Eu não precisei de um nome para amá-lo... escrita por DragonMK


Capítulo 1
O dia que encontrei você...


Notas iniciais do capítulo

Yo minna bem aqui estou postando uma one que me veio enquanto escutava minhas listas no 8track e tal e tentei fazer um teste se conseguia ainda escrever algo descente hahaha...
Gostei bastante de escrevê-la e perdoe-me pelos erros, eu corrigi os que vi, mas sempre escapam alguns ainda mais comigo sem óculos. Espero que gostem e não esquecem de humildemente colocar sua opinião no final beijos.
Só para lembrar que este é um trabalho que estou dedicando a minha parceira YuiSama que nem imagina que estou fazendo isto, mas é um presente adiantado de niver dela e claro que haverá várias outras...

Yui-chan obrigada por me aguentar e espero que goste do meu presente para você ;*



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Não me recordo muito bem de como tudo começou, de como comecei a me sentir assim por você. Nunca desejei estar perto de alguém como eu sentir por você, com seu sorriso idiota e olhos que transbordavam vida, como a mais linda tela pintada pelo criador.

O nosso primeiro encontro foi tão inusitado, lá estava eu andando apressadamente em meio ao caos de Tóquio, estava frio, não que eu já não fosse acostumado com isso, mas não era apenas o clima, e sim algo dentro de mim.

Meus olhos pareciam mortos, enquanto os mirava em qualquer direção das ruas chamativas e com pessoas rindo ou conversando por telefones. Meu corpo inteiro latejava por estar mais uma vez em meio às longas ruelas que a vida me apresentara, fugindo de tantos lugares, procurando algo que jamais imaginei encontrar.

Estava tão distraído que não vi um violão vindo em meu rosto, ao sentir o baque tão dolorido cai ao chão, desejei matar a pessoa, mas foi então que vi as duas íris que me salvaram de cair plenamente à escuridão.

Um garoto de cabelos castanhos em um penteado desarrumado veio em minha direção assustado, com enormes olhos de um turquesa tão belo e diferente que sentir meu corpo se aquecer. Suas bochechas estavam coradas pelo clima frio e suas luvas negras tocaram meu braço, e eu mesmo sem sentir sua pele senti um calor que jamais imaginei.

Você está bem?”

Sua voz era de uma melodia tão doce e sincronizada que mais parecia uma canção do que simples palavras. Arrumei minha roupa e então engoli em seco, sentindo uma brisa fria soprar contra o meu corpo e logo voltei a encará-lo.

“Estou”

“Que bom, desculpe-me estava tão distraído que não notei você... Não que você não dê para notar, quer dizer, eu apenas...”.

Ele abriu um largo sorriso caloroso e então começou a enrolar-se com as palavras. Era um pouco cômico aquilo e era tão tranquilo que acabei sorrindo sem perceber.

“Está tudo bem, eu também não o notei”.

Ele me encarou por alguns minutos um tanto surpreso, seus olhos cerraram-se e então engoli em seco, percebendo que minha identidade havia sido notada. Estava pronto para ir andando e deixar aquele lindo estranho quando ele levou suas mãos aos lábios e escondeu um sorriso.

“Você tem um lindo sorriso...”.

Naquele instante senti o chão sobre os meus pés sumir e apenas o encarei surpreso. Ele levou suas mãos aos cabelos castanhos e bagunçou-os um pouco, senti o meu peito palpitar de uma forma estranha.

“Isso soou meio... É que é a primeira vez que vejo alguém sorrindo de uma forma tão... Adorável.”

Ele falou sorrindo e eu senti meu rosto tentar ganhar uma coloração, mas eu não era tão fácil assim, sabia manter-me são em qualquer situação, mesmo que um garoto tão lindo estivesse falando coisas tão doces para mim sem ao pior conhecer-me.

“Você quer o meu número de telefone por acaso...?”

Perguntei sarrista e o mesmo ganhou um tom avermelhado mais forte às lindas bochechas infantis. O mesmo desviou os olhos dos meus e percebi o desconforto do mesmo e sorri, olhei para o violão em suas costas.

“Você toca em?”

Porque eu estava tão interessado em puxar assunto com alguém que nem conhecia, e que não passava de mais um esbarrão do destino? E mesmo assim, porque sentia-me tão confortável ao seu lado, sem conhece-lo?

“Oh! Sim, estava indo para o meu trabalho...”.

“Acho melhor então prosseguir, foi um prazer levar um tapa de você”

Falei rindo e mesmo que minhas palavras fossem uma despedida, não sentia realmente vontade de ir, não depois que aquele estranho havia conseguido fazer-me esquecer de toda aquela sensação de amargo em meu amago.

“Argh, falando assim continuo a sentir-me culpado. Que tal se eu lhe pagasse um café como desculpas?”

Mesmo surpreso eu o acompanhei, o mesmo sorriso de forma calorosa pela rua e logo adentramos a uma cafeteria um tanto requintada, com um ar mais antiquado. Mesas redondas pequenas de até quatro pessoas espalhadas no ambiente decorado com varias lanternas em formas de bolas coloridas.

O cheiro agradável chegava as minhas narinas, enquanto observava o enorme balcão de madeira maciça com pirulitos sobre o mesmo. Na parede havia um jukebox detalhado em madeira, onde entoava uma canção do A-há. Havia uma enorme vitrine com doces que deixavam qualquer um com desejo.

O moreno deixou-me sentado próximo a um pequeno palco de madeira antigo, onde havia vários quadros de cantores renomados até alguns da atualidade. Engoli em seco, observando o último, onde um moreno baixo estava abaixado com uma guitarra fazendo um solo bem conhecido de sua carreira e com o rosto escondido pela franja negra.

“Merda...”

Fingi não ver isso e peguei os óculos em minha pequena bolsa que me acompanhava e os coloquei em meu rosto. Logo o garoto de belos olhos voltou com um café expresso e alguns sonhos, deixando-os em minha frente.

“Espero que gostei...”

“Obrigado...?”

“Eren... Eu me chamo Eren Jaeger.”

Ele sorriu e eu nunca imaginei que um nome pudesse cair tão perfeitamente em um ser como nele. Direcionei meus olhos ao pequeno palco, sentindo certa nostalgia ao perceber o piano antigo próximo ao mesmo, uma bateria e um microfone sobre o mesmo.

É um belo local...”.

“Obrigado, ele é de uma amiga minha.”

Não me lembro de ter o perguntado...”.

“Tão gentil... Você não irá dizer-me o seu nome? Ou irei ter que lhe chamar de chibi-san?”

Ousado, aquele garoto era sem duvidas um dos primeiros que brincava com minha altura há tantos anos. Podia dizer que havia ficado enfurecido e que lhe iria dar uns tabefes, mas a verdade é que a irritação pareceu esvair-se ao ver seu lindo sorriso.

“Sua mãe não lhe deu educação?”

“Sim, mas essa foi à única desculpa que arrumei para saber o seu nome...”.

E novamente suas palavras pareciam atingir-me em cheio. E naquele momento, aquele maldito pirralho ganhou o meu frio coração. Horas passaram-se até ele subir ao palco tocando lindamente e com tanta emoção em seu violão, enquanto uma loirinha de olhos azuis e sorriso gentil sibilava uma lindíssima canção.

Repentinamente aquela se tornou minha nova rotina, depois dos exaustivos puxões dos dias. Eu ia a aquele lugar (Watashi no koe), conversava com aquele pirralho, sentando naquela mesma mesa mais afastado e então eu o visualizava tocar belamente.

Seis dias por semana, já que aos domingos não era aberto, aquele maldito de olhos verdes acalentava o meu coração. E mesmo que sem saber o meu nome, continuávamos em uma conversa doce e vivida.

Não era por interesso como as maiorias, e nem parecia uma mentira. E eu gostava tanto de estar ao seu lado. E mesmo que o meu rosto estivesse estampado a cada lugar, que minhas músicas tão sem emoções fossem cantadas por inúmeras pessoas, apenas a dele fazia a diferença para mim.

Sim, eu era um artista entediado de sua vida de glamour e fama. Sempre senti que algo me faltava até conhecer aquele garoto tão sem percepção das coisas ao seu redor. E mesmo que muitas vezes fosse “fantasiado” de outra pessoa, ele sempre soube quem eu era e jamais me julgou.

E em dias desses lá estava eu sentado em minha mesa, escutando ele tocar violão, mas desta vez era diferente, não havia ninguém ao seu lado, apenas ele e seu violão e um microfone.

[Oh maybe I'm a crook

For stealing your heart away

Yeah maybe I'm a crook

For not caring for it

Yeah, maybe I'm a bad, bad, bad... bad person

Well baby I know]

[Oh, talvez eu seja um bandido

Por roubar seu coração

É talvez eu seja um bandido

Por não se importar com ele

Sim, talvez eu seja uma má, má, má pessoa.

Mas baby, eu sei]

Ouvi uma pequena comoção pela linda voz do pirralho. Ele sorriu enquanto voltava a dedilhar o violão olhando para as pessoas.

[And these fingertips

Will never run through your skin

And those bright blue eyes

Can only meet mine

I cross a room filled with people

That are less important than you]

[Então estas pontas dos dedos

Nunca passarão por sua pele

E esses olhos azuis brilhantes

Só podem encontram os meus

Através de uma sala cheia de pessoas

Que são menos importantes do que você]

Eu sabia que aquela música não falava de um amor que duraria para o resto da vida. Eren parou de dedilhar a música naquele momento olhando-me nos olhos, e o espaço entre nós pareceu sumir, e todas as pessoas ao nosso redor também.

Infelizmente eu não posso cantar este final...”.

Sua voz foi grave e baixa enquanto a plateia reclamava, mas seus olhos estavam vidrados aos meus, enquanto um doce sorriso estampava aquela linda e estúpida face que aprendi a amar.

Porque, eu espero que você me ame tanto quanto eu o amo. E eu jamais poderei esquecer e me desfazer deste sentimento...”.

Nunca me sentir daquela forma antes. Ele nunca me chamou pelo nome, apenas por apelidos estúpidos, mas algo em mim dizia que ele sabia exatamente quem eu, sobre a minha carreira e não se importava, ou talvez ele fosse o tapado que eu amava e apenas havia me amado por eu ser quem eu sou não por interesse.

Logo aquela amiga dele entrou no palco e o show continuou normalmente, mas antes do final meu celular ligou e eu o deixei. Naquele dia eu iria começar uma turnê pelo mundo e mesmo que eu quisesse lhe dizer isto, dizer quanto eu o amo e contar-lhe tudo, eu não sabia onde ele morava ou mesmo o seu telefone.

Um ano, cinco meses, duas semanas, oito horas, quarenta e cinco minutos e alguns segundos. Esse foi o tempo que eu fiquei longe do estranho que ganhou o meu coração. Naquela noite eu entrei novamente em nosso local, sentei em nossa mesa, mas ele não apareceu.

Passaram-se um mês e ele jamais voltou. Ninguém me dizia nada, afinal eu era apenas mais um cliente. Ele deveria ter conhecido alguém e agora estava vivendo um amor que eu idealizei para nós.

E isso doía...

E novamente eu vagava por entre a noite com o coração dolorido. Minhas musicas eram sobre ele, meus pensamentos e ações também. Eu voltei tantas e tantas noites, mas ele nunca retornou e por um egoísmo meu eu sabia que o havia perdido.

E assim um ano e meio se foi e lá estava eu andando por aquela mesma rua, de cabeça baixa, sentindo novamente aquele clima frio. Novamente olhando as pessoas felizes, enquanto eu apenas sonhava com o amor que havia perdido.

E lá estava eu parado no lugar onde nos conhecemos, eu estava lá sentindo aquela doce nostalgia, enquanto sentia aquela dor no meu peito, lembrando-me do seu sorriso. Foi então que recebi um tapa em minha cabeça, que me jogou ao chão.

Senti tanta raiva que quando levantei, estava disposto a fazer aquela pessoa engolir seus dentes, mas então eu vi um moreno de olhos jades, com um violão em mãos, com um lindo sorriso gentil. Seus cabelos estavam curtos e um tanto repicados.

“Me desculpe, mas eu não vi você...”

Seu olhar era gentil e doce. Senti o meu coração apertar, enquanto o mesmo vinha em minha direção e arrumava os fios soltos de meu cabelo que caiam da touca negra que usava, juntamente com os óculos.

“Você continua tão lindo como sempre...”.

Ele sussurrou próximo ao meu ouvido e então eu apertei sua mão.

“Onde...? Onde você esteve todo este tempo?!”

Ele sorriu coçando a nuca e então olhou para outro lugar.

“Depois daquela noite, em que você foi embora... Eu pensei que... Eu voltei três meses a ao nosso lugar, cantando, mas sem você ali existia um sentimento de vazio, então eu viajei. Foi quando vi seu rosto nos outdoors por todos os cantos e percebi que talvez você tivesse pensado que eu apenas o amava por você ser famoso...”

Ele remexeu os cabelos e então soprou as mãos.

“Está muito frio...” ele murmurou e então me olhou sorrindo “Eu pensei que você jamais voltaria afinal quem eu sou perto de um astro do rock? Sou mais um fã apaixonado... Eu voltei para a Alemanha, mas então eu recebi uma ligação de uma amiga minha, dizendo que um cliente sentia minha falta”.

“Eren... Eu nunca pensei em nada destas coisas...”.

“Levi... Eu aprendi a te amar sem nome...”.

Ele sorria docemente em minha direção. Não resistir a mais nada, nossos lábios tocaram-se e um misto de calor e saudade parecia fluir entre nós. E mesmo que fosse a primeira vez que tínhamos este contato, parecia algo tão normal e nostálgico.

Foi ali que eu percebi que nós estávamos destinados um ao outro...?

Eu nunca acreditei em besteiras de amor a primeira vista. Nunca acreditei que alguém pudesse mudar minha vida desta forma e sempre pensei em mim mesmo solitário, mas você chegou de uma forma tão inusitada. Talvez as incertezas do amanhã sempre estejam sobre nós, mas saiba que...

Eu não precisei de um nome para te amar...


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Notas finais do capítulo

Música Love, Love, Love do of monsters and me
Obrigada por tudo e bem deixem comentários tanto para mim, quanto para a YuiSama que não sabe deste presente, então cooperemos irmãos kkkkkkkkk beijos...



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