Who Owns My Heart? escrita por Lauren Grace


Capítulo 8
Ain't It Fun


Notas iniciais do capítulo

PARABÉNS PARA MIM, NESSA DATA QUERIDA! SIM, HOJE É O MEU ANIVERSÁRIO!



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As meninas me levaram para a barraca delas e começaram a cuidar de mim. Eu estava atônita. Era como se meu corpo estivesse aqui, mas minha mente estivesse em um mundo totalmente diferente. Eu via as coisas mas não as enxergava, eu ouvia mas não as compreendia. Silena tinha um kit de primeiros socorros, e ela e Rachel fizeram um curativo no meu lábio. Depois ela e Zöe enfaixaram meus pulsos, e passaram uma pomada no meu pescoço, onde ele tinha mordido. Depois Calipso me deu um analgésico, e as quatro disseram que eu tinha que dormir e descansar. Assenti e me deitei, afinal minha cabeça pesava e meu corpo implorava por descanso.

Fechei os olhos mas não consegui dormir. A voz horrível de Luke ecoava na minha cabeça, e eu ainda sentia suas mãos sujas tocando meu corpo. Meus lábios ainda formigavam com seus beijos forçados e tudo isso era aterrorizador. As cenas não saiam da minha mente, e eu não sabia mais o que fazer. Por fim as lágrimas vieram descontroladas, descendo como cachoeiras pelo meu rosto. Não sei por quanto tempo fiquei chorando, a última coisa que senti antes de cair no sono foram as mãos de Calipso acariciando meus cabelos, tentando me acalmar.

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Acordei com os primeiros raios de sol entrando na barraca. Ao meu lado todas as meninas ainda dormiam, e lá fora o silêncio reinava. Cada parte do meu corpo doía, minha cabeça latejava e as imagens de ontem ainda estavam nítidas para mim. Recomecei a chorar. Deitei de novo, mas as lágrimas ainda caíam, e eu estava soluçando, não conseguia evitar.

Rachel levantou a cabeça e olhou para mim. Suas sobrancelhas franziram de preocupação e ela disse em um sussurro:

– Annabeth, está tudo bem?

Balancei a cabeça negando, e ela se levantou. Ela saiu da barraca e voltou segundos depois, com uma cartela de comprimidos.

– São calmantes – ela disse me entregando um. Engoli o remédio, forcei um sorriso para ela e me deitei de novo. Ela se deitou também e eu peguei no sono, rápido e diretamente.

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Quando acordei novamente, a barraca estava vazia. Minha cabeça ainda doía um pouco, mas meu corpo estava melhor. Não sei por quanto tempo dormi, mas foi um sono pesado e sem sonhos. Achei meu celular no bolso do meu short e olhei as horas: 14:45. Nossa, eu tinha dormido muito. Mas pelo menos eu me sentia um pouco melhor.

Saí da barraca e vi o pessoal lá fora. As meninas estavam sentadas perto das árvores, conversando. Jason, Leo e Charles estavam perto da barraca deles, também conversando e comendo. Não vi Percy e os outros.

Passei perto das meninas, e elas me cumprimentaram e perguntaram como eu estava. Respondi que estava melhor e segui meu caminho. Eu estava indo tomar um banho, em um banheiro público que ficava próximo ao nosso acampamento.

O banheiro era comprido, devia ter uns vinte chuveiros, e graças aos deuses estava vazio. Entrei em uma das cabines com chuveiros e tirei minha roupa, deixando a pendurada na porta, junto com a que eu tinha trago para trocar.

Liguei o chuveiro e deixei a água lavar cada parte do meu corpo, para ver se aquela sensação das mãos de Luke sobre mim ia embora.

Lavei meus cabelos rapidamente, e continuei embaixo da água, deixando ela me purificar. Lágrimas vieram aos meus olhos e eu chorei novamente, deixando as lágrimas se misturarem á água. Depois de alguns minutos desliguei o chuveiro e me sequei. Coloquei uma blusa branca simples e uma bermuda jeans que ia até os meus joelhos. Calcei meus chinelos e saí.

Quando passei pelo acampamento de novo vi Percy, conversando com Charles em um canto.

Quando ele me viu, ele me chamou.

– Podemos conversar agora? – ele disse, quando eu me aproximei.

– Sim, me deixa só guardar minhas roupas.

Arrumei minhas roupas em minha mala, tomei mais um analgésico e fui ver o Percy.

Quando me aproximei novamente, ele pegou minha mão e me levou para um canto mais afastado do acampamento, atrás da barraca onde ele e Bianca estavam dormindo na noite passada.

Nos sentamos na grama e ele disse:

– Você vai denunciá-lo?

Refleti por alguns instantes e respondi:

– Acho que não.

– Olha Annabeth, ninguém vai ficar com raiva de você se você for até a polícia. E ninguém vai fazer nada com você. O que o Luke fez é errado, é crime. Mas só você pode tomar a decisão de denunciá-lo.

Pensei na questão por alguns segundos. O que o Percy dizia era certo, mas eu não queria mais confusão para mim. Tudo que eu queria era esquecer esse assunto, fingir que isso nunca tinha acontecido. Se eu fosse até a polícia o que aconteceu ia repercutir, eu sofreria ainda mais e minha mãe também. E quanto mais eu me aprofundasse no assunto mais devagar ele seria esquecido pela minha mente.

– Não sei Percy, eu quero esquecer isso sabe? Então vou pensar, mas não sei se vou denunciá-lo.

– Tudo bem, a escolha é sua. Olha Annabeth, o que aconteceu ontem não foi culpa sua ok? O Luke é perturbado, o que ele fez não me surpreende em nada – ele disse, e senti que tinha um segredo escondido aí – então não se culpe, de nenhuma forma. E sei que você não está bem, então pode contar comigo para o que precisar, ok?

– Obrigada, Percy.

– Se precisar de apoio psicológico, ou se quiser ir até a polícia, ou qualquer outra coisa, me procure. Eu vou estar aqui para você – ele disse. Eu estava mal, mas não pude deixar de perceber que as palavras dele foram lindas.

– Tudo bem, Percy. Eu te procurarei sim, se eu precisar de algo. Uma pergunta: onde estão os outros?

– Luke e Thalia foram embora essa madrugada, assim que eu mandei. E Bianca e Nico foram embora de manhã.

– Por quê?

– Eu briguei com Bianca ontem, porque ela é muito egoísta e egocêntrica. Então ela ficou com raivinha e quis ir embora, e arrastou o Nico junto.

Uma parte de mim sorriu, por eles estarem brigados. Mas a outra parte, a maior parte, foi culpa, pois eu sabia que o motivo da briga tinha sido eu.

– A culpa foi minha não foi? Você e Bianca brigaram por minha causa.

– Não, Annabeth, não. Brigamos por causa do egoísmo dela. Eu e ela já vínhamos nos desentendendo há um tempo, não se preocupe.

– Tudo bem.

– E bem, o acampamento vai ser desfeito hoje. Acho que nem eu, nem você, nem os outros estão com clima para continuar aqui.

– Mais uma coisa que é culpa minha. Se eu não tivesse vindo, nada disso teria acontecido.

– Annabeth eu disse para você parar de se culpar. A culpa não foi sua, que merda – ele disse raivoso – se não deu certo esse ano, era porque não era para ter dado. Agora para com essa besteira de se culpar, e vamos arrumar as coisas.

Assenti meio magoada com o tom de voz dele, mas fui arrumar as coisas, com o resto do pessoal.

Chegamos á Nova York por volta das 18:00 horas. Eu ficaria dois dias na casa de Calipso, para minha mãe não suspeitar de nada sobre o estupro.

É, e eu achando que minha vida aqui seria feliz. Pelo visto eu me enganei mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Hoje é meu aniversário, então mereço muitos comentários, recomendações e favoritos de aniversário não é?
E ah, leiam minha outra fanfic. Ela se chama “A Primeira Vez Dos Semideuses”. Ok? Ok. Beijos da Lauren.