Capítulo Um - Let's make a B team

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S.H.I.E.L.D

"It's gonna take more than a hand to turn this thing around"

— As coisas estão piorando, Fury Maria Hill entrou subitamente na sala, trazendo consigo uma pasta denominada "TXX - 009". — A situação está tornando-se crítica, precisamos contactar os integrantes da Iniciativa Vingadores.

Fury continuou virado de costas, observando as nuvens através da janela.

— Senhor, talvez possamos...

— Não desta vez, Agente Hill — disse, finalmente virando-se para ela. — Eles são poderosos, sim, embora não tenham nenhum espírito de equipe. Precisam de mais treinamento.

— Treinamento? — perguntou surpresa. — Mas são os vingadores.

— Vê?! — disse, cansado. — Pensamentos como esse fazem tudo piorar. Veja bem, Tony Stark é egocêntrico, enquanto o Capitão é altruísta. Ambos nutrem certa rivalidade pelas diversidades em suas personalidades. Como poderiam trabalhar bem em grupo? — replicou, indo até o computador. Seus dedos procuravam com agilidade algumas informações há muito perdidas.

Maria franziu o lábio, assentindo prontamente.

— Com licença, senhor, aqui está o arquivo. Alguns dos programadores pediram para que o entregasse diretamente em suas mãos.

— Por favor, deixe-o ai — falou, ainda compenetrado na tela tridimensional. —Hill, faça-me um favor, imediatamente.

— Claro.

— Tente encontrar mais informações á respeito da invasão alien ocorrida no interior de Wisconsin. — A mulher maneou a cabeça em um sim. — Pode ir agora.

Sozinho e cansado, Fury sentou-se, deixando a tecnologia avançada do computador trabalhar por si só. Apoiou o rosto nas mãos, fechando os olhos, pesaroso. Eram tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo; invasões, guerras internas, jogos de poder, crises e afins. Normalmente situações atípicas aconteciam todos os dias dentro da base aérea — e fixa — da S.H.I.E.L.D, mas após tantas confusões causadas por Loki o governo passara a desacreditar no potencial dos Vingadores.

Apenas notam as falhas, nunca os acertos, Nick pensou.

Há duas semanas atrás os mais importantes representantes governamentais haviam reunido-se na Europa, afim de debater a permanecia da S.H.I.E.L.D. a agência estava por um fio, e todos sabiam o que viria a seguir: A queda.

"Precisa dar um jeito nisso, Fury" lhe dissera o presidente da OTAN. "Investimos muito na segurança mundial para não recebermos retorno."

"Compreendo" fora tudo que ele dissera, indiferente.

"Os Vingadores foram uteis, mas o uso de demasiado poder não acabou tão bem" Hillary Clinton interveio. "Nós, da ONU, repensamos sobre Hulk integrar o time. Ele destruiu metade de New York, deve ser substituído."

"Ela está certa." Alguém concordara ao fundo da sala de reuniões.

"Plenamente correta. Tire Hulk e o Deus asgardiano da Iniciativa!"

"Sim. Humanos e Deuses, interagindo? Onde isto vai parar?!"

"Compreendo" Fury repetiu, balançando a cabeça em concordância. "Sei exatamente o que fazer," disse ficando de pé. Sentia-se extasiado no meio de tantos representantes mudiais que trajavam Gucci e camisas engomadas. "Acionarei o plano B. Se me dão licença, senhores e senhoras, tenho heróis para contactar" e disse, deixando o local.

Dois toques na porta o fizeram fitar o lugar remetente ao som. A Agente 13, Sharon Carter, adentrou o recinto, envergonhada.

— Senhor — cumprimentou, acanhada. — As invasões tornaram-se recorrentes. Não foi apenas uma. Skrulls e Kress dominaram Minessota, Iowa, Wisconsin e Ohaio.

— Mandei Hill investigar o ataque de Wisconsin — lembrou-se.

— Ela já está aqui.

— Chame-a — ordenou. — Mas antes, Carter, como as pessoas das áreas atacadas reagiram ao descobrir quem são os invasores?

— Entraram em pânico, como se deve ser — respondeu rapidamente. — Não é fácil ter duas espécies diferentes lutando contra a humanidade. Eles aniquilaram metade da população de Ohaio.

— Eles?

— Sim, senhor, Skrulls e Kress se uniram. Ambos contra nós.

— Duas espécies, antes inimigas, extraterrestre, desejam dominar a Terra?— Furry inquiriu, recebendo um aceno de Sharon. Não teremos tempo.

— Não sem ajuda — ela replicou. — Com licença, senhor — e disse, saindo velozmente do cômodo.

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Já haviam passado-se horas desde que Fury e Hill trancaram-se na sala dele, em total sigilo, discutindo as diversas alternativas para saciar os representantes por trás da S.H.I.E.L.D. Se eles (os superiores) queriam heróis para combater agências como IMA e H.I.D.R.A então os teriam, mesmo que não fossem dos mais confiáveis.

— Casos como o de invasão alien, de deuses, ou de seres vindos do futuro, são raros. Acontecem de anos em anos explicou.

— Ainda não entendo...

— A solução é simples: juntar uma nova equipe — ele disse. — Nossa nação está em caos constante, e a Casa Branca não pára de cobrar melhores estatísticas na luta contra o crime.

— Mas, Coronel, como colocaremos a Feiticeira Escarlate ou Homem-Formiga lutando contra mercenários?! Ou contra vilões, hum, por assim dizer, insignificantes? Isso é trabalho do departamento de policia não da S.H.I.E.L.D.

— Touché — Fury sorriu torto. — O ponto é esse, — Hill franziu o cenho, receosa. — Arquivo 009, leia os nomes que nele contém, por obséquio.

Maria deslocou-se até à mesa, pegando a pasta e virando-se defronte para com Fury.

— Daniel Rand, o Punho de Ferro — leu em voz alta. — Herdeiro das empresas RAND. Ficou orfão aos 9 anos de idade, passando a residir Kun Lun. Mestre em artes marciais, possui extenso conhecimento do corpo humano, além de socos com KI concentrado no punho. Ah, Rand integra a equipe Heróis de Aluguel.

— Prossiga — o outro disse, com as mãos perante a boca, pensativo.

— Jennifer Walters, humana geneticamente alterada. Ela não é prima do Dr. Banner? — ergueu a foto de uma mulher atraente, trajando terninho bege, com cabelos escuros brilhantes. Nick fez que sim com a cabeça. — Possui super força. E diferente de seu primo Bruce, consegue manter sua personalidade e intelecto. Mulher-Hulk. Isso é uma boa ideia, senhor?

— Jennifer é confiável, além de menos letal que o verdadeiro Hulk — disse convicto. — Suponho que Remy LeBeau também está no arquivo.

— Gambit, o X-men — ela nem mesmo precisou ler a ficha. — Explosivos, charme e agilidade. De fato, um ótimo mutante, se não fosse pelo fraco de viver na criminalidade.

O homem exibiu um sorriso satisfeito.

— E por fim...?

— Elsie Harris, também conhecida como Reck. Faz faculdade na Universidade Colúmbia — ciências políticas — 20 anos, é filha de professores; ela tem conhecimento avançado em armas de fogo e diversos estilos de luta. Sem recursos mágicos ou poderes sobre-humanos. — Hill arqueou a sobrancelha para o que lia. — É caçada pela policia local — encarou o superior.

— Reck me lembra bastante o Gavião Arqueiro, antes de passar para o nosso lado — fez um gesto displicente. — A menina é uma vigilante, treinada pelo Justiceiro. Integrou Thunderbolts temporariamente e trabalhou com o Homem-Aranha. Meio problemática, mas podemos molda-la ao nosso jeito.

— Essa equipe precisará de um líder, — Maria comentou. — Um líder liberal e disposto a limpar as ruas da cidade. Alguém que se contente em não ficar exposto.

— Última folha, apenas um nome, sem dados ou foto.

— Anthony Stark? — entreabriu os lábios, chocada, fechando a pasta. — Ele nunca topará trabalhar ao lado de iniciantes.

— Tony é nossa única saída o homem — rebateu, suspirando.

— Podemos encontrar outro. O senhor sabe como Stark é tão cheio de si. Não vai concordar em eliminar a ralé do crime.

— Veremos. Deixe isso com a Agente Romanoff e seu poder de persuasão.

— Então seu plano é; fazer esses "heróis" substitutos combaterem o mal habitual enquanto os Vingadores mantém a calma da população em batalhas realmente anormais? — repassou, duvidosa.

— Exato. Não posso exigir demais deles. Sobrecarrega-los está fora de cogitação. Por isso acionar o projeto XX-009 é nossa melhor escapatória.

— E o que eles vão ser? Um grupo de heróis não tão heroicos?

— Não, Hill — ele sorriu, verdadeiramente aliviado. — Heróis de verdade, com defeitos e virtudes.