Irmãs Blood escrita por Raquel Barros


Capítulo 24
Inesperado


Notas iniciais do capítulo

Ok. Mil desculpas pela demora a todos. Eu estava totalmente sem ideia para esse capitulo, e sem tempo para pensar também. Então eu demorei, desculpas mesmo, foi super mal.



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O pavor agia como um afogamento. Tirava o ar, sufocando e fazia os pulmões desejar e luar por ar. E era tudo o que eu conseguia sentir quando vi o Lorde Dark. Era impossível não ficar abalado. Melhor, quase impossível, Alef parecia ter adquirido uma postura corajosamente protetora e aparentemente sem medo. Muito diferente da Bev, que se escondeu atrás dele, e espiava Willian com uma pequena parte da cabeça de fora. Ela realmente pareceria à rainha do medo se não fosse a Angel quase quebrando os ossos da minha mão de tão forte que apertava. O que não era definitivamente normal. A Angel era um enigma envolto em rebeldia e coragem. Se ela estivesse em condições normais tentaria atacar Willian, me dando muito trabalho. O Cam por outro lado tinha se transformado quase que automaticamente em um lobo, e estava rosnando para baixo para Willian que o olhava com certo desprezo. A Caryn parecia um poço de indiferença. Dos bem grandes. Ela suspirou, revirou os olhos e caminhou até Willian.

Pasmando a todos. A Caryn não era nem de longe a mais corajosa da família. Ela gritava toda vez que estava em perigo. Cam tentou impedir, mas parou congelado olhando para Caryn,que chegou perto de Willian, não muito, já que a aura negra dele claramente incomodava-a.

–Ela enlouqueceu.

Resmungou Ítalo incrédulo. A Bev balançou a cabeça concordando.

–Olha só lorde de não sei o que. Se não percebeu aquela é minha família. E se você passa dessa linha aqui, eu vou ter que te matar.

Ameaçou Caryn, fazendo uma linha imaginaria na frente de Willian, que olhava para Ítalo com a cara de “sua filha é totalmente maluca”. Parecia até brincadeira uma coisa dessas. A Caryn não era a mais corajosa ou a mais forte, mas ela praticamente se transformou em um incentivo para os outros irem a seu apoio.

–Você é a mais fraca de todas como vai fazer isso?

Perguntou Willian claramente subestimando a capacidade dos Bloods de se superar.

–Eu não sei. Eu morro, mas você também morre esta entendendo? E eu não estou me lixando se você é poderoso, mal, etc, etc. Se passar a maldita linha vamos cai na pancadaria. E só avisando. Não estou brincando. Morre nos dois, mas você vai ficar longe da minha família. Combinado?

–Não. E pelo jeito eu vou ter que te matar.

–Vai ter que passar por mim primeiro.

Avisou Bev saindo de perto do Alef e parando perto de Caryn. Alef suspirou quando Bev deu apenas um olhar rápido para ele. Um pedido para Alef se acalmar talvez. Não que fosse adiantar, Alef é tão protetor com a Bev, que quando ela saiu de perto dele para ir para perto do Willian ele parecia que iria enlouquecer .

–Estava com medo a poucos segundos. O que fez mudar de idéia Bervely?

–Ah, ela é minha irmã mais nova. Acha que eu vou deixá-la enfrentar você sozinha? Um psicopata maníaco metido a psicótico e com sérios problemas mentais sem mais nada o que fazer? Se achou, achou errado.

–É ela tem razão. Eu também entro na pancadaria, você só precisa testar pra ver

Concordou Angel largando da minha mão e se juntando as suas irmãs. Contive a vontade de ir atrás dela, e trazê-la de volta. Mas não iria adiantar muito. A Angel é fogo na palha.

Willian gargalhou como se tivesse se divertindo muito com as ameaças. Três garotas adolescentes loucas contra ele, o grande Willian Apache? Parecia até brincadeira de mau gosto. Pegadinha de televisão. Mas com aquelas garotas tudo é possível.

A Bev suspirou pesadamente.

–Porque você quer mesmo nos matar?

Perguntou Caryn.

–Você esta evitando um confronto!

–Já estamos em um. A questão é: não gosto de ficar curiosa, ainda mais porque você tem que ter um motivo para mudar de uma hora para outra.

Enrolou mais um pouco a Bervely o Willian.

–Vai continuar curiosa, não sou obrigado a responder nenhuma das suas perguntas. E eu tenho horas...

–Pergunta!

Gritou Angel levantando a mão como uma aluna na escola. Essa é minha namorada, e sua péssima mania de encher a paciência de quem não tem.

–Fala.

Concordou Willian com um suspiro. Ele estava sendo enrolado direitinho pelas garotas.

–Porque você obedece ao Drakon?

–Como?

–Você é tipo o carrasco dele. Por quê?

–Esta tentando me enrolar garota?

Perguntou ele, matando a charada. Ela estava realmente tentando enrolar ele e estava conseguindo com êxito. Até agora.

–Não. Imagina. Eu só estou curiosa. Alguém tão poderoso quanto você servindo ao Drakon praticamente de graça. Bem, eu não imagino como aceita ser escravo dele assim de bom grado.

Discordou Anel fingindo-se de inocente

–Esta ignorante das reais intenções de Drakon, criança.

Avisou Willian brincando com as sombras. Elas se fechavam densamente em circulo ao nosso redor. Outro arrepio percorreu minha espinha. É claro que ele já estava se preparando para nos aniquilar de vez. Em uma hora dessas tudo o que queria era ser o Alef. Ter asas seria no mínimo uma boa idéia. Perfeito para fugas.

–Que reis intenções?

Perguntou Ítalo.

–Você não vai me enganar. Desista.

–É claro que não. Ninguém engana um mentiroso. Mas eu creio que você não vai se importar em contar. Até porque vai nos matar daqui a pouco.

–Boa tentativa, Ítalo. Mas, não, obrigado. Eu tenho um premio bem grande em matá-los.

–Pai, porque todo mundo quer nos matar?

Perguntou Angel revirando os olhos. Era um saco tanto para ela quanto para mim isso Tipo, ela porque sua vida estava quase que constantemente em perigo e para mim porque eu não sou um sádico psicopata que gosta a de assassinar pessoas Muito menos se eu já as conhecer.

–É verdade. Domingo passado os Troubles disseram que iriam arrancar nossos corações para o maluco sádico.

Concordou Caryn.

Ítalo suspirou pesadamente. Ser pai de três adolescentes serelepes e curiosas não deve ser fácil. Ainda mais se você for o líder da resistência.

–Viu só porque eu não tive filhos? Em pouco tempo estará com as mãos atadas.

Avisou Willian com seu sorriso irônico voltando.

–Não que você saiba.

Discordou Bonnie.

–Oi?

Perguntou Willian como se não fosse com ele.

–Você deixou a Eva há dezessete anos. Ela te amava Will, sabemos disso. O que te garante que não tenha uma criança com seu sangue no mundo.

–Há exatos dezessete anos e um dia atrás Eva me mandou embora. Eu a amei. Fui capaz de amar em trinta e três anos, e ela simplesmente me mandou embora. Sabe o que eu aprendi com isso? Que amar é uma perca de tempo. E a própria Eva me garantiu que não existiria nenhuma criança minha nesse mundo. Sorte dela, a propósito. Eu não desejaria nascer nessa família para ninguém. Nem para meus piores inimigos. E não me chame de Will, Bonnie, não somos amigos há muito tempo.

–Vocês estão falando da nossa mãe?

Perguntei não acreditando que Willian já foi alguma coisa da minha mãe. Tipo, eu sei que a minha mãe, Eva Garden, era uma humana que atraia muita atenção de sadics, e que ela era inconstante. Mas que ela já teve alguma coisa com Willian eu não fazia menor idéia. E que muito menos ela conseguiria despertar nele algum tipo de sentimento bom como o amor. E eu acredito em Willian, minha mãe nunca teria um filho dele.

–Sua mãe?

Perguntou Willian incrédulo. Essa ele não sabia. Tinha informações de que Eva tinha dois filhos,mas não sabia de mais nada. Talvez ele tinha perdido o interesse.

–Aposto que essa você não sabia.

Disse Alef com um sorriso irônico estampado na cara. Eu tenho certeza que ele estava esperando por isso. O meu irmão mais novo de vez em quando tem alguns vislumbres de ironia. É como se ele esquecer-se quem é e se torna outra pessoa totalmente diferente.

–Não sabia que Eva teve três filhos?

Perguntou Bonnie incrédula.

–Pela minha informação, ela só tem dois.

Discordou Willian com ar de tédio. Deve ser tão chato ser vilão. Viver a vida toda fazendo o mal, sentado em uma cadeira luxuosa em seu covil em alguma montanha com uma vista maravilhosa, enquanto os mocinhos vivem toda a ação.

–Esta tão desinformado que eu estou até com pena.

Compadeceu-se Angel falsamente. Não sei o que deu nessa menina. Ela tipo mudou um pouco durante essa semana. Acho que foi tudo por causa das viagens, tios vilões não humanos, família complicada e desilusão amorosa. Tudo bem que as desilusões são culpa minha.

–Pena é Angie?

–Não! É vontade de rir mesmo.

–Você é do mal sabia?

Perguntou Bervely sorrindo. Angel fingiu uma gargalhada maligna. É não sei como eu amo essa garota. De vez em quando ela é medonha. Eu acho que o amor é meio cego e sem ética mesmo. É no mínimo um sentimento estranho.

–O Alef é o filho mais novo de Eva.

Avisou Ítalo. Eles estavam fazendo um bom trabalho em atrasar Willian. Acho que foi a convivência. Quando você passa muito tempo com alguém pode conhecer todas as manhas dela. E ninguém aqui conhece Willian melhor do que Bonnie e Ítalo. São quase meio século de convivência.

–Sim e o que eu tenho a ver com isso?

Perguntou Willian friamente. Para ele tanto fazia e tanto fez se Alef era filho da mulher que bem provavelmente ele amava ou não. Para ele eu e meus irmãos assim como os Bloods éramos apenas a missão dele. Ele nos mataria sem ao menos pensar quem era nossa mãe. Que ele algum dia a amou. Era isso que as trevas tinham feito a ele. O fez esquecer as coisas boas da vida, o cegando com ódio e rancor.

–O Alef é seu filho.


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Notas finais do capítulo

Não sei se vocês já cansaram da minha mania de dar essas reviravoltas mirabolantes, mas eu não consigo resistir. Serio, eu não planejei isso, simplesmente veio, e escrevi. Foi realmente inesperado até para mim. E comentem por favor.