Rosa escrita por Mellisa


Capítulo 1
Durma


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho que rever minha criatividade para ttulos...
Boa leitura.



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“Eu não queria.

Juro.

Mas aconteceu. Eu não pude me controlar.

Não vou dizer que sinto por isso. Ele mereceu.

Todos eles merecem.

Não sei se farei isso de novo. Mas... foi bom. Eu me senti bem.

Rosas brancas ou margaridas?

As pessoas agem de formas diferentes, mas não sabia que seria capaz disso.

Talvez copos-de-leite?

Foi inusitado. Ele me pegou de surpresa, eu apenas me defendi.

Talvez de forma violenta de mais.

Apenas preto?

É uma hora inoportuna. Ninguém irá me perdoar. Prender-me-ão, se não me enterrem junto.

Mas ele mereceu.

Devo parecer triste?

Talvez eu use a mesma lâmina. Quem sabe!

Mas ela não brilha tanto. Esta suja.

Será que o lugar é longe?

Suja de vermelho.

Eu gosto da cor vermelha. É viva, mas anuncia a morte. É forte, mas quando escorre deixa as pessoas fracas.

Devo levar alguma coisa?

Eu gosto de vermelho.

Vermelho sangue.

Ainda mais fresco.

Por que as pessoas agem de forma diferente em uma situação dessas?

Ele queria me fazer mal. Todos eles querem.

Talvez essa situação possa se repetir.

...

Nós levamos exatamente duas horas para chegar até o cemitério. Pra que tudo isso? Eu poderia escrever enquanto isso, mas o carro balançava demais.

Sério. Enterrasse ele no jardim. Teria algum problema?

Minha mãe já deve ter dito umas cinco vezes para eu fechar este caderno, mas não.

Eu posso ouvir uma garota chorando. Marina. Isso me irrita.

Será a próxima.

Era namorada dele. Tadinha, ele a traia com a escola toda, literalmente. Literalmente mesmo, exceto o tio da limpeza, ele é desprezível.

“Por que ela está aqui?” posso ouvir ela daqui. Ela esta me encarando. Acho que todo mundo encararia a pessoa que odeia, quando ela vem ao enterro do seu ex-parceiro.

Quem mandou tentar abusar de mim. Agora não pode acordar.

Fico pensando o que minha família diria se descobrisse que fui eu.

Ah, Pedro, o garanhão da escola. O desejo até dos mais héteros.

Tão tolo.

Ele poderia ter tido um destino grande. Era inteligente, era habilidoso, mais tão patético.

Eu trouxe uma rosa. Negra. Eu mesma a fiz.

Não darei a ele, não... Ele não merece. Tem um assassino enterrado nesse cemitério. Eu só preciso de uma distração.

Espere, Marina está vindo pra cá. Está falando alguma coisa. Eu não quero prestar atenção.

...

Ela me bateu.

Aquela vadia me bateu.

Como ousa?

Ela ficou gritando que sabia que ele tinha ido me encontrar porque os amigos dele contaram, que eu devia saber de alguma coisa e que não acreditava que eu tinha feito isso com ela mesmo não nos dando bem.

Na frente da comunidade inteira. É linda a forma com que o Pedro era popular, não é?

Essa foi à parte que eu mais adorei.

Eu levantei lentamente do chão, limpei minha roupa e comecei a falar.

“Eu não sei se ele foi ou não, porque nem ao menos sair de casa eu sai. E se você acha que fui eu que o chamei, está muito enganada. Pode perguntar pra alunos e professores, garotas e garotos, homosexuais ou não, ele pegava todo mundo debaixo do seu nariz, até suas “melhores amigas”. Não é minha culpa que ele esteja morto, então não me acuse.”

Eu podia ver a cara dela se revirar de agonia e a das outras pessoas ficarem extremamente coradas e sem graça. Mas eu me segurei, não ri de nenhuma delas. Mas disse as palavras com um sorriso.

O hilário foi ela gritando que era mentira e sendo segurada por algumas pessoas que não me interessam.

Mas ela me bateu e vai ter volta.

Sai discretamente e fui até o tumulo mais afastado do lugar. O do assassino.

Deixei à rosa negra em cima de seu nome e fui para o carro esperar meus pais.

Quinze minutos depois eles chegaram e o caminho inteiro de volta não disseram uma palavra.

Eles sabiam que eu estava certa.

Eu não sei o que as pessoas vão fazer quando a noite cair, mas eu já tenho planos.

Marina terá um encontro com a morte. Espero que ela goste de martelos. Eles quebram ossos como ninguém.

E rosas negras.

Porque será a última coisa que ela virá.

Ela deveria trancar as janelas.”

Deve-se prestar atenção as pessoas a sua volta.

Nunca se sabe qual delas pode ser um assassino.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente achei que podia sair uma coisa melhor, mas eu tenho um amigo muito da hora, então decidi postar.
Obrigada por lerem e só lembrando que deixar comentários não mata ninguém.
Bye~~