Affair escrita por luud-chan


Capítulo 3
✾ 3 — We're going down


Notas iniciais do capítulo

ÇOCORRRRRRR. Vocês são uns amores, de verdade!

Muito obrigada por terem comentado/acompanhado/favoritado! Isso é muito importante para mim. :') (pra pessoa que achou que ia ficar no vácuo e tal UHAUAHUAH).

Agradeço a todos que comentaram, fiquei muito feliz meeeeeeeeesmo! *-* É bom saber que esse casal (apesar de não ser tão famoso por aqui, infelizmente) tem alguns fãs, hehehe. Queria muito responder os reviews agora, mas preciso sair. Estou postando o capítulo, porque prometi que faria! :D

Espero que gostem, não vou falar muito sobre o capítulo, faço isso nas notas finais!

Boa leitura! ♥



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Eu quero que você corra, está ouvindo? Corra! — Bixlow estava segurando o rosto dela com as duas mãos, tomou os lábios dela para um último beijo. — Tudo vai ficar bem.

Ele ouviu o barulho dos passos pesados subindo pela escada e os murmúrios dos homens que logo iriam invadir o apartamento. Covardes. Tinham ido atrás dela primeiro.

— Não minta para mim — ela murmurou de volta com a voz embargada, embora não chorasse, os olhos dela pareciam um poço sem fim. — Não agora. Vá embora, eles não sabem que você está aqui.

Eles estavam chegando...

— Merda, Lisanna! Apenas faça o que estou mandando! Droga! — praguejou sem conseguir soltá-la. Podia ser a última vez, a última vez... — Jamais vou deixar que a levem. Prefiro morrer!

Podia ser a última vez que a olharia nos olhos e se afogaria.

Ela fechou os olhos com força e soltou a respiração pela boca.

— Tudo bem, você me encontra depois, certo?

— Sim, eu prometo. Agora vá — mandou com a voz firme.

Ela obedeceu e pegou o casaco pendurado perto da janela, antes de abri-la e lançar um último olhar na direção dele. Saiu por ali e começou a descer pela escada de incêndio. Ele ficou para trás e contou quantas balas ainda tinha.

Respirou fundo.

O que veio a seguir não passou de meros borrões e flashes em sua mente. Os tiros, o sangue e todos os corpos dos capangas da gangue rival que restaram no chão. Ele não se importou em calçar os sapatos ou vestir uma blusa, desceu as escadas correndo.

Precisava encontrá-la. Precisava ver se ela estava bem, com os próprios olhos.

Mas a cena que se seguiu, deixou-o paralisado: um homem alto e forte estava segurando Lisanna por trás, apertando o pescoço dela com tanta força que Bixlow conseguia ver como a pele dela estava ainda mais pálida naquela região.

— Solte-a — Bixlow sibilou entredentes.

O rosto dele estava arranhado; ela tinha lutado.

— Quem diria que você se apaixonaria por essa vadiazinha, não é, Bixlow? — provocou, a faca que segurava na outra mão, deslizava sem corte pelo pescoço dela. — Até que não é tão ruim.

— Deixe-a ir. Vamos resolver isso entre nós — pediu com a voz dura, sentiu a garganta arranhar.

Encarou-a para transmitir a ideia de que ela ficaria bem. Cuidaria dela.

— Essa é a coisa mais importante do mundo pra você, não é? — Bixlow ficou parado, tenso. Dessa vez percebeu que os olhos de Lisanna estava repleto de lágrimas. Nunca tinha a visto chorar durante os seis meses que estiveram juntos. — Não é?

— Eu amo você — Lisanna sussurrou. Ele não ouviu, mas conseguiu ler os lábios rosados, que naquele momento estavam pálidos de pavor. — E não me arrependo de nada.

— Lisanna... — Era a primeira vez que ela tinha dito que o amava.

Comovente.

A faca atravessou parte do pescoço dela e Bixlow levantou a arma, atirou até que não restasse uma única bala e o homem soltou o corpo dela, que ao cair no chão, provocou um barulho horrível. Ele correu para alcançá-la e segurou-a entre seus braços, o vermelho manchando sua pele; enquanto ela se afogava com o próprio sangue.

— Lisanna... — murmurou. — Eu amo você. Está ouvindo? Amo você.

Os olhos azuis estavam fixos nele, piscando rapidamente, mas ele tinha suas dúvidas se ela ainda o enxergava. Será que tinha escutado o que tinha acabado de dizer?

Abraçou-a mais apertado...

Era tarde demais.

Tarde demais.

Os dedos dela ainda se apertaram nos braços dele e depois ela desfaleceu em seus braços, a vida tinha se esvaído dela. Bixlow só se separou dela para encará-la, o sangue manchando seu rosto alvo, e as orbes azuis o encarando sem aquele brilho inocente que era tão típico dela.

Ele sempre pensou que não importava quantas vezes encarasse a imensidão que eram os olhos azuis dela, ele sempre se afogaria. Mas como se afogar quando não existe mais um oceano?

“É possível que a chuva caia
Somente quando está sobre nossas cabeças
O sol brilha todo dia, mas está longe
O mundo inteiro está morto

Eles têm todos os amigos certos em todos os lugares certos
Então, sim, nós estamos indo abaixo
Eles têm todas as jogadas certas em todos os rostos certos
Então, sim, nós estamos indo abaixo”


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Notas finais do capítulo

Ok. Imagino que devem estar assim: dafuq com esse capítulo, sua doida? KKKKKKKKKKKK Pois é, eu planejei isso desde o começo, tanto que foi por isso que resolvi separar em 3 partes, a única coisa que não planejei, foi o tamanho. No fim, ficou bem maior que 200 palavras. D: Mas ok.

Prefiro não fazer muitos comentários sobre esse final, foi só algo que veio na minha cabeça, porque nem sempre os finais são felizes, não é? Mas mesmo assim, eles se amaram. (será que isso serve de consolo? ♥)

Muito obrigada por terem me acompanhado, de coração. Beijo e até a próxima! ♥