Easy escrita por Nora


Capítulo 1
Introdução


Notas iniciais do capítulo

Hello!
Depois de quase cinco meses da fic ter sido excluída, cá estou eu repostando-a. Dessa vez, apenas eu, America, escreverei a fic e sinceramente espero que gostem!
A nova versão da fic, digamos, é bastante diferente da outra. É no estilo de Belo Desastre, mas NÃO é plágio de BD, mesmo que tenha alguns detalhes parecidos.
E não, não é uma fic clichê. Um pequeno aviso: America não é nenhuma santa, ok? u.u
A introdução é dedicada a minha amiga linda Becca (u/409797/), que insistiu muuuito para que eu escrevesse logo ♥ e eu quero agradecer especialmente à Mrs Kydd (u/372798/), que me ajudou bastante. Obrigada, Gregs!
Basicamente é assim: America = America. Adam = Trevor. Andrew = Thomas.
Os nomes da maioria dos capítulos serão nomes de músicas alguns serão nomes criados por mim mesmo, como o capítulo um e o dois e neste, eu não tenho nenhuma música específica, mas a que mais escutei foi:
Tiësto - Red Lights
(www.youtube.com/watch?v=J84QgRFQmNY)

Espero que gostem, e comentem, okay?
Boa leitura!



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Enquanto encarava o visor de seu celular, a única coisa que America conseguia pensar era na expressão de seu pai quando lhe contou que iria para Nova Iorque para cursar jornalismo. Ele ficara estupefato, nunca imaginou que ela um dia tomaria uma decisão como aquela.

Abandonar a França fora uma dolorosa e difícil escolha pois fora lá onde ela nascera, lá era o lugar à onde ela realmente pertencia. Entretanto, também foi, ao mesmo tempo, a melhor escolha que ela fez em sua vida.

Porque agora ela estava finalmente livre de quaisquer amarras que sua família colocara em si; livre de qualquer coisa ruim que eles houvessem colocado em sua cabeça. Livre de todas as coisas horríveis e insensatas que sua madrasta colocara na cabeça de seu pai, livre de toda a ganância e o orgulho dele. E livre de todo o ódio, do desgosto e do desprezo de sua irmã "emprestada", Héloise.

O barulho da porta se abrindo a trouxe de volta à realidade.

Faziam poucas semanas que America estava em Nova Iorque. As aulas na faculdade ainda demorariam alguns dias para começar e para arranjar um dinheiro para si, mesmo que tivesse sua herança por parte de sua falecida mãe, ela arrumou um emprego temporário como atendente no Corale's, uma lanchonete em estilo retrô.

Haviam vários bancos de couro vermelho de dois lugares dispostas ao lado da parede de vidro, com mesas quadriculadas de preto e branco entre cada banco. O lugar era realmente ótimo, ela recebia um ótimo salário, além de ser no centro da cidade – e ainda havia o fato de que eram apenas pessoas decentes que o frequentavam.

Quem havia entrado por último fora um grupo de garotos e algumas garotas. Eles eram jovens, pareciam ter a idade dela – dezenove anos, ou algo assim. Eles haviam entrado gargalhando alto e sentaram-se à uma mesa não muito distante da porta.

— Vai lá, Meri. – seu amigo Andy disse, rindo.

Andy Law era um grande amigo que viera da França para os USA com ela. Ele tinha vinte anos, apenas um ano mais velho que ela. Ele era homossexual assumido e não tinha medo e nem se importava com o que as pessoas pensavam à respeito dele. Essa era a qualidade que America mais admirava nele.

Ela deu risada. Andy às vezes ia no Corale's para lhe fazer companhia.

Largou o celular no balcão e caminhou até a mesa aonde o grupo estava sentado. Lhes perguntou o que iam querer; cada um respondeu algo diferente ao olhar o cardápio. Ela não prestou muita atenção neles, apenas anotou os pedidos no bloco que carregava consigo.

Logo ela se afastou, um tanto desanimada, e eles seguiram rindo e conversando alto. Na verdade, ela odiava aquele emprego. Apenas seguia em frente por causa do salário, e estava pensando seriamente em desistir do emprego, pelo menos por um tempo.

America foi para trás do balcão e entregou o papel com os pedidos ao cara que trabalhava na cozinha, Steve, cujo nome ela quase sempre esquecia, e voltou a se sentar no banco de frente à Andy. Felizmente nesse dia o Corale's não tinha muito movimento.

— Ei, Meri, quando que as aulas começam? – ele perguntou, bebericando seu suco de morango.

— Acho que na segunda que vem – ela respondeu prontamente, animada. Ao contrário de muitas garotas e garotos de sua idade, ela estava super animada para começar logo as aulas na faculdade.

Andy iria cursar medicina. Ele sempre fora fascinado pela anatomia do corpo humano, sempre teve uma grandiosa curiosidade de saber como as articulações, os órgãos e tudo o mais funcionavam, de como que eles trabalhavam em conjunto, em perfeita harmonia para fazer o coração humano bater dia após dia. E ao contrário de America, ele não sentia enjoo ao entrar em um hospital. Se bem que ela tinha seus motivos pessoais.

— Está animado para a faculdade? – ela indagou, mesmo que já soubesse a resposta para aquela pergunta.

Estava estampada nos olhos e no rosto dele a resposta.

É claro que sim!– exclamou ele, feliz. – Você sabe que ser médico sempre foi o meu sonho!

— É, eu sei. – ela concordou e sorriu diante da felicidade do amigo.

"Amigo" era pouco para defini-lo. Andy era mais que um amigo, era mais como um irmão para ela. Os dois se conheceram quando eram pequenos e com o passar dos anos a amizade dos dois só foi se fortalecendo, tornando-se forte cada vez mais, e o laço que eles haviam criado foi se estabelecendo cada vez mais.

Eles tinham uma vida relativamente parecida. Andy também perdera a mãe quando novo e o pai também não lhe dava muita atenção, mas ao contrário de America, sua madrasta era como uma segunda mãe para ele.

Eles se entendiam, afinal de tudo. Era sempre para a casa de Andy que America escapava quando ela brigava com sua madrasta ou com Héloise. Ela sempre fora bem vinda naquela casa.

Outro motivo que também fazia Andy querer ser médico era a falta de atenção da parte de seu pai. E por isso que ele queria cuidar dos enfermos, dar atenção às pessoas do modo que pudesse em sua profissão.

Steve, o cozinheiro, tocou uma pequena sineta e os dois despertaram de seus pensamentos em um pulo. America pegou todos os pratos com destreza e muito cuidado e foi na direção do grupo. Estes estavam se divertindo mesmo, pois ora conversavam, ora davam risada.

Ela se lembrava da ordem – sempre tivera uma ótima memória – e foi distribuindo os pratos. Espichou o corpo um pouco para colocar sobre a mesa o prato do rapaz sentado no canto esquerdo e sua blusa levantou um pouco, deixando um pouco de sua cintura visível.

— Tatuagem legal – ouviu um dos rapazes dizer, e seus amigos deram risada.

Ela olhou para o rapaz que havia falado. Ele estava sentado na ponta esquerda da mesa – e ela havia debruçado-se um pouquinho sobre ele – e tinha olhos verdes penetrantes e um sorriso malicioso nos lábios grossos e esculpidos. America revirou os olhos, conseguiu notar rapidamente que tipo de pessoa ele era. E ela odiava esse tipo de pessoa.

A tatuagem que ele falara era um "Carpe Diem" escrito em letras cursivas tatuado no lado esquerdo da cintura dela. Escrita em latim, Carpe Diem era uma frase tirada do poema Odes, do poeta romano Horácio, e seu significado era "colha o dia" tanto como "aproveite o momento". Era a citação preferida de sua mãe, e agora era a sua.

America se afastou deles e Andy deu risada quando ela se aproximou dele.

— Isso foi uma cantada? – questionou ele, rindo, com um olhar igualmente malicioso.

— Eu não sei – ela suspirou –, e nem quero saber.

— Ah, Meri... vamos concordar que ele é um gatinho. – ele baixou a voz, sorrindo travesso.

Ela ainda podia sentir sobre si o olhar do rapaz, cujo nome ela provavelmente nunca descobriria, e arriscou dar uma outra olhada para ver se estava ficando louca ou não.

E ele de fato estava a encarando. Sentiu suas faces ficarem rubras quando ele sorriu com malícia para ela.

— É, talvez ele seja. – disse ela para Andy, com a voz baixa..

Este viu que a amiga estava com o rosto corado e se desatou a rir. Ela assumiu uma expressão rígida rapidamente.

— Cale a boca. – resmungou, irritada.

— Está bem, está bem – ele falou, se segurando para não rir mais.

America apoiou o rosto na mão e permaneceu assim por bastante tempo, até sua mão começar a ficar dormente. Viu, então, que o grupo já estava indo embora. Os garotos se dirigiram à moça do caixa, enquanto as duas garotas esperavam na porta. Uma delas, uma garota loira, a fuzilou com o olhar. America gostaria de saber o por quê.

Uma última vez, o rapaz que fizera o comentário sobre a tatuagem olhou na sua direção e piscou para ela. Então saiu, e ela o perdeu de vista.

E logo foi a vez de ela e Andy irem embora. Eles moravam em lados opostos, Andy morava no Queens e ela morava no Brooklyn, então se despediram e cada um foi para um lado.

Ela caminhava devagar, e uma brisa fria de outono a envolveu, atravessou seu casaco, fazendo-a sentir frio. Não demoraria muito para o inverno chegar.

America não conseguia parar de pensar na vida que teria dali para frente. Ela tinha finalmente tudo o que sempre sonhara. Estava finalmente livre.

Outra coisa que não deixava sua mente eram os olhos verdes daquele rapaz. Eles eram magnéticos, brilhantes como uma esmeralda. E America sentia que aquela não seria a única vez que os veria.


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Notas finais do capítulo

E aí, quem acham que é o rapaz? hehehe
Com cinco reviews, eu posto o capítulo um. Só não prometo postar logo, porque eu acabo tendo tempo para usar o pc só nos finais de semana :c
kisses, Meri