Family Business escrita por Raabe


Capítulo 18
Capítulo 17 – MESMO ASSIM


Notas iniciais do capítulo

Hey baby's, novo Capítulo! Boa leitura e segurem os lencinhos!

"Se tudo está certo mesmo assim
A incerteza existe
Se existe a pureza mesmo assim
Há falta da inocência
Se existe alegria mesmo assim
Alguém sempre chora
Se existe a esperança muita gente não espera..."
http://letras.mus.br/rosa-de-saron-musicas/232289/



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CAPÍTULO 17 – MESMO ASSIM (ROSA DE SARON)

https://www.youtube.com/watch?v=KKRacrcVyAU

Dona Juno observava o casal dentro do quarto de hospital, as janelas de vidro permitiam sua vista. Skye logo se aproximou da Senhora e parou ao seu lado.

–A cumplicidade entre eles é linda!-Skye disse

–É sim!-Juno concordou

Coulson estava sentado no sofá que havia ao lado da cama, May estava deitada no sofá, com a cabeça no colo dele, ele por sua vez acariciava o cabelo liso dela.

–Não entendo o porquê de eles terem se separado! O amor existente entre eles é visível! É praticamente palpável! Não consigo entender!-A garota disse

–Nem eu, querida! Continuo procurando entender á quase vinte anos... –A senhora disse

–Eles são perfeitos juntos! Veja só o carinho com que ele cuida dela! Eles dormiram juntinhos! Ele dormiu a apertando em seu peito... Se isso não é amor, eu não sei o que é... –Skye disse

Dona Juno suspirou.

–Esse cuidado entre eles vem desde a infância! Ele sempre esteve lá, ao lado dela, cuidando dela... Melinda viu Tom ser morto, isso a deixou completamente traumatizada... Quando chegamos aqui nos Estados Unidos, ela não confiava em ninguém, desconfiava de tudo e de todos... Phil foi o primeiro a quebrar a barreira do medo e da desconfiança... Ele se tornou o porto seguro dela... Quando Tom morreu, o emocional dela ficou ferido e frágil... Ela não aguentava passar muita emoção... De vez em quando, ela tinha pequenos surtos emocionais... Chama constantemente pelo Tom... Eles eram muito apegados... Ninguém conseguia acalma-la, ela ficava sem dormir durante dias, delirando, chamando pelo Tom... Ela ficava internada, na base de sedativos... Quando Phil entrou na vida dela, ele conseguiu melhorar o emocional dela, conseguiu um pouco de controle quando ela tinha os surtos... Só ele conseguia traze-la de volta... –Dona Juno revelou

A garota arregalou os olhos.

–Uau... Conta ai sobre a infância deles, Tia Juny! Por favorzinho!-Skye pediu fazendo uma carinha manhosa

Dona Juno riu aquela garota incrivelmente tinha um gênio completamente idêntico ao de sua sobrinha falecida. Ver e ouvir a fora que aquela menina agia, acalentava um pouco a dor da saudade que habitava em seu coração.

–Depois que o Phil conseguiu conquistar a confiança de Melinda... Em um dia muito chuvoso, Liam e eu fomos ao Colégio buscar nossa filha... A encontramos dormindo encolhida no colo de um garotinho... Ele tinha os braços bem presos ao redor dela... Foi uma pena ter que acorda-lo, mas ele a segurava tão firme, que para pega-la, ele teve que acordar... –A mulher disse nostálgica

–Wow que fofo! Eu vi uma foto deles aos cinco anos, lá no escritório do Phil! Eles eram tão fofinhos! Dá vontade de aperta-los! Da vontade de leva-los para casa!-Skye disse

Dona Juno riu.

–Eles eram crianças muito fofas! E ficavam ainda mais fofas quando estavam juntos... O Phil cuidando dela era incrivelmente fofo... –Dona Juno disse

*New York - Quarenta e Três anos atrás*

Era por volta das 21 horas, de uma noite tão fria, que durante o dia uma grossa camada de neve tinha tomado às ruas da cidade. Em uma casa, um medico aplicava uma alta dose de morfina no bracinho de uma garotinha deitada em uma cama.

A menina se remexia um pouco, abaixo de seus olhinhos, uma grossa camada de olheiras, e suas bochechinhas tomadas pela coloração vermelha, advinda de uma intensa febre. Um casal chinês observava apreensivo, a garotinha se remexer e delirar.

–E agora doutor?-A mulher perguntou preocupada

–Só esperar... Pelo menos, orar para que a morfina e os sedativos façam efeito... Essa dose agora foi forte, não posso aplicar mais nada... Sua filha tem um metabolismo acelerado... De alguma forma, o metabolismo dela está queimando muito rápido os medicamentos, impedindo-os de fazerem efeito... –o homem disse

–E se não funcionar?-O chinês perguntou

–Apesar do alerta para que não saiam das casas... Vocês terão que leva-la ao hospital, se não funcionar!-O homem respondeu

–Tom... Tom... Tomy... –A voz infantil clamava

–Talvez... Se trouxer esse Tom a quem ela tanto chama, possa ajudar a conter esses delírios... –O medico disse

–É impossível traze-lo... –A mulher disse

–Por quê?-Ele perguntou

–Thomas era nosso filho mais velho... Ele foi assassinado há alguns meses... Ele ainda conseguiu esconde-la antes de morrer... Ela o viu ser morto... –O chinês disse tristemente

–Sinto muito... –O medico disse

O casal abaixou a cabeça.

–Então o que ela tem é de cunho emocional! Essa febre intensa e os delírios é completamente emocional... –O homem disse

–Tom... Tomy... –A menina murmurou

O casal suspirou tristemente.

–Há quanto tempo isso vem acontecendo?-Ele perguntou

–É a terceira vez, desde que Thomas morreu... –A chinesa respondeu

O medico suspirou.

–Tomy... Tomy... Phil... –A garotinha murmurou

O casal arregalou os olhos.

–Phil... –A menina voltou a murmurar

–Quem é Phil?-O medico perguntou

–É o garotinho da casa da frente... Eles estudam juntos... É ele quem está ajudando na transição dela do Chinês, para o Inglês! Ele está ajudando bastante com o trauma dela!-O chinês respondeu

–E ela confia nele?-O medico perguntou

–Plenamente!-A mulher respondeu

–Então o tragam aqui! Pode ser que ele ajude a acalmar o emocional dela!-O homem respondeu

O casal assentiu e se olhou.

–Eu vou lá! Você fica aqui, ok?-A mulher perguntou para o marido

O homem assentiu. A mulher deixou o quarto, desceu a escada e vestiu um grosso casaco e saiu da casa. Ela caminhou com dificuldade pela camada espeça de neve, a cada passo, afundava o pé mais de 30 cm. Depois de muita dificuldade, ela conseguiu chegar à varanda da casa da frente, onde conseguiu andar sem afundar os pés. Logo ela bateu a porta, demorou alguns minutos, até que a mesma fosse aberta por uma mulher loira, de olhos verdes.

–Juno?-A mulher perguntou

–Elizabeth... Preciso de sua ajuda!-Juno disse

–Entre, minha amiga! O frio está imenso!-A loira disse

Já dentro da residência, e aproveitando do calor.

–O que houve?-Elizabeth perguntou

–Melinda está doente há três dias... Com uma crise emocional... Ela tem chamado pelo Tom durante todos esses dias... –A morena respondeu

–Sinto muito... Eu imagino como deve estar sendo difícil... –A loira disse tristemente

–Mas agora ela começou a chamar pelo Phil!-Juno disse

Elizabeth instantaneamente arregalou os olhos.

–O medico acha que talvez, a presença dele possa ajudar com o emocional dela!-A morena continuou

–Phillip está dormindo, mas podemos chama-lo! É pela Mel, ele vai aceitar na hora!-A loira disse

A chinesa suspirou aliviada.

–Onde está Willian?-Ela perguntou

–Preso no trabalho... A nevasca de agora de noite, trancou tudo lá no centro... -Elizabeth respondeu com um muxoxo

–Minha sorte é que Liam não foi trabalhar hoje... Se não também estaria preso lá... -Juno disse

As mulheres sorriram uma para a outra, se conheciam a pouco mais de seis meses, mas já eram grandes amigas. Elas subiram as escadas e com cuidado a loira abriu uma porta devagar.

Dentro do ambiente, a luz fraca de um abajur, mostrava um quarto de paredes azuis, moveis brancos, uma cama em formato de carro e vários Pôsteres do Capitão América nas paredes.

As duas mulheres entraram e andaram até a cama, onde um garotinho dormia tranquilo. Elizabeth se ajoelhou ao lado da cama e balançou de leve o garotinho adormecido.

–Phil, meu filho!-Ela chamou de leve

–Mais cinco minutos, mamãe... -Ele murmurou ainda adormecido

As duas mulheres deram uma risadinha.

–Filho, acorde, por favor!-A loira voltou a chamar

O garotinho abriu os olhos, revelando as belas orbes azuis. Ele coçou os olhos e se virou na direção da loira.

–Mamãe?-Ele murmurou grogue

–Filho, precisamos de sua ajuda!-A loira disse

O garotinho coçou os olhos novamente, foi então que ele viu a mulher chinesa, ele arregalou os olhinhos azuis e instantaneamente se sentou na cama.

–Tia Juny... Olhinhos Puxados... Ela está bem?-Ele perguntou aflito

Ele já sabia que ele estava bem adoentada.

–Está com muita febre e delirando... -A chinesa respondeu

Phil estremeceu e seu coração se apertou em preocupação.

–Querido, ela começou a chamar por você... Talvez você possa ajuda-la a melhorar... Você iria?-Juno perguntou

–Claro que eu vou, Tia Juny! Não vou deixar minha Olhinhos Puxados sozinha!-Ele disse determinado

Ele se levantou e calçou suas pantufas. Já bem encasacados, os três deixaram a casa. Não demorou e já entravam no quanto lilás da menina.

–Phil... -A menina murmurou

O garoto largou a mão da mãe e correu até a cama, se sentando ao lado da menina.

–Mel!-Ele disse

–Phil!-Ela murmurou

–Estou aqui, olhinhos puxados!-Ele disse tocando o rosto da menina

Ela instantaneamente abriu os olhos, revelando as orbes escuras, com expressões completamente exaustas. Rapidamente eles se encheram de lagrimas.

–Phil!-Ela choramingou

–Eu estou aqui, Linda!-Ele disse

Rapidamente ele se deitou ao lado dela e a abraçou. Ela deitou a cabeça no peito dela, onde começou a chorar.

–Xiiii, vai ficar tudo bem... Eu estou aqui! Descanse Linda! Você já está há dias sem dormir!-Ele murmurou

–Eu tenho medo... -Ela murmurou

–Eu não vou sair daqui! Enquanto você estiver dormindo, eu estarei aqui do seu lado!-Ele se comprometeu

–Promete?-Ela perguntou

–Prometo! Não sairei do seu lado!-Ele prometeu

Ele começou a acariciar o braço e o cabelo negro e enorme. Em pouco tempo ela já ressonava. O medico colocou o termômetro.

–Incrível! A febre que estava quase em 40... Agora está na temperatura normal! Ele foi o remédio perfeito!-O medico disse

O casal e a mulher sorriram. O garotinho sorriu e logo adormeceu a abraçando fortemente.

–Ele é o porto seguro dela!-O medico disse

–É sim!-Elizabeth concordou

–Prevejo que eles ficaram juntos pelo resto da vida... -O medico disse com um sorriso

Liam instantaneamente fez uma careta.

–Não é muito legal saber que esse garoto ficará com a minha princesinha!-Ele disse carrancudo

As duas mulheres riram.

–Deveria ficar feliz em acompanhar o crescimento do homem da vida de sua filha! Saber que ele será um bom homem e que fará Melinda feliz!-Elizabeth disse com um sorriso

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–Meu Deus, quanta fofura! Pelo martelo do Thor! Isso foi emocionante!-Skye exclamou emocionada

Skye estava com o rosto molhado e ainda vinha uma baita enxurrada de lagrimas.

–Foi sim! Muito fofo!-Dona Juno disse

Ela também tinha o rosto molhado.

–E o Phil? Ele ficou lá, enquanto ela dormia?-Skye perguntou

–Sim! Ela dormiu durante dois dias! Ele mal saiu de perto! Dormiu lá durante os dois dias, abraçadinho a ela!-A Senhora respondeu visivelmente nostálgica

–Eu vou trabalhar para que eles voltem a ficar juntos! Eu prometo Tia Juny!-Skye disse emocionada e decidida

–Eu acredito querida! Dê seu melhor, meu anjo!-Dona Juno disse

Ela sorriu e depositou um beijo no topo da cabeça da garota.

–Já que você chama Phil de Pai e Melinda de Mãe... Pode me chamar de Vó ou Vovó! Adoraria lhe ter como neta!-A Senhora disse

Skye sorriu emocionada e abraçou a mulher.

–Sempre sonhei em ter alguém para chamar de Vovó! E agora tenho a Voviz Jun!-Skye disse animada

A Dona Juno riu com o apelido.

–Realmente você é igualzinha a minha saudosa sobrinha Naomi-Ela disse nostálgica

A mais nova sorriu.

–A cada vez que ouço falar dela, fico imaginando o quanto teria sido legal tê-la conhecido... -Skye disse

–Vocês teriam se dado muito bem! São quase irmãs! Não sei se fosse mãe e filha seriam tão parecidas!-A mais velha disse

A garota apenas sorriu e as duas voltaram a se abraçar.

FIM DO CAPÍTULO!


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