Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 69
A Viagem - Parte 2: Um Cavalo Chamado Marshmallow


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gentee!!!
Bem, hoje eu voltei á escola... Sabem como é o primeiro dia de aula, não?
Esse capitulo é Jily, mas não tããão romântico assim. Ele mostra o mesmo dia do capitulo anterior, só que na visão do James, e com mais algumas coisas acontecendo, que não mostrei no capitulo passado.
Espero que gostem.
E queria agradecer aos mais de 200 leitores!!! Isso mesmo! Eu tô muito feliz, sério mesmo, obrigada.



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“O seu doce luar. O seu cheiro em cada sonho que eu tenho. Eu soube quando nos discordamos, foi você quem eu decidi. Quem fazia o meu tipo.”

– Hey, Soul Sister – Train

POV James:

(Sexta-feira)

– Certo. Hoje é o dia em que você vai conseguir conquistar a Lilian. Ou o dia em que você vai tentar conquista-la. Um dos dois tá bom. – Eu dizia para a pessoa maravilhosa, e perfeitamente linda que estava na minha frente.

Que no caso, eu estava olhando para o espelho do meu quarto.

Desci para tomar café da manha.

Sabe aquelas propagandas de comidas diet, ou light, em que as pessoas ficam felizes em comer só uma banana no café da manha? (Eu sou um santo, portanto não levei nada nessa frase na malicia.)

Isso é a mais pura mentira!

Quem fica feliz acordando ás sete da manha, e ainda só comer uma frutinha e olhe lá?!

Meu café da manha foi bem básico: Panquecas com calda de chocolate, leite com chocolate, biscoitos com recheio de chocolate... Dá pra perceber que eu adoro chocolate.

Minha mãe fala que o que acontece comigo é um milagre, já que eu não tenho espinhas quando como chocolate.

Eu sei, eu sei.

– Não acha que está exagerando demais no chocolate, Pontas? – Remo falou atrás de mim.

– Moony! – Eu disse o cumprimentando. – Tudo bem, cara? Dormiu bem? – Eu perguntei. Sou o anfitrião do hotel quando meus pais não estão, quero saber se os meus hóspedes estão bem acomodados, oras.

– Claro, melhor que nunca, James. – Ele disse rindo.

Dormiu... Sei... Aham...

– Vai andar á cavalo? – Eu perguntei para ele. Digamos que o Aluado aqui tem alguns probleminhas com cavalos.

– Não hoje. A Dorcas quer conhecer a biblioteca daqui. Aí, é uma boa ideia pra você levar a Evans, ela pode gostar. – Ele disse se despedindo com um sorriso maroto nos lábios.

– Levar quem? – Eu ouvi uma voz doce atrás de mim.

– Você, Lírio. – Eu disse sorrindo daquele jeito “Escovei os dentes hoje, baby.”

Ok, isso foi um pouquinho estranho... Só pra constar, eu escovo os dentes todos os dias.

– Eu não sabia que aqui tem uma biblioteca. – Lilian falou sonhadora. Eu olhei para o prato dela, e tinha só, SÓ frutas.

Me senti gordo depois dessa.

– Não toma leite, e essas coisas no café? – Eu perguntei pegando um morango, só pra ficar mais bonitinho, sabe.

– Tomo sim. Mas hoje eu acordei meio enjoada, então achei melhor não tomar nada.

– Ah, entendi. Bem, espero que esteja bem para andar de cavalo. – Eu disse esperançoso.

– Claro. – Ela falou sorrindo. – Nos vemos depois então. – Ela falou sorrindo.

– Tá bom. – Eu suspirei com o sorriso dela. Já disse que ele é lindo?

Depois disso, eu encontrei uma prima minha e começamos a conversar. Quando ela foi se sentar, eu fui me sentar-se à mesa com o Sirius. Posso dizer que eu não me senti mais tão gordo assim, já que o Sirius estava com um prato igual o meu.

Ele fala que a genética da família Black é boa. Por isso nenhum deles tem espinhas, cicatrizes de nascença, ou coisa do tipo.

– Vamos andar de cavalo hoje, né? – Sirius perguntou.

– Claro. – Eu disse enfiando uma panqueca na boca.

– Conversou com a Mckinnon hoje? – Sirius perguntou mais interessado.

No. – Eu disse com a panqueca na boca, então saiu... Isso.

– Mas ela está aqui, no refeitório? – Ele perguntou.

– Sim. A não ser que ela tenha fugido agora á pouco.– Eu disse rindo da cara dele. – Fica tranquilo, Sirius.

– Ela quer me matar... Por que? Eu sou tão legal... – Ele falava deprimido, e eu admito que fiquei com um pouco de pena dele.

– Sabe, eu vou pegar bacon. Você vem? – Eu perguntei para ele, que negou com a cabeça.

– Não cabe mais nada aqui. – Ele disse rindo sem graça.

Fui pegar mais comida, e eu encontro Marlene.

– Olá, flor do dia.

– Oi, Potter... – Ela se virou para mim.

– O Sirius está lá reclamando na mesa... Ele disse que você quer matar ele. – Eu perguntei.

– Ah. Pois é, ainda estou pensando no caso... – Ela disse, e eu espero que ela esteja brincando.

– E sobre... Aquilo? – Eu perguntei me referindo ao plano dela. O que tenho sérias duvidas de que não vai dar certo.

– Aquilo... – Ela disse pensando. – Estou trabalhando nisso.

– Acho melhor você andar logo, Lenezita... Só temos o sábado e o domingo. – Eu falei.

– James... Não precisa se preocupar. Afinal de contas... Eu sei exatamente do que estou falando. – Ela disse saindo de perto de mim e indo se sentar.

– Assim espero... – Eu cochichei.

Os dois são um dos meus melhores amigos. E eu não quero que nenhum deles se decepcione, ainda mais um com o outro.

Quando acabei de pegar o meu bacon, eu fui até a mesa em que eu estava sentado e o Sirius tinha sumido. Já até sei para onde ele foi. Acho que o bacon vai ter que esperar.

Saí do restaurante e fui para onde eu tinha quase certeza de que o Sirius estava.

Os cavalos estavam lá, mas eu não encontrei ele...

– Caleb! – Eu chamei um dos funcionários. Além de funcionário, ele é um amigo meu. – Viu o Sirius por aí? – Eu perguntei.

– Vi, ele foi ver alguma coisa dentro dos estábulos, mas ele avisou que podemos sair sem ele. – Ele falou.

– Sendo assim. Vamos. – Eu disse montando no meu cavalo branco.

Sim, eu tenho um cavalo branco. Ele chama Marshmallow. E não me culpe, eu tinha sete anos quando ganhei ele.

Eu parei de brincar com o meu cavalo, quando vi alguém saindo e vindo em minha direção.

– Vamos andar á cavalo agora? – Alguém perguntou.

– Sim. – Eu disse me virando e dando de cara com a Lilian. – Ah... Bem... Se você quiser ir... – Eu disse sorrindo sem graça. Vai que ela não gosta de andar a cavalo.

– Vamos. – Ela disse subindo em um cavalo malhado. – Mas acho que vou esperar a Lene... – Ela disse pensando duas vezes.

Certo, James... Pensa. Se ela esperar a Marlene, ela não vai ir passear comigo. E eu não vou poder tentar nada...

– A Lene disse para mim que você pode ir à frente. – Eu menti. E não foi uma mentira das melhores, se posso dizer.

Ela pensou bem. Me olhou. Olhou a trilha.

– Ok, vamos então, eu converso com ela mais tarde. – Ela disse entrando na floresta.

– Ufa... – Eu suspirei. Se ela soubesse que eu estava mentindo, ela iria ficar brava. Já que ela tem aquele jeito temperamental dela.

– O que disse? – Ela perguntou na frente.

– Nada! – Eu respondi disfarçando, e depois acelerando o Marshmallow para alcança-la.

(...)

Certo, isso já é um recorde. Eu ficar dez minutos sem abrir a boca para conversar com a menina que eu gosto.

Normalmente isso não acontece. Mas também normalmente não acontece de eu gostar da menina mais nerd da escola, então vamos considerar um empate.

– Já andou de cavalo? – Eu perguntei tentando puxar assunto.

Claro que ela já andou de cavalo imbecil. Se ela sabe andar...

– Já, algumas vezes com a Marlene. Mas nunca fiz trilha. – Ela disse sorrindo.

– Ah. – Eu disse sorrindo.

Sabe quando a sua cabeça dá um branco total, e você não sabe mais o que falar? Isso acabou de acontecer, e é muito ruim.

– Vem muito aqui? – Ela perguntou. Finalmente.

– Umas duas vezes por ano... – Eu falei olhando para as árvores. – Não tanto quanto eu gostaria, mas dá pro gasto. – Eu falei e ela sorriu para mim.

Um ponto para mim.

– Então... Aqui não é muito longe da cidade, não é mesmo? – Ela perguntou.

– Não. – Eu respondi. – Se pegarmos um atalho, em mais ou menos uma hora estamos na cidade.

– Legal. – Ela disse. – Apesar de eu não gostar de atalhos.

– Por que?

– Sempre que meus pais vão pegar algum atalho, acabamos perdidos. Então eu prefiro evitar.

– Não está gostando daqui? Quer voltar? – Eu perguntei preocupado.

– O que?... Não! Eu só queria saber mesmo. Esse lugar é lindo. – Ela disse envergonhada. – É um lugar muito...

– Romântico? – Eu perguntei.

Indireta número um.

– Também. – Ela respondeu olhando para o outro lado, de modo que eu não consegui ver seu rosto.

– A trilha está terminando, eu acho. – Eu comentei depois de uns segundos em silencio.

– Ah, que pena. – Ela suspirou e virou o rosto, e percebi que a ponta do seu nariz estava mais vermelha que o normal. – Por que está sorrindo? – Ela perguntou.

– Ah, o que? – Eu perguntei. Ah, sim, eu estava sorrindo. (Sério, Grande Adivinho? ¬¬)

– Por que estava rindo...? – Ela disse se segurando para não rir da linda e sedutora cara de bosta que eu fiz.

– Nada. Só que você fica linda quando fica vermelha. – Eu disse a provocando, e eu não consegui identificar o que era o cabelo dela e o que era a cara depois disso.

– Vamos logo terminar essa trilha... – Ela disse acelerando o cavalo dela, e tudo o que eu pude fazer é rir.

Isso mesmo. Porque essa foi a primeira vez em toda a história da humanidade que ela não me bateu, nem me xingou, nem me ameaçou depois de eu ter falado coisas assim para ela.

O resto do caminho foi silencioso. Como fomos os primeiros a sair, fomos os primeiro a chegar. Ou seja, tivemos que ficar mofando lá no vale esperando o povo chegar.

(...)

Assim que todo mundo chegou, percebi que Sirius e a Marlene estavam estranhos. Quero dizer, mais estranhos que o normal.

– O que acha que aconteceu com eles? – Eu perguntei para Lily, que estava do meu lado.

– Eu também quero saber... – Ela falou e foi trotando em direção á Lene. E eu resolvi ir conversar com o Sirius.

– Que cara amarrada é essa? – Eu perguntei brincando, mas ele só me olhou de canto e continuou concentrado no sei-lá-que-diabos-ele-estava-arrumando. – Almofadinhas, é sério, o que aconteceu? – Eu perguntei mais uma vez.

– A Marlene me estressa. – Ele disse. Nossa... Ok, isso não é uma coisa que nós ouvimos todo dia.

– O que aconteceu?

– Ela resolve ir andar com um completo desconhecido, do que comigo, que a conheço mais tempo... E melhor, se é que me entende. E fica me evitando quando bem entender, não se preocupa se eu quero ou não. E ainda por cima fica xavecando o cara... Eles ficaram de mãos dadas. Agora só falta o carinha aí dar um bolo nela e ela vir correndo para mim, que sou a sobra. – Ele resmungou.

– E isso é bom ou ruim? – Eu perguntei.

– Seria bom se isso não acontecesse quase toda semana. – Ele grunhiu.

– A Marlene é uma garota complicada. Aliás, qual garota que não é. – Eu falei dando de ombros. – Você está bravo com ela de verdade, não está? – Eu perguntei olhando para ele, que estava muito sério.

– Ela não sabe que isso... Ah... Que isso...

– Machuca? Não, pra ela, você é um galinha sem-vergonha. – Eu disse. E sinto que não ajudei muito.

– Como ela pode pensar isso de mim, depois de tudo, TUDO o que aconteceu, e ainda nem me deixar provar que eu mudei? – Ele disse suspirando. – Acho que vou para a piscina.

– Depois de almoçar... – Eu disse tentando convence-lo, e ele só me encarou e colocou o cavalo dele para correr.

Certo... Isso foi muito estranho.

Mas eu tenho uma ideia do porque do Sirius estar assim.

É amanha a cirurgia da mãe dele. E ele recebeu uma carta dela hoje de manha, mas pediu para que eu não contasse a ninguém. Mas eu nem sei se ele abriu essa carta, pra falar a verdade.

Mas se ele abriu, então devia ter uma noticia bem ruim escrito.

Só espero que ele não faça nenhuma bobagem. Digamos que Pads tem o dom de extravasar sua raiva em outras coisas, ou até pessoas. Mesmo sem querer, ele acaba fazendo alguma coisa.

Acho que ele é assim, porque a vida dele nunca foi um mar de rosas. Quem sabe um dia ele mude...

Depois de colocar meu cavalo na baia dele, eu fui tomar uma ducha, para depois ir almoçar.

Não sei se eu estava com fome... Mas o almoço de hoje estava particularmente bom. Principalmente pela minha companhia. Lilian queria deixar Lene a sós, ela diz que ajuda a morena a pensar, e veio almoçar comigo.

Depois de tudo o que eu falei para ela, ela ainda quer ficar comigo.

Dois pontos para mim.

– Conversou cm a Mckinnon? – Eu perguntei mordendo do primeiro pedaço de frango no meu prato.

– Sim... E não foi muito bom... Ela falou umas coisas meio sem sentido. Mas acho que ela sabe o que está fazendo. – Lily falou tentando se convencer.

– Eu não tenho muita certeza. Sirius está bravo com ela. Nunca vi ele daquele jeito. – Eu comentei, mas Lilian estava olhando para o lado de fora da janela como se visse um filme muito interessante.

– Cadê o Sirius? – Ela perguntou me encarando.

– Sirius disse que iria nadar, mas eu duvido que ele esteja perdendo esse almoço... – Eu falei mordendo mais um pedaço do meu frango.

– Ele não está aqui, James. – Ela falou se levantando.

– Ei, Lily, calma. – Eu me levantei e coloquei minhas mãos em seus ombros, afim de acalma-la. Ela me encarou com aquele par de olhos verdes, e eu sorri por impulso.

– James... Você mesmo disse que o Sirius está bravo. E que está muito bravo. E ela quer tentar fazer alguma coisa com ele. Isso não vai dar certo, James. – Lilian falou preocupada.

– Espera. – Eu falei. – Ela quer fazer alguma coisa com ele, nesse estado? – Eu perguntei preocupado.

– É. – Lily falou e eu até prendi minha respiração.

– Precisamos ir atrás dela. AGORA! – Eu falei saindo do refeitório e indo para... Qualquer lugar em que o Sirius deva estar.

No quarto dele, ele não estava. No salão de jogos também não.

– Aonde que eles estão...? – Lilian falou preocupada atrás de mim.

– É o que eu queria saber… - Eu falei descendo as escadas.

Fomos parar lá fora. Ainda procurando os dois, eu senti Lilian agarrar meu braço. Eu olhei para ela, e ela estava olhando para o chão, concentrada em alguma coisa. E foi aí que eu ouvi os gritos.

Sirius gritava e Marlene retrucava. Decidimos correr até a área das piscinas quando vi a silhueta de Sirius saindo da piscina.

Se ele está realmente nesse estado, a Marlene corre risco. E eu não estou brincando quando eu digo que ele sabe ser explosivo.

Mas acho que chegamos tarde demais.

– Marlene! - Lilian gritou ao vê-la caindo e desmaiando perto da borda da piscina.

– Aimeusenhoramado. - Eu falei colocando as mãos na cabeça. É, eu exagerei um pouquinho.

Corremos até lá, e Sirius estava parado do lado dela, mas não estava a segurando, nem nada. O que eu achei estranho.

– O que você fez, Black?! - Lilian gritou com ele.

– Levem ela pra enfermaria, antes que ela perca muito sangue. - Sirius falou olhando pra o chão. Depois se levantou e foi embora. Mas antes de sair, eu percebi que ele estava mais branco que o normal e estava tremendo.

– Ele é um idiota! - Lilian gritou chorando. - James, me ajuda aqui.

Eu peguei Marlene no colo e fui leva-la para a enfermaria.

E eu espero que sangue não manche.

Mas não é hora para pensar nisso.

– Enfermeira! - Lilian gritou arrebentando as portas da enfermaria. - Ajuda aqui!

Ela fica linda preocupada…

A enfermeira chegou e a colocou em uma cama.

Depois de limpar todo o sangue, ela e a Lilian estavam se preocupando em fazer um curativo.

– Vai ficar cicatriz? - Eu perguntei meio que me intrometendo.

– Apenas uma pequena mancha. - A enfermeira falou despreocupadamente.

– Ah. - Eu disse.

– James, chama a Dorcas e o Remo pra mim, por favor? - Lily perguntou pegando mais uma caixa de curativos.

Eu olhei para ela, e notei que quando ela fica nervosa, aquele espaço entre as sobrancelhas dela fica enrugado, e ela torce um pouquinho o nariz.

– Claro… - Eu falei saindo da enfermaria.

Mas parece que o casal doce do ano leu a mente da Lily, e já apareceu lá na porta.

– Ouvi os gritos. - Dorcas se explicou e entrou.

– Cadê o Sirius? - Remo perguntou para mim.

– É isso que eu queria saber. Ele estava tão estranho na hora da piscina… - Eu falei pegando meu celular. Nada de noticias do Sirius.

– Vamos procura-lo? - Remo perguntou.

– Acha que ele pode matar a gente? - James perguntou.

– Bem… Ou nós vamos ir procurar o Sirius que está fora de si e querendo matar alguém, ou ficamos aqui e esperamos a Marlene acordar nervosa.

– Certo. Vamos procurar o Sirius. É menos perigoso.- Eu disse virando um corredor.

Fomos ao apartamento dele, e ele estava lá ouvindo música no máximo. E quem dera que ele estivesse ouvindo com fones…

– SIRIUS! - Remo gritou do lado de fora do quarto. E por um milagre ele parou a música e abriu a porta pra gente.

– O Remo vindo até aqui… Pelo jeito essa conversa vai ser complicada… - Ele sorriu sem ânimo para nós.

– Na verdade não. Só queremos saber o que deu em você, Pads. - Remo falou sério.

– Essa carta… - Ele apontou pra um pedaço de papel em cima de uma escrivaninha.

– O que tem? - Eu perguntei pegando a carta.

– Eu achava que ela tinha um pouco de amor. Mas eu me enganei. - Sirius falou se sentando na cama.

– O que diz essa carta? - Remo perguntou, já que era eu estava lendo.

– Que a minha mãe pagou o todo o tratamento da Walburga, e mesmo assim… - Eu não consegui terminar. - Nossa…

– Minha mãe ainda nos acha a escória do mundo. Ela não falou nem um obrigado. - Sirius grunhiu. - Se não fosse por mim e pela minha tia, ela ainda estaria na fila de espera, ou até morta!

– Mas a Walburga não tem dinheiro? - Remo perguntou praticamente tomando o papel da minha mão.

– Tem, ou tinha… Ah, não sei mais. Pelo jeito a empresa da família está indo a falência. Ela descobriu não ter dinheiro para pagar o transplante, mas mesmo assim não deu o braço a torcer. - Sirius falou encarando o chão.

– E uma perguntinha… Por que descontar isso na Lene? - Eu perguntei e ele me encarou. - Ela está lá na enfermaria com duas garotas que querem te matar.

– Eu preciso falar com ela. - Ele falou. - Mas talvez enquanto ela estiver sozinha… Assim o risco mortal diminui…

– Bem pensado, Padfoot. Bem pensado. Por que você não conversa com ela no luau que vai ter amanha à noite? - Eu sugeri.

– Acha que ela vai?

– Ela é teimosa. Nunca vai admitir que se machucou. - Remo falou cruzando os braços.

– Ela se machucou muito? - Sirius perguntou.

– Um corte na cabeça. Nada mais. - Eu falei tentando acalma-lo.

– Ah… - Ele suspirou. - Essa ida pra esse hotel não foi uma boa ideia, James…

– Ainda não, Pads. Mas vai ficar... - Eu falei sorrindo maroto pra ele. E ele entendeu o recado e sorriu de volta.

Nosso Sirius estava voltando.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Deem suas opiniões, eu quero saber.
O próximo será Blackinnon. Não vou falar sobre postar rápido ou não, pois minhas aulas começaram e eu não sei quanto tempo eu vou ter.
Beijos e até no próximo.