Os Marotos - Love Is In The Air. escrita por Nina Black


Capítulo 25
The Lonely


Notas iniciais do capítulo

Já vou adiantando que esse capitulo é MUITO depre, e que vocês vão ter muita dó da Lene, mas muita mesmo. Só lembrando que já se passou um tempinho desde o jogo de futebol, blz? Espero que se divirtam.



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POV Lilian:

– Certo. Já se passou uma semana depois do jogo da Grifinória contra a Sonserina, então vocês já estão recuperados de lesões, machucados e essas coisas. Mas por hoje eu quero vôlei. – A professora de Educação física falou.

– De novo? – Alguns meninos reclamaram.

– Sr. Benson, quero trinta flexões aqui na minha frente agora! Mais alguém quer questionar? – Ela perguntou com aquele olhar ameaçador e todo mundo se encolheu. – Que bom. Peguem uma bola e vocês podem usar as três quadras. – Ela apitou e o som estourou meus tímpanos.

– Hey, Evans. – Amos Diggory me chamou. – Hãn… Eu estava pensando e… Bem, você quer sair comigo amanha a noite?

Muitas pessoas no meu lugar deveriam estar pensando: Ai Meu Deus! Eu vou sair com Amos Diggory!

Mas eu estava, indecisa. É, estava completamente indecisa. O que aconteceu na Praça no Valentine’s Day... Eu não me esqueci daquilo.

– Bem... Pode ser. – Eu disse sorrindo. O que de mais pode acontecer nesse encontro? Se alguma coisa acontecer é só eu ir embora e pronto. E fora que o Potter vai ficar com ciúmes, então...

– Ok então. Te pego as oito?

– As sete. – Pra que muito tarde né?

– Então tá... – Ele foi de encontro com os amigos dele e eu fui conversar com Dorcas.

– E ai? – Perguntei para ela, que parecia séria.

– Oi... O que aconteceu com a Lene? Ela tá assim desde... Acho que desde semana passada. – Ela perguntou olhando para a mesma, que estava quieta em um canto e não quis jogar. Aliás, ela não quis nem colocar o uniforme, e ficava de casaco.

– Não sei... Ela não vai jogar? Ela adora vôlei... – Eu fui em direção a ela, que a mesma deu espaço para eu me sentar.

– O que aconteceu com você? Por que não quer jogar?

– Olha, Lily... Não estou me sentindo muito bem hoje... Então não estou com vontade tá. – Ela me respondeu um tanto ríspida para meu gosto.

– Lene, então pelo menos tira o casaco. Tá um calorão lá fora e...

– Lily. Eu tô um pouco gripada, tô com frio. – Ela se encolheu e deu um sorriso amarelo. AAh. Alguma coisa não estava certa ai.

– Quer que eu fique aqui com você? O quer que a Dorcas fique? Ela também não quer jogar e ela pode ter fazer compan...

– Lily, eu tô bem. Pode ir jogar, acho que vou para a biblioteca dormir um pouco. – Ela saiu e percebi que não era só eu que estava preocupado com ela.

Digamos que certo Black não estava concentrado no jogo...

E digamos que certo outro Black também não.

Mas não pensem que Marlene está com essa bola toda não. O “outro Black” (olha que esse apelido pega) parece estar de olho em outra pessoa.

Interessante...

Fui falar com a Dorcas sobre minha linda observação, e encontrei-a conversando com Molly. O povo tá preguiçoso hoje, né?

– Dorcas! Você não vai acreditar em quem eu encontrei olhando quem! – Eu me sentei do lado da Molly.

– Você achou a Mary olhando para o pacote de Doritos na cantina?

– Não.

– Você achou o Sirius olhando a bunda de alguém?

– Não.

– Você achou a Molly olhando para o Arthur?

– EI! Eu tô aqui, ok?! – Ela repreendeu a loira, que prendeu uma risada, e não pude deixar de prender uma também.

– Não... Olha, eu estava vendo a Lene ir para a biblioteca...

– Para tudo! A Marlene, Marlene Mckinnon, indo á uma biblioteca? – Ela arqueou a sobrancelha.

– Ela foi dormir! Disse que estava gripada e que estava cansada... Enfim, ai eu percebi que o Sirius estava olhando para ela. E também percebi que o querido irmãozinho dele também estava olhando, só que para outra pessoa. E adivinha que pessoa é essa? – Eu falei rindo.

– Quem? – Molly perguntou.

– Carly Miller! – Eu falei e todas abriram a boca em um perfeito “O”.

– Não acredito! – Molly falou sorrindo.

– Pois é... – Eu disse.

– Será que o Régulo é gente boa? Quero dizer... Eu nunca vi ele maltratando ninguém, mas... Ele anda com o Malfoy. – Molly falou, ou melhor, cochichou.

– Quem sabe a gente não consegue juntar eles? – Perguntei subitamente, e elas me olharam assustadas. Mas elas estão certas... Como posso juntar uma garota e um garoto que praticamente se odeiam?

– Tive uma ideia... – Dorcas falou e olhou misteriosamente para Molly.

POV Dorcas:

Depois de explicar todo o plano para Lily, que apoiou de imediato. Fui conversar com a Molly, que tinha fugido do meu olhar misterioso. Mas não tenho culpa!

– Molly! – A achei saindo do banheiro dos vestiários e contei todo o plano.

(...)

– Não! Não! E Não! – Ela repetia assim que acabei de contar para ela.

– Mas... Pensa. A Carly é sua amiga, não é? O Régulo talvez seja uma pessoa que daria certo com ela, e juntamos dois casais de uma vez! – Eu tentei convencer.

– Não! Eu NÃO vou sair com o Arthur! Esquece essa história de encontro duplo! – Ela repetia. Ela pode ser fofa, mas esse negócio de dar uma teimosinha não funciona comigo. Porque eu sei ser teimosa quando quero.

– Por favor! – Implorei.

– Não.

– Por favor!

– Não.

– Por favor!

– Não.

– Por favor!

– Não.

– Por favor!

– Não.

– Por favor!

– Não.

– Por favor!

– Ok! – Ela disse brava e saiu pisando duro.

Parte 1 do plano: Concluída.

Agora eu preciso conversar com o Remo.

Graças á Merlin aula de Educação Física tinha acabado e eu fui procurar o Remo.

(...)

– Oi, Remo. Posso conversar com você? – Perguntei quando o achei no pátio conversando com o Sirius.

– Pode... – Ele respondeu, mas antes de ir embora Sirius me chamou.

– Dorcas... Sabe o que aconteceu com a Lene? Não que eu me importe... Mas é que todo mundo está perguntando e tal... – Finjo que acredito que ele não está nem ai.

– Ela estava gripada pelo que sei. Mas pra falar a verdade, eu não a vi desde a aula de Educação Física. – Eu puxei Remo para outro lado e deixei-o lá, pensando com seus botões. (minha vó dizia isso e é legal.)

– O que foi? – Ele perguntou depois que parei de andar.

– Você é amigo do Arthur, não é? – Sou direta assim mesmo.

– Sim.

– Ele fala da Molly pra você? E não minta, porque isso é uma questão de vida ou morte. – Eu falei com aquele olhar: Me conta tudo ou eu acabo com você.

– Ele fala de vez em quando... Não fala muito. Só fala que ela é muito legal, e que ela não é feia...

– Pra mim tá ótimo! Remo... – Usei a voz mais melosa que eu tinha. – Será que você podia convencer o Arthur a sair com a Molly, para, tipo, outro casal se acertar?

– Vou tentar, mas por quê? Que casal? – Eu dei um selinho nele e sorri.

– Na hora certa você vai saber não se preocupe. – Eu sai e fui para minha próxima aula.

POV Marlene:

Eu sai da aula de Educação Física. Eu realmente não estava muito bem. Eu falei a verdade quando eu disse para a Lily que iria para a biblioteca dormir.

Cheguei lá, peguei um livro qualquer sobre física e coloquei na frente da minha cabeça. E me deitei sobre a mesa.

– Ora, ora... O que temos aqui? – Uma voz estranhamente doce falou isso.

– Me esquece Susan! – Eu ralhei e me virei para o outro lado.

– Sabe, meus pais trabalham em um ramo parecido com o seus, sabe...

É verdade. Meus pais mechem com negócios de importadoras e tal... E os pais da Barbie paraguaia ai são exportadores.

– E daí?

– E daí que meu pai ouviu uma conversinha entre seus pais sobre seu... Transtorno alimentar. – Ela disse isso e eu gelei.

Eu estava começando a ter um tipo de transtorno. Por causa da minha mãe, ela sempre me proíbe de comer tudo, me deixava passar fome, ela faz isso porque tem um sonho maluco de que um dia vou me tornar uma modelo... Afe. Ela não me deixa fazer o que eu quero desde quando eu era pequena...

Mas as coisas complicam quando alguém que você mais odeia no mundo fica sabendo de um segredo tão... Comprometedor.

– E dai? – Perguntei tentando não deixar parecer que estava nervosa com a situação.

– E daí “queridinha”, que eu contei para a Maggie, e nós podemos colocar a boca no trombone assim que quisermos. E você vai voltar a ser aquela Zé ninguém que todo mundo tem medo até de te tocar. Como antes. – Ela bateu a mão na mesa e me fez encará-la.

– O que você quer? – Perguntei com impaciência.

– Eu quero que você fique longe do Sirius. Não quero que troque uma palavrinha sequer com ele. – Ela foi bem direta. E não consegui responder mais nada então fui embora, mas ela me chamou:

– Ah, Marlene, - Ela tirou um envelope da bolsa e me entregou. – Este daqui é o cartão de Valentine’s Day que o Sirius iria te entregar... Tudo começou por causa desse envelopinho, né? – Ela falou sarcástica, mas eu fiquei sem palavras. - Acho que posso lhe entregar, mas já fica avisado que ele não vai adiantar de nada agora... – Ela jogou em cima da mesa mais próxima de mim.

– Mckinnon. – Ela me chamou de novo. – Se caso você resolver falar com o Sirius de algum modo, eu ACABO com você. – Ela disse ameaçadora e eu fui embora.

– E agora? – Eu me perguntei.

Fui ao banheiro retocar a maquiagem. Tirei o casaco e deixei meus pulsos, muito mais magros que antes a mostra.

Você me pergunta: Como as meninas não perceberam isso antes?

Bem, quando percebi que estava perdendo peso DEMAIS, eu comecei a usar roupas mais largas e grossas, e pulseiras que cobriam o pulso por inteiro. Comecei a usar um casaco agora porque minha clavícula já estava aparecendo demais.

– O que eu faço?

Pense pelo lado positivo... Ele está bravo com você, então isso meio que facilita as coisas, né?

Pensei comigo mesma. Que droga de pensamento positivo...

Ignorei tudo isso e fui para a aula, onde todas se passaram bem devagar.

Mas não poderia de deixar de pensar naquela carta...

Sai o mais depressa da escola. No caminho da escola eu acabei trombando com uma pessoa, justo a única pessoa que eu não podia ver...

– Marlene, posso conversar com você? – Sirius perguntou e ele parecia preocupado.

– Já conversamos tudo o que tivemos que conversar. – Eu tentei parecer direta, e tentei não olhar nos olhos dele.

– Lene... Me desculpa, tá! – Ele desabafou tudo e eu arregalei os olhos para o chão. E agora?

Eu fiz a coisa mais sensata que me pareceu na hora. Eu sai de perto dele e nem olhei na cara dele. Se passaram uns dois quarteirões e eu comecei a chorar.

Eu queria perdoa-lo. Eu queria muito perdoa-lo. Mas eu não podia...

Olha a ironia: Para o meu bem, eu teria que ficar longe do menino que faz me sentir bem...

Cheguei em casa, mal falei com meus pais e subi para meu quarto. Não queria conversar com eles, se descobrissem que estou assim, eles certamente iriam me internar, e eu definitivamente não quero isso.

Tomei um banho e me deitei na cama, mas antes peguei meu celular e disquei um numero.

Alô?

– Ben? Sou eu a Lene. Queria te dizer uma coisa...

Lene? Você tá bem? Por que saiu da escola tão cedo hoje? O que aconteceu? – Ele parecia preocupado.

– Olha, eu tô bem, eu só liguei para falar que eu não quero mais fazer aquilo com o Sirius... Eu... Cansei... Me desculpa! – Eu comecei a chorar de novo.

Marlene! Tudo bem olha a gente para com isso, mas me fala o que aconteceu!

O resto eu não ouvi, desliguei o celular. Eu literalmente desliguei o celular, sabia o jeito que Ben era e com certeza ele iria me ligar de novo.

Comecei a ler um livro, pra tentar me distrair sabe... Mas toda hora meus pensamentos se voltavam para o que Sirius me disse hoje. Ele me pediu desculpas, e ele realmente escreveu uma carta pata mim.

Eu devia estar feliz por isso, certo?

Me deitei na cama e comecei a cantarolar uma musiquinha bem deprê que eu amo. Um fato: Nunca conseguimos cantar musicas alegres quando estamos tristes.

São duas da manhã, por onde começo?

Me acabando de chorar de novo

O som silencioso da solidão

Quer me seguir até a minha cama

Eu sou o fantasma de uma menina

Que eu quero ser acima de tudo

Eu sou a casca de uma menina

Que eu costumava conhecer tão bem

Dançando lentamente em um quarto vazio

Será que a solidão pode tomar o seu lugar?

Eu canto uma tranquila canção de ninar para mim mesma

Esqueço você e deixo a solidão entrar

Para levar o meu coração embora de novo

Com medo demais de entrar

Por causa da dor de mais uma noite sem amor

Pois a solidão vai ficar comigo

E me abraçar até eu adormecer

Eu sou o fantasma de uma menina

Que eu quero ser acima de tudo

Eu sou a casca de uma menina

Que eu costumava conhecer tão bem

Pedaços quebrados de

Uma história que mal respira

Onde um dia houve amor

Agora só existe eu

E a solidão

Dançando lentamente em um quarto vazio

Será que a solidão pode tomar o seu lugar?

Eu canto uma tranquila canção de ninar para mim mesma

Esqueço você e deixo a solidão entrar

Para levar o meu coração embora de novo

– The Lonely – Christina Perri.


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Lene. Eu fiquei muito triste quando escrevi esse capitulo, mas o que é uma história quando não se tem um episódio triste, né?
Beijo!