O Bad Boy E Eu escrita por Jenny
Notas iniciais do capítulo
Saudades da minha pessoa? Aposto que sim! Não vou dar desculpas esfarrapadas, eu só parei de escrever o Bad Boy E Eu por causa que estou em outro projeto que irei postar aqui " Irmãs — O quanto um amor fraterno pode proteger? " e Acho que irão gostar.Capítulo meio pequeno porque eu tive que dividi-lo em duas partes para dar um suspense. ENTAO COMENTEM ESSA BAGAÇA SENAO MATO VCS!!!!/
Jenny
Era uma tarde chuvosa de inverno, normal até para quem estava acostumado com o típico clima dessa estação nos Estados Unidos. Nova York; nunca havia pensado que colocaria meus pés nessa porra de cidade novamente. Me xinguei mentalmente por não ter levado o caralho do carregador extra do celular. Sou uma mongolóide mesmo.
– Caceta! — Reclamei furiosa enquanto esperava Alex ter inteligência suficiente para retirar o seu salto que ficou preso no cimento. — Uma coisa é ter inteligência e puta que te pariu, Alex, definitivamente você não tem.
Alex finalmente tomou consciência e fez exatamente o que eu havia dito.
– Vai te fuder, Cat. — Mostrou o dedo do meio para mim. — Bryanna é tão jegue que disse ao taxista que iríamos a Dallas Street. Tipo: hello! Estamos em Nova York!
– EU ME CONFUNDI, OKAY?! — Bryanna exclamou revoltada.
– Alex, amiga querida. — Sorri falsamente. — Acho que o bebê não quer sentir a mãe com raiva, não é?
Bryanna olhou para todos os lados, como se tivesse com vontade de falar algo muito idiota. O bastante para eu xinga-la de todas as porras loucas possíveis.
– Fala logo a merda, Bryanna. — Suspirei massageando minhas têmporas.
– Se vimos para cá, para fazer vingança... — Ponderou por alguns instantes. — Por que estamos indo para a casa do seu pai?
Exatamente, caros espectadores. Após a grande revelação de Alex, decidi que pararia de agir como um peão e começaria a ser eu mesma. E é claro que eu mesma faria uma vinganca. Uma que machuque para caralho James e Black. E como estamos no natal, obviamente Elen irá querer que todos se reúnam numa ceia cheia de comida e pompa que pode alimentar um exército. Bryanna sempre foi uma vagabunda mesmo, então o chefe da mesma mal olhou em sua cara quando ela disse que iria me acompanhar até aqui. Alex nunca quis trabalhar e Gabe acreditem ou não, com a gravidez a proibiu de andar até, nem sei como deixou que ela nos acompanhasse nessa vingança.
– A única coisa é: onde era a minha casa mesmo? — Falei manso com medo das sociopatas que estavam do meu lado.
– Oi?! — Indagaram juntas num tom retórico.
– Amigas queridas do meu coração, sei qe me amam intensamente. — Comecei a divagar.
– CALA A BOCA, CAT!! — Ordenaram as duas com olhares assassinos.
– Acho que ficava no Brooklyn. — Dei de ombros, porém sabia que era um nome que começava com B.
– Bronxs!? — Perguntaram sem entender o que havia dito anteriormente.
– São surdas? — Suspirei dramaticamente. — Brooklyn!
– Sério que morava lá? — Questionou Bryanna desconfiada.
Dei de ombros e tentei ir para o meio da rua, tentando pegar um táxi. Imagine um jogo assim: o player 1, no caso eu, corria de um lado para outro desviando de blocos — carros —, e tentando chegar no player 2 — táxis.
– Desista. — Alex desencorajou sem tirar os olhos das suas unhas pintadas de preto.
– Nunca. — Cuspi na calçada coberta de neve e fui novamente recomeçar o jogo.
Até que do nada, um mendigo com roupas de frio gastas e furadas aparece com um cigarro na boca, e produtos pendurados em seu pescoço.
– Pano de prato, feito a mão por cinqüenta centavos! — Ofereceu a mim, completamente chapado. — Quer um pano de prato?
– Dá licença? — Forcei um sorriso educado. — Estou tentando pegar um táxi.
– E eu a vender meu pano de prato. — Olhou feio para mim. — Falar nele, quer comprar não?
Balanço a cabeça num gesto como se gritasse um "NÃO"!
– O pano é de qualidade.... — Começou. — Os desenhos são de flores... Vai combinar com a sua cozinha!
– Não cozinho, obrigada. — Desviei da compra.
Colocou o indicador e o polegar na boca e assoprou provocando um assobio.
– Táxi? — O mendigo chamou um e imediatamente um parou.
Antes de ir embora me lançou um olhar cínico e me mandou um beijo estralado por cima do ombro esquerdo. Contei até mil para não ir até lá e esfaquia-lo até morte.
– Não tenha pensamentos homicidas. — Implorou Bryanna.
*******
Antes que eu percebesse uma criança qualquer me avistou e franziu a testa.
–Mãaae! — Puxou a saia da sua responsável. — Ela me dá medo!
A moça mal tirou os olhos na vitrine da loja da Louis Vuitton; coitada, iludida.
– Por que ela dá medo a você? — Perguntou ela a criança.
–Ela é muito pequena! — Confessou baixinho.
Nesse instante, tanto Alex quanto Bryanna caíram na gargalhada e apontaram para mim tentando retomar o fôlego.
– Vão pra puta que pariu! — Mandei dedo para elas, e as pessoas me olhavam como se eu estivesse com problemas mentais.— Se fossem com vocês esse caralho, não estariam rindo como urubus.
– Rindo como urubus. — Repetiu Alex pensativa. — Gostei, só quero saber como um urubu ri.
– Desse jeito: Uhuhuhuhuhuhu. — Imitou Bryanna e agora realmente a mãe da garotinha que implicou comigo nos olhou como se fôssemos possíveis psicopatas.
– Bryanna, como consegue respirar sendo tão burra do jeito que é? — Perguntei retóricamente.
– Cat, e ainda me chama de burra! — Suspirou como de me responder fosse algo cansativo. — Respiro com o nariz, é clado.
Um minuto de silêncio foi o necessário para eu dar uma bofetada na cabeça dela, e Alex estrelar a língua como um gesto superior.
– Faça como eu, Cat. — Alex segurou no meu ombro. — Só apague isso da sua mente e viva feliz.
**********
– Ba-ba-lu; babalu é Califórnia e Califórnia é babalu. — Cantarolava Bryanna saltitando pela uma das avenidas mais movimentadas da cidade.
Como a mongolóide não viu um carro passando, o mesmo passou aumentando a velocidade e gritando um " SAI DA FRENTE, CACETE!".
– A gente deve comprar uma coleira para colocar no pescoço dela, e ver se ela fica quieta? — Perguntei murmurando a Alex, e apontando para um PetShop que ficava do outro lado da rua.
Considerou por alguns instantes enquanto observavamos Bryanna ser quase atropelada milhões de vezes.
– É que isso soou um pouco pervertido demais pro meu gosto. — Despejou. — Acho que só um aparelho de choque já basta.
Desviamos o olhar um momento dela e quando vemos novamente, a mesma está conversando com o mesmo mendigo que roubou nosso táxi.
– Não faça amizade com o inimigo. — Avisei a levando para longe.
– TCHAU, CARLISON CARLISEI! — Foram as últimas palavras de Bryanna para o mendigo.
********
– Aperta a campainha. — Empurrei com o meu quadril o corpo de Alex para frente.
– Por que eu? — Puxou meu braço. — A casa é tua.
– Saíam para lá, suas bruacas. — Bryanna apertou a campainha. — É assim que se faz.
Quando a porta abriu, apareceu um Nick bem mais velho com roupa de papai noel e com uma tiara de rena na cabeça. Sua expressão risonha sumiu quando nos viu.
– Cat e... — Engoliu em seco antes de terminar. — Alex.
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JENNY!