Até o fim escrita por Isabella Cullen


Capítulo 12
A grande crise I


Notas iniciais do capítulo

Lindas obrigada pelos comentários, que bom que estão gostando!
Beijos meus amores!



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Então as coisas voltaram ao normal, Edward tinha seu estágio e Isabella o seu interminável trabalho. Ele tentou naquela semana conversar sobre Londres, uma vez até na frente de Sue para ver se alguém conseguia apoiá-lo numa conversa, mas era em vão. Isabella sempre dizia que a vaga estaria lá quando quisesse. Disponível para novos conhecimentos. Ele achava o plano dela de esperar ele se formar e depois começar a faculdade muito infantil, eles não eram mais adolescentes que achavam que tinham a vida toda pela frente, era simplesmente infantil demais ela bater o pé e dizer que iria ficar. Só que devido a essa medida Charlie aumentou o número de seguranças, agora ela tinha jardineiros demais, um mordomo e por trás daquilo tudo Alec, que os seguia de carro para onde quer que eles fossem. Era impressionante como ela nunca reclamou do aumento de seguranças na casa, na maioria das vezes ela ignorava tudo aquilo, até aceitava que Alec dirigisse quando eles iam chegar ais tarde.

– Edward, é Laurent. Preciso urgente falar com você.

Era uma mensagem de voz estranha, a voz dele estava tensa. Depois que saiu do estágio resolveu ligar do carro, no estacionamento mesmo. Alguma coisa estava errada, eles não eram de mandar mensagens de voz tão curtas.

– Oi Laurent.

– Fala sumido.

– Recebi a mensagem, mas estava no estágio. O que foi?

Ele ficou mudo, dava para ouvir sua respiração.

– Fala logo!

– É Tânia. Vai parecer fofoca dessas meninas que não tem nada para fazer, mas olha.. as meninas falaram numa conversa de banheiro, que Sam ouviu porque estava esperando a Jessica, que Tânia estava grávida.

– O quê?

– É, só que ela não sabia se ia tirar ou não... uma confusão Edward, tentei falar com você, mas sua mãe disse que estava em Londres e...

– Tânia está grávida de quem?

– Elas falaram que poderia ser seu.

– Não pode ser.

– Tem certeza?

– Não.

– Olha cara liga para ela, sei lá... se for seu ela não pode tirar assim. Ou sei lá, vocês precisam decidir isso juntos não acha?

– Onde ela está? Está em casa?

– Perguntei para a Jéssica onde ela estava e ela disse que ela estava no Havaí na casa da tia. Isso me pareceu suspeito.

Edward estava desnorteado, qual a possibilidade daquilo ser verdade? Um filho? Mas como ou quando?

– Preciso desligar. Vou resolver isso. Na casa da tia? Ual... tem certeza disso?

– Sim, a Jéssica...

– Tem certeza de que a história da gravidez é verdade?

– Não sei, só achei que você deveria saber.

Edward desligou o telefone sem se despedir. Ligou o carro e foi calculando, pensando, dirigindo sem muita atenção. Isabella... o nome dela ia ecoando a cada possibilidade. A cada rua mais próxima da casa dela tudo ia ficando mais preto, ela não iria aceitar isso, isso era demais. Ligou e cancelou o jantar. O carro de seu estava estacionado na porta de casa, ele foi entrando as pressas para o escritório dele.

– Pai.. – ele estava sem fôlego.

– Oi Edward, olha só vim aqui pegar uns documentos, é algo urgente?

– Sim.

Ele viu Edward com o rosto praticamente desfigurado.

– Feche a porta, sua irmã e sua mãe estão zanzando pela casa.

Ele obedece o pai.

– Tânia pode estar grávida.

– Como assim? É seu?

– Olha ninguém sabe.

Carlisle viu o filho transtornado com a notícia.

– Edward pensa. Pode ser seu?

– A última vez... foi sem camisinha.

– Ai Meu Deus. Quando você soube disso?

– Agora.

– Contou para Isabella?

– Não.

– Isso é muito... vai contar?

– Não sei, pensei em resolver primeiro.

– E vai dizer o que para ela? E se ela descobrir... olha essas mulheres são fogo! Elas farejam mentira de longe, e tem outra... e se for verdade como vai explicar tudo depois?

– Estou sem cabeça pai. Não queria que isso acontecesse, não agora!

–Eu sei filho, mas olha, ninguém sabe se isso é verdade ou não. Vá conversar com ela e depois veja o que fazer. Pode ser tudo um engano e estará tudo bem de manhã.

– Ela está no Havaí.

– Na casa de Giovanni? – o pai dele conhecia o marido da tia.

– Sim. – Carlisle levantou uma sobrancelha. Tinha pensado a mesma coisa, que estranho ela ter ido para lá no meio do semestre da faculdade.

– Acho melhor você resolver isso o mais rápido possível, sua mãe vai enlouquecer se isso for verdade. Ela vai querer matar a menina e depois você.

– Pai... isso não ajuda!

– Só estou pensando alto. – ele disse falou mais calmo- olha e conte para Isabella. Pela sua cara ela vai perceber assim que te vir então faça da maneira certa assim vocês terão chance de sobreviver a isso.

Foi a pior noite da vida dele, não conseguiu ver Isabella, ela ligou algumas vezes, mas nada. O telefone tocava e ele simplesmente ignorava apesar de querer atender. Ela não iria ficar com ele depois disso, ela tinha muito escrúpulos para suportar uma decisão de abortar caso Tânia insistisse nisso, e era exatamente isso que ela iria fazer se já não tivesse feito. Isso também não o agradava, ela tirar um filho seu. Na vida tudo poderia ser ajeitado, o tempo daria rumo às coisas, Tânia não poderia ter sido tão insensível assim. Ele tentou ligar para o celular dela, mas estava desligado. Não tinha o número da casa da tia e quando conseguiu com a ajuda de seu pai foi tarde demais. Já estavam todos dormindo. Só pela manhã.

Foi as exatas duas da manhã que ele não aguentou e saiu de carro para casa de Isabella, poderia ir a pé, mas queria ir rápido. Os falsos jardineiros atenderam e apesar dele insistir em passar ele precisou ligar para Isabella para eles deixarem ele passar.

– Edward o que foi? – ela estava linda de camisola e descalça na sala um pouco escura.

Falar tudo de uma vez poderia ser melhor.

– Tânia pode estar grávida.

Ela estava em pé e procurou um lugar para sentar. Ficou em silencio por uns minutos, sua cabeça girando. Edward deixou ela pensar, a desesperança tomando conta de todo sentimento de seu coração. Ela não iria aceitar aquilo.

– Você tem certeza?

– Não. Só pode ser uma possibilidade.

–Ela que te falou?

– Não, uma amigo meu ligou. Ele soube...

– Então você não falou com ela.

– Não. Tentei ligar, mas não consegui.

– Edward você precisa resolver isso. Ela pode tirar a criança achando que você não quer e isso seria um pesadelo.

– Eu sei...

– Vá na casa dela amanhã pela manhã bem cedo.

– Ela está no Havaí com uns tios.

– Então vamos para lá. Espere que vou resolver isso.

Ela se levanta e vai para outro cômodo. Demora uns minutos e volta com Alec, é claro que ele estava acordado.

– Vou preparar um helicóptero. Vocês vão pela manhã, no primeiro horário. – ele disse firme.

– Tudo bem, olha, tem algum lugar...- Bella falava rápido demais, mas Alec a interrompeu.

– Tem um hotel que posso arranjar para vocês, ele é mais seguro.

A palavra de novo, depois dessa turbulência ele iria falar com Isabella sobre a segurança dela.

– Olha... vai ser muito incomodo, eu vou sozinho Isabella.

– Vamos juntos. Alec prepare tudo, o que você achar melhor, não vamos ficar muito tempo. No máximo dois dias se confirmado alguma coisa.

– Tudo bem, é baixa temporada, não vai ser difícil providenciar nada.

Ele saiu e Isabella e Edward ficam sozinhos na sala.

– Acho que você precisa dormir, não podemos fazer mais nada hoje.

– É.. também acho. Olha...

– Edward, estamos juntos. Isso foi antes, mas o importante é Tânia agora. Não vou dizer que estou ótima sabendo disso, só que não podemos pensar em nós, tem uma criança nisso tudo. E Tânia pode fazer ou ter feito uma besteira e precisa de você, vocês fizeram isso então agora precisam concertar, da forma que for possível.

Ele a abraça e forte, era o medo de perdê-la, era o medo de Tânia ter feito uma besteira, era o medo de ser pai. Queria que aquilo tudo desaparecesse naquele abraço, mas só diminuiu.

– Dorme aqui hoje, já vamos sair de qualquer jeito.

E ali, no meio da tragédia, ela apertou a sua mão e o levou para o quarto. Deitaram juntos e apesar do sono não estar ali, ele veio com calma enquanto se acariciavam, acalmando, consolando, pensando.

Um empregado veio trazer as roupas de Edward numa pequena mala, sua mãe tinha arrumado tudo assim que recebeu a mensagem dele dizendo que iria para o Havaí com Isabella, para ela preparar uma pequena mala com poucas roupas. Chegaram lá rápido e Isabella foi se acomodar no hotel. Era encantador o lugar, tinham pedras rústicas, uma fonte de água no meio do salão, estava vazio, só com alguns turistas estrangeiros. Agradável o clima, ela pensou enquanto desfazia as malas com calma, Edward estava ansiosa demais para aproveitar a vista do quarto, dava para uma praia. Ela achou que poderia aproveitar um pouco quando isso terminasse. Flores, lindas flores num jardim, tudo muito bem cuidado. Tomaram café da manhã lá, ela não conseguia pensar em mais anda além de aproveitar o lugar. Tudo seria perfeito se não fosse por essa notícia, o clima, o lugar, a paisagem, o quarto com o clima mais romântico que ela já viu apesar de ser simples. Uma televisão enorme, cama grande, banheiro com banheira e duas pias, bem espaçoso e claro, quase não se usava lâmpadas, a luz natural estava em todos os lugares, iluminando cada espaço da pousada.

Edward comeu rápido e foi direto para a casa de Tânia, ela o levou de carro até lá, Alec tinha providenciado um carro de aluguel e um gps também. Fez questão de escolher o modelo, ela sabia bem o motivo, mas tinha decidido ignorar. Edward não estava prestando mais atenção em nada. Quando chegaram na casa ele saiu e não olhou para trás para falar com Isabella. Apesar de surpresa ela desligou o carro e esperou.


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Notas finais do capítulo

As consequências da antiga vida dele continuam não é mesmo? Temos que enfrentá-las, não se pode fugir!



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