“– Você sabe que o que você fez me magoou muito. Foi como ter me culpado por estar nessa situação. E ainda me deixou na hora que eu mais precisava... – Falei triste pois tudo que tinha acontecido me abateu bastante.

– Mais eu pensei no que fiz Ally... E bom, nunca mais vou fazer isso. Eu ainda gosto de você. E eu sei que você ainda gosta de mim.”

Austin tinha razão, eu ainda gostava dele. Odiava admitir isso. Ele se ajoelhou na minha frente pra poder ficar do meu tamanho já que eu estava sentada.

– Ally me dê mais uma chance. Me dê uma chance pra consertar tudo isso. É com você que eu quero ficar Ally. Me aceite de volta. – Austin encostou nossas testas, o que fez com que eu e ele fechássemos os olhos.

Peguei em sua mão entrelaçando e me lembrando de tudo que passamos juntos. Dez tinha razão, eu não podia esquecer tudo por causa disso.

– Apenas uma chance... – Disse sorrindo. Aposto que Austin também sorria.

Num ato rápido, Austin me beijou, eu já estava sentindo saudades dessa sensação de ficar com ele. Correspondi rapidamente. Tudo estava perfeito, exceto por essa cadeira... Terminamos com vários selinhos.

– Loiro, eu já estava com saudades de você. – Falei sorrindo que nem uma boba apaixonada ( Talvez eu seja mesmo )

– Serio?? Saudades do que?? – Austin brincou rindo. Eu amava ouvir sua risada, era tão gostosa de ouvir.

– Saudade desse seu jeitinho sabe?? Dessas suas covinhas, que deixa seu sorriso ainda mais perfeito. Esses seus olhos, cara, eles são incríveis!! – Falei arregalando meus olhos e me aproximando ainda mais dele, sim, os olhos dele eram cor de mel.

Austin começou a rir diante dessa minha observação desnecessária...

– Meus olhos?? Ok. – Austin disse rindo. – Ally, você meio que gostaria de sabe... – Austin coçava a nuca tentando esconder seu nervosismo e sua vergonha, apenas tentando mesmo. Fiz cara de desentendida e Austin começou a corar, tava tão fofo vê-lo assim. – Sair... – Ele revirou os olhos tentando me evitar, talvez diminuir a vergonha.

– Sair?? – Como ele estava com tanto “medo” de me chamar pra sair??

– Ah, tipo um encontro. – Agora eu entendi toda aquela situação. Me encostei na minha cadeira, respirando fundo.

– Austin... – Talvez aquilo não fosse uma boa ideia para mim.

– Confia em mim... Por favor. – Austin pediu e então cedi.

– Ok. – Dei um sorriso amarelo tentando esconder agora o meu nervosismo.

– Te pego daqui a duas horas. – Austin se virou e foi até a porta. Assim que ele abriu, Trish e Dez quase caíram no chão.

– A gente tava... Meio que... Nossa, essa porta ta com problemas olha!! – Trish inventou uma desculpa e começou a apontar pra maçaneta.

– É!! Problema... Porta... – Dez disse apontando pra porta. – Austin, a gente pode conversar aqui, sobre a... – Dez olhou pra mim e se virou para Austin. – Sobre esse problema da porta??

– Ok. – Austin disse rindo e saindo com o Dez para a sala. Trish fechou a porta e veio correndo na minha direção e se sentando na cama.

– Acho que nem preciso contar o que aconteceu aqui né?? – Falei revirando os olhos me lembrando da cena que Austin abriu a porta.

– Como você esta se sentindo?? – Trish se levantou e andou até meu guarda roupa.

Eu sabia do que Trish estava falando. Do encontro.

– Muito nervosa. – Me afundei na cadeira. Fiz esforço e comecei a rodar com a cadeira com as mãos, assim ia me acostumando a não depender todo tempo de alguém. Fui ver o que Trish mexia em minhas roupas que estavam guardadas em uma gaveta.

Ela estava vendo roupas para eu usar hoje, em meu encontro.

Eu estava muito nervosa. Nunca tive um encontro, pois quero que seja perfeito, com a pessoa perfeita. Como não dei muita importância para meu primeiro beijo, o primeiro encontro é como se fosse o primeiro beijo. Austin é a pessoa certa pra mim. Mais isso não diminui meu nervosismo.

(...)

Eu estava com um vestido simples florido, afinal estamos em um sitio. Como eu estava o tempo todo sentada nessa cadeira, não dava pra ter uma noção real de como eu estava. Austin estava com uma camiseta simples e calça jeans. Mesmo simples ele estava muito lindo.

– Vamos?? – Austin perguntou e eu apenas assenti. Ele abriu a porta e me “empurrou” até lá fora.

O sol estava quase se pondo, dando uma linda vista sobre as montanhas a nossa volta. Austin pensou em tudo.

Austin estendeu um pano sobre a grama. Ele me ajudou a sentar sobre o pano e logo se sentou. Ele tirou varias coisas de dentro daquela cesta. Comemos o “almoço” de hoje e demos muita risadas por causa das palhaçadas que ele fazia.

Ficamos em silencio por um tempo. Todos os assuntos já tinham acabados... Austin pegou seu celular e colocou uma musica lenta. Não entendi nada.

– Ally, uma dança... – Austin estendeu a mão e comecei a rir. Ele só podia estar de brincadeira.

– Austin, olha minha situação eu... – Comecei a falar, apontando pra minha cadeira atrás de mim.

– Confia em mim. – Ele continuou com o braço estendido. Aceitei tentando imaginar que coisa isso ia dar.

Austin me pegou no colo e não me pergunte como ele conseguiu colocar meus pés em cima dos seus. Para eu não cair, já que eu não conseguia ficar em pé com as pernas retas, agarrei o pescoço de Austin tentando me manter um pé apenas o segurando. Ele segurou firme em minha cintura para me ajudar a me manter de pé.

Me senti uma garotinha. Meu pai dançava comigo desse jeito, eu em cima de seus pés...

Embora que eu esteja com medo de cair por causa de minhas pernas bambas até demais, confiei em Austin.

– Te amo muito pequena. – Austin sussurrou.

– Eu também te amo muito Austin. – Sorri e o apertei mais forte. Enterrei minha cabeça em seu pescoço, me deixando levar mela musica.

Sei que Dez e Trish estão observando a gente atrás daquela arvore, mais não importa.

Não importa, pois nesse momento era apenas eu e Austin.