Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 30
Nossa esperança pode ser nossa ruína


Notas iniciais do capítulo

Calma gente, eu to viva! Desculpaaaa
Deuses, são quase tres da manhã kkk dane-se, vou postar igual! :3
Então meus amores, ta aí o Hiccstrid que vocês queriam tantoo, ficou meio curtinho, mas depois coloco mais, ok?
Espero que gostem!



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— Como é que é? - Verena e Brenna falaram ao mesmo tempo.
— Desculp não ter dito antes, bem, ultimamente tenho tido problemas com os meus poderes, não sou muito boa em controlá-los, eles, ahn, são um pouco diferentes, eu não queira assustá-los ou fazê-los pensarem que eu poderia usá-los para ajudar vocês. Pode ser muito perigoso, mas, a situação do momento parece exigir demais para eu continuar mantendo esse segredo. - Alvina explicou.
— Você acha que pode anular o feitiço? - perguntei de uma vez.
— Bem, certamente meus poderes batem com os quesitos que você falou, mas como disse, não sei usá-los. Faz pouco tempo que eles começaram a se manifestar, não sei se eu conseguiria...
— Eu te ajudo. - Verena sorriu. - É melhor tentar e arriscar, do que desistir logo no início e deixar por isso mesmo.
— Olha, eu não posso garantir que vai dar certo, e já vou avisar que sempre que eu uso meus poderes algo muito grave acaba acontecendo, sempre algum desastre...
— Nem me fale, é furada vocês pedirem ajuda dessa aí, acho melhor acharmos outra solução, ela nunca faz nada certo... - Heather falou.
— Heather, por favor... - a interrompi.
— Olha, você pode ter problemas com Alvina, Heather, mas nós não temos, e ela é a única esperança. A menos que você tenha outra ideia... - Brenna retrucou, severa.
— O foco agora é salvar Soluço e, por consequência, salvar todos nós. Também acredito que Alvina é completamente capaz disso. - concordei.
— Obrigada gente, já vou me desculpando se algo ruim acontecer por minha causa, mas vou fazer de tudo para ajudar.
— Duvido muito... - Heather reclamou mais uma vez.
— Será que dá pra você parar? - Brenna exclamou com raiva para a morena. Heather ergueu as mãos em sinal de rendição.
— Mas o que foi que aconteceu entre vocês? - Soluço perguntou. As duas garotas se fuzilavam com os olhos.
— Foi há uns dois anos, eu estava em mais uma de minhas viagens e estava anoitecendo, então resolvi pousar na ilha mais próxima que, por um infeliz acaso, era onde minha querida amiga residia. - Heather começou a explicar, abrindo um sorrisinho falso durante a última frase.
— Eu acabei encontrando-a na floresta pela manhã, no seu acampamento improvisado, ofereci ajuda, ela falou que não precisava, porque já estava de saída, eu resolvi pelo menos ser simpática e me apresentei, então a gente conversou um pouco. Quando ela já estava pronta para ir, eu me desespedi e fui para casa. Alguns minutos depois minha ilha foi atacada por um exercito de caçadores de dragões, que haviam perseguido Heather até lá. Nós fomos capturadas e, para ser libertada Heather revelou a localização do esconderijo do meu dragão, sobre a qual havia lhe falado mais cedo, obviamente, não a libertaram. Mas antes que os caçadores fossem atrás de Óliver eu consegui escapar usando os meus poderes. - Alvina completou.
— E com isso ela quer dizer que quase incediou o barco inteiro e me largou sozinha lá amarrada ao invés de me levar com ela. - disse Heather.
— Graças a você quase pegaram meu dragão!
— Eu poderia ter morrido, Alvina!
— Meu dragão também! Você não passa de uma traidora egoísta, só se preocupa com a sua própria pele, você teria me ajudado se eles tivessem te libertado? Claro que não!
— Pelo menos eu salvo alguma coisa! Não tenho poderes descontrolados que destroem tudo que eu toco!
— Deu, chega vocês duas! Nós já entendemos! - Soluço parou a briga. - Isso já passou, você está viva, Heather, não está? E seu dragão também, né Alvina? Então parem com isso.
— Ok, só cuidado, Soluço, talvez Alvina te exploda ao inves de anular o feitiço. - Heather disse. Alvina abriu a boca para responder, mas eu fui mais rápida:
—Escuta aqui, Heather, a garota não te provocou agora, pare de agir feito criança.
— Você está do lado dela, Astrid?
— O que você fez no passado para ela foi muito cruel da sua parte, se tivessem posto a vida do meu dragão em risco dessa forma, sem motivo, eu faria o mesmo, então sim, estou. E acho bom vocês duas pararem com isso, temos problemas bem maiores no momento e devemos focar neles.


***


— Tomara que isso seja resolvido logo. - pensei alto.
— Vai ser, Astrid. Agora já temos uma solução, Verena vai ajudar Alvina a controlar seus poderes, então ela irá lançar o feitiço em mim e poderemos viver tranquilamente, como antes. - meu namorado tentou me acalmar. Estávamos no topo da montanha em que sempre nos encontrávamos, sozinhos, só nós dois. Verena havia me alertado que era perigoso ficar tão longe a sós com o Soluço nas condições em que ele se encontrava. Mas eu precisava de um tempo com o meu namorado, longe daquela confusão, das conversas frenéticas dos meus amigos, precisava de um pouco de tranquilidade.
— Você confia nela, Soluço? Na Alvina? - perguntei.
— Olha, assim como você e a conheci há poucos dias, não posso afirmar que confio nela. Mas creio que ela é uma boa pessoa, sinto isso e, de qualquer forma, ela é a minha única esperança de voltar ao normal, no momento.
— Verdade. - apoiei a cabeça em seu ombro. - Meu único medo é de que ela se descontrole e acabe prejudicando você.
— Astrid, Heather só falou aquilo para provocar a garota, não tem como os poderes dela serem assim tão fortes, quer dizer, por que os deuses dariam a alguém dons tão prejudiciais e, ao mesmo tempos, impossíveis de ser controlados?
— Realmente, não faz sentido...
— Viu? Agora vamos esquecer isso só um pouco, por favor. - Ele colocou uma de minhas mechas loiras atrás de minha orelha. Encarei aqueles lindos olhos verdes, sem nenhum brilho amarelo, nenhuma expressão ameaçadora, do jeitinho que sempre haviam sido, curiosos e encantadores.
Eu o beijei com calma, entrelacei as mãos em sua nunca, ele agarrou minha cintura, eu me senti calma e segura, não queria sair dali nunca mais. Ele beijou meu pescoço e eu puxei seu corpo ainda mais pra perto do meu. Voltei para sua boca e, dessa vez, beijei-a com vontade. Deuses, por que eu não podia manter aquela sensação por todos os momentos da minha vida? Caramba, é pedir demais ao menos um dia de folga, sem estresse, problemas?
Mantive na minha cabeça o pensamento de que, em breve, tudo se tranquilizaria e que, por um bom tempo, não haveria mais nenhum tipo de problema. Por mais que aquilo fosse quase que completamente impossível, era bom me iludir um pouco para eu conseguir aproveitar os poucos minutos de paz que eu tinha com o meu namorado antes que toda aquela dor de cabeça voltasse. Soluço interrompeu o beijo:
— Eu te amo, Astrid, amo demais.
— Eu também te amo. - o abracei o mais forte que pude e uma lágrima escorreu pelo meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favooooooor :3



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