O Diário Secreto de Anna Mei escrita por Fane


Capítulo 9
Escola, Doce Escola...


Notas iniciais do capítulo

Olá, my marshmallows!!!! Beijo da tia!!
Sim, como vocês devem ter percebido eu sou muito cara de pau... Mesmo depois de um mês e poucos dias sem postar nada, eu chego querendo ser abraçada... (Se forem jogar algum tijolo, primeiro ouçam/leiam o que eu tenho a dizer - no caso, escrever).
Só leiam se se importarem... Se não, pulem pra história...

Bom, vou explicar minha demora... tô doente, tossindo e escarrando e ainda tenho uma penca de exames pra fazer... Me desejem sorte, depois dos exames vou dizer qual meu tipo sanguíneo pra vcs... Não sei se isso interessa alguém... Se interessar, é meio sinistro.

Bom, vou parar de tagarelar...



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Domingo/2 de Fevereiro

Estou morrendo... que dor é essa...?

Vou morrer com isso... Alguém... Ah, D. Mãe chegou em casa...

– Mãe, tô morrendo – falo, ou melhor, gemo de cima do sofá.

– Ah, é? – quê? Ela vê sua filha a beira da morte e diz “Ah, é?”

– Tem uma velhinha de salto alto dançando break em cima de mim...

– Quê?

– Tô com dores!

– Onde? – apontei para o lugar – Cólica? Ah, isso é normal. É só tomar um remedinho que passa.

Ah, então essa dor maldita é cólica... pensei que era apendicite ou problema no rim.

– Ah, aqui o remédio, tome logo, de um gole só – ela me deu um copinho de plástico verde com um líquido fedido dentro.

– Que é isso?

– Paracetamol.

Demônio líquido?

Parece urina de macaco (hashtag todos somos macacos?)

Mas eu bebi, porque minha mãe não estava com o humor muito bom...

Espero que eu não precise faltar logo no primeiro dia de aula... espera... eu escrevi isso mesmo?

Segunda/3 de Fevereiro

Que belo dia!

O Primeiro dia de aula... Que felicidade! (sem mais delongas, jovens, sintam o sarcasmo bater em suas portas).

Depois do breu que é meu sonho, sou acordada por um maldito despertador... Ah, nem preciso ver e já sei como é... Tem o formato de casinha – minúscula – com uma chaminé que faz um barulho irritante que eu...

Ah, não existe mais... Adeus despertador de casinha! Acho que vou ter de usar o despertador do celular agora que espatifei o de casinha na parede. Levanto devagar... ai minhas costas, me sinto uma velhinha... Vou ao banheiro, e ponho todos os líquidos que estavam dentro da minha bexiga em um vaso de porcelana cinza, levanto e escovo os dentes, sem vontade nenhuma, tomo um banho gelado.

Tremendo, vou para o quarto – tá chato eu escrever dessas coisinhas passo à passo – onde está o despertador? Ah, eu quebrei, que horas são – pego o celular – seis e meia... Mas por que diabos eu me acordei tão cedo se as aulas começam às oito?

Visto a saia azul do uniforme e a camisa – branca e azul – procuro umas botas de cano baixo pretas e calço-as.

Depois, a parte mais difícil, arrumar minha juba... Pego uma escova e o secador, quase posso ouvir aquelas músicas que tocam nos ringues de MMA... Dou uma penteada, uma escovada, uso o secador antes que entre em curto e fim! Ou não, meu cabelo continua uma juba, não tem remédio a não ser fazer duas tranças. Até que ficou bonitinho.

Desço as escadas e, como uma franja esvoaçante está longa, cobrindo meus olhos e me fazendo cega, esbarro nas costas de alguém.

– Huya! Ninja!

– Credo, o que você tem? – Lukas está lá, bom ele parece meio idiota, como sempre.

– Nada, e você tá grávido?

– Que pergunta é essa? – minha mãe logo reclama.

– É essa barriga dele! Tá engordando hein, filho, daqui a pouco fica igual o Seu Chico Pão! – sabe, o dono da padaria que eu falei alguns capítulos atrás...

– Não, pare de brincar! – ele entrou em pânico... acho que ele não vai mais poder fazer o show das Pussycat Dolls se ficar gordo.

– Mei, coma e vá para a escola – minha mãe fala, rindo também.

– Ah, ok.

Como um pão de forma, bebo um suco de laranja (tang, por que é o melhor).

– Quer que eu vá te deixar? – meu pai pergunta.

– Ah não, quero respirar o ar de fevereiro – eu não tinha saído ontem, mas essa não é minha desculpa, é que andar de carro é meio frustrante, pra mim.

Atravesso o jardim, e cruzo o portãozinho, tem um monte de garotas indo pra escola – algumas com o uniforme diferente do meu até – por que não aparece um menino – de preferência algum chamado Gabriel, loiro, lindo e de olhos esverdeados – e vem falar comigo?

Bem, estou praticamente me arrastando até o colégio, finalmente avisto o meu colégio de sempre, mas, ao invés de seguir para o portãozinho cinza, eu ando mais um pouco e vou para o portão preto, grande e mais bonito: a ala do colegial.

É bem normal, vejo alguns alunos que eu nunca vi na vida – pessoas do segundo e terceiro ano do colegial, e algumas do primeiro que repetiram o ano – tem vários grupinhos de garotas, garotas, garotos e garotas e tias da limpeza.

Vou para o quadro grande que fica bem no meio do pátio para ver a distribuição de turmas – tem alguns alunos lá, não é grande coisa e eu sinto um alívio, se tivesse uma multidão eu não conseguiria ver direito e ainda corria o risco de ser pisada por um deles.

Achei meu nome! Bem, vamos dizer que foi meio difícil achar meu nome porque tem várias “Ana’s” no local, mas, digamos assim, eu sou a única “Mei”.

Estou na classe A. 1º ano A. Não que eu seja inteligente, esse colégio não separa as classe de acordo com o nível de inteligência. É melhor ir pra sala, ando, ando um pouco mais e avisto uma das salas azuis com uma plaquinha “1º A” é, bom... É melhor entrar.

Entro e me deparo com mesas e carteiras azuis. Tudo nessa escola é azul? Na ala do ensino fundamental é verde, eu prefiro muito mais o verde.

Ótimo, sento na segunda carteira da fila do meio. Tem poucas pessoas na sala, algumas eu já vi na ala antiga, mas não reconheço muita gente, mas tem uma pessoinha que é impossível de não reconhecer.

– Mandy! – grito, quase me jogando em cima dela, que toma um susto, mas continua sorrindo.

– Mei! Vamos estudar juntas! Que ótimo! – ela diz.

Ela está conversando com uma garota, e essa também é impossível não reconhecer.

– A Ellie também está nessa classe? – pergunto toscamente, é óbvio que ela também vai estudar aqui.

– Sim, não é ótimo? – Mandy diz, sorrindo. Eu fico séria.

– Bom dia, Anna – ela diz, sem me olhar.

– Ellie tem cara de ser bem mais velha, pensei que já tinha terminado os estudos – digo. Na verdade, eu não morro de amores por Ellie.

– Anna tem cara de ser bem mais nova, pensei que tivesse entrado no prédio errado – parece que Ellie também não morre de amores por mim. Isso é bom.

Não digo nada e volto pra minha mesa, emburrada. Aquelas duas ficam bem até com esse uniforme horrível.

Mandy senta na fila à minha esquerda, e Ellie bem atrás dela, quando ela vai perceber que está sobrando e vai desgrudar?

Olho Ellie por uns segundos, os cabelos dela estão soltos, como sempre, ela realmente não parece ter apenas quinze anos, tem o corpo absurdamente desenvolvido e é bem alta também.

Alguém senta na fila à minha direita.

Dennis? Espera! Dennis Sakai? Com tantas escolas boas e particulares para gente do tipo dele, ele realmente escolheu estudar aqui?!

Bom, tem algo diferente nele, quando ele me olha percebo que falta algo. Só não sei o que.

Logo depois chega o loiro dos meus sonhos, Gabriel.

MENTIRA! Ele realmente estuda aqui? Ah, ele não está com a mochila.

– Gabriel – Mandy fala, indo até ele – vi que ficou na sala B, que pena.

– É, eu queria ter ficado na sala A, mas já estava preenchida quando me matriculei – ele sorri, como se pedisse desculpas.

– Você e sua mania de fazer tudo na última hora – Mandy ri. E eu rio, ele ri, até Ellie ri, mas Dennis, ele não ri.

Quando o sinal toca, ele sai e o professor de Geografia entra, mas não temos aula de Geografia, estamos no clima de primeiro dia de aula, fazendo as apresentações e tal.

Grande coisa.

*

A “aula” de Geografia – que foi só uma conversinha com os alunos – já acabou e agora é aula vaga, estou lendo um livro muito legal com várias cabeças sendo cortadas, e homens perdendo a cabeça por mulheres – literalmente sabe, elas matava eles mesmo – até que alguém vem pra me perturbar.

– O que é? – falo rispidamente, fechando o livro e encarando, quem? Ora, preste atenção, na frase “Alguém vem pra me perturbar” o sujeito é? Dennis Sakai.

– Você disse que ia me ajudar com a Amandha, comece!

– Começar com o quê? Quer que eu fale o tipo de cara que ela gosta? Não farei isso porque eu não sei! E não vou perguntar isso pra ela!

– Tudo bem, então não irei dizer o que eu descobri comeu novo amigo, Gabriel – ele diz, fazendo menção de sair.

– Vou te contar o possível... – grito e agradeço por não ter ninguém – além de um garoto dormindo e roncando – na classe.

– Comece... – ele senta na cadeira da frente, olhando pra mim, sério, te alguma coisa faltando no Dennis que eu conheço. É o cabelo? Não, ele não parece ter cortado, é a cara? Não, está estranha como sempre... O que será?

– Pelo que eu sei, e pelo que conversamos por mensagens e ligações já que ela estava viajando com os pais para – começo a tagarelar, mas então paro e vou direto ao ponto – Ela me disse que gosta de coelhos, tem dois: Bubble e Bob. Gosta de amarelo, mas detesta azul – sorrio, ele está, além do uniforme, com um relógio azul.

– E o quê mais?

– Tenha calma, seu impaciente, a comida preferida dela é lasanha com muito queijo, ela adora queijo, o único que não consegue suportar é provolone – suspiro, como Mandy não consegue suportar o melhor queijo do mundo? Queijo prato e provolone, estes sim são os melhores!

– Ela, ela, ela, não gosta de provolone? – olho pra ele e está branco.

– Pelo que ela me disse, não – falo – Você gosta de provolone? É seu queijo preferido?

Ele acena, confirmando.

– Eu sabia, não posso ser a única que gosta de provolone! – falo, ele suspira.

– Fale mais!

– Deixe-me ver... Ele tem um metro e sessenta e dois, gosta de mascar chicletes enquanto joga basquete e vôlei. Sabe cozinhar muito bem, essa última nota foi testada e aprovada por mim.

Sou interrompida, o sinal toca anunciando que a próxima aula vai começar.

– Depois você me conta mais – e então vai pra mesa dele.

*

Essa aula é de literatura, e como agora é uma mulher, temos que lidar com as apresentações. De novo.

Talvez eu esteja apenas morrendo lentamente.

Ainda tenho que aguentar isso até às três da tarde.


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Notas finais do capítulo

Sim, as notas iniciais foram bem mais interessantes que o capítulo... Vou postar outro logo, aguardem... Aguardem... ou não, muahahahahhahahahahahahahha

Até mais, meus marshmallows ^3^



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