The Life Is Just A Game — Interativa escrita por Titã


Capítulo 6
Capítulo 6 — Propostas Interessantes e Peculiares


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta! Desculpe a demora, mas tenho motivos. Primeiramente, quem deveria ter escrito o capítulo seria a Lyra, mas por motivos de tempo ela não conseguiu terminar. Então, tive de começar do zero no meio da semana, por isso o tamanho é menor que os dos outros.
Ah, e tem mais uma coisa: Acho que os capítulos serão semanalmente, geralmente nos Sábados ou Sextas, apesar de que talvez haja alguns capítulos no meio da semana. Aproveitem>>>



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Capítulo 6 — Conselhos de alguém inusitado

 

Laboratório Municipal Robert Boyle — Três da Tarde, dia anterior à Festa.

 

Savanna

 

Savanna Jackson Quark suspirou, seu cérebro a mil.

Seus dedos batucavam na mesa enquanto encarava o tubo de ensaio, onde o líquido amarelado se aquecia pelos dispositivos tecnológicos para antecipar a formação química. Savanna era uma farmacêutica, especializada nas áreas celulares da medicina. O tubo de ensaio trazia uma amostra em formação de uma nova versão de seu remédio de combate a tumores celulares, capazes de causaram séries degradações em todo o corpo e talvez pudesse ser o começo de, quem sabe, uma cura para doenças originadas pelas mutações no corpo, como o Câncer. Ela deu uma risadinha, estava pensando alto demais; se ela mal conseguira sintetizar uma amostra duradoura de seu medicamento, como faria para achar a cura do câncer?

Mais uma gota, transparente, caiu na solução amarelada e Savanna voltou a anotar a situação da reação que faria. Era um pouco complexo o procedimento; se não fosse formada nessa área, a Jackson nunca entenderia o que lentamente acontecia ali. Suas tardes eram todas focadas na criação de remédios e outras soluções, enquanto que de manhã ela dava aulas de química em seu antigo colégio, no resto do tempo trabalhava incansavelmente para sintetizar uma amostra perfeita de sua criação, o que até aquele momento não dera muitos resultados, apesar dela ter descoberto algumas coisas interessantes.

Um barulho de telefone tocando a fez suspirar e desligar os mecanismos, atendendo a ligação.

— Alô? — Questionou, puxando o caderno e rabiscando algumas fórmulas.

— Senhorita Quark? — Uma voz feminina saiu do outro lado da linha, a fazendo franzir o cenho, não reconhecia a voz e não vira o identificador de chamadas.

— Com quem estou falando? — Perguntou para a outra. Houve um breve momento de silêncio, em que uma série de papéis sendo mexidos foi ouvida.

— Desculpe-me senhorita. Chamo-me Kim, sou a nova secretária do Senhor Chester, ele quer falar contigo.

— Ah... Entendo, passe para ele.

Shepard Chester era seu chefe, por assim dizer. Desde que o homem ouvira falar dos testes dela para a destruição dos tumores em células, o chefe da Chess Advanced havia contratado-a e entregado a ela todos os recursos e funcionários — coisa que recusou; preferia trabalhar sozinha — que precisasse para criar o medicamento. Shepard era um homem bom, para falar a verdade, venderia o medicamento um pouco acima do Preço de Custo, apenas para financiar os gastos com ela e poder pagá-la pelo trabalho. Ela gostava dele pelo simples fato de sua humildade torná-lo uma pessoa respeitada, boa e admirável, apesar de muitos simplesmente quisessem tomar seu lugar como CEO da empresa que criara.

— Olá, Jay. — A voz saiu, falando seu apelido, coisa que custara muito para fazer, demorou cerca de um mês para a Quark convencê-lo a chamá-la assim. — Como estão os testes?

— Vão bem. Mas por que quer falar comigo? — Questionou realmente desconfiada do que Shepard queria.

— Preciso de um favor seu. Você é a melhor que eu conheço (e a mais confiável) em relação à química; encontrei uma amostra de um estranho líquido num dos meus servidores, justamente o que foi invadido. Preciso que o analise, acho que há alguma coisa estranha e interessante nessa amostra.

Savanna suspirou, dizendo que sim para seu chefe.

— Obrigado. Ah, mais uma coisa: Seus pais solicitaram sua presença, e essa é a melhor forma para você pegar a amostra.

— Está falando do que? — Perguntou confusa. Ouviu uma risada do outro lado da linha, o que a fez ficar um pouco desconfiada.

— Quer ir a uma festa?

 

Louis

 

As estocadas rasgavam sua pele, fazendo o sangue escorrer e o garoto chorar.

Jonas McGrifhit sorriu malicioso e fechou as calças, deixando o garoto nu e ensanguentado no chão. As lágrimas caíram no piso de ladrilhos do banheiro do inspetor, se juntando ao sangue e o gozo do estuprador. Aos seus treze anos o garotinho nunca sentira tanta dor quanto o estupro proporcionara. Jonas era um dos inspetores do Orfanato Doll House, onde ele morava desde que sua mãe morrera e o Conselho Tutelar encontrara-o e o mandara para lá, aos seus doze anos.

Desde que Jonas chegara, o Beaucourt começara a ser estuprado semanalmente quando o homem começava a sentir grave de sexo. O garoto não conseguia entender porque justo ele tinha que ser a vítima do sádico homem. Louis odiava o homem com todas as suas forças, mas não podia fazer nada para mudar o que acontecia consigo. Para sempre sofreria com as ações do maldito, sádico e mal homem.

— Olá minha putinha. Estou de volta. — O sorriso dele fez com que o órfão começar a fugir do maldito estuprador. Jonas correu e agarrou o garotinho, que começou a gritar. Um tapa na cara de Louis derrubou-o no chão. As lágrimas voltaram a escorrer, enquanto o homem agarrava-o e enfiava seu membro com força em seu ânus.

Nunca mais se sentiria feliz. Jonas acabara com tudo.

 

Louis acordou num pulo, ofegante. Fazia tempo que não sonhava com o maldito McGrifhit. Sentou-se e colocou a mão no rosto, tentando controlar sua respiração descontrolada. Engoliu as lágrimas que insistiam em tentar cair, estava cansado das coisas acontecessem daquela forma. Diziam que o tempo curava qualquer ferida. Mas era mentira, obviamente. As coisas não eram tão simples assim, com certeza havia algo que sempre iria ficar marcado em seu coração. Quando algo tão traumático acontecia, nunca mais as feridas se curariam.

Estava cansado das coisas sempre darem errado para ele. Odiava seu tempo no orfanato por causa justamente daquilo. Nunca mais conseguira se sentir bem e seguro. As feridas daquela época se incrustaram em seu coração, rasgando-o e o triturando. Mas as coisas não eram nada simples e boas, principalmente para ela. Sua vida nunca seria mais como antes.

— Sinto muito, meu caro. — Uma voz grossa preencheu os ouvidos do de cabelos castanhos. Um homem vestido completamente de preto se encontrava ao seu lado, deitado e olhando para cima, assobiando. — Mas acho que é hora de esquecer o passado, não é mesmo?

— Quem é você? — Disse irritado. Ele não tinha direito algum de entrar ali! Mas, na realidade, quem era esse homem e como entrara ali? — Saia daqui ou chamarei a polícia.

— Não acho que fará isso, meu caro. — Disse calmo e sombrio. — Se você a chamar, terá que dizer seu nome, idade, parentes. Não acho que o filho de Marrie Jin Beaucourt Lafaiette será poupado dos crimes que a mãe cometeu.

Olhou assustado para a figura, que sorria cúmplice. Poucas pessoas realmente sabiam sobre seu parentesco com a perigosa mulher.

— Como você sabe dela? — Questionou para o homem, desconfiado.

— Eu sei de muitas coisas, Louis. Também sei que quer se livrar disso. Que tal se juntar a mim numa verdadeira luta? Acho que pode suavizar sua mente. Talvez até te faça esquecer o que aquele homem o fez passar, não acha?

Para falar a verdade, talvez as coisas melhorassem se começasse a pensar em outras coisas. Talvez a ferida suavizasse; não tinha que ser sempre tão sozinho e sofrido.

— Sim, mas acho melhor você me explicar o que isso quer dizer.

— Olhe só, mortal. — O homem se levantou e espreguiçou-se, seu corpo era grande e forte. Os músculos tencionaram-se e marcaram a roupa. Seus cabelos caiam sobre os olhos, os quais Louis não conseguia encarar por algum motivo desconhecido — São com poucos que resolvo ajudar. Minha irmã faz isso mais vezes que eu. Mas eu quero te dar um conselho.

— E qual seria?

— O tempo não cura as feridas... Com o tempo nós apenas nos acostumamos com a dor.

 

Sky

 

Skyline Icarius Nox encarou o homem de preto, sentado na mesa mais luxuosa do restaurante grego de seu pai.

— O que quer? — Disse, desviando os olhos do olhar do outro.

— Um cavalo a xadrez. — Falou, olhando para o cardápio, não necessariamente o lendo.

Skyline franziu o cenho, eles não tinham nenhuma carne de cavalo ou qualquer prato a xadrez. O homem parecia não se importar com a cara dela, parecia saber que eles não tinham o prato.

— Desculpe senhor, não temos esse prato.

— Ora bolas. Como assim não tem cavalo? Achei que fosse um prato tradicional grego! — Exclamou ofendido.

É proibido o comércio de carne de cavalo na cidade. — Disse calma, querendo socar a cara do homem — Por isso não temos.

O homem revirou os olhos e estalou os dedos. Num segundo, o prato estava vazio, no outro, estava lotado de carne de cavalo à moda xadrez. Sky pulou de susto e olhou assustada para o homem, que agora comia calmamente a carne. A mulher estava embasbacada, sem qualquer tipo de reação. Aquilo não fazia sentido, como ele conseguira fazer aquilo? Ela devia estar sonhando.

— Não sabe que é falta de educação ficar olhando quando alguém come? Sente-se, por favor. — Estalou novamente os dedos e uma cadeira saiu deslizando, derrubando-a nela no meio do caminho e terminando em frente ao homem de preto.

— O que é você?! — Disse, assustada. Aquilo era muito fora do comum. — Sai daqui agora.

— Minha cara, eu sou um convidado. E quem irá sair é você, daqui a alguns minutos, para ir a um mecânico, trabalhar. Eu vou ficar bem aqui. — Só então percebeu que o homem já havia comido toda a carne.

— Ok, como sabe tanto sobre mim? — Disse tentando encarar o homem, porém seus olhos desviaram dos do estranho. — Você não está me fazendo ficar segura com você sendo tão evasivo.

— Confie em mim, amazona. Nas últimas horas humanas eu salvei uma garota de estupro, ajudei um garoto a superar traumas passados e fiz duas pessoas mudarem seus pensamentos sobre mim. Além, é claro, de ter que lutar contra mentes psicopatas e calculistas. Acredite em mim, eu sou bem seguro. — O homem revelou, pegando um copo de refrigerante do, literalmente, nada.

— Quem é você? E por que me chamou de amazona? — Sky perguntou, tendo as sobrancelhas erguidas em dúvida. O homem sorriu e apoiou o copo na mesa, arrotando. Ela fez uma careta.

— Desculpe, eu sempre quis fazer isso. — Espreguiçou os braços e apoiou-se na mesa. — Eu sou uma divindade, um ser divino de bilhões de ano de idade. Sou o representante das Trevas e da Noite. E vim aqui para te convidar para um Jogo Divino.

Sky olhou para o homem por alguns segundos. Aquilo era completamente estranho e peculiar. Nada fazia sentido em relação ao homem que ali se encontrava. Era muito estranho.

— Por que eu deveria aceitar ir para esse jogo? — Disse, encarando-o.

O homem sorriu maleficamente, seu corpo tencionando e os músculos cada vez mais forçados.

— Porque se não aceitar, morrerá.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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Titã