DRAMIONE || Compreendendo o inimigo escrita por Corujinha


Capítulo 1
Expresso de Hogwarts e acusações


Notas iniciais do capítulo

Bom, primeiro capítulo! Espero que gostem e queiram acompanhar. Eu revisei mais ou menos o capítulo, mas revisei. Se algum erro passou, perdão. Boa leitura e até as notas finais!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/510129/chapter/1




POV HERMIONE

Eu estava sentada no batente da porta de minha casa. Olhei o relógio em meu pulso. Eram 10:40h. Era hora de ir, mas eu sentia como se um grande peso impedisse que eu me pusesse de pé, um peso em meu coração. Parecia uma âncora, sempre me puxando para baixo, para mais tristeza.

Eu pensei muito antes de voltar a Hogwarts, cogitei várias vezes não retornar, mas o que eu faria sozinha aqui? Agora que não tenho mais meus pais todo canto dessa casa me deixa triste, me lembra eles... Eu enlouqueceria se ficasse aqui.

Quando decidi que voltaria tentei convencer Harry e Rony a fazerem o mesmo. Eles já haviam tomado a decisão de não retornar então fazê-los mudar de ideia foi algo bem difícil, mas por fim consegui. Às vezes acho que eles só voltaram porque estavam preocupados com meu estado psicológico.

Eles estavam comigo quando recebi a noticia da morte de meus pais, e dedicaram um bom tempo a me confortar. Nas ultimas semanas admito que deixei de atender o telefone. Eu me senti sufocada, precisava ficar um pouco sozinha embora isso não me fizesse bem. Eles provavelmente ficaram preocupados comigo, mas todos nós saímos um pouco destruídos dessa guerra, não fui só eu. Nós que tivemos a sorte de continuar vivos, tivemos pedaços arrancados de nós. Doía lembrar-me de todos que se foram, mas eu não conseguia esquecer. E acho que nem queria. Não quero que os rostos deles se apaguem de minha mente...

Olhei novamente o relógio. Passaram-se dez minutos e agora eu estava relativamente atrasada. Teria só dez minutos, afinal o expresso de Hogwarts tem a pontualidade britânica.

Levantei-me devagar, ainda sentia algo me puxando, uma dor, mas tentei fazer com que minha força de vontade fosse maior que ela. Peguei meu malão que estava ao meu lado e caminhei um pouco, olhando todos os lados da rua. Completamente vazia, constatei, e aparatei para a estação de Kings Cross.

(----)

Desaparatei logo em frente à passagem para a plataforma, um grande descuido meu, admito, já que o lugar é sempre apinhado de trouxas. Foi muita sorte ninguém ter reparado em mim, então aproveitei que não estava sob os olhares alheios e atravessei a passagem para a plataforma 9 ¾.

Outro lugar também apinhado de gente, mas obviamente não eram trouxas. Lá estava o Expresso de Hogwarts e crianças aparentemente do primeiro ano corriam para lá e para cá colocando suas malas no trem e despedindo-se dos pais que faziam muitas recomendações. Aquela cena fez meu coração ficar apertado, fiquei angustiada em olhar aquilo, então tentei desviar meu olhar e seguir em frente. Andei um pouco até avistar algumas pessoas de cabelos ruivos junto com um moreno que conversavam com expressões um tanto perturbadas. Todos excerto por um ruivo que olhava os lados, sem aparentemente observar nada especial, estava triste. Jorge ainda não havia superado a morte de Fred, e eu o compreendia perfeitamente.

Quando Molly me avistou, sorriu e caminhou rapidamente em minha direção dando-me um grande abraço.

– Hermione querida, estávamos preocupados... Vocês estão em cima da hora, pensei que pudesse ter desistido. Como você está?

– Bem. – respondi de imediato como sempre acontecia quando me faziam esta pergunta, não achava que valesse a pena respondeu verdadeiramente a tal questão. – Eu demorei um pouco para arrumar minhas coisas, acabei me atrasando. – menti.

– Hermione – Harry apareceu atrás da senhora Weasley, pediu passagem e veio me dar um apertado abraço – Eu fiquei preocupado, você não atendia ao telefone... Está bem?

– Uhum. – respondi pacientemente fazendo um sinal afirmativo com a cabeça. Eu sabia que ouviria muitos desses “Como você está?’ e “Você está bem?”assim que a notícia da morte de meus pais se espalhasse, mas era aborrecedor mentir para cada uma delas.

– Mione! – Rony surgiu também me dando um grande abraço e eu senti um pequeno desconforto. – Estávamos preocupados com você. Está tudo bem? – ele perguntou.

Respiro fundo e repondo:

– Sim Rony, estou bem. – disse tentando não parecer rude, não queria fazer isso com ele, mas essa pergunta me irritava profundamente.

Rony assentiu com a cabeça e me deu um discreto sorriso. Ele era um ótimo amigo, mas há pouco tempo descobri que era apenas isso. Ainda me perguntava como pude confundir meus sentimentos por tanto tempo , mas notei que não o amava quando eu estava triste e sua presença não me confortava, quando preferi ficar sozinha me afogando nas lembranças de todos aqueles que partiram do que permitir seu consolo. Eu não queria sua companhia, eu não o queria, e terminei o relacionamento que havíamos começado há tão pouco tempo. No momento e algum tempo depois ele achou que eu estava só sendo afetada pelo momento que estava vivendo, na verdade acho que ele ainda pensa assim, que quando eu finalmente tiver paz nós vamos voltar a ficar juntos, mas eu sei que não, e com o tempo ele também saberá.

– E a Gina? - perguntei me desviando de seu olhar.

– Ela já entrou no trem com a Luna. - disse Harry. Foi impressão minha ou ele ficou um tanto desconfortável ao falar de Gina? Sinto que aconteceu algo...

– É melhor entrarem também - diz Molly - Jorge! Querido, venha se despedir, eles já estão indo. - A mãe chamou carinhosamente.

Jorge andou até nós devagar e um tanto cabisbaixo.

– Tenham um bom ano em Hogwarts. - ele disse sem realmente nos olhar e relativamente baixo.

"Obrigado, Jorge" e "Obrigado, mano", responderam timidamente Harry e Rony, respectivamente.

Eu fiquei calada. Observei Jorge e olhei em seus olhos. Eu conseguia identificar o que ele sentia agora, eu também sentia em relação aos meus pais. Não é um sentimento que se possa nomear. Não pensei muito, simplesmente lhe dei um abraço. Ele provavelmente foi pego de surpresa, pois primeiro retraiu-se um pouco e depois correspondeu levemente.

– Eu sei como é. - falei - E sei que não adianta perguntar se você está bem porque não está, mas tente ficar. Ele não ia gostar de vê-lo assim. Não ia gostar de saber que ele é o motivo de sua tristeza. Ele era feliz, muito feliz. - eu disse e o soltei. Vi Molly segurando suas lágrimas. Óbvio que o filho que perdeu também era um assunto delicado para ela, mas ela tinha que parecer forte para seus outros filhos.

Lancei a Jorge um olhar de força e me virei para Harry. Ele disse um "Vamos?" a mim e a Rony que assentimos e entramos no trem dando tchau a Molly e a Jorge. Seguimos em frente e os meninos me guiaram até uma cabine na qual eles já haviam colocados suas coisas. Coloquei minha mala lá também e me sentei perto da janela. Dali a poucos minutos sairíamos e eu agora pensava em como seria voltar a Hogwarts depois de tudo que aconteceu. Como devia estar a escola? Ela fora toda reconstruída com magia e agora a professora Minerva era a diretora. Será que estaria diferente?

– Vai ser um ano bom, e provavelmente bem diferente. - disse Rony sentando-se ao meu lado e me tirando de meu devaneios.

– Sim. - respondi ainda sem tirar os olhos da janela e do vento frio que a deixava embaçada.

– Mas Hogwarts ainda é nosso lar. - disse Harry que havia se sentado no banco a frente de Rony. Eu o olhei. - Não há lugar melhor não é? - ele perguntou com um sorriso discreto.

Sorri também e assenti com a cabeça. Voltei a olhar pela janela e vi as paisagens começarem a passar lentamente. Começamos a viagem em direção a escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

(----)

Passei um bom tempo da viagem apenas respondendo as perguntas que Harry e Rony faziam para puxar conversa comigo. Eu juro que tentava ao máximo estender o assunto e parecer ter a capacidade de ter uma conversa normal, mas eu não conseguia.

Às vezes eu simplesmente saía do ar e voltava quando Harry ou Ron começavam a balançar as mãos perguntando se eu ainda estava ali. Eu sorria constrangida e assentia. Depois voltávamos a falar.

– Que estranho, Gina ainda não veio aqui... O que será que ela está fazendo com a Luna? - Rony comentou.

– Verdade... - eu disse e ele me olhou como se dissesse "Nossa, você escutou dessa vez?". - Eu já volto - disse me levantando - Vou tentar achá-las. Não vejo as meninas há algum tempo. - falei já abrindo a porta da cabine e saindo.

Fui pelo lado esquerdo até as últimas cabines. Procurei Luna e Gina, mas não as encontrei. Perguntei para algumas pessoas em cabines alternadas sobre elas. Algumas simplesmente me disseram que não as viram, outras, ao me ver, me deram os pêsames por meus pais e eu tinha sempre a mesma reação: Me encolher como se tivesse levado um soco, agradecer com um disfarçado gesto de cabeça e sair o mais rápido possível.

Quando cheguei ao fim ainda sem encontrá-las, fiz o percurso de volta e comecei a ir em direção as cabines da direita. Perguntei a algumas pessoas sobre elas como tinha feito no lado esquerdo, mas não muitas. Algumas me viravam a cara ainda, sonserinos. Pensei que após a guerra eles tivessem tomado consciência da inutilidade de seus preconceitos, mas ao que parece...

Continuei seguindo o caminho até que passei por uma cabine que eu senti que se abriu logo que eu lhe dei as costas. Ouvi alguém falar, mas como percebi que não era comigo não me virei naquele momento.

– Que droga, o Nott acha mesmo necessário sair por aí falando com as pessoas pelo trem? Temos um ano para ver as caras um dos outros... - alguém reclamou.

– Ele é o único da Sonserina que se dá bem com gente de diversas casas. Às vezes ele virava o assunto do salão comunal por causa disso. Não sei o que é mais estúpido: a atitude dele ou as pessoas que se dão ao trabalho de ficar fofocando a respeito.

Meu andar divagou quando ouvi a voz que respondia a primeira. Eu sabia quem era. Aquela voz fria, arrastada... Ele não podia estar aqui, eu estava maluca.

Virei-me só para dar de cara com Blásio Zabini junto com a última pessoa que eu esperava ver ali, e também a última que queria: Draco Malfoy.

Os meninos pararam quando encontraram meu olhar, mas eu encarava o loiro a minha frente. Eu não dei importância a Zabini. Me sentia ultrajada por Draco estar ali. Ele devia estar longe de Hogwarts, longe de tudo ao qual causou mal.

– O que está fazendo aqui? - desferi a Draco, que desviou o olhar de mim.

– Granger - disse Blásio - deixa a gente passar. Vai arrumar confusão no trem? - ele falou calmo demais.

Eu o ignorei completamente. Não que Zabini também não tivesse cometido seus erros e merecesse tão pouco quando Draco estar aqui, mas olhar para as feições do loiro me faziam reviver mentalmente aquela lembrança horrenda de estar sendo torturada no chão gélido da mansão Malfoy, de gritar e de ter a sensação da vida se esvaindo do meu corpo, e de Draco assistir parado a tudo isso. Por que me permiti cogitar que ele pudesse me ajudar naquele momento? Eu sentia um rancor que me rasgava por dentro. Sentia mágoa embora não devesse sentir isso, afinal Malfoy nunca me deu motivos para achar que naquele momento ele pudesse me ajudar, deu?

– Como você ousa pisar aqui? Como ousa voltar a Hogwarts, seu filhote desprezível de comensal? - eu voltei a dirigir-me a Draco agora elevando razoavelmente meu tom de voz.

Eu o vi se encolher com minhas palavras e uma parte de minha mente ainda sã estranhou aquilo. Draco Malfoy se encolhendo com minhas palavras?

Mas a outra parte de minha mente pensava que aquilo era bom. Essa parte trabalhava cruelmente, queria que eu pusesse para fora um pouco da dor que eu estava sentindo.

Draco ainda não respondia, não revidava, não me olhava, não fazia nada.

– Vai com calma, Granger. - Zabini disse levantando as mãos - Sem confusão. - a atitude dele me deixava um tanto confusa. Acalmar os ânimos e não atiçar briga era atípico de Blásio e de qualquer outro sonserino.

Mas minha mente ainda trabalhava para a dor.

– Você não tem esse direito! - agora provavelmente muitos podiam me ouvir - Você é tão culpado por tudo que aconteceu quanto qualquer um daqueles malditos comensais. - eu não percebia mas pequenas lágrimas começavam a dançar por meu olhos. Eu sabia que choraria. Cada palavra parecia me cortar. Eu pensava que estava superando... - Tão culpado quanto qualquer um deles pela morte das pessoas que eu amava! - há essa hora cabeças começaram a surgir das cabines para olhar quem brigava já no Expresso em direção à escola - Culpado pela morte dos meus pais! - eu gritei a última frase a plenos pulmões na tentativa de que o machucasse tanto quanto a mim, aquelas palavras.

Pela primeira vez desde que eu começara a falar, Malfoy me encarou. Seus olhos cinza tempestuosos faziam que tudo ficasse ainda mais frio. Sua boca se abriu um pouco e voltou a se fechar. Pela sua expressão ele não sabia, a notícia ainda não havia chegado até ele.

– E-eu... Eu... - ele começou, mas não formou uma fala concreta.

– Hermione - alguém atrás de mim me chamou.

Olhei instintivamente e vi a longa cabeleira ruiva de Gina e sua expressão triste. Ela provavelmente me ouvira desferir a Malfoy aquelas palavras sobre a guerra. Ela havia perdido um irmão também. Sabia o que eu sentia. Ela segurou meu braço carinhosamente e disse:

– É melhor saímos daqui. - falou com uma voz baixa e forçadamente tranquila.

Olhei para os dois garotos a minha frente. Os dois com expressões que iam da surpresa a confusão. Olhei os lados do trem também e as pessoas que me olhavam com um misto de susto e pena. Eu odiei aquilo.

– Vamos. - disse à Gina que me acompanhou ao passar pelos garotos que ficaram para trás.

(----)

POV DRACO

Eu e Blás voltamos para nossa cabine sem continuar a procura por Nott. Eu me sentei no banco e fiquei calado por um momento. As coisas que a Granger falou... Ela parecia fora de si. Mas os pais dela morreram. Eu não havia ficado sabendo disso. Obviamente a Sonserina não daria importancia para notícias a respeito dela, embora eu tenha chegado a pensar que eles pegariam mais leve depois da guerra, mas Sonserina dá muito valor as tradições. Mas ela parecia mal. Claro Draco, como você estaria se tivesse perdido seus pais? Também não culparia qualquer um que parecesse responsável?

Eu sentia culpa por muitas coisas que havia feito. Inicialmente, não ter dito a meu pai que não queria juntar-me a Voldemort e seu exército. Que não queria as trevas para mim.

Mas agora de nada adiantava pensar nisso. Eu já havia cometido meus erros. Só o que me restava era pagar por eles. Perante a lei eu já fora absolvido, mas sabia que o julgamento das pessoas seria mais cruel que o do Ministério da Magia, pude ter uma prévia disso com a Granger.

– Não se chateia por isso, Draco. A Granger tava histérica. - disse Blás notando minha expressão.

– Os pais dela morreram, Blás. Acho que o que ela tinha não era histeria. - digo e apoio meu rosto nas mãos. - Que droga, não sei porque voltei para essa escola! - reclamei.

– A outra opção que tua mãe te deu foi tentar viver no mundo trouxa, com aqueles hábitos deles e sem usar magia. Pelo menos em Hogwarts você ainda vai ser um bruxo. Foi sua melhor escolha, cara.

– Eu sei... Mas já deu pra para ver como isso vai ser, Blás. A justiça nos perdoou, mas a memória da sociedade bruxa é muito eficiente.

Ficamos calados depois do meu último comentário. Era verdade o que Blásio disse sobre minha mãe. Após a carta de Minerva (que surpreendeu muito a mim e a ela) convidando-me a retornar à Hogwarts ela me deu duas opções: aceitar ou viver no mundo trouxa. Eu não podia nem imaginar a segunda. Então aceitei voltar mesmo sabendo que as consequências dos meus atos fariam da minha vida aqui um inferno. Não pensei que começaria tão cedo.

Depois de alguns minutos em que eu refletia sobre tudo isso, Nott chegou na cabine e recebeu as reclamações de Blásio.

– Nott, que merda, onde você tava? Por ficarmos te procurando por aí já arranjamos confusão. E lembra que isso foi a única condição que Minerva impôs para nossa volta? Sem confusão.

– Ei, calma cara, eu vim avisar que já estamos chegando. – ele disse e sentou-se ao meu lado - Então é verdade a história com a Granger? – Nott perguntou.

– Como sabe? – eu perguntei olhando-o.

– As pessoas estão falando pelo trem. Pensei que só estivessem implicando com a Sonserina como sempre.

– Que maravilha. – ironizei e observei as paisagens passando rápido pela janela.

(----)

Chegamos a Hogwarts e como sempre fomos levados ao Salão Principal onde a nova diretora fez um longo discurso falando sobre como era compreensível nossa tristeza pela perda de nossos entes queridos e como era importante o perdão para quem estava disposto a mostrar que mudara. Senti alguns olhares em mim nessa parte do discurso, mas preferi fingir que estava achando o suco de abóbora delicioso.

Quando Minerva terminou de falar disse que nos deixaria para que apreciássemos ainda mais a refeição. A mesa da Sonserina estava mais quieta que o normal e era mais observada que o normal também. Muitos olhares de desconfiança eram lançados a nós e aquilo estava me deixando irritado, por isso não comi muita coisa e logo me levantei para sair do Salão Principal.

– Já vai? – perguntou Blás.

– Tá insuportável ficar aqui com todo mundo lançando esses olhares. – eu reclamei.

– Vai ser assim por um bom tempo. A gente já sabia disso. – ele falou.

– Mas eu não sou obrigado a ficar aqui. – respondi e sai.

Tentei andar o mais depressa possível, mas logo na porta do Salão a diretora Minerva me parou. Respirei fundo. Realmente eu não podia simplesmente ir para o dormitório, não é?

– Senhor Malfoy, fiquei ciente do que aconteceu entre o senhor e a senhorita Granger no trem a caminho da escola.

– Diretora, eu não fiz nada, ela começou a gritar desenfreadamente e...

– Senhor Malfoy, eu sei que o senhor não provocou uma confusão, mas peço que entenda que a senhorita Granger ainda está muito abalada com... A perda que sofreu. – ela disse.

Eu não entendi muito bem porque ela estava me falando aquilo já que não ia brigar comigo, mas também não ia perguntar. Se eu saísse um pouco da linha sabia que a situação poderia ficar ainda pior do que já estava, então simplesmente assenti com a cabeça e ela fez o mesmo, seguido de um gesto para que eu continuasse meu caminho.

Eu fui para meu dormitório e achei a cama cuja minhas malas estavam ao lado. Joguei-me nela sem ao menos trocar de roupa. Tudo borbulhava ainda em minha mente, mas o cansaço foi mais forte e me venceu. Rapidamente dormi.

As palavras da Granger fizeram com que meus pesadelos fossem ainda piores.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, espero que tenham curtido. Eu gosto de detalhar as situações, espero que esse meu jeito não chateie vocês. rsrsrsDeixem um review pra tia, por favor, beijo no coração e sejam felizes ♥