DRAMIONE || Compreendendo o inimigo escrita por Corujinha


Capítulo 13
Torre de Astronomia e "Faça o que quer fazer"


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas, voltei! FELIZ ANO NOVO MEGA ATRASADO!!
Eu sei que eu falei que não ia demorar, mas ocorreram problemas aí que nem vale a pena mencionar...
Bom, esse capítulo não é nada grande, mas é muito especial então eu espero que vocês curtam. Então, sem mais extensões vamos a leitura!

PS: Leiam as notas finais!



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POV DRACO



– O que quer me dizer? - ela perguntou impaciente.

– É sobre sua discussãozinha com Pansy. - eu disse por fim.

– Pensei ter ouvido você dizer que não se importa.

– Realmente não me importa. É só que... Bom, Pansy é completamente infantil.

– Sério? Eu nunca percebi. - ela interrompeu-me sarcasticamente.

– E ela vai aprontar alguma com você depois de hoje, é meio óbvio. Pra mim, pelo menos. - completei.

Seu rosto mudou tomando uma expressão surpresa e curiosa. Ela aproximou-se mais, interessada.

– O que quer dizer com isso? Ela disse que ia fazer isso?

– Ela... - comecei, mas me interrompi - Espera. - disse abaixando o tom de voz.

– O que foi? - ela perguntou baixo também.

– Madame Pince, está olhando pra cá com uma cara estranha. - eu disse após espiar discretamente os lados.

Ela parou por um instante e discretamente olhou seus lados também.

– E ela não é a única. - ela se silenciou, mas logo voltou a falar - Eu estar conversando com você chama atenção. - Ela disse e em seguida me encarou - É melhor eu sair, mas quero saber o que queria me dizer.

– Falo com você depois.

– Não. Você começou o assunto, quero que termine. Me encontre daqui a 10 minutos na torre de astronomia. - ela disse se levantando e retirando-se o mais depressa que podia da biblioteca.

Eu tenho um questionário enorme e idiota pra fazer sabia!? Bom, mas isso não quer dizer que eu não estarei lá, não é?



POV HERMIONE



As pessoas podiam ter tido o mínimo de educação de esconder que estavam nos encarando. Mas eu também fui completamente estúpida. Sentar-me com Malfoy na biblioteca. Qualquer um acharia ou que ficamos malucos ou que estávamos iniciando uma briga.
Ainda vi de esguelha Madame Pince com aquela cara que ela faz sempre que avista um foco de confusão. Ela parecia estar pronta pra pegar a varinha e nos enfeitiçar.
E parando para pensar, se nós realmente não arranjássemos nenhuma confusão, aí que as pessoas ficariam confusas de verdade. Ainda bem que eu saí logo de lá, mas não consegui sair depois que ele me falasse o que queria me dizer a respeito da Parkinson.
Agora eu estou indo para a torre de astronomia depois de ter deixado meus livros rapidamente no dormitório. Estava novamente indo me encontrar com Draco Malfoy e enquanto caminhava analisava isso. Quando cheguei na metade do caminho fiquei parada. Eu não vou me acostumar ao quanto isso é diferente, estar indo se encontrar com Malfoy. Gina havia dito que nós dois... Que não havia nenhuma problema... Olhei pra trás e por um instante pensei em dar meia volta.
Não. Eu tinha que ir e saber seja lá o que eu tinha que saber.

(----)

Minha primeira visão ao chegar na torre foi seu cabelo loiro prateado sendo esvoaçados pelo vento que vinha da janela. Debruçado sobre esta estava Malfoy olhando para os jardins de Hogwarts abaixo. Quando me ouviu entrar, virou-se e encontrou meu olhar, mas logo voltou a olhar pela janela.
Eu fiquei parada um instante enquanto pensava no que deveria falar, eu me sentia... ansiosa, mas não sabia porque.
Bem, não havia sentido em me sentir ansiosa. Eu só fui saber o que ele não terminou de me dizer na biblioteca. Era ouvir e ir embora, não é? Era o que eu esperava.

– Pensei que talvez você não viesse. - comentei enquanto me aproximava.

– Por que? - ele perguntou sem mover-se um centímetro, nem para olhar para mim.

– Humm, por que vai trair sua amiga me dizendo o que ela está armando? - perguntei-lhe.

– Quem disse que é isso que eu vou dizer? - ele me respondeu com outra pergunta.

Eu fiquei confusa.

– Então...?

Ele finalmente moveu-se e olhou pra mim que agora também estava debruçada sobre a janela a seu lado olhando-o provavelmente com uma expressão indagadora.
Ele suspirou.

– Não vou te dizer porque não sei o que é. O meu aviso era apenas para que ficasse atenta, okay? Quando a situação não permite que Pansy saia por cima ela insiste até que isso aconteça. Parece que as amigas dela estão tirando sarro pelo que você falou, estão instigando ela. Eu disse, ela é infantil, vai fazer alguma coisa pra que as amigas dela vejam que ela não "deixou barato". Ah, e... Ela não costuma jogar limpo. - ele disse.

Minha mente processou aquilo. Que garota estúpida, ia transformar aquilo tudo num jogo idiota pra se provar melhor.

– Não dá pra entender. Eu não deixei barato por muito tempo...

– E acho que isso deixou ela e as outras surpresas. Você era a cobaia que não importa o que ela dissessem ia sempre deixar por isso mesmo e elas iam se divertir as suas custas. Até que...

– Eu acabei com a diversão. - completei.

– É. - ele respondeu simplesmente.

"Ah" eu gemi e enterrei minha cabeça nas mãos com os cotovelos apoiados na janela. O que se pode fazer quando uma louca está querendo se vingar de você? Ela pode usar magia e tornar a coisa bem pior, vai saber o que tem naquela mente horrorosa.

– Boa sorte. - comentou Malfoy.

– É só o que tem a dizer? - eu disse erguendo a cabeça e olhando-o chateada.

– Acho que fiz o bastante. - ele disse com uma expressão convicta. - De nada.

Revirei os olhos.

– E se vocês tentarem se matar, - ele continuou - não diga a ela que eu contei a você.

– E porque contou? - perguntei-lhe olhando-o curiosa.

Ele pareceu pensativo, como se ele mesmo não soubesse porque me contou, até que suspirou e disse.

– Talvez para que ficasse justo, apesar de tudo Pansy é uma bruxa de qualidade.

"Hunf", bufei. Pena que não usa essa qualidade pra algo de proveito.
Ele riu de minha expressão.

– Quero ver como vai sair dessa, Sabe Tudo.

– Sempre há um jeito. - respondi.

– Aposto que sim. - ele respondeu e de repente sua expressão se fechou. Ele desviou seu olhar de mim e direcionou-o ao céu na fora. Ficamos em silêncio por um momento.

– O que foi? - perguntei.

– Nada.

Eu não sabia se deveria falar mais alguma coisa, não sabia se ele queria falar, mas senti como se estivéssemos de novo na cozinha de Hogwarts. Virei-me de costas para a janela e sentei-me no chão de pernas cruzadas.

– Se quiser falar... - não o olhei ao dizer. Eu não sabia o que me fazia querer tanto conversar com Draco, querer ouvi-lo, mas também não encontrava nada que me impedisse. Por uns instantes não ouvi nada, o que me levou a imaginar que meu convite fora recusado.
Em seguida o vi virar-se e se sentar ao meu lado.

– Por que quer ouvir problemas? - Malfoy perguntou-me.

– Humm, eu não sei. Você não acha que falar melhora as coisas?

– Não sei, não costumo fazer isso.

– Não conversa com seus amigos?

– Digamos que eles também tem muito com o que lidar.

– Todos temos.

Enquanto conversávamos não olhávamos um pro outro, ele olhava pra frente e eu alternava entre olhar pra frente também e olhar para minhas mãos.

– Aconteceu alguma coisa? - perguntei. Ele demorou alguns instante, mas respondeu.

– É só a minha mãe. O de sempre na verdade... E se há sempre um jeito, como você diz, queria que houvesse um para que ela pudesse se livrar do... - ele não completou a frase.

– Ela ainda está sofrendo por causa do... Seu pai? - ela difícil pensar naquele homem, eu lembrava que tantas coisas horríveis que ele tinha feito...

– Sim.

– Bom, mas você disse que ela não está completamente sozinha em casa, ela não está melhor? - lembrei-me do que ele havia mencionado na cozinha - o que o preocupa?

– Acho que talvez ela esteja com problemas e não queira me contar. - ele respondeu. - Isso me preocupa.

Subitamente tive vontade de olhá-lo. Acho que eu queria achar qualquer semelhança dele com o pai, qualquer coisa que deixasse bem claro que nele corria o sangue daquele homem, mas ali eu não consegui encontrar. Ele parecia atormentado, preocupado, e tudo porque amar muito a mãe, por temer por ela. Um sentimento que aposto que o marido nunca teve por ela, por ninguém, acho que ele não era capaz. No entanto Draco... Ele a amava mais que qualquer coisa, eu podia ver.
Ele percebeu que eu olhava.

– O que foi? - ele me perguntou.

– Não, nada. - respondi abaixando o olhar.

Voltamos ao silêncio. Não era incômodo, acho que era até necessário às vezes. Por que não era fácil pra nós dois falar de certas coisas. Às vezes precisamos ouvir nós mesmo antes de falar um como outro.

De repente senti seu toque em meu rosto, na minha bochecha. Depois sua mão tocou as ondas do meu cabelo.

– Acho que eu nunca vou entender você. - ele disse olhando pra mim, eu nem havia notado o quando ele estava... Perto.

– O que quer dizer? - olhei nos olhos dele, aqueles cinza tempestade que por muitas vezes foi assustador, os olhos do cara que já foi do lado inimigo, e agora eu não o queria longe. E era difícil lidar com esse sentimento de não o querer longe.

– Como pode existir alguém assim como você? Como você pode estar aqui? É insano agirmos como se você não devesse me odiar.

Eu levei minha mão até a dele que estava em meu cabelo e trouxe para meu rosto pra que ele pudesse tocá-lo novamente, encarei seu olhar.

– Não odeio você.

Eu parecia alerta e em transe ao mesmo tempo. Eu tinha consciência de qualquer movimento que fizéssemos, do seu toque gelado ter me causado um arrepio repentino, de meu coração ter acelerado e de seu olhar que analisou todo o meu rosto minuciosamente e parou em minha boca. Eu olhava diretamente para os olhos dele vendo tanta coisa que não conseguia descrever, era como se ele estivesse falando comigo, eu podia entender. Mas ao mesmo tempo tudo parecia parado. O tempo parecia parado. Eu tinha consciência também de agora estamos mais de frente um para o outro do que lado a lado.

– Pode estar cometendo um erro. - ele disse. - senti sua outra mão em meu rosto. Toque frio. Arrepio.

– Tudo bem. Uma hora eu vou ter que confiar nas pessoas. Algumas delas vão me machucar. - seu rosto estava muito próximo do meu, e ele encostou a testa na minha. Eu senti sua respiração irregular em meu rosto.

– Mas eu não quero fazer isso.

Estava tão frio.
Minha mãos alcançaram seu cabelo macio e passearam por ele até uma delas para em sua nuca. Ele tremeu.

– Então faça o que quer fazer. - eu disse, mas a voz saiu mais como um sussurro.

E eu senti os lábios frios de Draco encontrarem os meus.


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Notas finais do capítulo

Ouço uma aleluia? Ouço um finalmente? Acho que sim! kkkkkk Então acho que vale a pena não perder o próximo capítulo né?

Gente, o que eu queria dizer para vocês é que eu quero mudar a capa da fanfic, maaaas eu não tenho programas pra fazer isso (meu pc está em situação difícil) e também não sou lá muito boa pra esse trabalhos artísticos. Então se alguém aí do outro lado dessa tela de pc/celular/tablet souber fazer isso ou conhecer alguém que faça eu peço que por favor FALE COMIGO por comentário, mensagem, tweet (meu twitter tá na minha página inicial), mensagem de íris, coruja, sinal de fumaça, qualquer coisa, o que for mais fácil pra você! Por favor, gente, peço encarecidamente.

Então é isso, eu peço desculpa por ter demorado e até o próximo capítulo. Beijoos



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