Você Me Bagunça escrita por AnaShipper


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tô de volta!
Tive alguns, poblemas, dúvidas, mas tempo que é bom, nada! Peço desculpa, de verdade. Obrigada por não terem abandonado aqui.



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Os olhos de Megan se abriram preguiçosamente, e agora tentava se situar. Ok, o barulho do mar indicava que tudo não era um sonho e ela estava mesmo naquele paraíso com Davi, longe de tudo e todos. Mas onde estaria ele? Lembrava que as coisas haviam esquentado na noite anterior e deu um sorrisinho. O clima era propício, estavam incógnitos sem a pressão dos dias normais e, Davi estava mais do que disposto a distraí-la. E que distração! Também lembrou de que depois disso, dormiram abraçados a noite toda no aperto daquela barraca, mas isso era insignificante, no caso. Quanto mais juntos, melhor.

A claridade do dia a fez fechar os olhos, mas logo sorriu ao avistar Davi ao longe sentado na areia, os cabelos bagunçados pelo vento e jogando pequenas pedras ao mar. Parecia no mundo da lua, mas contribuía para a paisagem. Caminhou até lá e sentou atrás dele, o abraçando pelas costas.

–Hey boy! Quem te deixou aqui sozinho?

Ele riu.

–É que minha namorada linda, loira e sexy ficou dormindo naquela barraca bem ali.

–Tem namorada? Damn!

Ele sorriu novamente e se deitou na areia, apoiando a cabeça no colo dela.

–Eu tava aqui pensando, quando a gente voltar amanhã, como é que vai ser hein?

Ele acarinhava os cabelos dele que fechava os olhos com o contato.

Well, primeiro vão querer nos matar por termos sumido. A verdade é que estou me sentindo mal por mom, ela deve estar like... surtada.

–Se você quiser a gente liga pra ela agora mesmo. Mas eu tava falando sobre o Jonas. Como é que vamos ter uma parceria se eu sequer consigo confiar nele?

Davi percebeu que Megan se calou, olhou pra cima e viu que ela parecia triste.

–Como eu sou idiota. Tô aqui pensando em mim enquanto essa história toda deve ser bem pior pra você. Me desculpa.

No, tudo bem. Mas é que você falou em confiança e eu fiquei pensando: todas as vezes que ele foi um pai pra mim, estava sendo sincero ou, como disse aquela matéria, só se aproximou dos Parker por poder, dinheiro?

–Sinceramente, eu tô tão confuso quanto você. Megan, desde que essa história toda veio à tona eu já me questionei mil vezes se fiz certo quando entrei no concurso. Mas se eu sair da Marra agora, vai piorar a situação do Jonas não é?

–Você está pensando em fazer isso?

–Não sei. Não sei de mais nada. Mas quando a gente voltar eu vou esclarecer essa história.

Really?

–É. Tudo bem pra você?

Megan demorou um pouco a responder.

–Course! E nada vai mudar entre nós, I promise! Agora vamos ligar para mom, please!

*** *** ***

Megan tinha toda razão, Pamela estava tendo um de seus surtos. Não bastasse o sumiço da filha, o fato de Jonas não ter dormido em casa foi explicado do pior jeito. Brian tinha acabado de dizer a ela que passou a noite no hospital com o amigo.

–Porque você não foi me chamar quado Rita ligou? Meu marido podia ter morrido durante a noite, Brian!!!

–Pamela, você estava muito nervosa por causa da Megan e...

–Megaan... -A loira se deu conta deste outro problema e começou a gritar dizendo que queria a filha e o marido.

–Pamela, fique calma e foque no olho do... -A loira não deixou que ele terminasse a frase e lhe deu um tapa que o guru logo revidou. A situação seria cômica se não fosse trágica. Dorothy iria intervir na briga se o celular não tivesse tocado e ela ouvido a voz de Megan do outro lado.

Oh thanks God! Que bom que você está bem, girl!

–Que gritos são esses, Dorothy? É mom? E... Brian?

–Brian acabou de dar um tapa na sua mãe. Você já deve imaginar porquê...

–Oh no! Ela teve um daqueles bugs no cérebro de novo? Por minha culpa, eu sei...

–Também Megan. O seu pai... está internado no hospital desde ontem, baby!

Megan não conseguiu dizer nada. E baixou o celular que Davi pegou da mão dela.

–Megan? Você ainda está aí?

–Sou eu, Dorothy, o Davi. O que houve?

–Traga a Megan imediatamente pra casa, Davi. O pai e a mãe estão precisando dela aqui.

–Tá, a gente tá indo.

Davi não sabia do que se tratava, mas abraçou Megan sem lhe perguntar a razão de suas lágrimas. Sabia que às vezes o melhor é não dizer nada.

*** *** ***

Chegaram ao hospital por volta da uma da tarde. Megan sempre odiou hospitais. Olhar em volta e só ver pessoas com expressão de medo no olhar era perturbador, a morte rondava aquele lugar o dia inteiro. E seu dad agora estava ali também. Sua cabeça rodava enquanto o médico, Dr. Breno, os conduzia para o quarto.

–Mom, como ele está? -A loira já chegou perguntando, mas tratou logo de abraçar a mãe que suspirou aliviada.

–Está descansando, baby. Está tudo bem.

–O que foi que aconteceu, Pamela? -Davi quis saber.

–Foi minha culpa? Por que eu saí de casa?

–I don't know. Foi sua tia quem o encontrou Davi, ele estava na Gambiarra. É só o que eu sei...

Doutor Breno então se pronunciou.

–O Jonas pode ter passado por uma emoção muito forte. Ele já teve outros desmaios,mas dessa vez foi pior. Durou mais tempo e a pressão subiu muito.

–Ele passou bem a noite?

–Se queixou de dor de cabeça e queria muito ir pra casa, mas o Brian o convenceu a ficar. Bom, eu vou deixar vocês com ele mais um pouco. Depois vamos realizar mais alguns exames.

–Sim, doctor Breno, thanks! -Pamela sorriu para o médico que saía enquanto ela segurava a mão de Jonas.

Jonas acordou e Davi deixou que a família ficasse a sós. No corredor, enquanto tomava uma água, encontrou Rita, que acabara de chegar com Dante, que vieram em busca de notícias.

–Davi, garoto, onde foi que você e a Megan se meteram? -A tia perguntou em tom repreensivo.

–Longa história, tia, depois te conto. Mas me fala você, como é que o Jonas foi parar na Gambiarra?

–Boa pergunta! Só sei que o Herval me ligou pedindo pra eu ir na Plugar. Eu estranhei, mas fui. Quando cheguei na calçada, o Jonas tava lá inconsciente...

–Na Plugar? Eu não acredito que ele foi.

Nesse mesmo instante, Davi viu quando Megan e Pamela apareceram informando que Jonas queria vê-lo. Antes de sair, deu um selinho carinhoso na namorada que tinha a expressão triste.

–Já volto.

Quando chegou ao quarto de Jonas, Davi entrou devagar. O homem batia impaciente os dedos na mesinha ao lado, mas quando viu o jovem, se acomodou mais à cama.

–Tá melhor, Jonas?

–Só uma dor de cabeça insuportável, mas até que tô legal... Eu precisava falar com você, Davi.

–Jonas, se é sobre a Marra, eu...

–Não é sobre a Marra! É sobre a Megan.

–Megan? -Davi olhou rapidamente para o empresário.

–Davi, se você ama a minha filha, não deixa ela voltar naquela ONG.

Davi franziu a testa.

–Como assim? A Megan ama a Plugar e eu fico muito feliz por isso.

–Olha só, por mim a Megan pode fazer trabalho comunitário onde quiser, menos naquele lugar.

Davi ficou ainda mais confuso e se levantou. Juntou as duas mãos antes de começar a falar.

–Jonas, porque esse interesse de onde a Megan tá ou não, agora? Você nunca proibiu a tua filha de nada, nem quando ela ia beber que nem louca nas baladas. A garota vive mendigando a atenção do pai...

Jonas baixou o olhar e começou a falar mais baixo.

–Eu sei de tudo isso E talvez seja esse o motivo por eu ter tanto medo agora...

–Dá pra ser mais claro?

–O Herval, o cara que você tanto admira, é um louco, obcecado por mim e tudo relacionado a minha vida. -Davi riu com sarcasmo, mas Jonas continuou. -Eu sei que isso parece pretensioso da minha parte e só contribui com tudo que você já pensa a meu respeito, mas acredita em mim, Davi.

–Que foi, Jonas? Vai dizer o quê? Que o Herval é um assassino psicopata? Desculpa, mas quem tá sendo acusado de morte aqui é você...

Com essa frase do rapaz, Jonas fez uma pausa, mas logo continuou:

–Ótimo, você chegou onde eu queria. Sabe qual o nome desse cara que morreu, o LED? -Davi passou a ouvir, atento. -Luiz Edmundo DOMINGUES!

Davi engoliu a seco.

–O que você quer dizer com isso?

–Esse Herval pode ser parente do LED.

–Pode ser? Sabe quantas pessoas com esse sobrenome existem no Brasil?

–Davi, chega! A questão é que ontem eu falei com ele e seu amigo deu a entender que é um sujeito perigoso!

Antes que o rapaz dissesse mais alguma coisa, o Dr. Breno apareceu informando que estava na hora dos exames.

–Depois, a gente conversa, Jonas.

–Davi, você tem razões pra não acreditar em mim, mas pensa na Megan antes de tudo.

–É só nela que eu penso... -Abriu a porta -Tchau!

Davi decidiu ir para casa tomar um banho, e aproveitaria para conversar com seu amigo. Será que ele e Jonas haviam discutido? Era bastante provável. Mas acreditar nas acusações do magnata era outra história. Depois de tomar seu banho e abrir a porta para sair, encontrou Verônica que já ia bater, à procura dele.

–Davi, que bom que eu te achei em casa. Eu preciso falar com você.

–Verônica? Talvez eu deva falar com você também, entra.

A jornalista sentou no único sofá do apartamento de Davi enquanto ele puxou uma cadeira.

–Davi, então... eu vim falar sobre o Jonas.

–Sei. A polêmica matéria que você escreveu.

–Não, não. Não fui eu que escrevi. Quer dizer, fui eu, mas... ai meu Deus! -Ela tentou se explicar com seu jeito atrapalhado enquanto o rapaz ficou confuso.

–Verônica, do início.

–Tá, presta atenção: Ali tem partes do texto que eu escrevi sim. Mas eram só rascunhos, eu nem sonhava em formar o texto ainda. Eu ia escrever um livro, não uma matéria. O problema é que a pessoa acrescentou coisas absurdas como essa acusação de assassinato, eu não escrevi isso. Eu falei com a Débora de onde ela tirou e ela disse que recebeu por e-mail.

–Então alguém te hackeou?

–Pois é, o Vicente já checou isso. Ele disse que não tem nenhum sinal de invasão no meu computador, sei lá.

–Então, ou a pessoa usou um recurso muito poderoso e discreto que nem eu e o Vicente conhecemos, ou... alguém entrou no seu apartamento e pegou o arquivo do seu computador à moda antiga.

–Não, não acho. As únicas pessoas que entram na minha casa são meu filho, a Edna e o Herval. Como eles estão acima de qualquer suspeita eu descarto. -A jornalista afirmou, segura.

–E o que você queria falar comigo, afinal?

–Bom, eu queria muito falar com o Jonas, Davi. Sei lá, pedir desculpas, me defender. Fui na Marra e ele não me atendeu, na casa dele eu não me atreveria...

–Posso convencer ele a te escutar.

–Eu também quero oferecer ajuda pra ele se defender também, talvez possa investigar mais a fundo essa história.

Davi aproveitou que Verônica era uma mulher de bom senso, para ter uma opinião mais neutra sobre tudo.

–Então você acredita na inocência dele?

–Acredito! - Afirmou rapidamente. -Ele foi sincero comigo, Davi. Eu tenho certeza.

Agora mesmo é que o rapaz estava confuso. Não queria nem pensar que Herval, frequentando a casa de Verônica pudesse fazer algo desse tipo. Era verdade que ele estava estranho e o ódio por Jonas não era segredo pra ninguém, fora aquele fato esquisito que ele vira na Plugar outro dia: diversas revistas sobre os Marra.

“É um louco, obcecado por mim e tudo relacionado à minha vida” Jonas podia ter razão. O problema vinha depois: tirar Megan da Plugar. Aquilo seria difícil. Será que ela entenderia?


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Notas finais do capítulo

Toda essa história em torno do Jonas e Herval, é muito importante.
Sei que, na novela, a Verônica tá causando raiva em todo mundo, espero que aqui não hehe
Bjs!



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