Até o fim escrita por Isabella Cullen


Capítulo 10
Eu espero


Notas iniciais do capítulo

Bom minhas lindas os comentários me animaram sabia e recebi uma recomendação da minha linda leitora! Obrigada meu amor e esse Edward está mesmo crescendo não? Talvez hoje ele demonstre mais isso!



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Quando chegou em casa sua mãe estava sentada no sofá com seu pai tomando vinho, eles estavam como dois namorados, era uma cena linda.

– Filho! Chegou cedo.

– Isabella precisa descansar.

– Que bom.

– Mãe, onde está meu passaporte?

– Está no escritório. Vai precisar dele?

– Vou aproveitar que estão juntos e vou pedir. Isabella vai para Londres e me chamou.

Esme não disfarçou a surpresa, Carlisle sorriu abertamente e essa reação deixou Edward sem saber o que iria acontecer.

– Bom... ela vai quando?- Esme não conseguia pensar direito.

– Acho que semana que vem, uma amiga dela vai operar e ela vai ficar uns dias com ela.

– Vá sim! Olha, vamos conversar mais amanhã. – Carlisle disse animado.

– Vou lá então, boa noite.

Depois que Esme teve certeza que Edward já foi ela não esconde nada.

– Meu Deus você acha isso certo Carlisle? E a faculdade?

– Eu acho isso muito bom para eles, ele já está com idade para isso e outra você não quer que ele volte a andar com aqueles desocupados.

– Claro que não, mas ele...

– Ela vai visitar uma amiga doente, o que eles poderiam fazer de tão ruim nesse meio tempo?

– Muita coisa e isso me preocupa.

– Preocupação de mãe, vamos continuar onde paramos pelo amor de Deus!

Edward estava tendo uma semana de provas muito movimentada, quase não estava tendo tempo para Isabella e ela por vez queria deixar tudo ajeitado para sua viagem. Eles corriam com a documentação e detalhes, quase dias antes da viagem ele ainda não tinha pensado nas malas, só lembrava que Isabella tinha tido que estava frio, frio demais. Entrou no quarto cansado demais, mas não conseguiu se jogar na cama como o de costume. Tinham bolsas e bolsas em cima dela. Cansado demais ele pensou que era uma ilusão, foi chegando mais perto devagar e viu o nome das lojas. Todas masculinas, ninguém errou o quarto. Esme entra no quarto uns segundo depois falando no telefone muito animada, ela percebe a cara dele e vai se despedindo rapidamente.

– Mãe...

– Você está sem tempo para isso então eu fiz umas compras.

– Umas? Mãe, a loja ficou vazia! Olha tem limite de peso a mala. – ele disse rindo e ela sorriu para o filho satisfeita.

– Escolhe o que você vai querer.

– O que tem aqui?

– Tudo! Em quantidade suficiente para uma semana.

– Vamos ficar quatro dias.

–Bom... planos mudam! – ela disse isso com um sorriso malicioso.

– Depois eu vejo isso, preciso descansar, amanhã eu tenho estágio. Muito cedo.

– Não vai comer nada?

– Comi algo no caminho.

– Espero que se divirta pelo menos. E seu pai já acertou tudo, aqui nessa bolsa tem o cartão de crédito internacional, ali tem os dólares e na outra...

– Mãe, muito obrigado, mas preciso descansar.

– Tudo bem.

Tudo passou muito rápido e sem ao menos perceber estava no aeroporto com Isabella, o vôo estava um pouco atrasado. Ainda teriam que ficar mais uns minutos esperando para o embarque. Ela estava linda como sempre, muito feliz e animada. A operação de Claire foi adiantada e Jacob estava lá com ela, quando chegassem ela estaria em casa e não precisariam enfrentar uma rotina de hospital e isso o deixava um pouco aliviado. Ela e Jacob tinham feitos esquemas de revezamento que ele não entendia muito bem, o vôo foi muito tranquilo, ela ficou um pouco cansada, mas ele precisava estar lá para ajudar em alguma coisa, não poderia demonstrar o que sentia também. Foi bom tê-la dormindo nos seus ombros no avião, ele mexeu nos cabelos e os cheirou por um tempo. O perfume era tão agradável. Ficou imaginando os dois casados, lua de mel, filhos... a ideia soava tão bem. Isabella era a mulher certa para isso tudo. Ele se perguntou se na idade deles era comum encontrar a cara metade ou se ainda poderia ser um mero caso de paixão... só que o sentimento era muito forte e sólido, algo que poderia durar a vida inteira.

Eles foram direto para a casa de Isabella, o mais estranho era que eles nunca tinham passado tanto tempo juntos e parecia tão natural e comum, surpreendia a naturalidade como tudo acontecia. Ele carregou as malas para dentro da casa, precisou fazer duas viagens para isso. Quando voltou pela segunda vez que pode ver bem , era enorme. A madeira escura e brilhante do piso davam um destaque nas paredes brancas, no final do corredor da entrada tinha uma mesa com uma vaso lindo de flores, era dia, mas a sensação era que deveria ser noite. O pouco sol que entrava pela janela atrás das flores dava sensação de algo estar errado, ele viu a bolsa de Isabella em cima da mesa e foi com algumas malas para mais perto procurar um quarto para colocá-las. Ficou confuso quando viu que de um lado havia uma sala enorme e do outro lado uma sala de jantar muito bonita. A mesa grande e mais flores, Isabella deve ter pedido para alguém ajeitar tudo. Se sentiu nesses filmes de carruagem, inicio do século ou algo assim. A casa toda lembrava uma Inglaterra antiga. Voltou seu olhar para sala, dessa vez observando com mais calma viu duas portas brancas cada uma de um lado da sala, a mais longe ficava perto de uma lareira grande. Isabella apareceu sorrindo e chamando da por essa porta.

– Venha, os quartos ficam aqui atrás.

A porta dava para outro corredor com portas. Ele contou três portas, mas não sabia bem.

– Coloca as suas coisas nesse aqui, eu estou no quarto do lado.

O quarto dele era bem grande e tinha um banheiro, ficou imaginando o que ainda veria. Colocou as malas na grande cama e foi pegar as malas dela, o quarto parecia ser dela mesmo. Tinha uma parede rosa forte. Os móveis davam a impressão de serem dela numa idade um pouco mais nova, talvez com 15. Tinham um mural de fotos muito grande, ela estava diferentes em cada uma delas, os lugares também eram bem diferentes. Ele se aproximou para olhar enquanto ela foi abrir a mala rapidamente e começava a ajeitar as coisas, percebeu enquanto ela se movimentava uma bicicleta perto da janela. Ele riu para si mesmo imaginando Isabella andando nela. Voltou-se para as fotos de novo, reconheceu alguns lugares como a índia e sorriu vendo ela vestida como uma verdadeira indiana, ela devia levar mesmo a sério essas experiências.

– Amor, olha vou tomar uma banho, já volto.

– Tudo bem, vou tomar um banho também. O que você vai fazer depois?

– Bom... a Claire só vai precisar de mim amanhã. Hoje Jacob vai ficar com ela, ele me mandou uma mensagem.

Depois de um bom banho os dois só conseguiram dormir no sofá de cansados. Edward acordou com Isabella deitada no seu colo, eles tinham dormido sentado num sofá na sala. Carregou ela delicadamente para o quarto e a deixou na cama, ainda dormindo, sem nem notar a mudança. Antes de ir ele observou suas feições, mais tranquilas e leves. Precisou de uns minutos para se soltar dessa imagem, ele estava grudado no chão com aquela visão a sua frente. Quando acordou já era dia novamente, mandou uma mensagem para sua mãe, um pouco mais curta do que ela gostaria, mas queria ver Isabella. Tomou outro banho, escovou os dentes, pôs uma roupa mais quente. Parecia estar mais frio. Andou um pouco mais familiarizado com a casa. Quando chegou naquela sala de jantar, viu a mesa toda arrumada e antes de poder falar algo reconheceu Jacob com outra pessoa do lado. Uma jovem, devia ter a idade de Isabella, morena, cabelos castanhos escuros e enrolados.

– Bom dia! – disse Jacob animado.

– Bom dia. – disse ele timidamente.

– Oi! – Seu olhar percorreu a sala procurando alguma indicação de Isabella.

– Ela está com Claire. Saiu bem cedo. – disse Jacob. – Meu nome é Jacob e essa é Bree.

– Edward, prazer.

– Vamos nos divertir hoje. Venha, tome seu café porque já estamos atrasados. Isabella pediu para não deixarmos você aqui trancado nesse porão da Jane Austen.

Edward precisou concordar que parecia mesmo e sorriu sentando para tomar o café com eles.Eles percorreram muitos lugares mesmo, em um certo ponto ele tinha se acostumado com Jacob e seu jeito. Ele percebeu que o jeito extravagante dele se limita aos lugares reservados, em público era um perfeito cavalheiro, simpático e muito elegante. Percebeu que eles não beberam também, Bree bebia café ou refrigerante, já Jacob umas bebidas esquisitas que ele não sabia direito do que eram feitas, mas não estavam no cardápio das que continham álcool. Ele teve a impressão de que Isabella poderia ter arranjado isso e sorriu em pensar que ela providenciou aquilo para ele, as distrações, os passeios, cada passo deles. Ela era assim mesmo. Eles deixaram Edward em casa ainda de tarde, ele estava cansado demais, ouviu uma conversa sobre mais museus e um trem que os levaria para outra cidade. Ficou cansado só de imaginar! Sentou-se na cama de seu quarto por uns minutos, pensando em como queria Isabella e a saudade batendo forte no peito. Tomou um banho lento e quente, saiu de roupão com os cabelos molhados e pensando em ligar para Isabella. Só que ela estava ali deitada na cama dele, olhos fechados e um ar leve, sereno. Aproximou-se sem fazer barulho, mas quando chegou perto ela abriu os olhos e sorriu. O sorriso mais lindo do mundo, um alívio de tê-la ali dominou seus sentidos por completo.

– Pensei que não sairia do banheiro nunca. - ela estava cansada, sua voz era quase um sussurro.

– Não sabia que estava aqui.

– Cheguei...

Ela não conseguiu terminar a frase, o sono a levou para outro mundo. Ele trocou de roupa e deitou do lado dela, ajeitando-a melhor na cama e a colocando mais perto dele. Foi uma noite incrível, ele se pegou acordando para ela e admirando sua beleza. Parecia um bobo apaixonado, pensou algumas vezes.

– Bom dia.

Uma voz suave nos seus ouvidos o fez questionar a realidade. Ela esta olhando para ele ainda deitada na cama.

– Bom dia.

– Pensei em passarmos o dia juntos o que acha?

Nada podia ser melhor que aquilo!

– E Claire?

– Bom, acho que por hoje ela pode sobreviver e Jacob vai ficar lá com os pais dela e a equipe de médicos e enfermeiros que contrataram. É tanta gente que a casa fica cheia 24h!

– Ela está melhor?

– Todos dizem que a recuperação é lenta, mas acho que ela este melhor sim.

– Qual a programação de hoje? Tenho certeza que já pensou em alguma coisa.

Ela parecia ter sido pega em flagrante, ele sabia que foi armação Jacob e Bree. Sorriu amigavelmente.

– Se divertiu com eles?

– Muito. Mas senti sua falta.

– Eu também.

Ela o beijou intensamente colocando seus braços ao redor dele e deixando-se levar pelos desejos pela primeira vez na vida. Edward ainda não sabia qual era o limite, mas a deixou ditar as regras, a deixou levá-lo. Foram muitos beijos e mãos antes dela se afastar. Tinham ido longe hoje, ele achou que a cama ajudou um pouco.

– Acho que nunca conversamos sobre isso antes não é? – Isabella perguntou timidamente.

– Não... mas olha... tudo bem para mim.

– Como assim?

– As coisas como estão. Eu gosto.

– Então você não sente falta? Virou puritano?

Edward gargalhou com a expressão dela de pânico.

– Não, só que... é diferente. Eu te espero.

Isabella sentiu seu coração subitamente disparar e ficou vermelha demais para disfarçar a vergonha, misturada com uma sensação de insegurança incrível.

– O que foi? Você está bem? Isabella...

– Olha... eu tenho medo de um dia você se cansar, de eu não querer, de não... – ela falava rápido demais e por uns instantes falou em inglês e depois em francês e ele realmente não conseguia acompanhar mais nada. Ele a beijou e ela depois de uns segundos se deixou levar pelo beijo, era um beijo calmo, tranquilo, seus lábios se tocavam sem intensidade somente apreciando, somente sendo calmantes. E o coração voltou a bater num ritmo mais calmo e a ansiedade se foi.

– Eu te espero. – Edward estava olhando profundamente nos olhos dela, uma verdade absoluta em cada palavra. Algo naquela era mais profundo, mais confiável do que nunca. Ela sorriu e depois voltou a beijá-lo. Sem pressa, sem pressão ou tensão. Somente se conhecendo.


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