O Vampiro da Minha Vida escrita por konan facinelli


Capítulo 17
Capítulo 17 - Mal humor




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Eu estava sentada em um enorme e luxuoso sofá de couro vermelho, que ficava atras de uma janela de vidro que ocupava a parede inteira. Os raios de sol das 8:00 da manhã entravam pela janela iluminavam a grande sala branca.

A paisagem era linda, parecia que eu estava no ultimo andar de um prédio bem alto, que dava para ver varias casas lindas e luxuosas. Elas tinham jardins enormes, cada um maior e mais lindo que o outro, algumas também tinham piscinas de água cristalina e outras tinham quadras de tênis ou vôlei.

Ouvi o barulho da porta do outro lado da sala se abrir e foi para lá que eu olhei.

E lá estava ele. Meu sonho de consumo. Meu cantor favorito, o vocalista de The Strokes, Julian Casablancas.

Meu coração estava a mil! Eu estou vendo Julian Casablancas ao vivo!! Não poderia estar mais feliz!

Ele sorriu para mim e começou a andar em minha direção. O som de seus passos descontraídos ecoava pela sala.

Ele sentou ao meu lado no sofá, pertinho de mim. Ele colocou as a mão em meu queijo e começou a puxar-me delicadamente para perto de si, seu rosto estava cada vez mais perto do meu até que...

O maldito do despertador me acordou.

- Merda – resmunguei.

Peguei o despertador e zunei ele na parede com toda a minha força. Ele parou de tocar na hora.

Fui para o banheiro tomar um banho.





Cheguei na escola cedo como sempre, mas dessa vez, Helena não chegou pouco depois de mim.

Os minutos foram passando e nada de Helena. Alunos foram chegando um por um. Floriano foi um dos primeiros.

- Oi Clara – disse sorrindo para mim.

- Oi.

- Como você está? Parece cansada.

- Eu to bem, obrigada – menti.

- Quem bom – disse ele.


Floriano não falou mais nada, só ficou olhando para mim de seu lugar, até que Gina chegou.

- Oi Clara! – disse da porta da sala. Andou ate a minha carteira, parou na minha frente e colocou a mochila em cima de minha mesa - olha isso – ela abriu a mochila e tirou uma pequena caixa de papelão, menor que uma caixa de sapato, que estava cheia de furinhos, deveria ser para poder entrar o ar. Ela olhou para os lados para garantir que não havia ninguém olhando, havia apenas o Floriano olhando para mim. Ela o fuzilou com os olhos o fazendo olhar pra outro cando. Ela riu da cara dele e depois abriu a caixa. E lá estava a tão dita lagartixa de Gina, doze centímetros só de lagartixa! - Legal, né?

Eu bufei.

- Como você vai fazer para coloca-la dentro da bolsa da professora sem ser vista, gênio?

- Na hora da troca de professores, quando toca o sinal do término do horário, todos os alunos saem para beber agua, ir no banheiro ou bater papo mesmo, não é? - assenti com a cabeça - E a professora de matemática sempre chega cedo, coloca sua bolsa em cima da mesa e vai encher sua garrafinha d'água, estou certa? - assenti de novo – É nesse momento eu vou fazer.

Balancei a cabeça em negação.

- Algum dia, alguem vai te pegar, Gina. Se eu fosse você eu pararia com isso.

- Que bom que eu não sou você! - ela riu – Aff Clara! É ilário as caras que eles fazem. Todo mundo ri!

Nisso ela tinha razão.




O sinal soou. Os alunos levantaram de suas carteiras e foram saindo da sala. Logo após, a professora entrou deixou a bolsa em cima da mesa e se saiu da sala com a garrafinha de agua na mão pra encher.

Gina se levantou e correu ate a mesa com a caixinha na mão. Abriu o zíper da bolsa, colocou a lagartixa lá. Fechou a bolsa e correu para sua carteira. Quando ela acabou de sentar a professora chegou com os alunos atras dela, que aos poucos foram sentando em suas carteiras.

Quando todos se sentaram, a professora foi para a frente da sala.

- Bom dia – disse ela.

- Bom dia – respondemos todos.

- Bom... – ela antou até sua mesa e pegou a sua bolsa e a abriu. - Primeiro vamos corrigir o... AAAAAHHH!!!





- Cara, nunca ri tanto na minha vida! – dizia Tatiane ainda rindo da cara da professora.

Eu, Gina, Tatiane e Jane estávamos sentadas debaixo de uma arvore do patio. Estephane sumiu, e eu também nem to ligando.

- Onde será que a colenga se meteu – disse Gina.

- Quem liga? - falei mal-humorada, dando outra mordida no meu sanduíche.

- Você está esquisita, Clara – disse Jane.

- Ela é esquisita – Gina deu de ombros.

- Quem liga? - repeti a frase dando outra mordida no sanduíche e Gina riu por isso. Gina ri demais e isso me irrita.

Todo mundo riu da cara da professora hoje na sala, mas depois, ela deu um sermão na sala sobre comportamento inadequado dos alunos que durou a aula inteira. E a coitada da lagartixa foi jogada pela janela. pobrezinha! Deu muita dó! Tenho que admitir que eu também ri, mas fui a primeira a parar. Não estou com humor para essas coisas.

- CLARA! CLARAA!!- gritava Estephane do outro lado do patio, correndo em minha nossa. Ela correndo é uma figura: encole os braços para perto do corpo e dá passadas grandes, parece uma cegonha!

As três que estão do meu lado riram, mas eu fiquei é mais aborrecida.

- Clara... – parou na nossa frente, apoiando as mãos nos joelhos, tomando folego. Quando se recuperou, continuou falando – Clara, aquele gatinho quer ficar com você! - ela estava mais elétrica que Helena. Que saco.

- Quem? - perguntou Tatiane curiosa.

- Aquele Floriano. - ela estava muito animada – AI!! Você tem muita sorte, colenga! - Gina riu, mas Estephane nem ligou dessa vez - Dava tudo pra estar no seu lugar e...

- Manda ele se ferrar – cortei ela.

- O que?!! - ela arregalou os olhos – Você é louca??

- Ele é um idiota. Eu não vou com a cara dele – dei outra mordica co sanduíche.

- Mas ele já está te esperando lá atras da quadra! - ela apontou para o outro lado do patio com toda força de seu braço.

- Quem está lá com ele? - perguntou Jane.

- Roberto e os outros queria ficar lá pra ver vocês, mas Floriano não deixou. Acho que ele gosta de verdade de você, Clara !– tentou me convencer.

Mordi meu sanduíche.

- Vai lá Clara – insistiu de novo.

- Droga Estephane! Me deixa! - gritei com a boba cheia de sanduíche, sem querer até cuspindo um pouco encima de Estephane. Gina riu pra se acabar. Engoli e continuei: - Se quer tanto ir no meu lugar, vá!! Que DROGA! - gritei – Será que não tá vendo que eu quero ficar quieta no meu canto HOJE? Só HOJE!! Merda!

Ela me encarou perplexa. E as outras olhavam pra mim meio bobas.

O sinal tocou e eu me levantei e fui para sala primeiro, passando por Estephane que continuou me olhando pelas costas ainda bestificada.




Raquel não foi trabalhar hoje, depois que almoçamos, começamos a arrumar a sala para a festa. Varremos a casa, lavamos os banheiros, fui obrigada a arrumar a zona que é meu quarto, arrastamos o sofá pro canto, e colocamos a mesa mais para a esquerda.

Raquel vez questão de colocar vários balões espalhados por toda a casa, nos ventiladores de teto de todos os cômodos e tirou os quadros enormes das paredes para dar lugar para os balões.

Colocou o bolo enorme de chocolate com cobertura de baunilha com morango decorando encima da mesa. Do lado esquerdo, um bando de salgadinhos fazendo um desenho do numero 2 e do lado direito do bolo, um bando de docinhos, fazendo um desenho do numero 7. Eu não gostei muito disso, mas deixei Raquel arrumar assim.

- E os chapeis? - perguntei

- Daremos para cada um quando chegarem.

- Quer dizer, você que vai dar aquelas coisas, não é?

Ela bufou.

- Não, você vai ajudar sim. Vá tomar seu banho enquanto eu acabo aqui, só faltam duas horas para as pessoas começarem a chegar.

- Tá certo.




A campainha tocou e eu fui abrir a porta.

- Oi, Clara - disse a mulher sorridente que eu não conheço.

- Oi – disse com um sorriso falso.

- Como você cresceu, hein? Lembra de mim?

- É claro – menti – pode entrar. Já chegou alguns convidados, estão na sala com Raquel, pode ir lá. Fique a vontade. Ah! Tome – estendi o chapeuzinho pra ela. - Todo mundo está usando um – até eu estava com um na cabeça.

- Obrigada – disse ela pegando o chapéu e o colocando na cabeça, indo pra sala.

Que mulher esquisita – pensei.

Depois de uns dez minutos, a campainha tocou de novo.

Eu tive que abrir a porta novamente por que Raquel estava conversando com os convidados.

Abri a porta, eram Jane e Cristina. Cristina e Isabel trabalharam juntas quase 5 anos, são grandes amigas, mesmo com a diferença de idade de quase dez anos. Cristina agora trabalha em outro lugar, mas mesmo assim, ainda são amigas.

- Oi - Clara disse Jane.

Assenti com a cabeça.

- Isa já chegou? - perguntou Cristina.

- Não, nós quereríamos que todos os convidados cheguem primeiro que ela, por isso estipulamos um horário de chegada antes que o horário de trabalho dela termine.

- Ah, entendi. Já chegou alguem?

- Já. Estão lá na sala, pode ir pra lá – estendi os chapeis que elas colocaram logo em seguida.

A mãe de Jane foi pra sala e eu e Jane fomos para meu quarto.

- É a primeira vez que vejo esse lugar tão arrumadinho – elogiou Jane – sempre que venho aqui, está uma bagunça! - ela tinha que falar isso, não tinha?

Bufei, sentando na minha cama e ela na cadeira da minha escrivaninha.

- Por que todo mundo adora sentar aí, hein? - perguntei nervosa por tão pouco.

- Como assim? - ela estava confusa, acho que estava pensando que vez alguma coisa errada.

- Todo mundo, com exceção de ninguém, só sentam aí nessa bendita cadeira! Ela tem algum massageador de traseiro ou coisa do tipo?

Jane riu, mas depois parou.

- Por que você está tão nervosa hoje? - ela esperou eu responder, mas a única coisa que fiz foi abaixar a cabeça, então ela continuou – Aconteceu alguma coisa que você não quer contar pra mim ou pra Gina? Você sempre nos conta tudo, mas não esta falando nada dessa vez.

- Estou enrolada em uma brincadeira de mau gosto da vida. É só isso – tentei encerrar o assunto.

- Mas... como assim? Fala o que é. - ela esperou eu falar e nada - Sou sua amiga, Clara.

Era o que eu estava mais precisando, desabafar com alguem. Mas quem iria acreditar em uma estoria dessas?

- Você não acreditaria – dei de ombros.

- Pode ser que eu acredite.

Talvez eu conte e seria até melhor alguem ficar sabendo e... CLARO QUE NÃO!! como que eu falaria?! Jane, sabia que Helena e sua família inteira são um bando de vampiros e que um deles foi quem matou o Marcos?! BAH! Claro que não!!

A campainha tocou.

- To indo atender. - andei ate a porta e me virei pra ela – Vai ficar aí?

Jane se levantou pra me seguir.

Desci as escadas rápido, mas Raquel já antedia a porta.

- Olá! Que bom vocês vieram! – falou Raquel bem simpática.

- O prazer é nosso – disse aquela voz grave que eu reconheceria em qualquer lugar.

- Juan ficou todo apresadinho para nós virmos – disse a outra voz que eu também reconheceria em qualquer lugar.

Por que diabos Juan e Samanta estão aqui?!

Samanta me viu por cima do ombro de Raquel. Me mandou um sorriso torto e um aceno de mão. Depois passou por passou por Raquel e veio falar comigo.

- Não sabia que você iria estar aqui, Clara – disse ainda com o seu sorriso, depois se virou para Jane – Ola – estendeu a mão para cumprimenta-la. - Sou Samanta Serra. E você é?

Jane a cumprimentou meio sem jeito, não está acostumada em cumprimentos desse tipo.

- Jane. Prazer em te conhecer também

- Juan! Olha quem está aqui! - britou para o irmão apontando para mim, enfiando o dedo na minha cara, isso me irritou.

Juan que conversava com Raquel na porta, olhou para nós. Ele me mandou um sorriso fraco. Me pergunto se algum dia ele já deu algum sorriso que mostrou todos os seus dentes.

Tentei empurrar o braço de Samanta para longe, mas nem sequer consegui faze-la perceber meu ato na hora. Quando ela notou, tirou o braço.

- O que vocês dois estão fazendo aqui? - perguntei seria.

- Nossa! Que grosseria – vez um teatrinho de magoada – A pergunta certa é o que VOCE está fazendo aqui – ela colocou novamente o dedo na minha cara. Que raiva!!

- Será que poderia tirar essa mão cheia de dedo ma minha cara, por favor? - sou sínica.

Ela riu e tirou a mão.

- Essa é minha casa e Isabel é minha tia.

Juan deu um pulo de susto e ela me encarou surpresa depois começou a rir.

- Bem que Juan me disse da semelhança de cheiros – disse em meio das risadas.

- Cheiros? - perguntou Jane.

- Perfume – expliquei. - Mas e vocês?

- Juan é o namorado de Isabel.

Não sei o por que, mas não estou muito surpresa!

- Isa já vai parar o carro aqui na frente – ouvi Juan falar.






As luzes da casa estavam apagadas, o silencio dominava, parecia que não tinha ninguém em casa. Ouvimos o som da porta da frente se abrir, passos passando pela porta e a fechando depois, andando e entrando na sala e Isabel ligou as luzes e...

- SURPREESAAA!!!!

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Notas finais do capítulo

Oi!
esse capitilo veio rapido, não?
é q eu já estava com as ideias na cabeça.

Se quiser ver uma foto de que é o tão amado pela Clara, Julian Clasablancas, olha essa foto:
http://userserve-ak.last.fm/serve/_/37190321/Julian+Casablancas+jucsb.jpg

até o proximo capitulo.



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