Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 22
Completamente Inofensiva


Notas iniciais do capítulo

OIIIII gente, não postei fim de semana porque sábado foi Halloween e ontem (domingo) fui na peça do felipe neto ( foi demaaais!)
Enfim, eu preciso ser breve porque daqui a pouco vou sair, mas também preciso dar um aviso pra vocês então leiam:
IMPORTANTE
Sim gente, antes que vocês perguntem, vai ter sim homossexualidade na fic (não ainda nesse capítulo) e não não vai ter cenas de sexo (nem homo nem hetero). Não vou especificar com quem vai ser a situação homossexual pra não dar spoiler e se você tem algum problema com isso pode até parar de ler a fic, porque, sinceramente, não faço questão de ter gente homofóbica e preconceituosa lendo as coisas que eu escrevo, ok?
Espero que gostem



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Verena chegou a se engasgar:
– Como é que é?
– Você é filha de Drago Sangue Bravo? - peguntei.
– Não! Não! Ele é meu tio, mas só o vi poucas vezes na vida, sabe, ele nunca se importou com a família... - Alvina respondeu, com normalidade.
– Então você jura que não teve nenhuma relação com ele? - Soluço perguntou desconfiado, por algum motivo, seu tom me irritou um pouco.
– Não! Nunca tive participação em nada do que ele fez, eu mal falava com ele, era afastado da família, minha mãe era irmã dele, eles nunca se deram bem, ela não queria nem ver a sua cara, quem dirá manter contato.
Soluço encarou a garota por alguns segundos, franzindo a testa, provavelmente tentando se convencer com a história contada por Alvina, ele se virou para mim, analisou a expressão em meu rosto, relaxou a própria face e soltou um meio sorriso. Voltou-se para a garota novamente:
– Eu acredito em você, pode ficar aqui o tempo que precisar. - disse o líder. Alvina sorriu.
– Muito obrigada! Vou ajudá-los o máximo o possível enquanto estiver aqui. -disse a garota, eu sorri também.


***


A nova garota não parecia estar mentido, senti sinceridade nas coisas ditas por ela. Até seria bom ter mais uma cavaleira de dragões em Berk. Combinamos que ela moraria na minha sala até acharmos uma cabana para ela.
Saímos de minha casa, Brenna conversava bastante com Alvina, elas riam muito. Verena andava em silêncio, ao meu lado. Resolvi falar com ela:
– O que você achou da garota nova?
– Bem, ela parece ser legal, acredito no que ela disse também. Mas acho que ninguém gostou mais de Alvina do que Brenna... - ela respondeu, em um tom meio estranho.
– Não se preocupe, Verena, você sempre vai ser a melhor amiga de Brenna, ela nunca vai te trocar por ninguém...
– Sei disso, não é com isso que eu estou preocupada, Astrid...
– Então, qual é o problema? - não conseguia entender do que ela estava falando. Verena olhava para as outras duas garotas que pareciam estar se divertindo bastante.
– Não é nada não, só não quero que Brenna se magoe de novo, ela costuma ser despedaçada nesses lances de relacionamento... - ela falou baixinho, como se estivesse apenas pensando alto.
– Como? - Lances de relacionamento? O que ela quis dizer com isso? Mas quando perguntei ela já havia se afastado, a alcancei, certamente não havia me ouvido.
– Ei, Verena, Soluço quer conversar mais com você, que tal falar com ele hoje? - mudei de assunto.
– Ah, claro, tudo bem, também preciso falar com ele, a gente anda meio afastado, sabe...
– Aham.
– Sobre aquela briga sua com o Soluço hoje de manhã... Ahn... Bem... Queria saber se vocês já se resolveram, se foi por minha causa, queria me desculpar...
– Nós já fizemos as pazes, Verena, e não, não foi por sua causa, foi por causa de Erick. - de certa forma era verdade, porque tudo que Soluço me falou, para me deixar irritada, partiu de ideias que Erick colocou em sua cabeça.
– Tudo bem, qualquer pergunta sobre Erick, podem me fazer, não o conheço tão bem assim, mas posso ter informações úteis.
– Na verdade, tenho uma pergunta pra você sim, não é exatamente uma pergunta, nem exatamente sobre Erick, mas gostaria que, se não te incomodar, me explicasse melhor sobre as crianças mágicas, como se chamam mesmo...
– Asgeir.
– Isso, pode me contar mais sobre a parte que envolve você, Erick, os poderes...
– Bem, claro, olha, não sei muito dos poderes de Erick, apenas o que vimos no navio, a capacidade de emitir temperaturas altíssimas. Foi o primeiro Poder Asgeir que vi, vindo de outra pessoa que não eu. No meu caso, meu poder mais forte é a cura, os outros são leves, não têm muito alcance. Por exemplo, meu controle sobre a água é parcial, só domino água doce e em quantidades pequenas, sinceramente, não tem muita utilidade. E minha comunicação com animais também é fraca, os compreendo por sinais telepaticamente transmitidos, não consigo explicar muito bem, mas é como um sentimento que me é enviado por eles.
– Isso inclui dragões? - questionei.
– Sim.
– Mas é assim com qualquer Asgeir, todos tem vários poderes, sendo que alguns são fracos e outros não?
– Sim e não. Já ouvi que alguns poucos Asgeir tinham apenas um poder cada, mas é raro. Normalmente temos entre dois e seis poderes e sempre há algum que se destaca dos demais, o que, no meu caso, é a cura física.
– E tem algum padrão? Como uma linha de relação entre os dons? Teria como ter uma noção de quais são os outros poderes de Erick?
– Creio que não, sou incapaz de pensar em quais poderes ele poderia possuir.
– E você só tem esses três?
– Acho que sim, mas não posso ter certeza, eles se manifestam aos poucos, há sempre a possibilidade de surgir mais algum.


***


Comecei a conversar com Alvina, que mostrou ser uma garota bem legal. Como eu, tinha dezenove anos, havia encontrado seu dragão em um bosque, quando era apenas um filhote, estava sozinho e parecia ter sido abandonado pela mãe.
Ela havia nascido e vivido a vida inteira em Knut, tinha uma irmã mais velha, com quem não se dava muito bem, ela não gostava nada de dragões e não respeitava nenhum dos gostos de Alvina.
Seus pais também eram extremamente contra domar esses "répteis voadores e sanguinários", como ela disse que eles diziam. Sua mãe falava que as tais feras faziam-na lembrar muito seu tio, e isso não a agradava nada.
Perguntei o por que dela usar no pescoço o mesmo símbolo que seu tio costumava levar no cinto, e Alvina respondeu que era o brasão de sua família, ela o carregava como uma lembrança do passado, já seu tio, como uma provocação.
A dona dos brilhantes olhos azuis era engraçada e alegre, aparentava levar a vida com tranquilidade, dizia contornar os problemas sem se estressar. Fugiu de casa pois seria perda de tempo tentar discutir com a família que mantinha mente fechada.
Seu astral me deixava para cima e sua história trazia uma inspiração confortável para o meu coração. Com dificuldade percebi que ela já havia passado por poucas e boas, sofrido nas mãos daqueles que não a compreendiam e, mesmo assim, não demonstrava aborrecimento ou fraqueza, mantia o sorriso no rosto e até fazia piadinhas sobre situações que arruinariam os sentimentos de qualquer um.
– Tá, e você? Me fala sobre sua vida. - ela pediu animada e elétrica, o jeito dela era engraçado, como uma criança hiperativa que comeu doces demais. Cedi, e lhe contei minha história. Disse a ela que Naldo era meu irmão gêmeo, Alvina riu, falando que nós não erámos nada parecidos. Contei que nós dois havíamos nascido em Osman Lambert.
– Vocês também fugiram? - ela me perguntou.
– Na verdade, não, havíamos saído para explorar uma ilha próxima, onde ouve uma avalanche que nos aprisionou em uma caverna, Verena e Vinola conseguiram nos encontrar e nos libertar e então viemos para cá.
– E você vai voltar para a sua ilha?
– Sinceramente, não sei, mas é bem provável que eu fique por aqui, não vou me afastar de Naldo nem de Verena, que também não vão se separar, e Verena certamente ficará aqui. Meu único problema são meus pais, estou acostumada a ficar fora por períodos longos, mas não queria abandoná-los para sempre... - aquilo me aborreceu um pouco, abaixei a cabeça e uma lágrima escorreu por minha bochecha. Senti uma mão pequena e morna secar minha face, delicadamente, Alvina ergue meu rosto devagar, e pude ver um meio sorriso escapar de seus lábios.
– Desculpe, não queria te aborrecer, vamos mudar de assunto, me conta mais sobre você e seus amigos! - ela pediu alegre, sorri de volta.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor :3



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