma caixa de objetos. Sento em minha cama e retiro o vestido da Carly, daquela sacola estranha. Logo em seguida, início o meu trabalho recortando toda a roupa, mesmo sem saber se irá dar no cachorro.
Finalizo o trabalho e troco olhares com o Brad - Ainda sem entender o meu plano.
– Posso ir agora? - perguntou Brad.
– Espera...
Levanto da cama, segurando o vestido e lhe peço para usar. Mas ele recusou a minha ideia.
– Eu preciso que alguém vista! - falei, num tom baixo. - O idiota do Gibby tinha que se machucar logo hoje!?
– Por que você mesma não usa!?
Eu fiz minha expressão de tédio e obriguei-lhe obriguei mais uma vez a por aquela porcaria.
– Não, Sam! - berrou Brad, num tom alto. Aida tento tampar a boca dele, mas ele insiste em gritar.
Ouço a porta do meu quarto abrir e uma luz muito forte no meu rosto. Era o Jamie, segurando uma lanterna.
Na confusão, Jamie puxou Brad para fora da minha própria casa e por cima mandou que eu fosse dormir. Sua expressão era muito séria e isso me assustava.
***
Dia seguinte, acordo para ir assistir aula. Pam e a Melanie não voltaram de viagem (com parte da minha família), e o Jamie ainda estava na minha casa.
– Sam! - disse ele, quando sai do meu quarto. - Sei que deve estar pensando em...
– Fala logo, Jamie! - disse, arrumando minha mochila. - Não posso atrasar!
Coloco alguns livros, comida espalhada pelo chão e bebidas mexicanas na minha mochila, enquanto Jamie prepara um discurso.
– Quero que saiba que você terá que obedecer as minhas ordens até a sua mãe voltar!
– Ok!
Aceitei sem nenhum problema, já que a minha mãe e irmã podem estar voltando nesse exato momento, quando fui para a escola.
Mas não voltaram. Fiquei pensando onde mais a Pam poderia ir e deixar a casa sozinha por tanto tempo, digo a manhã toda. E ainda mais nas mãos de um desconhecido com quem irá se casar. Cheguei a essa conclusão quando voltei da escola.
Lá pela tarde, no momento em que estava me preparando para ir ao apartamento da Carly, para mais uma edição do iCarly. Jamie fez o prometido.
– Você não vai a lugar algum!
Cruzo os braços. Jamie se aproxima de mim com uma espécie de lista de compras e me entrega.
– Terá que fazer as tarefas de casa!
– Eu não faço nem da escola! - falei, jogando a lista no chão.
Dou as costas ao Jamie e tento abrir a porta. Mas parecia ter uma cola para prender aquela porta.
– Trancou a porta!?
– Sim! - disse ele, mostrando as chaves. - Se quiser sair... terá que fazer tudo nessa lista!
Já perdi toda a minha paciência com esse cara. Vejo a primeira tarefa da lista e percebo a tortura em que estou vivendo.
– Você é um pai que eu nunca quis ter!
Ele não se importou com a rebeldia. Sentou na poltrona e ordenou que eu arrumasse a minha casa.
Em algumas horas completo quase todas as tarefas da casa - Quase -, restava apenas dar banho no cachorro. Eu já não aguentava mais, depois de recolher toda a comida do chão, lavar os pratos com baldes e arrumar os quartos.
Optei fugir pela janela da cozinha, mas o Jamie me pegou no flagra.
– A mamãe está esperando o seu banho! - falou ele, me dando uma esponja.
– Eu não tenho tempo para isso! - disse, estralando as costas. - Eu tenho que fazer o iCarly!
– Depois que der banho na minha mãe!
– "Tá"! - Tomo a esponja das mãos do Jamie.
Sigo para o banheiro, o cachorro já estava a minha espera, dentro do box e numa banheira. Os latidos pareciam ordens. Eu pedia para que Pam voltasse. Até que tive uma ideia.
Peguei o Pearphone do bolso e ligo para o Gibby, foi a primeira pessoa que veio na minha lista telefônica. Antes tranco a porta.
Gibby: "Fala, Sam!?"
Eu: "Preciso da sua ajuda!"
Gibby: "Pode falar"
Eu: "Quero que ligue para a polícia"
Gibby:" Por que você mesma não liga?"
Eu (Suspiro antes de falar): "Eu não posso... Passei vários trotes do meu Pearphone esse mês, eles grapearam o meu número e talvez nem venham!"
Gibby: "Se o problema for a sua mãe, alienígena, querer atacar a terra. É melhor ligar para o FBI.
Eu: "Apenas ligue para a polícia e mande eles virem para a minha casa!"
Desligo o celular e início o banho no cachorro. Fico a espera do Gibby ter ligado para a delegacia.
Uma hora depois, ouço as sirenes e um barulho na minha sala, suponho que tenham arrombado a porta.
Corro para ver o que havia acontecido e estava certa.
– Qual o problema aqui!? - perguntou o tenente, armado.
Entro em cena, aparentando ser uma pessoa boa, gentil e indefesa.
– Esse cara me manteve presa na minha própria casa por dois anos! - menti aos policiais que invadiam a minha casa. - E pior... Eu tive que fazer trabalho escravo!
– Mas disseram que era um ataque alienígena.
Dou um tapa na minha cabeça (por serem tão tontos em acreditar naquela burrice do Gibby).
– Não tem alienígena nenhum! - falei. - Esse cara que o sequestrador!
Os policiais desviaram olhares para o Jamie, assustado com toda a situação.
– Ela está mentindo!
Eu balancei a cabeça negando e ajoelhei aos pés deles. Percebi que aquele "teatro" não ajudava, nem ao menos enganava, então comecei a chorar.
– Esse sujeito! - aponto para o Jamie. - Ele me obrigou a dar banho no cachorro!
Não deu jeito. Os policiais tiveram que levar o Jamie, mesmo sem provas concretas.
Minha casa voltou a ficar vazia quando os policiais decidiram levar o "sequestrador" para a delegacia. Apenas um dos tenentes permaneceu, tentando me acalmar.
– Você está livre...
Seco o rosto, ainda fazendo um sorriso falso para ele.
– Muito obrigada! - falei, empurrando aquele cara para fora da minha casa, antes que a Pam volte.
– Se precisar... - disse o tenente, na saída. - É só chamar.
– Ok!
Estava quase fechando a porta, mas o tenente voltou para dentro.
– Espera aí! - disse ele. - Você já não foi presa!? Sam Puckett?
– Você deve estar confundindo as coisas! - falei, empurrando o mesmo para fora. - Ela é minha irmã gêmea.
Fecho a porta - não permitindo que o tenente fale alguma coisa. Corro para janela da sala e vejo o Jamie entrando no carro. Olho para o meu relógio e percebo um tempo extra para descansar (antes de ir ver a Carly). Caminho lentamente até o sofá, agindo como se nada tivesse acontecido, e ligo a televisão.
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