Amor Por Contrato escrita por Sany


Capítulo 9
Capitulo 08


Notas iniciais do capítulo

Olá ... Enfim estou de volta ... Espero que gostem do capitulo ...



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O mês seguinte foi razoavelmente tranquilo embora em alguns momentos a turbulência estivesse presente com certeza, e se adaptar tenha sido a parte mais difícil para todos embora os mais novos tenham mostrado uma adaptação tranquila até certo ponto.

Atualmente Prim era a mais adaptada a nova rotina e a nova família, embora os dois primeiros dias ela tenha mostrado estar triste com a mudança, ela se animou ao conversar com Diana naquela noite e ambas acabaram entrando em uma rotina de ligações uma para outra nos dias seguintes. Era reconfortante ver minha pequena conversando com a filha dos meus amigos, contando sobre a escola e a aula de ballet e fazendo planos para as férias.

O primeiro dia de aula da Prim foi mais tranquilo do que eu pensei, Peeta fez questão de nos acompanhar até a sala onde falamos com a professora, Annie Cresta tinha um perfil ideal para o cargo de professora da pré-escola, segundo Peeta ela era extremamente calma e adorava crianças e foi muito simpática comigo ao me conhecer, vimos ao longe Prim ser apresentada a sala e se sentar na mesa com mais algumas crianças, por sorte ela também teve sua primeira aula de ballet naquele dia o que animou bastante, e naquela noite durante o jantar ouvi os relatos da minha pequena sobre seu dia e foi gratificante escutar cada um deles.

Quando Nathan enfim terminou seu projeto de ciências e pode levar a tarântula embora o clima melhorou ainda mais e na segunda semana Prim passou a dormir em seu próprio quarto, aquele foi um ótimo sinal de adaptação e fiquei extremamente feliz embora começar a dormir no quarto sozinha com Peeta tenha sido extremamente desconfortante e difícil. Deixávamos uma distancia segura entre nós e eu agradeci mentalmente pela cama ser grande, além de nunca fechar a porta deixando a sensação de a qualquer momento um de nossos filhos fosse entrar durante a noite me deixava mais racional.

Naquele mês Pietro não teve qualquer reclamação na escola o que foi um alivio imenso, era possível ver o quanto ele é esperto e curioso, embora estivesse acostumada a tranquilidade e delicadeza que é ser mãe de uma menina de quatro anos como a Prim, me vi apaixonada pelo mundo aventureiro de um garoto de seis, era adorável vê-lo brincando no quintal e correndo pelo jardim, e todos os dias ele vinha até mim para me fazer companhia fosse enquanto preparava o jantar ou arrumava algo na casa, ele me contava sobre o dia na escola, seus desenhos favoritos, seu amigos, entre outras coisas do seu dia a dia.

Ironicamente quanto mais próxima eu ficava do Pietro mais distante Nathan ficava de mim, era como se ele construísse um murro para impedir qualquer aproximação da minha parte, eu sabia que Peeta havia conversado com ele mais de uma vez e que era somente por isso que ele era educado comigo, mas tirando o necessário ele não se dirigia a mim para mais nada e costumava ficar no mesmo ambiente que eu apenas quando não havia outro jeito, e por mais que eu sentisse vontade de me aproximar dele, havia decidido esperar e dar a ele o espaço que ele precisava.

– Buttercup quer assistir Aristogatas – da cozinha pude ouvir a voz de Prim na sala.

– De novo não, vamos ver Carros – ouvi Pietro dizer com uma voz decidida.

– Carros é chato – eu sabia que Carros era o um dos filmes preferidos do Pietro e que minha pequena insistia em implicar que era um filme para meninos.

– Não é não, já vimos Aristogatas essa semana – abaixei o fogão e me preparei para intervir na pequena discussão que se formava na sala sobre o filme que eles assistiriam após o jantar, quando ouvi a porta da frente ser aberta e a voz de Peeta cumprimentando as crianças – Pai Carros não é um filme legal? – Pietro havia sido rápido e mau dado tempo do pai se por a par do assunto.

– É um bom filme – ouvi Peeta responder calmamente provavelmente já sabendo estar em território perigoso.

– Mais Aristogatas é legal, Buttercup gosta – Prim defendeu o filme que já sabia boa parte das falas.

– Aristogatas também é um bom filme – ouvi Peeta se colocar imparcial na discussão dos dois embora eu soubesse que ele já tinha visto o suficiente de Aristogatas naquele mês.

– Mas já vimos Aristogatas essa semana pai, fala pra ela que vamos ver Carros hoje, por favor não quero ver esses gatinhos outra vez.

– Também já vimos Carros papai e eu também não quero ver carros falantes – ouvir Prim chamar Peeta de papai ainda fazia meu coração acelerar, havia sido tão natural e espontâneo quando ela o chamou assim pela primeira vez.

Ainda não sei se foi o convívio com os meninos que o chamavam assim, ou se havia sido o fato dele estar sempre presente, mas repentinamente sem pedir ou perguntar ela simplesmente o chamou de pai uma noite quando ele chegou da padaria, o que fez Peeta abrir um sorriso lindo para ela e meus olhos lagrimejarem, depois daquela noite ela não o chamou de outra coisa.

– Por que não assistir outro filme – ouvi a voz de Peeta sugerir tranquilamente, sorri e voltei a me concentrar no jantar, as pequenas discussões entre Prim e Pietro eram parte da rotina no ultimo mês.

Havia ficado com receio quando elas começaram na segunda semana após nossa mudança, porém ao falar sobre isso com Peeta ele apenas sorriu e disse ser normal, coisa de irmãos. Ouvir isso fez meu coração ficar apertado, eu não tinha a menor ideia de como era um relacionamento entre irmãos já que nunca tinha tido um, mas observando melhor pude ver a que as discussões não eram mesmo um problema. A diferença de idade entre eles era pouca e embora gostassem de coisas diferentes, gostavam de passar um tempo juntos e se divertiam um com o outro na maior parte do tempo, claro que devido as diferenças eles discutiam e provocavam um ao outro com certa frequência, fosse por um filme ou uma brincadeira nenhuma das discussões durava muito tempo e normalmente eles se resolviam sozinhos. Em poucos minutos a sala ficou em silencio Peeta entrou na cozinha sorrindo.

– Olá, precisa de ajuda?

– Oi, não só terminando de por a mesa – ele se recostou na bancada enquanto eu ajeitava os pratos na mesa.

– É incrível dezenas de desenhos e eles querem ver sempre o mesmo.

– Aparentemente Relampago Mcqueen e a Marie são quase insubstituíveis.

– Em nome da paz hoje eles serão substituídos pelo Woody e Jessie, Toy Story 2 foi o vencedor da noite – ele sorriu ao contar, não era um filme inédito para as crianças ou para nós dois, mas só de saber que naquela noite eu não veria aqueles gatinhos senti um certo alivio – Como foi seu dia hoje, algum problema com os meninos – ele perguntou me passando os copos que estavam na bancada, eu sabia que na verdade ele queria saber se Nathan tinha feito algo.

– Foi tranquilo, eles chegaram bem animados por ser sexta feira, Prim e Pietro fizeram o dever de casa durante quase toda a tarde e o Nathan chegou no horário normal depois do treino e ficou no quarto dele o reto da tarde – ele suspirou desanimado.

– Talvez eu deva falar com ele de novo.

– Deixa ele Peeta, vamos dar mais um tempo – eu queria muito me entender com Nathan, mas eu sabia que força-lo não seria a solução, ele concordou com a cabeça pensativo, era difícil não me colocar no lugar dele afinal não conseguira imaginar o que eu faria se fosse o contrario e Prim não estivesse lidando bem com nosso casamento – Ah eu fui ao medico hoje – comentei querendo mudar de assunto antes que ele acabasse decidindo conversar com Nathan novamente.

– Esta tudo bem?

– Sim, apenas rotina mesmo, iniciar o pré-natal, conversamos sobre minha gravides anterior, levei meu histórico medico, medi a pressão, ela pediu alguns exames de rotina, mas ao que tudo indica esta tudo bem.

– Isso é ótimo – ele sorriu – Você poderia ter me avisado antes eu teria ido com você.

– Desculpa, era só rotina pensei que você não iria querer ir.

– Tudo bem, eu só gostaria de saber sobre as próximas consultas se for tudo bem para você.

– Eu vou avisar quando marcar – terminei de arrumar a mesa e me virei para ele - Aproveitando que estamos no assunto do bebê, você já pensou a respeito de quando seria apropriado contar as crianças sobre a gravidez? – não sabia ao certo se era a hora certa para contar sobre o novo irmãozinho, ainda estávamos trabalhando na adaptação de todos e interiormente eu temia que a noticia da gravidez fizesse Nathan se fechar mais ainda, mais eu também sabia que não era certo esconder a gravidez deles e que logo estaria visível.

– Pra ser sincero, ainda não – ele confessou – Quer dizer as coisas parecem estar se ajustando embora eles ainda estejam se adaptando sei que temos que contar, só não pensei nisso ainda.

– Acho que temos que contar logo, em breve vai estar aparecendo e hoje a balança fez questão de mostrar que já engordei – sorri sem graça.

– Serio? – ele me olhou atentamente e não pude evitar de ficar envergonhada – Desculpa – ele sorriu sem graça ao me ver corar –Só que não parece.

– Obrigada, acho melhor chamar as crianças para o jantar – mudei de assunto rapidamente.

– Claro, eu vou chamar – ele estava na porta quando se virou novamente – Acho que podemos falar com eles amanhã, o que você acha?

– Acho que amanhã seria bom.

– Então amanhã – ele seguiu para o andar de cima para chamar as crianças me deixando só com meus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Enfim no mês passado terminei minha outra fic e agora pretendo me dedicar a escrever Amor Por Contrato. Espero que tenham gostado do capitulo. Beijos até o próximo.