O trem enfim chegou ao seu local de destino, e eu já estava animada com o começo das aulas, mas quando tentei passar pela porta, Malfoy me interrompeu, ficou na minha frente me proibindo de passar.
– Malfoy, será que, por favor, pode sair da minha frente? - O que ele ainda queria? Já não havia me irritado o bastante?
– Tivemos uma conversa civilizada como você queria. Porém, eu sei que você escutou o que eu falei, por isso ficou calada, você tenta fingir que não me ama, mas eu sei que sim. - ele riu. Como ele podia ser tão irritante e belo ao mesmo tempo?!
– Como ousa? Eu não o amo, nunca amei, e só pra constar, eu não escutei o que você disse.
– Eu vejo como eu a deixo, você fica nervosa e começa a tremer. - ele não mentiu, eu tremia mesmo, mas eu não sabia o que isso significava. - Você me ama. - Ele respondeu aos meus pensamentos sem saber. - Como ele ousa falar isso de novo? Não adiantava de nada, ele sempre iria falar que eu o amo, e agora eu estava em dúvidas, ele falava como se fosse verdade.
– I-I- Isso não é-é verdade. - gaguejei, e isso só fez com que ele tivesse mais certeza.
Ele me pegou pela cintura, me aproximou do seu corpo escultural, eu fiquei sem reação, imóvel, minha respiração se acelerou, meu coração batia mais rápido do que nunca, eu tremia e não conseguia me mexer.
– Você está linda. - Ele disse isso quase em um sussurro.
Eu não conseguia dizer nada, ele me pegou de surpresa, estava de mãos atadas, mas ele começou a ir longe de mais, seu rosto começou a se aproximar do meu, seus lábios quase tocando os meus, e eu queria aquilo, eu queria o seu beijo, isso é estranho, pois nunca senti isso por ele, eu queria sentir o seu beijo doce. como ele mesmo dissera no lago. Seus lábios encostaram-se nos meus, mas não nos beijamos, não foi mais além do que um simples toque da boca dele com a minha. Porém, alguém nos interrompeu.
– Com Licença! - Snape atrapalhou, ou salvou, não sei bem dizer. - Venham comigo, os dois, agora. - Seus olhos fitaram os meus, e eu recuei um passo de perto do Malfoy.
Seguimos Snape para fora do trem, aonde nos encontramos com a Professora McGonagall, onde estavam mais duas alunas, reconheci uma, Luna Lovegood, da Corvinal.
– Olá Alunos! Eu os chamei para lhes dar um recado: Parabéns, vocês são os novos monitores de suas casas! - Minerva olhou para mim e sorriu.
– O que? - Draco e eu exclamamos ao mesmo tempo.
– Como a casa Grifinoria e Sonserina está tendo uma grande rivalidade, eu e o professor Snape decidimos que vocês irão fazer os turnos juntos. Hermione Granger e Draco Malfoy, vocês trabalharão juntos. - Ah não... Já não basta eu ser perseguida pelo Malfoy, vou ter que trabalhar com ele?
– Não! Eu me recuso a trabalhar com essa sangue-ruim nojenta! - Gritou Malfoy. a um minuto atrás ele queria me beijar, agora ele me critica?
– Como se eu quisesse passar um tempo com um projeto de barbie masculina feito você. - eu retruquei.
– Guardem a discussão para depois. Continuando... Luna Lovegood e Mellany Burns irão fazer os turnos, das terças, quintas e sábados, Hermione Granger e Draco Malfoy farão os turnos das segundas, quartas e sextas. Domingo vocês estão de folga.
– Mas professora McGonagall, por que não fazemos por casa? - Eu queria escapar do Malfoy.
– Bem senhoria Granger, como eu já disse, a sua casa e a casa do senhor Malfoy, estão com uma grande rivalidade, portanto nós decidimos colocá-los para trabalharem juntos, para amenizar um pouco a rivalidade e vocês trabalharem em grupo. - ela até que tinha razão. - Agora, Por favor, sigam o professor Snape.
–Não pense que eu vou ser legal com você só porque vamos nos ver três vezes por semana, Granger. Eu sei que você vai querer me agarrar no escurinho mais não vai ser fácil. - ele deu um daqueles sorrisos tortos.
– Desde que você não fale comigo eu posso não te agarrar no escuro pra tentar te matar. - eu disse o mais irritada possível.
Mais uma vez seguimos o Snape, ele andava tão frio, tão firme, me arrepiava sinceramente. Percebi que nós não estávamos nos dirigindo a nenhuma sala comunal.
– Daqui adiante vocês irão sozinhos. Virem a direita e vocês verão seus dormitórios. - disse Snape.
Draco e eu não discutimos e seguimos o que ele disse. Enfim chegamos ao nosso destino, logo de cara avistei duas portas, uma havia uma serpente verde e prata envolta de um leão vermelho e dourado, e outro com uma águia azul voando sobre o texugo amarelo e preto, então não precisei raciocinar muito e perceber que a primeira porta era o nosso dormitório.
– NÃÃÃÃÃÕOOOO! - Draco e eu exclamamos juntos.
– O que? Eu vou dormir no mesmo quarto que essa sangue ruim? - gritou Malfoy.
– Você não está tão feliz quanto eu. - eu disse.
– Parem vocês dois. Eu acho que é até uma boa ideia isso, vamos ver, se pelo menos assim vocês param com essa discussão infantil. - disse Mellany.
– Fala isso pra Barbie ai do lado. - eu retruquei.
– É dessa Barbie que você gosta. - Draco falou.
– Até parece. - bufei. Vi Mellany se irritando e tentando abrir a porta de seu quarto. Malfoy tentou fazer o mesmo.
– Mas que merda, essa porta tá trancada.
– Ai, como você é burro. - eu me abaixei e olhei debaixo do tapete que tinha em frente à porta. Nele estava escrito a senha do quarto. - "Serpente e Leão, juntos ficarão". - a porta se abriu.
– Não tinha uma senha mais gay não? - Malfoy disse assim que eu terminei de ler.
– Calado Malfoy. - eu disse entrando no quarto. Luna e Mellany fizeram o mesmo.
Entrei no quarto, deixando-o sozinho na porta, e fiquei chocada ao entrar. O quarto era lindo, na verdade um quarto-escritório, onde no centro havia duas poltronas, uma lareira, uma mesa e uma estante de livros, as paredes tinham um tom claro.
– Não é perfeito? - disse ele assim que entrou no quarto. - Além de ser o mais desejado pelas garotas, agora sou monitor, com certeza minha fama vai aumentar. Ai, como ele podia ser tão sínico? Isso me dava nos nervos.
– Como você é metido hein Malfoy, quer saber, não estou nem ai para as suas baboseiras, vou continuar olhando o resto do dormitório.
– Por que está tão irritada? Está com ciúmes Granger? - ele levantou uma sobrancelha, e deu um sorriso de deboche.
– Eu não sou de ter ciúmes Malfoy, muito menos de você. - Que menino irritante. Já não aguentava mais.
– Não minta para mim Granger, ou melhor, Hermione. - ele sorriu descaradamente, ele queria curtir comigo. - Você não consegue esconder o que sente por mim, depois daquele dia no lago. Ele tinha que se lembrar desse dia?! Você está vermelha de raiva ele pegou minha mão e levou ao seu abdômen, colocando-a em cima de seu coração. - , e agora vermelha de vergonha. - ele não estava mentindo, eu estava mesmo com um pouco de vergonha.
– Me largue Malfoy, ou melhor, Draco. - eu estava irritada com ele, não gostava que ele jogasse na minha cara os meus sentimentos que eu nem sequer sabia que tinha por ele, isso me deixava nervosa. - Vê se me deixa em paz, Ok? - Eu disse indo para meu quarto.
Havia mais duas portas, abri a que tinha as iniciais de meu nome, a cama era espaçosa, mas não grande, a concha era prata e dourado, e a maioria das coisas eram decoradas no vermelho, prata, verde e ouro (dourado), ou seja, as cores dos brasões de Grifinoria e Sonserina. Lembrei-me por um momento de Draco, será que o quarto dele era igual ao meu? Isso depois eu descubro, agora eu queria aproveitar aquele quarto, o máximo que podia, mas por estar com muito sono, dormi.