Pov. Bella

Fiquei na sala de espera durante 2 horas, esperando sair os meus exames de sangue. Há dias estou estranhando os sintomas que estou tendo: enjoo, tontura, uns quilos a mais e azia. Fiz dois testes de gravidez e eles deram todos positivos.

– Isabella Swan, seus exames ficaram prontos – anunciou a recepcionista do hospital. Me levantei e peguei meus exames, indo novamente para a sala da Dra Heidi Vollturi. Bati na porta e escutei ela dizer um “entre”.

– Doutora, meus exames já estão prontos – disse e entreguei a ela o envelope com o logo do hospital.

– Obrigada Isabella. Sente-se – disse ela e me sentei em sua frente. Comecei a apertar meus dedos em ansiedade, nervosismo e ao mesmo tempo com vontade de chorar. Será que vai dar positivo o exame? – Bem, pelo que eu estou lendo aqui, você está grávida Isabella. De aproximadamente 1 mês e 3 dias.

– Grá-grávida? – gaguejei e toquei meu ventre. Céus, eu estou grávida e além disso, o pai era o meu melhor amigo Edward.

– Isabella se acalma. Está tudo bem – disse a doutora tocando meu ombro – Você não quer o seu bebê?

– O que? – ela estava achando que eu iria abortar a criança? – Não, eu não quero tirá-lo. Mas estou muito assustada, surpresa e todas as emoções juntas.

– Isabella, fique calma. Isso é ótimo, você irá ter o seu bebê e é normal ter essas reações – disse ela – Venha, deite-se na maca para fazermos um ultrassom e vamos ver como o bebê está.

Fiz o que a doutora pediu e ergui a minha blusa até a altura dos meus seios. Ela colocou um gel gelado em cima do meu ventre e logo começou a passear o aparelhinho em cima.

– Muito bem, está vendo essa manchinha aqui? – perguntou apontando para a tela e assenti – Esse é o seu bebê, Isabella. Pelo que estamos vendo ele está ótimo e se desenvolvendo bem – suspirei aliviada pelo que ela falou e sorri emocionada vendo aquela manchinha, que agora é tão amado por mim e com certeza será pelo pai também. Como reagiria Edward ao saber que vai ser pai? Será que ele vai gostar ou não?

– Tão bom saber disso – disse e a médica sorriu.

– Verdade. Bem, pode se limpar e vamos as recomendações – disse ela me dando um papel toalha. Limpei o resto de gel que tinha ficado na minha barriga, abaixei a blusa e voltei a mesa da médica – Agora que está grávida Isabella, recomendo que não pegue muito peso, sem stress e evite emoções fortes. O seu pré-natal será todo mês, até uns dias antes do bebê nascer e qualquer dúvida é só marcar uma consulta. Certo?

– Certo – disse e ela me estendeu uma fotografia.

– Aqui estão as fotos do seu ultrassom de hoje – disse ela e sorriu para mim – E por hoje é só isso.

– Obrigada doutora. Até o mês que vem – disse e sai de seu consultório.

Sai do hospital, com meus exames e ultrassonografia na mão. Fui para o meu carro e entrei nele, encostei minha cabeça no volante e comecei a chorar. Meus sentimentos estavam confusos, medo, felicidade e nervoso e agora daqui para frente será tudo diferente. Pensava em Edward e na noite que tivemos naquele dia, concebemos o nosso filho em uma noite de diversão e nós estávamos bêbados. Como seria para ele quando souber da minha gravidez?

Limpei os meus olhos e liguei o meu carro, indo diretamente para a casa dos Cullen. Precisava contar primeiro para Edward.

Pov. Edward

– Outra vez Edward? – berrou Emmett – Faz 40 minutos que estamos jogando videogame e você já ganhou três vezes. Assim não dá, mano.

– Eu não tenho culpa se você nasceu lerdo, Emmett – disse e ele me deu um soco no braço – Hey! Isso doeu sabia?

– Sério que doeu? Achei que tinha feito cosquinha – disse ele rindo e dei um tapa em sua cabeça – Pivete!

– Lerdo – xinguei de volta e ele me mostrou o dedo do meio para mim. Eu ri da sua cara. Emmett se comportando assim nem parecia que é mais velho que eu, casado e tem um filho de 3 aninhos, o pequeno Thomas.

– Amor, seu cunhado está dizendo que eu sou lerdo – disse ele para a Rose.

– Edward, você quer apanhar? – perguntou Rose piscando para mim disfarçadamente.

– Não, obrigado – disse e segurei o riso. De repente escutei a campainha tocar e fui atender – Oi Bella – cumprimentei assim que abri a porta.

– Oi Edward – cumprimentou ela e percebi seus olhos tristes. Eu e Bella éramos melhores amigos desde o colégio, mas há 1 mês atrás acabamos transando em uma noite que fomos para a balada nova da cidade e além disso, estávamos bêbados. Porém, não me arrependo de nada do que aconteceu naquela noite e fez com que eu ficasse ainda mais apaixonado por ela – Você está ocupado?

– Não, eu estava jogando com o meu irmão – disse e liberei a passagem – Vem, vamos entrar. Precisa de alguma coisa?

– Edward, nós precisamos muito conversar – disse ela e seus olhos transbordaram.

– Tudo bem, vamos para o meu quarto. Lá podemos conversar mais em paz – disse e fomos para o andar de cima. Bella estava muito estranha, quieta e chorosa.

Entramos no meu quarto, fechei a porta atrás de nós e sentamos na cama.

– Eu fui ao médico hoje – disse ela – Esses dias que não apareci aqui na sua casa é porque eu passei muito mal, estava estranha e não sabia o que estava acontecendo.

–Bella, você está doente? – perguntei em tom de desespero. Ela sacudiu a cabeça em negação.

– Não, não estou doente – respondeu ela – Na verdade Edward, a noite que passamos juntos teve uma consequência.

– Por favor Bella, diz logo – disse nervoso.

– Edward, eu estou grávida – falou ela chorando e paralisei na posição em que estava. Grávida? – Estou de 1 mês e 3 dias.

– Grá-grávida? – gaguejei completamente confuso. Então eu vou ser pai? E Bella é a mãe do meu filho?

Em um instinto de paixão, abracei Bella e acariciei o seu cabelo. Deus, como eu estou totalmente apaixonado por essa garota e agora ela está esperando um filho meu, fruto de uma só noite juntos.

– Eu sei que ainda somos novos, nem estamos juntos, mas não me arrependo do que fizemos naquele dia, Edward – disse ela com a voz abafada pelo choro – Não fique irritado comigo, por favor – soltei ela do abraço e limpei suas lágrimas.

– E por que ficaria irritado? – perguntei e ela me olhou – Bella, em uma só noite concebemos esse bebê e agora só nos resta cuidar dele. Não vou te deixar sozinha, até porque eu faço parte da sua gravidez. Não importa se somos jovens e se nem somos namorados, vou ficar ao seu lado ajudando nos cuidados com o bebê – beijei a sua testa e a abracei de novo.

– O que falar de você hein? Sempre maravilhoso e me apoiando – disse ela e engoli a lágrima que temia em escorrer.

– É porque eu te adoro muito, Bells – disse e sorri fraco. Queria ter dito tudo que estava guardado dentro do meu coração, beijar os seus lábios novamente e dizer que nada no mundo irá nos separar. Mas agora não era uma boa hora para dizer tudo isso.

– Eu também te adoro muito, Ed – disse ela e saiu dos meus braços – Olha, eu fiz um ultrassom hoje – ela me mostrou uma fotografia de cores escuras, explicando onde estava o nosso bebê. Eu sorria olhando, eu vou ser pai e Bella é a mãe, não poderia estar mais feliz.