Meu Tormento escrita por Nat Rodrigues


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente ^--^ sei que a maioria dos leitores nem leu o cap passado (percebi isso pelo contador de acessos e a escassez de reviews kkk), mas já tenho este pronto e vou postá-lo. Não está dos melhores, e está muuuuuito melodramático. Enfim, Boa leitura!!



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“O que há com você que me fez agir assim? Eu nunca estive tão desagradável.

Você não pode dizer que tudo isso é apenas um concurso? O que ganha vai ser o único que atinge o mais difícil.” Please Don’t Leave Me, Pink.

Após a vergonha que Tomás fez com que eu e Otávio passássemos, Otávio se desculpou, deu o gelo para mim e inventou uma desculpa que precisava falar com alguém da sala, saindo da barraca o mais rápido possível.

– Porque fez isso?! – reclamei, irritada. Tomás, que tinha um sorriso cínico nos lábios desde que voltou, fechou a expressão.

– Otávio não presta para você. E, além disso, preciso fazer seu curativo logo. Se vocês começassem a se agarrar o corte podia infeccionar. E eu não sou obrigado a servir de vela para ninguém. – respondeu, carrancudo. Ficou na mesma posição que Otávio estava, pegou um algodão da sacola da farmácia e começou a limpar o corte. Também pegou o gelo de minha mão e o tacou fora.

Fiquei incrivelmente irritada. A presença de Tomás de certa forma me envergonhava mais do que a de Otávio, afinal, ele havia acabado de nos pegar em um cena... Incrivelmente clichê. E que, infelizmente, tinha mexido comigo. Droga de sentimento que me atormenta.

– Quê?! E de onde você tirou que eu ia... – comecei a me defender, mas ele me interrompeu.

– Para de se mexer.

Dei-me por vencida. A única coisa que continuei a falar foram os “ais” enquanto ele fazia o curativo. Também me deixei chorar um pouco. Estava aborrecida, e indignada com Tomás. Sem contar que minha cabeça ainda latejava, o que dificultava um pouco meu raciocínio. Poxa, porque ele tinha esse tipo de atitude comigo? O que fiz para merecer essa hostilidade toda?

Seus olhos azuis estavam incrivelmente inexpressivos. A testa com duas ruguinhas. A respiração um pouco mais acelerada que o normal, e parecia concentrado no que fazia (ou era apenas uma desculpa para não ter que olhar para mim). Desviei os olhos para o chão, reparando que não devia estar o encarando.

– Pronto. – anunciou levantando. – Pare de chorar, não deve estar tão dolorido assim. – mandou. Não o respondi. Nem ao menos voltei a olhá-lo. Tentei limpar o rosto com a palma da mão, mas foi um pouco inútil. Em frente à barraca, passava Bernardo.

– Ei! – chamei-o. Tentei novamente limpar o rosto, e ele me observou parecendo preocupado (até ele se preocupa e Tomás não!).

– O que aconteceu com você? – perguntou.

– Bati a cabeça, e não estou muito bem... Acho que não vou conseguir dançar. – falei me encolhendo um pouco. Bernardo me analisou por um tempo antes de responder.

– Olha, eu ia até pedir uma boa explicação para você me rejeitar, mas acho que não precisa. Vê se melhora logo! – disse e deu um sorriso acolhedor. Fiquei surpresa. Achei que ele iria aprontar o maior barraco e envolver Dani na história (como sempre faz), mas logo depois ele se despediu com um beijo na bochecha.

Virei para pegar o celular e Tomás me olhava visivelmente irritado. Suspirei segurando a vontade de chorar. O que eu tinha feito de tão grave? Sei que ele sempre me tratou mal, mas me olhar com repulsa já era de mais. Eu não sou nenhum monstrengo assustador.

– Aqui estão as pipocas! – Daniela chegou trazendo uma bandeja cheia.

– Dani... – falei com a voz meio chorosa. – Tem alguém que pode ficar aqui no meu lugar? Bati a cabeça e não estou me sentindo bem... – expliquei.

– Ah, nossa. – Dani exclamou colocando a bandeja junto com as demais. – Espera só um minutinho, vou arranjar alguém! – disse, piscou e saiu.

– Você está com enjôo? – Tomás indagou. O olhei meio cética.

– Não. Mas não agüento mais ficar aqui... – com você.

Claro que não terminei a frase. Além do mais, ele pergunta como se importasse, coisa que já deixou visível que não é verdade.

– Tudo bem... Vou ligar para seu pai. – avisou e assenti indiferente. Não sei por que ainda me importo com ele, ou o que ele pensa e faz. Se ele pode ser indiferente, porque eu não?

Meia hora depois, eu já estava em minha casa, de pijama e em baixo das cobertas. Me sentia cansada emocionalmente e fisicamente, não foi tão difícil cair no sono.

. . . . . *** . . . . .

Acordei com Tomás sentado de costas nas pontas dos meus pés mexendo em um caderno.

– Am...? – resmunguei esfregando os olhos. – Tomás o que você... – comecei a perguntar, mas quando Tomás se virou, percebi que na verdade era Otávio.

– Ah, desculpa eu te confundi... – pedi.

– Quer que eu te ajude a levar? – ofereceu-se. Estranhei a atitude, mas estendi meus braços para ele mesmo assim.

Ele puxou meu braço com tamanha força, que bati em seu peitoral.

– Ai. O que você... – comecei a indagar quando ele me pressionou em um abraço, e me interrompeu, sussurrando em meu ouvido:

– Eu te odeio.

– Quê?

– E vou fazer da sua vida um inferno.

Otávio afrouxou o abraço, e me separei dele, pronta para estapear sua cara, revoltada. Mas quando o olhei, não era mais Otávio.

– Garota mimada e egocêntrica... – debochou.

Tomás tinha o maior e pior sorriso que já presenciei. Seus olhos faiscavam em deboche.

Ao invés da revolta, meu coração foi preenchido pela dor. O que estava acontecendo comigo? Desde quando o deixo falar essas coisas para mim?

– Você nunca deixará de ser um unicórnio paranóico... – Seu sorriso se alargou ao ver que suas palavras e atitudes frias me atingiam. Senti meu coração se quebrar em vários pedacinhos.

Abri os olhos com uma imensa vontade de chorar. Esfreguei meus olhos impedindo as lágrimas. Foi um sonho só. Um sonho idiota, por sinal.

Sentei em minha cama ainda sonolenta, e quando olhei para frente foi impossível impedir um grito.

– O que você está fazendo no meu quarto?!

– Calma escandalosa. Só vim pegar o seu carregador emprestado. – Tomás respondeu levantando o carregador que havia acabado de pegar na gaveta da minha escrivaninha.

– Que horas são? – perguntei irritada. O sonho ainda estava vivo na minha mente, o que não é muito bom. Normalmente, quando acordo de um sonho fico aérea por uns dez minutos.

– Dez da manhã. Já está na hora de levantar, então nem reclama que eu te acordei. – Tomás se defendeu. Ele já ia saindo do quarto, quando o chamei.

– Tomás... Eu sou mimada e egocêntrica? – indaguei. Por sua expressão, ele ficou surpreso pela pergunta.

Senti meu rosto esquentar. Não acredito que perguntei isso.

– Às vezes... – respondeu e um pedaço daquela dor que senti no sonho veio à tona. – Mas todos somos um pouco... – falou, e saiu, fechando a porta.

Desde quando me importo com o que ele pensa de mim?

Que tormento na minha vida, esse garoto!


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Notas finais do capítulo

Pois é, ela está completamente confusa nesse cap.. sentimentos embolados, dores de cabeça e sono não são nossos amigos na hora de pensar. Mas é quando estamos assim que tomamos algumas coisas como verdade... Um exemplo é que somos muito tontos quando acordamos. E eu estou te fazendo perder tempo lendo isso, né? kkkkkkkkkkkkk
Desculpa.
Obrigada por ler!!
Beijos, e até o proximo cap ~já que os reviews ta duro kkk~



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