Double escrita por Carolina


Capítulo 3
O baile e "Nós realmente precisamos de um par"


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus! Depois de mais de um ano sem dar as caras por aqui, ESTOU DE VOLTA! Sim, lindos e lindas, estou de volta! Foi um ano de muitas dificuldades por aqui e as coisas nem acabaram, pois ainda ando estudando pro vestibular e etc, porém precisava de algo pra distrair e HERE I AM. Espero que continuem lendo até o fim, pois não pretendo deixar a fic tão grande assim. Então, after all this time...
Boa leitura!



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Fred, George e Lino Jordan estavam reunidos depois das aulas na Sala Comunal da Grifinória. Fazia frio do lado de fora e a lareira parecia quente o suficiente para estarem ao redor dela. A lareira atenuava as cores dos sofás vermelho-vibrantes de toda a sala. Poucos alunos esperavam a hora do jantar na Torre, e o que estavam lá, alguns garotos mais novos e alguns do último ano, cochichavam, cada um em seu canto, sobre como Harry havia conseguido que o Cálice escolhesse seu nome e então participar do Torneio Tribruxo, como se não bastasse Harry Potter ser quem ele era, agora tinha Hogwarts inteira com bruxos menores de idade enfurecidos por não terem a mesma sorte. Claro que os gêmeos também haviam ficado com uma pitada de raiva, mas decidiram concentrar tudo isso em apostas sobre quem iria ganhar cada um dos três desafios que estavam por vir.

Instantes depois, Rony sentou-se, com uma expressão inconsolável por trás dos cabelos laranjas que caiam no rosto, no sofá ao lado de Fred. Calado por algum tempo e um olhar de raiva, os três garotos que já estavam ali reunidos se entreolharam.

– Eu odeio esse maldito Torneio. - vociferou baixo Rony.

– Eu até que gosto bastante. Você também, Lino? - disse Fred.

– Ah, claro! E você, George?

– Com certeza!

– Vocês podem FOCAR no que é importante aqui? - Rony gesticulava nervoso.

– Nós não sabemos o que é realmente importante aqui, cara. - respondeu Lino da poltrona do lado esquerdo.

– Como o meu “melhor amigo” não me contou que queria participar disso? Nós poderiamos ter participados juntos! Se ele conseguiu para ele, conseguiria para mim não é mesmo? - eles não responderam. - NÃO É MESMO?! - gritou, fazendo o seu cabelo cair no seu rosto, chamando a atenção dos que estavam ao redor. Voltou a se calar e acomodou-se novamente no sofá, cruzando os braços e encarando firmemente a lareira.

Cada vez mais iam entrando pessoas no lugar, todas subiam para os seus quartos, evitando contato com os demais, subindo rapidamente as escadas sem dar uma palavra.

– Vocês ouviram os boatos de que vai ter um baile? - mencionou Lino beliscando alguns feijõezinhos de todos os sabores que tirara de seu bolso. - O Baile de Inverno. Minha mãe me contou. Ela disse que em todas as edições do Torneio têm esse tipo de baile.

– Nós nunca fomos há um baile. - respondeu Fred sem entusiasmo. - Mas acho que não perdemos nada.

– Também ouvi falar no Baile de Inverno. Vamos precisar ensaiar, sabiam? Ouvi a McGonagall conversando com alguém algum dia desses... - respondeu Rony distraído.

– Ensaiar? Então isso quer dizer que precisaremos de um par? Realmente um par? - George parecia surpreso. Não era de se esperar que nunca estivesse em um evento como esses. É claro que se precisaria de um par e consequentemente, de uma dança e de um preparativo para tudo isso e principalmente: um convite formal, ou não tão formal assim, você escolhe.

– Eu não tenho um par. Ou a ideia de um par. Eu não tenho nem um melhor amigo porque ele é um completo traidor. - repetia Rony.

– Ronald, se você continuar falando isso, eu juro que vou jogar você nessa lareira. - disse Fred calmo. - Eu pensei em convidar a Angelina, porém eu acho que tenho uma proposta pra alguém melhor. - sorriu.

– Seu irmão está ficando idiota, George. - Lino dizia, ainda com a boca cheia de feijõezinhos.

– Oh, eu estou percebendo. Quem é, cara? - perguntava George curioso.

– Quem é o que? - respondeu distraído.

– A garota que você quer levar, é claro. - disse Lino curioso.

– Vocês vão vê-la quando ela aceitar o meu pedido.

– Ou quando você chegar aqui cabisbaixo por ela ter negado. - riu George. É claro que poderia existir essa possibilidade, pensou Fred, até porque achava que Anna era bonita demais para não ter vários convites formais dos alunos de Hogwarts. Aliás, até aquele ponto, ele não havia descoberto nada mais sobre ela, nem George tão pouco.

– Mas antes de focar nesse tal baile, devíamos nos preocupar com a nova remessa de fogos Weasley que estão ficando prontos. - dizia George animado. - Não vejo a hora de começar a colocar aquelas belezinhas para funcionar!

– O que será muito em breve! - Lino falava animado.

X

Não havia passado muito tempo em sua cama quando todos subiram para os quartos. Fred simplesmente não estava conseguindo dormir. Olhou para o seu irmão e para Lino que estavam em seus décimos sonos e se perguntou como conseguiria ficar assim. Perdera a noção de que horas eram quando decidiu levantar da cama e andar pelos corredores de Hogwarts, mesmo sabendo que se fosse pego por algum monitor estaria em problemas, mas se meter em problemas nunca fora realmente uma preocupação para os gêmeos Weasley.

Guiado pela luz de sua varinha, percebeu que os corredores permaneciam vazios e as escadas estavam imóveis, pegando um atalho até o corredor do terceiro andar, onde ele e seu irmão haviam encontrado há alguns anos uma sala vazia, que encheram com coisas de seus interesses. Antes mesmo de achar o cômodo, ouviu passos vindo em sua direção, alguém correndo para a saída, seguido de um tropeço e um barulho de metal. Fred, que havia se escondido atrás de uma estátua velha, decidiu aproximar-se para ajudar assim que a luz de outra varinha iluminou cabelos tão laranjas quanto os dele.

– Quem está aí? - perguntou a garota com sua voz rouca e baixa, tentando se levantar do chão e pondo-se sentada.

– Anna? - respondeu Fred, saindo completamente de trás da estátua e iluminando o caminho a sua frente. Deu uma de suas mãos para a garota, que pode se levantar. Avistou uma espada pontiaguda de metal no chão, que logo a garota se pôs a pegar.

– Ah, oi Fred. Não esperava vê-lo por aqui. E ainda mais essa hora. - sorriu de forma simpática, como sempre fazia. Vestia roupas de proteção branca, próprias de esgrima, mas que Fred duvidava que um dia tivesse visto no mundo bruxo.

– Eu digo o mesmo – Fred respondeu com um sorriso. - O que você estava fazendo?

– Praticando. Você sabe, esgrima modificada. - apontou para a espada. - Você por acaso não quer sair desse corredor? Alguém pode nos pegar aqui e bem, não gostaria de ser levada para o diretor fazendo duas coisas que vão contra as regras.

– Acho uma ótima ideia. Eu estava indo pra uma sala que achei com o George uma época dessas. Estou completamente sem sono. - seguiu caminhando com Anna ao seu lado, até que chegaram a uma entrada não muito distante dali, onde mexendo em algumas paredes, puderam entrar em uma sala grande, ampla, com alguns sofás cobertos de veludo velho, uma longa mesa ao centro e muitas coisas amontoadas por toda parte. Anna jogou-se no sofá, fazendo seu cabelo laranja contrastar com a roupa branca e o tecido esverdeado do móvel.

– Esse lugar é incrível! - continuou animada. - Nunca acho nada assim em Hogwarts, é inacreditável como esse lugar pode surpreender.

– Na minha opinião você não deve ter procurado o suficiente. Aceita feijõezinhos de todos os sabores? - Fred estendeu um saco com vários deles. Anna pegou alguns e começou a comer, ficando os dois calados por longos minutos.

O silêncio foi quebrado por Fred, que animado queria saber mais sobre quem era a garota sentada ao seu lado. Descobriu que sim, não era parentes e que a garota gostava de esgrima, o que já era óbvio de se ver. Além de ter um ótimo senso de humor, Anna também gostava de doces e conhecer coisas novas. Com uma paixão por gatos, o seu preferido era um chamado Estevão. E ela nunca pensou em cortar o cabelo, mas Fred não sabia porque essa informação lhe seria útil. A cada palavra da garota encontrava-se um Fred encantado por um rosto com muitas sardas e acabou percebendo que falara muito mais dele do que o contrário em toda a conversa. E ela não havia falado pouco. No fim de tudo, ele percebeu que ainda não sabia sobre quem ela era, ou de que casa fazia parte ou muito menos se gostava de chá.

Passaram muito tempo dentro da sala, resultando em comer estoques quase infinitos de feijõezinhos e sapos de chocolate.

– Acho que precisamos ir, Fred. - disse Anna se levantando do sofá e procurando a espada que trazia consigo.

– Eu nem sei que horas são, espero que não esteja claro lá fora.

Andaram pelo corredor, ainda escuro, iluminado pela luz que saia de suas varinhas e continuaram conversando.

– Vai ter um baile, você sabia? - perguntou Fred quando chegava ao caminho para a Torre da Grifinória.

– Sabia. - a garota riu. - Agora eu tenho que ir. - aproximou-se de Fred e lhe deu um abraço que não esperava. - Foi uma ótima noite. - completou dando-lhe um beijo na sua bochecha, que foi respondido da mesma forma por um Fred risonho.

– Podemos nos encontrar amanhã? - perguntou o garoto.

– Talvez. - respondeu Anna sorrindo, já seguindo o caminho oposto ao de Fred.

– E enquanto ao baile? Aceita ir comigo?

– Acho que sim! - gritou Anna de longe, onde agora só era possível escutar seus passos delicados e o rastro da sua varinha correndo pelo corredor escuro.


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Notas finais do capítulo

Prometo não sumir mais! Não esqueçam de comentar e opinar.
xx